Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Apesar de o nome não ser nada convidativo, o Bar dos Descasados é uma opção super-romântica até para Dia dos Namorados. Ele foi batizado em homenagem ao hotel que funcionava ali antes, que ganhou fama ao hospedar muitos recém-separados. Fica numa construção colonial e, além de uma bela vista pro bairro de Santa Teresa, tem sofás e camas com dossel para se sentar, luz de velas e um clima muito intimista. Entre os destaques, drinques clássicos, criações do chefe de bar Renato Tavares, e a carta de cachaças. Uma boa é assistir ao por do sol juntinho, mas à noite o ambiente também é charmoso. Hotel Santa Teresa. Rua Felício dos Santos, 15 – Santa Teresa. Tel: (21) 3380-0240. Horário: Diariamente, das 12h às 0h.
O Bar do Mineiro é cheio, quente e o serviço nem sempre é dos melhores. Mesmo assim, a casa, assim como a calçada em frente e a do outro lado da rua, fica cheia. Isso porque a comida vale a pena. Como acontece na boa cozinha mineira, tudo que é frito é bom, então pode apostar nos bolinhos e nos pastéis, em especial o de feijão, um clássico da casa. Fica na linha do trilho do bonde e a feijoada servida é tradicional. Rua Paschoal Carlos Magno, 99 – Santa Teresa. Telefone: (21) 2221-9227. Horário: Diariamente, das 11h à 1h.
Famoso pelos drinques, o Meza também brilha na comida, com os famosos potinhos. As porções são pequenas de propósito: a ideia é experimentar vários, que saem da cozinha comandada pela chef Andressa Cabral. E ainda tem a vantagem de na região existirem vários outros bares e restaurante charmosos, convidando quem passa a um bar hopping. R. Capitão Salomão, 69 – Humaitá. Tel: (21) 3239-1951. Horário: Domingo a quarta, das 18h à 1h. Quinta, das 18h às 2h. Sexta e sábado, das 18h às 3h. Domingo, das 11h à 1h.
Cave Nacional: A loja virtual de vinhos de mesmo nome já existe desde 2015, mas em junho de 2017 o casal Marcelo Rebouças e Karina Rodrigues abriu o espaço, que também funciona como restobar. O ambiente é moderno e descontraído, com direito a mesas com ombrelones na varanda. O cardápio é enxuto, e vem num jogo americano de papel, com sugestões de harmonização com tinto, rosé, branco ou espumante. É possível escolher uma garrafa da adega, a partir de 140 rótulos — todos brasileiros, como o nome da casa sugere, e com opções com preços em conta (para levar, são mais baratos). Mas também há opções de vinho em taça. Para comer, entradinhas (cocotte ou burrata, por exemplo), sanduíches (como a baguete com parma, rúcula, queijo canastra e geleia de pimenta) e massas. Rua Dezenove de Fevereiro, 151 – Botafogo. Tel: (21) 2146-5334. Terça-feira a domingo, das 17h à 0h.
Misto de bar, casa noturna e centro cultural, a Comuna tem um bar bons drinques e um premiado hambúrguer (mas também comidinhas veganas), e recebe festas e bazares, entre outros eventos. Foi lá que começou a feira de pequenos produtores Junta Local. Vale checar a programação da semana no site. Às quintas e sextas, abre para almoço, preparado com ingredientes de pequenos produtores da Junta (cardápio da semana aqui). À noite, o lugar fica tão cheio que o pé-sujo da esquina, o Alfa, também passou a ficar lotado. R. Sorocaba, 585 – Botafogo. Telefone: (21) 3029-0789. Horário: Terça e quarta, das 18h à 1h. Quinta e sexta, das 12h às 15h e das 18h30 à 1h30. Sábado, das 18h30 à 1h30. Domingo, das 18h30 à 0h30.
Mixxing: A casa surgiu como escola de coquetelaria na Vila do Largo, no Largo do Machado, virou speakeasy no Rio Comprido e hoje está em novo endereço, em Botafogo. Mais especificamente em cima do restaurante Botequim (que, em 2017, se mudou para um casarão no outro lado da mesma rua onde funcionou por anos). Aberto na surdina, o Mixxing, de Alex Miranda e Lelo Forti, só funciona às quintas e sextas, a partir das 18h, e no sábado, a partir das 19h. Além de drinques clássicos, como Negroni e Aperol Spritz, é possível pedir bebidas personalizadas: o cliente fala do que gosta e os bartenders criam na hora. Os preços são convidativos: a partir de R$ 22 drinques nacionais. Para comer, os saborosos petiscos do Botequim, como os dadinhos de tapioca e os sonhos de bacalhau. O lugar tem música ambiente, que fica mais animada depois que o andar debaixo fecha, lá para meia-noite. Rua Visconde de Caravelas, 22 – Botafogo. Tel.: (21) 2225-7555. Quinta, das 18h à 1h. Sexta e sábado, das 18h às 2h.
Galeto Sat’s: Em atividade desde 1976, o Galeto Sat’s foi comprado em 2008 por Sérgio e Elaine Rabello, casal de antigos frequentadores do bar. Mudaram o cardápio, lançaram uma carta de cachaça com cerca de 300 rótulos e o lugar se tornou queridinho da boemia carioca, que lota a calçada. Entre os destaques, o coração de galinha temperado com vinho e ervas, o Galeto ao Molho Sat’s (feito com sucos de limão e laranja, ervas, alho e pimenta) e a farofa de ovo, que mais parece uma porcão de ovos mexidos passados na farofa, tamanha a fartura. Para beber, além de chope, são clássicos da casa a caipi de caju com limão e o Aperol Spritz. Em 2016, ganhou uma filial em Botafogo, em um casarão que fica igualmente cheio, sobretudo a varanda. Rua Barata Ribeiro, 7/ Loja D, Copacabana. Tel: (21) 2275-6197. Rua Real Grandeza, 212, Botafogo. Tel.: (21) 2266-6266. Segunda a quinta, das 11h às 5h. Sexta a domingo, das 11h às 6h.
No alto do Morro da Babilônia está o Bar do Alto. A aventura começa no Leme, você toma um mototáxi no pé do morro até lá em cima, e ainda sobe uns bons vários degraus de escada. Você segue por algumas poucas placas e pelo som ao fundo. Ao chegar, esperam um dono fofo, bons drinques, comidinhas bem gostosas e uma vista de tirar o fôlego. Rua São Jorge, Casa 4 – Final da Ladeira Ary Barroso – Leme. Telefone: (21) 2530-2506. Horário: Segunda a sexta, das 12 à 0h; Sábado e domingo, das 13 à 0h.
A Adega Pérola é um boteco tradicional, provavelmente o bar de tapas mais antigo da cidade. Só balcão tem mais de 40 opções de petiscos, fora os que saem da cozinha. O polvo marinado e o alho em conserva são destaques. Vale chegar cedo — senão não tem mesa — para conseguir experimentar uma variedade maior dos petiscos da casa. A Adega é o típico programa que carioca adora: pegar cerveja no balcão e tomar na calçada, afinal as mesas estão sempre cheias e, no auge do verão, o calor lá dentro pode ser grande. Destaque para o boa-praça Beto, merecidamente eleito diversas vezes o melhor garçom do Rio, com cerca de 30 anos de casa. Rua Siqueira Campos, 138 – Copacabana. Tel: (21) 2255-9425. Horário: Segunda a quinta, das 11h à 0h. Sexta e sábado, das 11h à 1h.
Cervantes: Uma verdadeira instituição carioca, o Cervantes segue sendo a salvação de muitos noite afora. O cardápio tem opções diversas, de picadinho (bem-servido) a salpicão, mas a maioria dos clientes vai atrás do clássico da casa: os sanduíches com abacaxi (que podem ter queijo também ou não), que existem desde 1955, quando ainda era o lugar uma mercearia, antes de ser comprado pelos atuais donos (o que aconteceu em 1965). Dá para escolher entre várias opções de recheio, sempre farto: filé, carne assada, frango, linguiça, lombo, salaminho, patê e só queijo e abacaxi, entre outras. Hoje ele conta com duas filiais na Barra, mas é Copacabana que tem a alma desse bar — e vice-versa. Avenida Prado Júnior, 335/loja B – Copacabana. Tel: (21) 2275-6147. Terça-feira a domingo, das 12h ao último cliente.
Encontrar mesa no Pavão Azul é raridade. Mas quem frequenta o bar nem se importa: os clientes lotam a calçada em frente. A estrela é a patanisca de bacalhau, um de bolinho português feito com o peixe, cebola e ovos, empanado na farinha. Bem mais leve que um bolinho comum. É vendida por unidade (mas é preciso pedir no mínimo quatro) e sai aos montes. A casa tem cerveja de garrafa, os pedidos para quem está em pé podem ser anotados em comanda e o melhor de tudo: os preços são bons. Rua Hilário de Gouveia, 71 – Copacabana. Telefone:(21) 2236-2381. Horário: Diariamente, das 12h à 0h.
Filial do bar paulista, o Astor carioca fica no Arpoador, com a vantagem de ter vista para a Praia de Ipanema. No DNA, continua sua carta de drinques exclusivos, tendo sido pioneira na cidade em ter uma carta dedicada ao gim. A Besteirinha, porção de canapés de filé à milanesa com queijo palmira, é irresistível. Nos fundos do salão, fica escondido o SubAstor, bar de drinques inspirado nos speakeasy americanos com criações de Fabio La Pietra, mixologista da casa de São Paulo. Av. Vieira Souto, 110 – Ipanema. Tel: (21) 2523-0085. Horário: Segunda a quarta, das 18h à 1h. Quinta, das 18h às 2h. Sexta, das 13h às 3h. Sábado, das 12h às 3h; Domingo, das 12h às 22h
A proposta do Academia da Cachaça é proporcionar um espaço onde a cachaça brasileira receba um tratamento profissional cuidadoso, para ser degustada de diversas formas melhor conhecida, revelando todo o valor dessa bebida tão brasileira. Não deixe de provar os petiscos do bar, em harmonia perfeita com as cachaças. Ah, e sabe o escondidinho, o clássico prato? Foi inventado ali. Rua Conde de Bernadotte, 26 – Leblon. Tel: (21) 2239-1542. Horário: Diariamente, das 12h às 2h.
A Rua Tubira nunca mais será cinza. Desde que a Jeffrey Store fez daquela região pouco frequentada pelos cariocas um espaço alegre, que respira cultura em todos os seus formatos, a marca já ganhou muitos fãs das suas deliciosas cervejas. Roberta Sudbrack estacionou numa loja ao lado seu foodtruck de sanduíches especialíssimos. Rua Tubira, 8 – Leblon. Telefone: (21) 2274-0000. Horário: Segunda a sexta, das 11h às 20h. Sábado, das 12h às 18h.
Comandado por Valéria e Mariana Rezende, mãe e filha, o Bar da Frente funciona no imóvel onde surgiu o Aconchego Carioca, que se mudou para a casa da frente (daí o nome), maior. Além de a dupla ser simpatia pura, cria petiscos como o Fondue de Coxinha: a porção do salgado servida com requeijão quente está no cardápio do bar desde 2010. Outras delícias do lugar são o Porquinho de Quimono, porção com seis unidades de harumaki recheado de costela suína defumada e requeijão de ervas, com molho agridoce à base de melado (petisco vencedor do Comida di Buteco de 2014), e o Malandrinho, pão de leite recheado com croquete de costela com provolone gratinado. R. Barão de Iguatemi, 388 – Praça da Bandeira. Telefone: (21) 2502-0176. Horário: Terça a sabado, das 12h às 22h. Domingo, das 12h às 16h.
O Sobe fica num terraço no Horto. A decoração é descolada e tem uma vista incrível do Cristo Redentor. Os drinques são o carro-chefe da casa: destaque para a caipirinha de tangerina com uva e pimenta e o gim tônica. De tempos em tempos, recebe festas. Rua Pacheco Leão, 724 – Jardim Botânico. Telefone: (21) 3114-7691. Horário: Terça a quarta, das 18 à 1h. Quinta e Sexta, das 18 às 2h. Sábado, das 13 às 2h. Domingo, das 18 à 1h.
O Bar Rebouças é despretensioso e informal. É uma portinha espremida entre uma padaria e uma casa de sucos. Passando por lá durante o dia você nem vê o pé-sujo, mas à noite as mesas lotam a calçada e o lugar ferve. O garçom Jorginho é quem faz a roda girar, não à toa é considerado um dos garçons mais eficientes do Rio. Ele cozinha, serve as mesas, faz o delivery e nos deixa sem fôlego só de pensar. Não deixe de experimentar o bolinho de camarão com catupiry e o bolinho de carne-seca. E pode ter certeza que a cerveja sempre estará bem gelada. R. Maria Angélica, 197 – Loja 02 – Jardim Botânico. Tel: (21) 2286-3212. Horários: Segunda a sexta, das 7h às 2h.
Nosso: Sem letreiro na fachada, o Nosso chama atenção pela porta de metal na entrada, que leva ao não menos imponente salão da casa (as paredes para a rua são inteiras de vidro, o pé-direito é alto e há um grande móvel de madeira aparando as bebidas atrás do balcão), que ainda tem o mezanino e o disputado terraço (uma delícia em épocas de clima mais ameno). Aberto em abril de 2017, tem drinques do premiado Tai Barbin, como o refrescante Dark n’ Stormy (rum envelhecido, limão-siciliano bitters e ginger beer). Aliás, o rum é um dos destaques: o bar possui 13 rótulos, de países como Jamaica, Trinidad & Tobago e Cuba, entre outros. A casa também tem coquetéis envelhecidos em barril, um de seus tesouros. Para comer, receitas saborosas de Bruno Katz, ex-braço-direito de Thomas Troisgros, com pedidas como as ostras com sorbet de limão-siciliano e pimenta dedo-de-moça. Rua Maria Quitéria, 91 – Ipanema. Telefone: (21) 99619-0099. Segunda a quinta, das 19h à 1h. Sexta e sábado, das 19h às 2h. Domingo, das 12h às 23h.
Teva: Comandada pelo sócio e chef Daniel Biron, formado no Natural Institute Gourmet, em Nova York (por onde passou Bela Gil), o “bar de vegetais”, como diz o letreiro, passa longe do esteriótipo de restaurante vegano. Com cardápio contemporâneo, tem drinques em sua carta, raridade em casas do gênero. O Clericot, feito com vinho branco, morango, laranja, maçã verde, lichia e xarope de alecrim, é uma boa pedida. O cardápio tem entradinhas como o mezze (pão romano, queijo de castanha com tomate-seco e manjericão, azeitonas marinadas, azeite extravirgem com ervas), saboroso, e o carpaccio de cogumelo (portobello ou cardoncello), ao molho de mostarda, alcaparras e ervas, parmesão de castanha de caju, picles de cebola-roxa e rúcula, servido com torradinhas, e pratos principais como o ravioli verde de massa de espinafre feita em casa recheado com queijo de castanha e tomate-seco, servido com molho de tomate fresco com manjericão e parmesão de castanha de caju. Av. Henrique Dumont, 110-B – Ipanema. Tel: (21) 3253-1355. Terça a quinta, das 12h às 16h e das 18h à 0h. Sexta, das 12h às 16h e das 18h à 1h. Sábado, das 12h à 1h. Domingo, das 12h às 22h.
Kamille Viola é jornalista cultural, apaixonada por música, comida e viagens. Adora mostrar cantos menos conhecidos do Rio para quem vem de fora - e quem é da cidade também. É daquele tipo de gente para quem escrever não é uma escolha: é a única opção.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.