Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O ano 2016 foi intenso em pistas de festivais de música ao redor do mundo. Foram dezoito festivais no total. São números que não acabam mais para traçar a maratona de um ano na pista, o que rendeu quase 60 dias dentro de festival de música. E, claro, após uma maratona, a gente já quer outra.
Uma das coisas mais legais do projeto #fly2fest, foi descobrir novos festivais que eu sequer sabia que existiam. A pálpebra já está tremendo só de pensar na lista. E vocês, já sabem para onde vão? Nesta nova lista eu privilegiei os festivais menores, os mais experimentais, os meus favoritos. Alguns festivais maiores se mantiveram, mas tentei ser o menos óbvia possível. Este guia não tem a pretensão de ser um compilado de melhores festivais de música do mundo e sim uma lista do que eu acho bacana.
Para consultar os guias anteriores, acesse aqui e aqui, que tem um banco de dado com outros festivais não mencionados neste novo guia. Quem quiser mesmo se esbaldar em festivais de música no Brasil, dá uma espiada neste guia.
Algumas bandas que estarão em turnê ao longo de 2017 para ir atrás: Arcade Fire, Radiohead, Foo Fighters, PJ Harvey, Sigur Rós, Justice, The Weeknd, James Blake, Adele, Patti Smith, Bon Iver.
O Comunité é perfeito para quem quer unir música, sol e gente bonita para dar o pontapé inicial neste próximo verão. O festival acontece na paradisíaca Tulum por 24 horas, reunindo um line-up de bom gosto com DJs e produtores de música eletrônica. Tem Omar S, Ambiq (live band), Lawrence Thomas, Kyle Hall Giegling e Sonjar Moonear. A locação é de tirar o fôlego, o Parque dos Ojos, e uma boa opção detox pós-revéillon, pois o festival é vegano. Na mala só precisa colocar a roupa de praia, protetor solar, óculos escuros e se preparar para brilhar com o pé na areia.
Link: comunite.mx
O Laneway é uma boa rota de fuga para quem estiver do outro lado do planeta em janeiro. Ele acontece em sete cidades, cino australianas, Auckland, na Nova Zelândia, e em Singapura. O festival rola por apenas um dia em cada cidade e a lista de artistas que vão tocar é apuradíssima. Em 2017 tocam Aurora, Floating Points, Tycho, Chet Faker (agora Nick Murphy), NAO, Tame Impala e vários artistas de cada um dos países por onde passa. O Laneway já tem 11 anos de estrada e começou em Melbourne com shows semanais, mas acabou ganhando fama e crescendo.
Link: lanewayfestival.com
O CTM é um festival dedicado à música eletrônica contemporânea, digital e experimental, levando apresentações para diversos palcos e clubes de Berlim, como Berghain, Panorama Bar e Kustraum. O festival reúne artistas da música pop à música eletrônica. Ele rola desde 1999 e acontece em conjunto com o Transmediale, Festival Internacional de Arte e Cultura Digital, que explora as conexões entre arte, cultura e tecnologia, com exposições, performances, instalações, palestras e muito bate-papo. É um dos festivais mais experimentais do mundo. O CTM terá duas edições na Sibéria em setembro.
Link: www.ctm-festival.de
Outros festivais em janeiro para pesquisar:
Igloofest (12 Janeiro a 4 de Fevereiro, Montreal, Canadá); Fasma (5-6 Janeiro, Atenas, Grécia).
O Dekmantel nasceu em Amsterdã e se tornou em pouco tempo um dos melhores festivais de música eletrônica do mundo. Para a nossa alegria, ele aterrissa na capital paulistana no início de fevereiro, trazendo nomes de peso da música eletrônica para animar a pista, como Nicolas Jaar, Jeff Mills, Nina Kraviz, Moodyman, John Talabot, Hermeto Pascoal, Azymuth, só para citar alguns. O festival terá edição diurna no Jockey Club e noturna, na Fabriqueta, assim como é feito lá fora. Se depender de mim, o Dekmantel chegou para fincar bandeira por aqui. Anota março 2018 na agenda porque vai rolar de novo!
Link: www.dekmantelfestival.com.br
A Cidade do Cabo tem uma cena de house music efervescente. Bons DJs e produtores de música eletrônica por lá não faltam. O CTEMF abre o ano na cidade reunindo os melhores nomes locais e também internacionais. O festival reúne workshops, showcases e eventos satélites espalhados por toda a cidade. O calendário principal desta sexta edição, de 10 e 12 de fevereiro, acontece no icônico City Hall.
Link: facebook.com/CTEMF
Islândia não é o país que requer motivos para ir, mas poder unir música e uma viagem por lá pode ser a coisa mais bacana que você pode fazer. O Sónar em Reykjavik é a edição que mais cresce fora de Barcelona, contando também com o Sonar D+, que tem debates e workshops na programação diurna. À noite ele toma conta da icônica Harpa por três dias com vários palcos espalhados por ela. Prepare-se para conhecer muitos artistas novos, especialmente islandeses e se entusiasmar com a animação dos islandeses. O hip-hop tem uma cena gigante na Islândia, por isso prepare-se também para ver bons shows do gênero. Já confirmados para esta edição tem Fatboy Slim, GusGus, Sleigh Bells, De La Soul, Moderat, FM Belfast, entre outros. E, de quebra, quem sabe não acaba pegando também uma temporada de auroras boreais? Eu peguei no último Sónar por lá.
Link: sonarreykjavik.com
Caso esteja pelo Sudoeste Asiático neste verão, não deixe de conferir o Wonderfruit, festival que costuma acontecer sempre em dezembro, mas em 2016 ele teve sua edição adiada devido ao luto que a Tailândia está pela morte do rei. O festival é eco-friendly e acontece no meio de uma fazenda de orgânicos. Diferentemente da maioria dos festivais do país, o Wonderfruit é sustentável e todo conectado com o assunto. O festival reúne música, arte, yoga, gastronomia, palestras, workshops. No line-up tem Wolf+Lamb, Buke & Gase, Coran, DJ Dragon, entre outros, mas não é a música a grande estrela de fato do festival. Um detalhe bacana: é possível levar cachorros.
Link: wonderfruitfestival.com
Outros festivais em fevereiro para pesquisar:
Vinterjazz (3-26 Fevereiro, Copenhagen, Dinamarca); Noise Pop (17-27 Fevereiro, San Francisco, Califórnia)
O SXSW dispensa apresentações. Ele é o festival que a gente quer voltar todos os anos. O SXSW reúne interatividade, filmes, música e comédia. A programação de música começa oficialmente dia 13 de Março, mas antes mesmo do festival começar, os shows já rolam soltos em todos os bares e esquinas de Austin. O SXSW é ótimo para conhecer novas bandas, descobrir as que vão bombar em breve e ver shows intimistas de grandes artistas.
Link: www.sxsw.com
O Lollapalooza é o maior festival de música que rola em São Paulo e é um bom jeito de dar um pontapé rock’n roll no ano pós-carnaval. Em 2017 ele tem Metallica, The Strokes, The Weeknd, The XX, Flume, Two Door Cinema Club, entre outros no line-up. É o festival de grandes dimensões, grandes palcos, grandes andanças entre um palco e outro, grande line-up e, vamos concordar, ótimas opções gastronômicas. Depois ele segue para a Buenos Aires (31 de Março a 1 de Abril), Santiago (1 a 2 de Abril), Chicago (3 a 6 de Agosto), Berlim (9 a 10 de Setembro). É só escolher sua cidade favorita e ir.
Link: www.lollapaloozabr.com
O Convergence chega em seu quarto ano já com grande relevância no cenário da música eletrônica. O festival acontece com uma programação noturna espalhada por vários clubes em Londres, como o KOKO, Village Underground, Barbican, Scala, XOYO, entre outros. Durante o dia a programação acontece por dois dias com painéis, palestras, demonstrações, performances, workshops e instalações. A ideia é fomentar a discussão entre performance e tecnologia, convidando artistas emergentes e já consagrados. Em 2017 já estão confirmados Coldcut, Manuel Göttsching, The Ash Ra Tempel Experience featuring Ariel Pink, Oren Ambarchi & Shags Chamberlain, Shobaleader One, Actress (live), Jacques Greene (live), Austra, Rival Consoles, Formation, Gonjasufi, Randomer, Raime, Hildur Guðnadóttir, 47SOUL, Flamingods and Cairo Liberation Fron. Em 2016 foram 25 mil pessoas, oito clubes, 50 apresentações ao vivo em cinco dias.
Link: www.convergence-london.com
O Big Ears é o festival perfeito para quem gosta de descobrir novas sonoridades, pois dedica-se à música de vanguarda, mas sem abrir mão de artistas mainstreams. Música clássica, jazz, rock, eletrônica, folk são alguns dos estilos presentes na agenda. Já tem confirmados Wilco, Blonde Redhead, Deerhoof, Tortoise, Matmos. Além da música, há também palestras, filmes e instalações de arte.
Link: bigearsfestival.com
Outros festivais em março para pesquisar:
Elevate (1-5 Março, Graz, Áustria), by:Larm (2-4 Março, Oslo, Noruega), McDowell Mountain Music Festival (3-5 Março, Phoenix, Arizona), Estereo Picnic (23-25 Março, Bogotá, Colômbia).
Rewire 2016 from Rewire on Vimeo.
O Rewire é outro festival multidisciplinar que aposta em música de vanguarda, reunindo nomes indie, experimental, pop, neo-clássico, new jazz e também arte sonora. São cerca de cem artistas se apresentando nos três dias de festivais com nomes como Jessy Lanza, Arca DJ & Jesse Kanda, SUMS: Kangding Ray & Barry Burns (Mogwai), Lorenzo Senni, Forest Swords, Croatian Amor, Moor Mother e mais uma lista ainda para ser anunciada. Além da música e arte, o festival conta com workshosp, palestras, filmes e instalações, que se espalham por diferentes locais como igrejas, fábricas antigas, lugares abandonados, teatros e clubes. E Haia, para quem não sabe, fica a uma hora de trem de Amsterdã.
Link: www.rewirefestival.nl
O Lucidity está na lista dos melhores festivais “transformadores” do mundo. E o que isso significa? Além da música, que não é o foco do festival, a arte e temas de reflexão estão presentes durante os três dias em que ele acontece. Ele remete um pouco aos princípios do Burning Man, do tema ao envolvimento da comunidade para fazê-lo acontecer. O festival conta com uma extensa programação com campings temáticos, cursos, processos de cura (sim!), venda de comida, dança, performance, instalações de arte, etc. Caso esteja querendo cuidar do corpo, espírito e ouvidos, pode ser uma boa opção. E ainda dá para ir com a família toda.
Link: lucidityfestival.com
O Afrikaburn foi um dos festivais mais marcantes que fui em 2016, tanto que volto na próxima edição. Ele é o “filho” mais velho do Burning Man, acontece no meio do deserto na África do Sul, e é mais intimista, com um público de aproximadamente 14 mil pessoas. Ele segue os mesmos princípios do festival “mãe”, não há compra de produtos, apenas troca; o público é quem faz o festival ficar de pé. Nas diversas pickups espalhadas pelo festival, dança-se ao som de house, techno, deep house e até mesmo rock e EDM, mas não é exatamente sobre música que o Afrikaburn se trata.
Link: www.afrikaburn.com
Outros festivais em abril para pesquisar:
Time Warp (1-2 Abril, Mannheim, Alemanha); Snowbombing (3-8 Abril, Mayrhofen, Áustria); Donaufestival (28 Abril a 6 Maio, Krems, Áustria).
O Moogfest nasceu em 2004 reunindo pensadores futuristas, inventores, empreendedores, designers, engenheiros, cientistas e, claro, todos relacionados à música. Durante o dia, o festival se dedicada à conversas e experimentações. O nome do festival é uma homenagem ao Robert Moog, criador do sintetizador, a estrela do Moogfest. Tecnologia, arte e experimentalismos são o que permeiam os quatro dias em que o festival acontece.
Lyon abriga há mais de catorze anos um ótimo festival para quem gosta de música eletrônica, o Nuit Sonores. Ele recebe cerca de 80 mil pessoas por edição, 250 artistas, entre nomes conhecidos internacionalmente e apostas locais da música eletrônica e indie, seja rock, pop ou hip-hop. São 40 lugares diferentes espalhados por Lyon, durante cinco dias e cinco noites, com uma programação extensa. A cada edição o festival tem curadores diferentes para escolher a programação, mas ainda não foi divulgada a lista de 2017. O Nuit Sonores conta também com programação infantil.
Link: www.nuits-sonores.com
O Movement chegou ao seu 10º aniversário na cidade onde o techno nasceu, Detroit, de onde só sai coisa boa quando o assunto é música. O festival é reconhecido globalmente como um dos mais influentes do gênero. Sabe aquele line-up que faz nosso coração tremer um pouco emocionado? O do Movement é assim. Ele não abraça só o techno, mas também todas as vertentes. Tocam nesta próxima edição: DJ Harvey, Carl Craig, Chris Liebing, Dixon, Death in Vegas, Anna, Kate Simko, Recondite, Danny Brown, entre outros.
Link: movement.us
O Primavera Sound foi um dos festivais que teve o melhor line-up em 2016 e não desaponta nas escolhas para o próximo ano. Nomes como Arcade Fire, Aphex Twin, Teenage Fanclub, Descendents, The XX, Frank Ocean e até o Seu Jorge tocando “The Life Aquatic, num tributo ao David Bowie. Os motivos, além do line-up, para ir não faltam. Acontece na bela e ensolarada Barcelona à beira-mar, reunindo sempre artistas dos mais diversos estilos.
Link: www.primaverasound.es
Outros festivais em maio para pesquisar:
Raibow Disco Club (3-5 Maio, Shizuoka, Japão); Sasquatch (26-28 Maio, Gorge Amphitheatre, George, Washington, EUA), Liverpool Sound City (27-28 Maio, Liverpool, Inglaterra), MidBurn (28-Maio a 2-Junho, Ramat Geneve, Israel).
O verão chega no hemisfério norte em junho e com ele uma enxurrada de festivais para todos os estilos. O Governors Ball junta dois bons motivos para considerá-lo na agenda: rola em Nova York e tem sempre line-up bacana passando pelo indie rock, música eletrônica, hip-hop e até pela pop music. No line-up deste ano tem Phoenix, Tool, Chance the Rapper, Lorde, Flume, Wiz Khalifa, Cage the Elephant entre outros.
Link: governorsballmusicfestival.com
O que me chamou atenção no Heartland foi a locação de cair o queixo, o castelo Egeskov, a duas horas de Copenhagen. É um festival pequeno e local, que recebe cerca de 6 mil pessoas apenas por dia. São dois palcos e uma tenda para bate-papos. O Heartland reúne música em shows intimistas, arte, gastronomia e conversas. As fotos da última edição nos remete a um conto de fadas. Para 2017 já estão confirmados Cat Power, Brian Ferry, Flying Lotus, Miguel. Caso esteja na Dinamarca nesta época do ano, vale dar uma conferida.
Link: www.heartlandfestival.dk
Quem preferir conhecer a Islândia no início do verão, o Secret Solstice é uma boa pedida. O festival já confirmou alguns nomes como Foo Fighters, The Prodigy, Rhye, Dubfire, Pharoahe Monch e uma lista linda de artistas escandinavos. A programação se estende da cidade à Blue Lagoon, barcos e geleiras. Em 2016 o festival chamou atenção ao oferecer o ticket de festival mais caro do mundo, valendo 1 milhão de dólares (mas ah, válido para seis pessoas. Ufa!)!! Mas ninguém precisa dele para ter uma ótima experiência.
Link: secretsolstice.is
O Open’er foi um dos festivais de tamanho médio que fui em 2016 com a melhor organização, incluindo ótimo sistema de som. Parece básico, mas o Primavera Sound conseguiu pecar nesse quesito. Ele acontece num antigo aeroporto militar a 15km do centro da cidade. O festival é frequentado na, maioria, por poloneses. Tem uma ótima área de lazer, além dos palcos, com lojas, bares, food trucks, manicure, barbeiro e até cinema. No line-up já tem confirmados Radiohead, Foo Fighters, The Weeknd, James Blake. As vantagens: Gdynia fica no litoral da Polônia, então quem se organizar, consegue até curtir uma praia, e o país é bem barato, come-se bem e os poloneses são super animados. A dica de ouro é: se hospedar o mais perto possível da estação central, caso não queira acampar.
Link: opener.pl
Outros festivais em junho para pesquisar:
Bonnaroo (8-11 Junho, Manchester, TN, EUA), Pinkpop (3-5 Junho, Megaland, Handgraaf, Holanda), Field Day (3 de Junho, Londres, Inglaterra), (NXNW (se você gosta do SXSW, vale arriscar a versão do Norte, 16-25 Junho, Toronto, Canadá), Best Kept Secret (16-18 Junho com Radiohead e Arcade Fire confirmados, Hilvarenbeek, Holanda), INMusic (19 a 21 de Junho, Zagreb, Croácia), Glastonbury (21-25 Junho, Pilton, Reino Unido), Roskilde (24-Junho a 1-Julho, Roskilde, Dinamarca), Love International (música eletrônica, 28-Junho a 5-Julho, The Garden, Tisno, Croácia), Montreal Jazz Festival (28-Junho a 8- Julho, Montreal, Canadá), Montreux Jazz Festival (30-Junho a 15-Julho, Montreux, Suíça), Into de Valley (29-Junho a 1-Julho, Rummu, Estônia).
O NOS Alive foi uma agradável surpresa em 2016 com Arcade Fire e Radiohead no line-up. Não é um festival grande, acontece perto do centro de Lisboa e escolhe os artistas que vão tocar com primor. Os headliners da próxima edição serão New Order, The XX, Foo Fighters e Imagine Dragons. O festival é uma ótima desculpa para visitar Portugal no verão.
Link: nosalive.com
O alemão Melt começou sua história no fim dos anos 1990 e hoje é um dos maiores da Alemanha. Ele acontece em um museu a céu aberto, a cidade do ferro Ferropolis, em Gräfenhainichen. O Melt sempre leva ao palco grandes nomes do pop, rock, indie rock e também da música eletrônica. Pode ir sem medo se você é daqueles que não resiste a uma boa pista de dança. Algumas das estrelas do line-up são Aurora Halal, Bonobo (live), Claptone, Phoenix, NAO, Warpaint, Recondite, The Kills, Die Antwoord, Soulwax só para começar a ativar a vontade de ir para lá. E ainda tem nosso amigo Davis tocando por lá também.
Link: meltfestival.de
Quem quiser se aventurar pelo interior da Inglaterra num festival boutique, pode considerar o Secret Garden Party na agenda. Ele tem sempre um tema e “Sweet Dreams” foi o escolhido para 2017. Tire as fantasias do armário, arrase na roupa de praia, já que o festival conta com um lindo lago e piscina para refrescar. O clima é inglês com público super animado, que em algum momento vai tirar a roupa sem pudor. O festival tem também luta de tinta, luta na lama, camping, que dá vontade de morar nele, aulas de dança. No line-up tem Metronomy, Crystal Fighters, Kate Nash, Peaches. E essa vai ser a última edição, então ou é agora ou não é nunca mais.
Link: www.secretgardenparty.com
Demorou, mas finalmente dois bons festivais de música fincaram bandeira em Nova York. Um deles é o Panorama, festival relativamente novo, produzido pelos criadores do Coachella. O festival reúne música, instalações tecnológicas e gastronomia. No line-up tem Frank Ocean, Solange, Tame Impala, Alt-J, NIN, Justice, Glass Animals, entre outros.
Link: www.panorama.ny
Outros festivais para em Julho para pesquisar:
Bilbao BBK Live (6-8 Julho, Bilbao, Espanha); Latitude (13-16 Julho, Southwold, Suffolk), Benicàssim (13-16 Julho, Benicàssim, Costa Azahar, Espanha), Pitchfork Chicago (14-16 Julho, Chicago, EUA), Rainforest (14-16 Julho, Borneo, Malasia), Liverpool International Music Festival (20-23 Julho, Liverpool, Inglaterra), o festival butique Nozstock (21-23 Julho, Bromyard, Herefordshire, Inglaterra), Stockholm Music & Arts (17, 19 e 20 de julho, Estocolmo, Suécia).
Sou bem suspeita para falar do Dekmantel, afinal olha a dobradinha rolando nesse guia. Mas não dá para deixar de fora um dos festivais mais bacanas de música eletrônica, que completa 10 anos de vida este ano. A edição holandesa rola num parque lindo no arredores de Amsterdã. Entre bosques e gramados, os palcos são armados beirando à perfeição. O line-up é aquela loucura de sempre, repetindo sem dó artistas que passaram por lá no ano passado, mas realocando-os de palco e horários, ou seja, espere por um set ou live completamente diferente. A surpresa é a Nina Kraviz abrindo o palco Selectors, às 13h, na sexta-feira. E quem abre o festival é ninguém menor que o compositor Steve Reich, que se apresentará ao lado de Slagwerk Den Haag. Ingressos estão esgotados.
Link: www.dekmantelfestival.com
Para quem busca um festival que mistura várias coisas, como gastronomia, yoga, oficinas diversas, arte e muita música, é perfeito para ir com a família e ainda acontece num lugar lindo de morrer e o contato intenso com a natureza é parte do festival, o Wilderness pode ser o que você está procurando. Tocam Two Door Cinema Club, Grace Jones, Bonobo (live!!), Michael Kiwanuka, Aurora, entre outros.
Link: www.wildernessfestival.com
O Way Out West é um dos meus festivais favoritos no mundo. Ele tem um tamanho que considero ideal, não é grande e nem pequeno. Acontece no meio do verão sueco num bonito parque no meio de Gotemburgo. O line-up é sempre bacana, reunindo nomes que estão despontando aos grandes, do indie ao pop, da música eletrônica ao hip-hop. É um festival vegetariano e a comida é deleite puro. Tem bar de champagne, cervejas artesanais, restaurante a la carte, cinema, shows durante o dia e programação noturna nos clubes da cidade. Tocam Frank Ocean, Major Lazer, Lana Del Rey, Vince Staples, Perfume Genius, Regina Spektor, London Grammar.
Link: www.wayoutwest.se
O Berlin Atonal é um festival cabeçudo ao quadrado. E é incrível! Quem curte música experimental, locações fantásticas e design de luz e projeções, vai pirar como eu pirei nele. Os convidados são grandes produtores de música eletrônica, que criam projetos exclusivos para o festival. Ele acontece no Kraftwerk, uma fábrica antiga de pé direito altíssimo, onde funciona o clube de techno Tresor no porão. O Berlin Atonal é festival para contemplar a música como arte. E, prepare-se, pois é uma maratona de cinco dias com programação do fim ao início do dia. Espia o line-up.
Link: berlin-atonal.com
O Afropunk aos poucos entra na lista dos festivais mais legais do planeta. Ele nasceu com a alma punk, mas hoje abraça várias vertentes musicais. Ali, a cultura negra é o centro. O festival multicultural cresceu tanto que hoje acontece em várias cidades do mundo em edições especiais. Nesta edição tocam Michael Kiwanuka, Kaytranada, Sza, Raphael Saadiq, Anderson .Paak, Gary Clark Jr., Soul II Soul, entre outros.
Link: afropunkfest.com
Outros festivais em Agosto para pesquisar:
Osheaga (4-6 Agosto, Montreal, Canadá), Nachdigital (5-7 Agosto, Olganitz, Alemanha), Sziget Festival (9-16 Agosto, Budapeste, Áustria), Flow Festival (11-13 Agosto, Helsinki, Finlândia), Sunfall (12 de agosto, Londres), Paredes de Coura (16-19 Agosto, Paredes de Coura, a 100km do Porto, Portugal), Mutek (18-23 Agosto, Montreal, Canadá), Lowlands (18-20 Agosto, Biddinghuizen, Holanda), Dekmantel Selectors (24-28 Agosto, Tisno, Croácia), Festival Forte (24-26 Agosto, Montemor-o-Velho, Portugal), Rock in Seine (25-27 de Agosto, Paris, França), Reading & Leeds Festival (25-27 de Agosto, Reading e Leeds, Inglaterra), Burning Man (27-Agosto a 4-Setembro, Deserto Black Rock Nevada, EUA), Dimensions (30-Ago a 3-Setembro, Pula, Croácia).
O Festival nº 6, apesar de apenas 4 anos de vida, já coleciona prêmios como “melhor festival pequeno”, “lineup do ano”, “melhor novo festival” e até “melhor site de festival” (que é incrível mesmo). O lema é “um festival sem igual, em um lugar sem igual”. O Festival nº 6 rola em uma excêntrica cidade litorânea em Portmeirion, no País de Gales. Além de música, rolam caminhadas noturnas pela área, que também abrange montanhas e florestas, tour filosófico, aula de dança de swing, teatro, cinema, arte e até carnaval. O festival reúne mais de 300 artistas, durante quatro dias espalhados em 26 palcos diferentes. No line-up artistas indie, de música eletrônica, pop, folk, como Bloc Party, Mogwai, Flaming Lips, The Cinematic Orchestra, Irvine Welsh.
Link: festivalnumber6.com
Que tal sair do circuito tradicional de festivais e investir em uma viagem à Marrakesh? O Oasis é um festival de música eletrônica em Marrocos, onde as oportunidades de ver ao vivo DJs internacionais de peso são raras. O festival rola no The Source Music Resort, cercado de áreas verdes com vista para Atlas Mountain, com um dos dois palcos à beira da piscina. A produção é impecável. Dá uma conferida no vídeo acima e me conta se não ficou com vontade de ir. Tocam Richie Hawtin, Maceo Plex, Nicolas Jaar & Moodymann, Marcel Dettmann, Solun, entre outros.
Link: theoasisfest.com
O Japão tem vários festivais pequenos espalhados pelo país que valem a pena, mas o Labyrinth é considerado o melhor deles. A curadoria é apuradíssima com artistas de techno internacionais e japoneses, mas tem que ficar de olho porque eles não liberam as datas com tanta antecedência. São três dias no meio das belas montanhas Naeba Greenland, na prefeitura de Niigata. Vale ficar de olho! E eles são bem ruins na presença digital com pouca informações em Inglês.
Link: www.facebook.com/Mindgames-The-Labyrinth
O Sustain-Release é um festival de três dias, que rola no meio de uma floresta no norte do estado de Nova York. As organizadoras Aurora Halal e Zara Wladawsky, porém, afirmam que não se trata de um festival e sim um acampamento intimista de verão, onde o techno rola solto durante todo o fim de semana. Festival para clubbers, que querem sair um pouco da escuridão das pistas e se jogar no meio do verde, passar horas em piscinas aquecidas ou num lago, fazer yoga. A pista principal fica dentro de uma academia de ginástica. O que mais a gente pode querer além de um bom refúgio como este? Além disso, ainda tem um line-up fervido do jeito que a gente gosta: Helena Hauff, Randomer, Avalon Emerson, Marie Davidson, entre outros.
Link: www.sustain-release.com
Outros festivais em setembro para pesquisar:
Outlook (06-10 Setembro, Pula, Croácia), Bestival (7-10 Setembro, Isle of Wight, UK), Lollapalooza Berlin (9-10 Setembro, Berlim, Alemanha), Pop Montreal (13-17 de setembro, Montreal, Canadá), Mutek Buenos Aires (22-24 de setembro, Buenos Aires, Argentina).
O Unsound é um festival de música eletrônica experimental de vanguarda e artes visuais. Ele possui eventos irmãos em algumas cidades do mundo, como Nova York, Adelaide, Toronto e Londres. Muitos artistas que você vai ver no Unsound não demorará para estourar. São sete dias de programação espalhada por vários locais diferentes em Cracóvia. Espere por muitas estranhezas sonoras e boas descobertas. E a Cracóvia, onde o festival acontece, vale uns dias extras para explorá-la. A edição deste ano é “Flower Power”.
Link: www.unsound.pl
O Amsterdam Dance Event, ou ADE como é conhecido, é o maior encontro de clubes e profissionais da música eletrônica do mundo. Mas mesmo que você se envolva com música eletrônica só para se divertir, o festival pode ser para você também. O ADE se espalha por todos os principais clubes e bares de Amsterdã por cinco dias com uma programação quase ininterrupta. Rolam conferências com palestras, bate-papos, workshops e até encontros para networking para quem atua na área. Da tarde para a manhã do dia seguinte, as festas e shows tomam conta da programação. O line-up é infinito e inclui também eventos gratuitos. Estar na cidade é uma delícia, já que Amsterdã praticamente é tomada pelo festival. Em 2016 passaram cerca de 375 mil pessoas, 2.200 artistas, mais de 450 eventos em 145 locais.
Link: www.amsterdam-dance-event.nl
Nova Orleans é quem hospeda o Voodoo Festival anualmente no fim de semana do Halloween. O festival rola desde 1999 e é considerado por muita gente um dos mais legais dos Estados Unidos. Quem foi afirma que tudo nele é impecável e o público entra mesmo no clima do Halloween. Artistas que tocam: Kendrick Lamar, Foo Fighters, The Killers, LCD Soundsystem, DJ Snake e mais uma lista imensa de gente legal.
Link: www.voodoofestival.com
Outros festivais em outubro para pesquisar:
roBOt (início de outubro, Bolonha, Itália); Insomnia (26-28 Outubro, Tromsø, Noruega), Sónar Buenos Aires (26 de novembro, Buenos Aires, Argentina), Semibreve (27-29 de outubro, Braga, Portugal).
Caso não tenha conseguido ir para a Islândia até outubro de 2017, a chance de ter uma boa desculpa para ir para lá é o Iceland Airwaves, o maior e um dos mais antigos festivais de música do país. Em 2016 a grande estrela foi a Björk, que fez um show disputado para poucos sortudos na Harpa. Esse ano tem Michael Kiwanuka, Mammút, Fleet Foxes, Lonely Parade e mais uma lista enorme de artistas islandeses. O festival se espalha por alguns lugares da cidade, incluindo o Reykjavik Art Museum. E novembro é um mês ótimo para ver aurora boreal, pois é o mês mais escuro do ano.
Link: icelandairwaves.is
O Pitchfork Paris começou pequeno, mas tem crescido a cada ano que passa. O festival acontece por três dias no Parc de La Villette, próximo ao centro de Paris. E, além dos shows, o festival conta também com after-parties imperdíveis. Confirmados: The National, Kamasi Washigton, Talaboman, Jungle, Ride, entre outros a confirmar.
O Primavera Fauna acontece por apenas um dia, sempre no meio do feriado de 15 de Novembro, dando uma boa oportunidade para um respiro na reta final do ano. O festival reúne grandes nomes do rock e da música eletrônica. Artistas confirmados: Phoenix, Neon Indian e Homeshake.
Link: primaverafauna.cl
O Festival DoSol privilegia a música brasileira em sua programação e é hoje um dos principais festivais de música do país. A programação de três dias reúne artistas dos mais diversos lugares do Brasil, além de contar também com artistas internacionais. Em 2016 o festival contou com mais de 170 shows apresentados em 15 cidades diferentes, várias delas no interior nordestino. É para ficar de olho e, se puder, ir.
Link: www.facebook.com/DosolCultura
Quem gosta de festival pequeno, line-up indie enxuto, mas impecável, tem o Popload Festival na agenda. O festival proporciona uma oportunidade sempre única de ver grandes artistas em palcos pequenos. A lista de artistas para este ano está de arrepiar com PJ Harvey, Phoenix, Daughter, Neon Indian e Carne Doce.
Link: www.poploadfestival.com
O Strawberry Fields é um festival de artes e música eletrônica com duração de três dias à beira de um lago. Ele rola a algumas horas de Melbourne e a pedida é acampar. A programação conta com performances, workshops, fóruns de discussões. O line-up sempre conta com artistas internacionais e australianos. O clima é bem relaxado, a comida é boa e os australianos são animadíssimos e simpáticos.
Link: www.strawberry-fields.com.au
O Sónar não rolou em São Paulo, mas Bogotá tem uma ótima cena de música eletrônica que manteve-o de pé por lá. O headliner desta edição é Sigur Rós, que em São Paulo faz show solo no Popload Gig. Ainda tem Nina Kraviz, Pantha du Prince, Dubfire, Roman Flügel. E ainda é uma ótima oportunidade para mudar de ares e curtir um fim de semana na capital colombiana.
Link: sonarbogota.com
O Novas Frequências é o maior festival internacional de música experimental e explorações sonoras da América Latina. Em 2016 ele chegou ainda mais robusto, distribuindo-se em cinco espaços diferentes no Rio de Janeiro por seis dias. Trouxe um line-up de peso para o Brasil em sua última edição, com destaque para a dupla americana Xiu Xiu. Em 2016 também passou a ser parceiro do SHAPE, plataforma dedicada à música e arte sonora, que conta hoje com dezesseis festivais parceiros espalhados pela Europa. É para ficar de olho, porque o Novas Frequências só tende a ganhar cada vez mais espaço (e torcemos para isso).
Link: www.novasfrequencias.com
Magnetic Fields Festival 2016 from Magnetic Fields Festival on Vimeo.
Quem quiser fugir no começo de Dezembro para a Índia, já tem um bom motivo. O Magnetic Fields é, provavelmente, o melhor festival de música eletrônica do país. Ele acontece no Rajastão num grande palácio do século 17. O lugar é de deixar qualquer um sem fôlego, especialmente no nascer e no pôr-do-sol. O line-up não fica atrás com nomes como Floating Points, Matias Aguayo e Roman Flügel.
Link: www.magneticfields.in
Capa: Burning Man por William Neuheisel
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsNuhhh muito obrigada! <3
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.