Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Se a pandemia trouxe alguma coisa de boa, para a Luciana Guilliod essa coisa foi a liberdade. Ela, que sempre esteve com o pé na trilha e contava tudo para nós no Fit Happens, agora descobriu que não precisa nunca mais ter uma casa se não quiser. Com a consolidação do trabalho remoto, ela juntou suas coisas e foi passar a pandemia bem longe do Rio de Janeiro. Agora, já que ela vive nômade há mais de um ano, a gente conversou com ela para saber para onde mais ela quer viajar em 2022:
“Eu estava profundamente infeliz com a rotina de passar a semana inteira dentro do escritório. Era lá que eu estava lock e me sentia down. O trabalho remoto que veio com a pandemia me levou a realizar o sonho de passar uma temporada longa sozinha fora do Brasil. Morei metade do ano em Tulum, conheci incontáveis lugares no México, viajei pelo Equador, Guatemala e agora redijo esse post de um café nas montanhas do Panamá. Foi uma linda jornada de auto descoberta, de quem realmente sou, do que gosto e como me sinto quando estou diante de uma cidade nova inteira de possibilidades, tendo que usar apenas uma máscara real e não a metafórica. O trabalho online veio pra ficar e de 2022 pra frente ficarei mais dias fora do escritório que dentro dele. Então vou conseguir viajar mais vezes e mais devagar. Meu plano é não ter planos, apenas intenções e o coração aberto para as oportunidades que a vida me oferecer.”
Qual é o destino que está no seu radar, que você já está se organizando para ir no próximo ano, e porque escolheu esse destino?
Tudo que quero no momento é estar em cidades pequenas, com muita natureza e uma comunidade com quem tenha afinidade. Depois de meses convivendo com nômades digitais do mundo inteiro, estou tentada a conhecer outros lugares populares na América Latina como Costa Rica e República Dominicana.
Qual evento/festival/acontecimento você quer ou vai participar no próximo ano? O que ele tem de tão especial?
Em 2022 é hora de finalmente ir ao SXSW e ao Burning Man, ambos nos Estados Unidos. Estou com voo e ingressos para o SXSW comprados desde, bom, março de 2020. Austin parece ser meu número e sempre tive vontade de participar desse mega festival de criatividade e inovação, entrar em contato com ideias e pessoas novas. E depois de uma intensa jornada interior provocada pela pandemia e trabalho remoto, sinto que é hora de me jogar de cabeça na experiência transformadora que é o Burning Man – me ajuda a escolher meu playa name?
Qual é o lugar de desejo que você gostaria muito de ir? Pode ser um lugar novo que você descobriu, um lugar do coração, um lugar que tem uma história nova para você… e por que?
Tenho velhas dívidas de viagem a matar: China, Índia, Sri Lanka – Ásia, me chama que eu vou! Viajo para entrar em contato com o desconhecido, pra me desafiar, pra voltar com ideias diferentes das que já fui, e a Ásia sempre me apresenta muitas lições. O Oriente Médio também mexe comigo e acho que tá na hora de conhecer o Irã. Fico emocionada só de pensar na idéia.
Sempre que encontro uma brecha na agenda vou pra Floripa, o lugar do Brasil onde mais tenho vontade de morar e onde já estão pessoas super queridas. Minha família é de Belém, que acho um dos lugares mais subestimados do Brasil, que é absolutamente incrível. Sei que não vou demorar a comprar uma passagem pra essas capitais do Norte e Sul mais uma vez.
Veja também:
Para onde viajar em 2022, com Natalia Baffatto
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.