Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Você acha que vai encontrar destinos de conto de fada só na Islândia ou naquela ilha escondida no meio do Pacífico, não? Mentira. Aqui mesmo, na América Latina, existem lugares que vão além daquela nossa conhecida lista-desejo Patagônia-Cuba-Galápagos-Páscoa e que nunca conseguimos terminar. Mas como encontrar esses lugares?
Consultamos blogueiros e viajantes experientes para contar um pouco do lugar preferido de cada um na América Latina, todos inusitados, mágicos, cheios de histórias, só esperando por nós. Chega de lenga-lenga: com vossa palavra, os experts.
A ilha de Little Corn é uma esquina escondida próxima à costa caribenha da Nicarágua. As praias parecem um cartão postal – a ponto de você ter que se beliscar para ter certeza de que não está sonhando. No pacote do cenário, vai de brinde uma areia branca e águas turquesas até onde sua vista alcançar. Completam a atmosfera a incrível hospitalidade dos locais, expatriados que resolveram ser “relaxados na vida” e os viajantes que vão para lá diminuir o ritmo e se perder no lifestyle da ilha.
Seleção da Trisna, que escreve sobre suas viagens na Austrália, Sudeste asiático e América Latina no SumaBeachLifestyle.
Não é “secreto”, mas é a paisagem mais bonita que uma viajante para lá de experiente já viu. Por conta da composição química da água e das algas, a paisagem muda de cor conforme o vento, fazendo com que a temperatura pinte o lago de rosa, laranja, azul e afins. Coloque uns flamingos por cima e a paisagem lunar ao redor para se ter um local surreal, único e de impressionante beleza. A viagem é longa, mas dá para fazer em um dia a partir do Atacama chileno.
Seleção da Gaía Passarelli, viajante e escritora profissional, que escreve sobre coisas e lugares desde 2013 no How to Travel Light e é colaboradora aqui no Chicken or Pasta.
De manhã, surfe; à tarde, a tranquilidade hippie, e, à noite, festa inacabável. É o contraste que faz desse povoado no litoral do Equador tão diferente do resto do país. O custo de vida baixo atraiu muitos turistas, ainda fora do circuito dos brasileiros, que transformaram a aldeia de pescadores em algo que remete às paradisíacas e baladeiras ilhas da Tailândia.
Seleção do Felipe Floresti, que escreve para vários canais digitais e revistas impressas de viagem. Confira alguns aqui.
Não por acaso, Semuc Champey significa “onde o rio se esconde na montanha”. Uma formação rochosa que cobre o leito do Rio Cahabón, no estado da Alta Verapaz, e que fica ao norte da Guatemala . Piscinas naturais verde-turquesa rodeiam um vale imperdível com mata fechada. Através de trilhas, que não são para iniciantes, você sai de Cobán e Lanquin até o paraíso. Não dá para tirar da lista.
Seleção da Bel Duncan, atualmente esperando um Dunquinha Junior, escreveu em um mochilão o blog Trip Happens.
Todos falam de Macchu Picchu, mas a Colômbia também tem a sua ruína-versão-real – e muito menos explorada – chamada Ciudad Perdida (ou Teyuna). Fica na Sierra Nevada – costa caribenha do país, próxima à cidade de Santa Marta, e foi lá que os índios Tayrona se esconderam dos conquistadores espanhóis. O lugar foi abandonado e só redescoberto recentemente. Mas para chegar lá, é necessário muito fôlego: são três dias de trilha subindo a serra, margeando o Rio Buritaca, mas em meio a uma paisagem exuberante. No terceiro dia, chega-se a uma imensa escadaria talhada em pedra que leva à cidade em si. As construções Tayrona eram em madeira, e por isso só o que sobrou hoje são as bases circulares das casas, em pedra, mas é possível ter uma ideia de como vivia esse povo – que ainda habita algumas partes da Serra. No retorno ao litoral, é possível descansar nas águas caribenhas do vizinho Parque Tayrona ou ainda seguir para Cartagena.
Seleção do Pedro Ivo Dantas, viajante aventureiro de carteirinha e colaborador do Chicken or Pasta.
A dificuldade de acesso a esse povoado no litoral do Pacífico colombiano afasta muitos turistas, porém é uma dádiva para a biodiversidade da região. As baleias jubarte são a maior atração, completando o cenário com praias paradisíacas e a selva (semi-amazônica).
Seleção do Felipe Floresti, que escreve para vários canais digitais e revistas impressas de viagem. Confira alguns aqui.
San Juanillo é uma vila de pescadores na costa do Pacífico, perto de Nosara. E olha que muitos costa-riquenhos nem sabem que ela existe! Lá a natureza é quase intocada: da selva à praia de areias brancas (e negras!). Uma semana na fazenda da Hacienda del Sol é suficiente para conhecer todos os locais, além dos expatriados que se apaixonaram pelo local. Dá para alugar um bangalô, casar, ter filhos e ser feliz para sempre. Dizem…
Salento é uma cidade especial dentro de uma das maiores regiões de café da Colômbia. Você pode fazer um tour ou até voluntariar-se para colher uns grãos por um dia e experimentar a cultura. A cidade agrada não só aqueles amantes do café, buscando chegar na raiz da produção, mas também aqueles que procuram paz e tranquilidade no meio das suas várias atividades de aventura, como montanhas e cachoeiras. O Vale de Cocora fica próximo a Salento e é conhecido pelas palmeiras.
É só viajar algumas horas para o sul de Bariloche para encontrar El Bolsón. Fica em um vale pitoresco, onde as montanhas altas dos Andes nascem a seu redor. De lá, andar nas trilhas ou fazer rafting são algumas das várias atividades próximas ao Cajón Azul, o lindo rio que desliza entre os cânions. Na cidade, você acha aqueles artesanatos típicos, mas também arte contemporânea e cervejas artesanais. O lugar tem uma cultura quase hippie, então você pode acabar a noite bebendo e fazendo amigos que passam por lá indo à Patagônia. Mas, na real, muitos ficam por lá mesmo.
Seleção do John e sua esposa, que estão em uma viagem non-stop em mais de 50 países nos últimos 2 anos, e escrevem no Roaming Around the World.
No Nordeste da Patagônia, fica a pequena Ilha de Chiloé, meio deslocada do resto da cultura chilena. Toda a história ao redor é mágica, com bruxarias e simpatias que cativam a imaginação de qualquer visitante. A comida é um caso à parte: cozidos de peixe inimagináveis, feitos no chão e que não desapontam ninguém. Os Andes de cenário contrastam com os verdes da ilha – Chiloé é perfeito para sair do circuito turístico. Tomar café nos terraços dos ‘Palafitos’ (construções feitas na água), o folclore, a comida e a arte, fazem você imergir na cultura e na natureza, que, por sinal, não é tão ruim assim, pois a ilha hospeda a maior população de pinguins da América do Sul.
Seleção da Kimberly Erin, que escreve sobre aventura e como ir além dos seus limites nas Américas no blog Walkaboot.
Essa é a Veneza da América Latina. Aliás, Veneza, Venezuela, notou a similaridade? Não é coincidência, é exatamente porque Américo Vespúcio chegou ao Lago Maracaibo e achou muito parecido. Ao pegar um barco, passando pelas capivaras, iguanas e botos, você chega a uma vila de palafitas no meio do lago. A atração quase toda a noite é um show de tempestades elétricas no céu, para você assistir da sua rede coberta pelo seu mosquiteiro. Nada mal, não?
Anika Mikkelson está em uma missão de visitar todos os países do mundo, e ela escreve no MissMaps
Bora adicionar uns dois ou três na lista?
Foto do destaque: Julia Pernitz
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.