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Apesar do Sri Lanka ter saído na Lonely Planet como um dos roteiros mais recomendados para 2019, não é muito comum este país estar na lista de prioridades dos brasileiros, ainda mais para estadia de um mês. Uma pena, porque dá para ficar mais de um mês só fazendo turismo no Sri Lanka. A parte boa de ficar todo esse tempo no país, foi o fato de poder trazer bons bons insights para vocês, então vamos lá:
Há muitos lugares para serem explorados no Sri Lanka, como também existem roteiros infinitos já mapeados por todo o país. Mas que tal falarmos sobre roteiros não convencionais? Sabe aquela região que pode ser uma excelente acomodação para sair do fervo, mas continuar perto de tudo? Pois então, encontrei algumas preciosidades.
A verdade é que a locomoção pelo país é muito tranquila, graças também à flexibilidade nos meios de transporte. Em três horas e meia é possível viajar de Colombo, a capital, para Weligama, ao sul, pagando apenas R$ 18 para ir de trem na primeira classe com ar condicionado (que, vai por mim, vale a pena o investimento).
Fora isso, você pode fazer viagens de ônibus, tuk tuk, moto ou carro. Recomendo baixar três aplicativos diferentes que funcionam apenas na capital: Pickme, Uber e Kangaroo Cabs.
Algumas das cidades recomendadas que valem a pena a estadia, e que são pouco comentadas nos guias, são Midigama e Ahangama, próximas de Weligama e Mirissa. Normalmente com valores mais baratos de acomodação, essas regiões tem excelente localização para conhecer as praias ao leste, e muitas opções de restaurantes veganos, aulas de yoga, surf campings e etc.
Como valorizo viajar sem pressa, também aprecio muito o cotidiano dos lugares por onde passo. Por isso, recomendo fazer algumas coisas simples mas que são muito comuns para os cingaleses:
Vamos ao que interessa: comida! Para quem já conhece a comida indiana, a comida no Sri Lanka é bem semelhante, mas também possui influências diversas da culinária indonésia, holandesa e até mesma portuguesa.
Os pratos mais tradicionais são o arroz com curry, o koottu (meu predileto), o appam, o pol sambola e o roti. Muitos pratos acompanham o molho de pimenta, chamado sambal, e também diversos curries.
É bem fácil encontrar comida de todos os lugares do mundo, inclusive o famoso Nasi Goreng indonésio. Um prato interessantíssimo que merece a sua atenção é a sopa de flor de banana, um prato essencialmente tailandês, mas que é muito comum em diversos países na Ásia.
Ingredientes muito utilizados nas receitas em geral são o grão de bico, a manteiga ghee, o coco, a masala e o iogurte. Para os veganos e vegetarianos, o Sri Lanka é o paraíso, pois tanto na comida de rua como até nos restaurantes ocidentais, a comida sem carne e derivados de animais é sempre a prioridade.
Algumas curiosidades: o que me deixou surpresa foi o tamanho das porções, que são extremamente bem servidas. Outra coisa é o fato dos pratos serem comidos apenas com as mãos. Recomendo você experimentar ter essa conexão que os cingaleses têm com a sua comida.
O motivo pelo qual passei tanto tempo no Sri Lanka foi o fato de eu estar nessa saga de trabalhar, viver e viajar há mais de dois anos. Então porque não ficar o mês inteiro de janeiro aproveitando para fazer turismo no Sri Lanka, não é mesmo?
Em relação à estrutura, não foi simples encontrar cafés confortáveis para passar mais tempo ou até mesmo co-workings. Mesmo assim é possível notar várias pessoas de fora trabalhando remoto e vivendo no país.
Então a minha recomendação é investir no seu Airbnb, hotel ou hostel, procurando um lugar com um espaço confortável para trabalhar. Quando você cansar da sua acomodação, vale a investida em um café para fazer uma reunião e procurar comida.
Uma outra recomendação é fazer uma recarga generosa de internet no seu celular, pois o wifi nas acomodações e cafés normalmente deixa muito a desejar. Ao mesmo tempo, a internet 3G/4G é excelente, pode confiar.
O surf é um dos pontos altos do tursimo no Sri Lanka, e é dividido em duas grandes temporadas: a temporada seca que vai de novembro a abril, e a temporada de chuvas que vai de maio a outubro. Isso se reflete muito na escolha da localização para surfar, pois na temporada seca o swell é mais constante na costa oeste, e na temporada de chuvas é mais constante na costa leste do país.
Cada destino que você escolhe para surfar reflete nos tipos de onda que você vai encontrar no local. O Sri Lanka é um paraíso para o longboard. Na costa leste, ondas mais longas quebram em point-break sobre fundos de areia e pedra que se movem com a temporada, como em Arugam Bay.
Entre o sul e o oeste, há uma variedade incontável de ondas que se espalham ao longo da costa. Elas variam desde reefs rasos com ondas verticais, como é o caso de Rams em Midigama, até beach breaks e reefs mais profundos, com ondas perfeitas para aprender e evoluir no surf, como é o caso de Lazy Rights.
O Sri Lanka está mais protegido dentro do Oceano Índico e não recebe tanto swell como em outras regiões na Ásia, mas ainda assim proporciona uma excelente qualidade de ondas em uma atmosfera acolhedora para a prática do esporte. Escolas de surfe e lugares para alugar pranchas não vão faltar.
Foto em destaque: Unsplash.
Designer, especialista em perrengues, comida de rua, gestão de marcas e trabalho remoto. Come, dorme e se teletransporta por aí no jeitinho simples da vida local. Radicada em Bali e procurando sempre a próxima ilha para ancorar.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.