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No Rio, como em boa parte do Brasil, não é preciso pagar para ir à praia. Em grande parte delas, você vai encontrar barracas que alugam guarda-sol e cadeiras, mas não é obrigatório: você pode simplesmente levar sua canga e curtir o lugar. Para entender as praias cariocas, é importante saber que, dependendo da área que você escolhe, vai encontrar uma turma diferente. As áreas são divididas em “postos”, ou seja, identificadas pelo o número do posto de salva-vidas mais próximo de onde você está (neles, é possível ir ao banheiro e tomar banho, pagando). O posto 10 da orla de Ipanema/Leblon reúne os mais arrumadinhos; o posto 12 tem o Baixo Bebê, com famílias com crianças; no posto 8, em frente à rua Farme de Amoedo, se encontra a galera LBGT; o posto 9 era mais alternativo e libertário, mas agora anda bem diversificado; no Arpoador, entra a turma do surfe e também a galera do mergulho noturno, em alta nos últimos anos; no Pepê, na Barra, se reúnem os marombeiros e as patricinhas. No verão, é bom tomar o cuidado com o calor excessivo e os arrastões, que acontecem principalmente no Arpoador e em Ipanema. Essas são algumas das nossas praias e pontos favoritos:
Praia Vermelha: Não tão popular como as outras praias da orla da Zona Sul, a Praia Vermelha é uma boa opção. Aos pés do Pão de Açúcar, costuma estar própria para banho, e fica na Urca, um dos bairros mais tranquilos da cidade. Lá não tem arrastão. Pequena, é um verdadeiro recanto na cidade. Nos fins de tarde, às vezes acontecem shows de música. À noite, grupos de banhistas muitas vezes organizam luaus.
Leme: Apesar de, na prática, ser uma continuação da Praia de Copacabana, o Leme é uma parte que tem um charme especial começando pelo bairro que dá nome à praia, que tem clima de cidade pequena. À esquerda da praia está o Morro do Leme, em frente ao qual volta e meia acontecem festas no verão. O calçadão abriga alguns dos melhores bares e restaurantes do orla, como o tradicional La Fiorentina (que foi point de famosos nos anos 80) e o italiano Da Brambini.
Copacabana: As praias da Zona Sul não são as mais bonitas, mas possibilitam você dar aquela remada, surfada ou braçada antes do trabalho. Pra mim isso vale mais do que ter um carro de luxo. As águas calmas do posto 6 de Copacabana são a meca da natação do mar e do stand up paddle no Rio. Se quiser fazer de forma descompromissada, é só aparecer por lá e se jogar no mar. Querendo treinar com supervisão, a Equipe Fox cobra apenas R$ 40,00 por diária para a natação e o Rogério (21 91133070) pode te alugar uma prancha de stand up paddle, ensinar a remar ou te acompanhar numa travessia até a praia do Diabo ou Arpoador. Mas só faça a travessia se já tiver experiência, porque a correnteza é punk.
Praia do Diabo: Pequenininha, fica entre Copacabana e o Arpoador. Quando a maré está baixa, surge uma faixa de areia. Quando o vento está forte, é melhor não se arriscar, mas, quando está manso, é um paraíso escondido. É importante observar as placas para saber se dar para cair na água ou não.
Arpoador: Em um espaço relativamente pequeno de areia, é um dos nossos pontos favoritos no Rio. Mergulhar lá de noite no verão, por volta das 9, é um clássico carioca, além dos famosos aplausos para o pôr-do-sol. Bem perto da praia ainda existe o Parque Garota de Ipanema, que de tempos em tempos tem eventos. Perto das pedras da praia, há um lugar considerado bom para a prática de mergulho.
Ipanema: A praia queridinha dos moradores da Zona Sul Carioca está na música brasileira mais famosa no mundo e é a que tem a melhor infra-estrutura no entorno, com alguns bons restaurantes na orla (nada a ver com os pega-turista de Copa) e nas transversais à praia. A Barraca do Uruguai, no posto 9, é uma pedida: famosa por seus sanduíches, feitos na hora, já recebeu até visita de Anthony Bourdain, por duas vezes.
Leblon: Continuação de Ipanema, uma espécie de versão mais rica daquela praia. No canto da praia, está o Mirante do Leblon, ótimo lugar para quem quer admirar a paisagem da praia, e que andou tendo festas (à noite) uma época.
Joatinga: Com faixa de areia estreita (na maré alta, ela some), a Joatinga é uma praia pequena, com menos de 300 metros de extensão. O acesso é pela estrada do Joá, entrando em um condomínio fechado na Rua Pascoal Segreto e seguindo até a Rua Sargento José da Silva, onde uma escada leva até a areia. Apesar do que pode parecer, a praia não é exclusiva para moradores. É muito frequentada por body boarders. É meio contra-mão para ir sem carro.
Barra da Tijuca: A Praia da Barra não é muito frequentada pelos moradores da Zona Sul devido à sua distância e ao fato de ficar em um bairro onde depende-se muito de carro para tudo. Mas, se resolver ir àquela região, a praia, com águas claras e areia fina, é pedida obrigatória. Tem boa estrutura de quiosques e não há notícia de arrastão por lá. Só não são comuns os banhos noturnos, tão em alta no Arpoador, Ipanema e Leme. O Pepê, trecho do início da praia, tem clima gente-bonita-clima-de-paquera-presença-de-famosos.
Prainha: Encravada entre duas montanhas numa reserva ambiental, é uma das preferidas dos surfistas. Uma paisagem deslumbrante. Porém, só dá para chegar até ela de carro. Uma pedida para chegar lá era o Surf Bus, que sai do Largo do Machado e passa por diversas praias até chegar à Prainha. O ônibus tem até espaço para acomodar as pranchas. A previsão de volta do serviço é no fim de janeiro.
Grumari: Outra praia de difícil acesso, mas que compensa pela beleza. Cercada por vegetação natural, Grumari fica numa reserva ambiental. Para quem gosta de uma infraestrutura melhor, o local conta com o Quiosque do Alemão, com área coberta, pufes e drinques. A cinco minutos de lá, fica o Marambaia Café, dos mesmos donos, uma boa pedida para almoçar.
Kamille Viola é jornalista cultural, apaixonada por música, comida e viagens. Adora mostrar cantos menos conhecidos do Rio para quem vem de fora - e quem é da cidade também. É daquele tipo de gente para quem escrever não é uma escolha: é a única opção.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.