Um réveillon que atrai milhões de pessoas, um carnaval que é a maior festa do mundo. Cantado em verso e prosa, o Rio é o maior destino turístico internacional de todo o Hemisfério Sul e o cartão de visitas do Brasil no exterior. Depois de sediar uma Copa, em 2014, e uma Olimpíada, em 2016, a cidade voltou a ter que encarar velhos problemas. Mas ainda encanta com sua beleza única e sua efervescência cultural.
Há alguns anos, o Rio já atrai um perfil de viajante que vai além dos velhos clichês. A natureza exuberante e a praia perto continuam sendo a moldura de um cartão-postal, mas recheado de vida cultural intensa, shows e exposições, muito além do bondinho e do Cristo.
Por isso, para iniciantes, é legal checar também algum outro guia: afinal, todo mundo precisa subir o Cristo uma vez. Mas este guia é para iniciados: traz restaurantes, botequins e programas que estão borbulhando, e é feito por locais e especialistas na arte de cariocar. Com orgulho.
Informações gerais
A segunda maior metrópole do país (a primeira é São Paulo) tem quase 6,5 milhões de habitantes (mais do que a Dinamarca, Finlândia ou Noruega, por exemplo) e teve uma parte sua classificada como Paisagem Cultural pela Unesco em 2012. O encontro entre praia e montanha é a principal marca da beleza natural do Rio, mas a cidade também tem preservados belos exemplares de diversas escolas arquitetônicas. Colonial, art déco, mourisco, eclético, neogótico, modernista, barroco e rococó: encontra-se de tudo um pouco. As favelas, muitas delas no coração de bairros da Zona Sul, são outra característica, e várias têm vida cultural intensa, atraindo gente do asfalto, como é o caso do Vidigal.
Embora o Rio tenha deixado de ser a capital do país em 1960, quando ela foi transferida para Brasília, é na cidade que a maioria dos estrangeiros pensa quando pensa em Brasil. Foi cenário de filmes como ‘Voando para o Rio’ (1959), com Fred Astaire e Gene Kelly; ‘007 contra o Foguete da Morte’ (1979), de Lewis Gilbert, com Roger Moore no papel do agente secreto (aquele com a clássica cena no bondinho do Pão de Açúcar); ‘Feitiço do Rio’ (1984), de Stanley Donen (que dirigiu nada menos que ‘Cantando na chuva’), e ‘Rio, eu te amo’ (da mesma série de ‘Paris, eu te amo’ e ‘Nova York, eu te amo’), no qual diretores como John Turturro, Guillermo Arriaga e Paolo Sorrentino (de ‘A grande beleza’), entre outros, filmaram na Cidade Maravilhosa.
Transporte
O metrô é bem restrito em comparação ao de outras grandes cidades. São apenas três linhas, sendo que elas se sobrepõem em grande parte do percurso. A linha 1 vai da Tijuca a Ipanema; a linha 2, da Pavuna a Botafogo e a linha 4 (sim, ela foi lançada antes da 3, ainda sem previsão), de Ipanema ao início da Barra. Em todas é possível ir ao Centro sem fazer baldeação. De toda forma, sempre é bem interessante ter uma estação perto de onde se está hospedado. Existe um vagão somente para mulheres nos horários mais cheios e o trem corre boa parte da Zona Sul. Em alguns lugares (como a Tijuca), há integração com ônibus, com desconto na tarifa. Existe o Metrô na Superfície, que nada mais é do que um ônibus que vai e volta de uma estação do metrô e só para em pontos específicos (“estações”). Um sai da estação Antero de Quental (em Ipanema) e o outro de Botafogo, e os dois vão até a PUC (na Gávea) e voltam. É necessário comprar o bilhete que serve para ele nas estações (o preço é o mesmo do comum) ou utilizar o Bilhete Único Carioca.

Os ônibus são uma boa escolha, e com eles praticamente toda área da cidade é acessível. Muitos circulam a madrugada inteira. As linhas sofreram diversas mudanças de número e trajeto nos últimos anos, o que complica um pouco. Mas dá para consultar neste site os percursos disponíveis na cidade.
Existem ainda bons serviços de barca, se a ideia for ir para a cidade vizinha de Niterói ou o bairro de Paquetá, que fica numa ilha e anda movimentado, principalmente no carnaval e nas festas de São João.
Uber, Cabify e 99táxi pegaram de vez. Só fique atento, pois muitos se perdem e acabam fazendo caminhos mais longos: olhar no Google Maps antes de sair é uma boa. Se você precisar pegar um táxi comum na rua, em geral sai mais em conta do que em outras cidades no Brasil, como São Paulo, provavelmente pelo fato de as distâncias normalmente serem mais curtas. Existem alguma pegadinhas: por exemplo, no aeroporto Santos Dumont cobram um extra relativo à quantidade de bagagem. Muitas vezes também cobram a corrida “no tiro” (ou seja, com preço fechado, sem ligar o taxímetro) em saídas de grandes eventos ou até mesmo nas madrugadas de sexta e sábado na Lapa.

A malha cicloviária da cidade é a segunda maior do país, perdendo só para São Paulo. Apesar disso, há muitos trechos que não são contínuos, forçando o ciclista a andar na rua, o que é sempre uma aventura, em se tratando do trânsito do Rio de Janeiro. Para alugar, existem as bicicletas laranjinhas do Bike Rio, projeto que, como tantos outros, foi inspirado no de Paris. Funciona assim: você marca de buscar a bike em uma estação mais próxima e pode devolver em qualquer uma. Pode optar pelo pagamento mensal ou pelo uso por um dia. Se por acaso você nunca usou, este link ensina como fazer.

Antigamente uma opção muito usada para ir a Santa Teresa, hoje o famoso bondinho vale como passeio, já que o preço subiu consideravelmente (custava o preço de uma passagem de ônibus e hoje sai por R$ 20, com a volta incluída; moradores cadastrados previamente, estudantes da rede pública uniformizados e com cartão escolar, pessoas acima de 65 anos e portadoras do Vale Social não pagam) e o trajeto foi reduzido: ele atualmente sai da Rua Lélio Gama (perto da Estação Carioca do metrô, no Largo da Carioca) e vai até o Largo dos Guimarães. Funciona de segunda a sábado, das 10h às 18h, e não circula em feriados. Os trens partem de 15 em 15 minutos. Atenção ao carnaval, pois ele não costuma funcionar em alguns dias e tem horário especial em outros, já que seu percurso coincide com os de alguns blocos.

Inaugurado para as Olimpíadas, o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) é um tram que trafega entre o Centro e a Região Portuária do Rio, ótima opção para turistar. Circula das 6h à meia-noite e possui duas linhas. A Azul vai do aeroporto Santos Dumont até a estação Praia Formosa, no Santo Cristo, passando por lugares como a Candelária, os museus da Praça XV, o Boulevard Olímpico, o AquaRio e a rodoviária Novo Rio (a linha tem dois trajetos, que terminam na mesma estação). Já a Verde vai da Praça XV à Praia Formosa, passando por Confetaria Colombo, Praça Tiradentes, Saara e Central, entre outros locais. O bilhete custa R$ 3,80 e é necessário já estar com ele ao entrar no veículo — é possível adquiri-lo nas máquinas de autoatendimento que ficam nas próprias estações e, com o Bilhete Único Carioca, é possível fazer integrações com ônibus dentro do período de até duas horas e meia. Uma vez no vagão, é necessário fazer a validação do bilhete, sob o risco de ser multado. Se tiver dúvidas, vale visitar o site do VLT.
* Foto da capa: barca por Gabriel Monteiro/Riotur
Hospedagem
Na hora de escolher onde ficar no Rio, vale pensar se o perfil do bairro tem a ver com o seu. A Zona Sul é a região preferida dos turistas, mas, mesmo nela, existem bastante diferenças entre um bairro e outro.

Copacabana e Ipanema em geral são os bairros mais valorizados, já que ambos têm praia. Botafogo e Flamengo (e Catete e Glória, menos visados, mas mais baratos), apesar de terem orla, não contam, já que as praias do Flamengo e de Botafogo fazem parte da Baía de Guanabara, poluidíssima, sendo impróprias para banho. O mesmo vale para a Praia da Urca (bairro charmoso, por sinal, mas com águas sujas — em compensação, ali pertinho tem a Praia Vermelha, em geral liberada para banho).
Leblon e Gávea estão entre os bairros mais caros da cidade, com várias opções de bons restaurantes e lojas de marcas conhecidas. Ipanema é uma área mais cheia de turistas e mais democrática (abriga aos domingos a Feira Hippie, na Praça General Osório, desde 1968), embora ainda cheia de endereços sofisticados. Várias tribos passam por ali. A praia do bairro é uma das preferidas da classe média carioca.
Copacabana é maior e mais caótico, com muita mistura: vai da sofisticação do Copacabana Palace à zona de prostituição na altura da Av. Prado Júnior. O bairro, que no passado foi sinônimo de glamour, hoje é uma espécie de síntese do Rio de Janeiro e seus contrastes, com praia, favela, a maior concentração de idosos da cidade, biroscas, tudo junto. A orla da Princesinha do Mar hoje tem muitos restaurantes de qualidade duvidosa que não valem o alto preço normalmente cobrado: boa parte é pega-turista. Hoje, além do italiano Don Camillo e as casas do Leme, há exceções como o bar de tapas ¡Venga! Chiringuito e o pub Macaco Caolho.
Botafogo, também apelidado de BotaSoho por um jornal carioca, é um bairro mais descolado, assim como seu vizinho Humaitá. Não tem praia onde dê para mergulhar, mas tem metrô, bares, restaurantes para todos os gostos (com direito a um polo gastronômico e um mercado com diversos bares), três cinemas de rua (dois deles com programação alternativa). É a região preferida dos indies, hipsters e modernos em geral.
Nos últimos anos, a Lapa, bairro boêmio mais famoso da cidade entre os turistas, também tem atraído interessados em se hospedar por lá. A região não tem tanto charme de dia, alguns lugares são feios e malcuidados, mas pode ser uma mão na roda se sua ideia é economizar e se você não tem tanta frescura. Os mais jovens costumam adorar o clima de farra. Aos domingos, no entanto, não tem tanto movimento. Como em toda região da cidade, é bom ficar de olho e não circular com a máquina fotográfica ou o celular à mostra o tempo todo.
Santa Teresa, o bairro famoso por sua vibe alternativa, é um lugar um tanto charmoso para se hospedar. E tem desde lugares baratos a hotéis sofisticados. O mesmo vale para os restaurantes da área. Lá estão algumas das mais belas vistas da cidade. O problema é a locomoção, já que o bondinho tem horário restrito e táxis muitas vezes têm má-vontade com o bairro. Mas nada disso impede que um bom número de turistas se hospede por lá o ano inteiro.
Abaixo algumas sugestões de lugares para se hospedar:

A Casa da Carmen e do Fernando fica no meio de Santa Teresa, com decoração personalizada por quarto, atendimento customizado e bom custo benefício, é uma opção fora do eixo para quem quer conhecer o Rio de outro ângulo. R. Hermenegildo de Barros, 172 – Santa Teresa. Telefone: (21) 2507-3084.

A Casa Beleza também fica em Santa. O casarão com piscina é ótimo para quem quer relaxar um pouco no hotel. O local é super bem recomendado e possui ótimo serviço. Rua Laurinda Santos Lobo, 311 – Santa Teresa. Telefone: (21) 2224-7403.

Se um lado o Hotel Sol Ipanema peca pela “padronização” dos quartos, por outro ganha na localização e acessibilidade para qualquer lugar do Rio, bem na Vieira Souto em Ipanema. Daí você já caiu direto para praia, utilizando guarda-sol e cadeiras do próprio hotel. O bar da piscina no último andar também oferece uma visão incrível das praias. Av. Vieira Souto, 320 – Ipanema. Telefone: (21) 2525-2020.

Os quartos do Mar Ipanema Hotel são pequenos, mas modernos e confortáveis com boa ducha e uma ótima cama. A localização também é privilegiada, mas os quartos com janela para a rua sofrem um pouco com o barulho. O café da manhã é farto e servido no bar Devassa, que fica no térreo do hotel. R. Visconde de Pirajá, 539 – Ipanema. Telefone: (21) 3875-9191.

O Leblon All Suites é uma boa opção para quem gosta de hostel butique. Foi inaugurado em 2014, fica bem localizado, oferece café da manhã, wi-fi gratuito, roupa de cama e banho, banheiro privativo, ar-condicionado, TV, secador de cabelo, enfim serviço de hotel com preços de “albergue de luxo” (porque de albergue simples não é). Eles possuem quartos para 1 a 6 pessoas. Os valores são a partir de R$ 370/diária (é possível achar hotéis com essa mesma tarifa, mas raramente serão bons). R. João Líra, 149 – Leblon. Tel.: (21) 2512-8000

O La Suite By Dussol é um pouco fora de mão do circuito, mas perfeito para quem busca por uma viagem cheia de sossego, especialmente a 2. O hotel butique é localizado no bairro do Joá, que fica a cerca de meia-hora de Ipanema e Leblon, numa mansão construída em 1968. A vista também é de tirar o fôlego. O preço médio da diária é de R$ 1.100. A rede By Dussol tem também um hotel na Gávea. Rua Jackson de Figueiredo, 501 – Joá. Tel.: (21) 3259-6123
Café da manhã
Café no Parque Lage: Perfeito para um domingo bucólico e sem pressa com os amigos, o café fica dentro de um dos lugares mais bonitos do Rio de Janeiro. Fica sempre cheio, então é melhor não chegar tão tarde. Já mudou de administração algumas vezes, e atualmente se chama Plage Café. Parque Lage. R. Jardim Botânico, 414 – Jardim Botânico. Tel: (21) 2226-8125. Horário: Segunda a sexta, das 9h às 17h. Sábado e domingo, das 9h às 18h.

Empório Jardim: é daqueles lugares pelos quais a gente se apaixona só ao entrar. Localizado num casarão charmoso no Jardim Botânico, o misto de bistrô, padaria e delicatessen mora no nosso coração. No café da manhã, você pode fazer os pedidos através de uma comanda, onde vai marcando as opções e as quantidade, o que é muito prático, ainda mais quando tem muita gente na mesa. E as delícias? Tem pão de queijo gruyère, iogurte e requeijão feitos na casa, drinques diversos (no café da manhã, quem nunca?), além dos pães, é claro (dá pra levar para casa depois, e a gente sempre leva), e do balcão de doces de dar água na boca. E, olha que barato: o café pode ser pedido a qualquer hora do dia. Pensou naqueles dias de ressaca? Pois é. O Empório Jardim é também uma ótima pedida para almoço. E, em agosto de 2016, uma filial no Instituto Moreira Sales, que merece um passeio por suas atrações. Rua Visconde da Graça, 51 – Jardim Botânico. Tel: (21) 2535-9862. Horário: Domingo a quinta, das 8h às 22h. Sexta e sábado, das 8h às 23h. Instituto Moreira Salles. Rua Marquês de São Vicente, 476 – Gávea. Telefone: (21) 3284-7424. Terça a domingo, das 11h às 20h.

La Bicyclette: O que começou com apenas uma bicicleta de entregas acabou se tornando um dos melhores cafés do Rio. O La Biclyclette está atualmente em dois endereços, sendo a mais nova no Leblon. O charme fica por conta das torradeiras individuais, e o fondant de chocolate que vale todas as calorias. Rua Pacheco Leão 320 loja D. Tel: (21) 3256-9052. Horário: Segunda, das 8h30 às 21h. Sábado, domingo e feriado, das 8h30 às 20h. Av. Ataulfo de Paiva, 566 – Leblon. Telefone: (21) Horário: Segunda a sexta, das 8h30 às 19h30. Sábado, das 8h30 às 15h30.
Casa Carandaí: Ótima opção para brunch, mas um pouco salgado no bolso. O lugar é uma mistura de empório e delicatessen, tem uma boa seleção de vinhos e queijos artesanais. No café da manhã são servidas opções caseiras que incluem pão com manteiga na chapa, ovos mexidos acompanhados de torradinhas, iogurte orgânico com frutas vermelhas e granola. Mas também há quiches, terrines e uma variedade de sanduíches, incluindo cachorro-quente feito com salsicha alemã. R. Lopes Quintas, 165 – Jardim Botânico. Tel: (21) 3114-0179. Horário: Segunda a sábado, das 9h às 21h. Domingo, das 9h às 17h.
Em um local inusitado e com uma ideia mais ainda, o Curto Café foi o primeiro a fazer sucesso no Brasil com o sistema pague-o-quanto-quiser. Só tem café ou capuccino, e o sistema de pagamento é simples: eles colocam em uma quadro os gastos do mês, meta, e cada um deixa o quanto acha que o seu café valeu. Av. Erasmo Braga, 278, Sobreloja, LQ 47 – Centro. Tel: (21) 98323-0183 ou 98176-2582. Horário: Segunda a sexta, das 10h às 17h.

Restaurante Da Bela: A chef de cozinha Bela Gil tem dois restaurantes na cidade, localizados nas duas unidades cariocas do Best Western Fashion Hotel. O do Arpoador tem decoração minimalista, com muita luz e paredes brancas, assinada pela estilista Glória Coelho. O restaurante fica no térreo e aposta em ingredientes frescos, sempre que possível orgânicos, locais e sazonais — como era de se esperar. Para o café da manhã, que funciona em esquema de bufê, há opções sem glúten, como o pão de queijo, o de mandioquinha e o integral, além do bolo de aipim com coco. Os ovos mexidos são preparados com ghee. Entre os queijos, estão minas curado, pecorino de Santa Catarina, o parmesão cru, de cabra e de ovelha. Destaque também para os sucos, como o de couve com banana, linhaça e canela. Best Western Premier Arpoador Fashion Hotel. Rua Bulhões de Carvalho, 337. Telefone: (21) 3609.3200, Horário: Café da manhã: Segunda a sexta, das 6h às 10h. Sábado e domingo, das 6h às 10h30.
Confeitaria Colombo: A tradicional fica no Centro, foi fundada em 1894 e é um dos patrimônios culturais do Rio de Janeiro. O café é farto, serve bem duas pessoas. Mas, para quem quer uma boa vista e não quer sair da Zona Sul, a filial em Copacabana cumpre bem o papel, valendo pela vista oferecida a quem consegue uma das mesas do lado de fora: vale a espera (e vai ter espera). Pode ser também uma opção saudável se você topar uma das megassaladas que eles tem por lá. É necessário pagar R$ 6 por pessoa para entrar no Forte. Praça Coronel Eugênio Franco, 1 – Copacabana. Tel: (21) 3201-4049. Horário: Terça a domingo, das 10h às 20h.
Cafeína: possui várias espalhadas pela Zona Sul e é sempre uma boa pedida para um café da manhã tardio ou mesmo para um pit stop para um café acompanhado de um docinho. Caso busque um reforço pré-praia, escolha um dos combos de café da manhã oferecidos, que são servidos no capricho. O resto do dia, dá para pedir o chá da tarde, que é bem semelhante Confira todas as lojas no site. Nossas favoritas: Rua Farme de Amoedo, 43, Ipanema. Tel: (21) 2521-2194. Horário: Diariamente, das 8h às 2h30. Rua Barata Ribeiro, 507, Copacabana. Tel: (21). Diariamente, das 8 às 23h.

Espaço 7Zero6: A cobertura do Praia Ipanema Hotel é aberta ao público e oferece uma bela vista da praia. É um lugar perfeito para começar bem o dia. O preço é salgado, mas os sucos, geleias e variedades de frios, além de ovos e uma tacinha de espumante, valem preço. Não deixe de fazer reserva, porque é bem pequenininho e concorrido. Praia Ipanema Hotel – Av. Vieira Souto, 706 – Ipanema. Tel: (21) 2141-4992. Horário: Café: Sextas, sábados, domingos e feriados, das 08 às 14h; Almoço Executivo: Segunda à quinta, das 12h às 15h; Chá da Tarde: Segunda a sexta, das 15 às 18h; Jantar: diariamente das 19 à 9h.
Talho Capixaba: Já foi açougue e hoje é uma mistura de padaria, confeitaria e uma das delicatessens mais completas do Leblon. Os destaques ficam com o croissant, o pão de queijo (especialmente a primeira fornada), pain au chocolat, focaccia, empadinhas, além da diversidade de pães. É um dos cafés da manhã mais concorridos da região. Av. Ataulfo de Paiva, 1022 A – Leblon. Tel: (21) 2512-8760. Horário: Diariamente, das 7h às 22h.
Da Casa da Táta: A casa é da Táta, mas bem que poderia ser da sua avó. Na Gávea, são poucas e ótimas as opções de café da manhã, uma com cesta de pães e geléias, suco e café, outra que acrescenta frios e frutas. O lugar serve também almoço, incluindo feijoada aos sábados. R. Prof. Manuel Ferreira, 89 – Lojas N e O – Gávea. Tel: (21) 2511-0947. Horário: Segunda a sexta, das 8h às 20h. Sábado das 8h às 18h30. Domingo das 9 às 14h.
Café Secreto: Fica escondido na charmosa Vila do Largo, no Largo do Machado. O espaço é pequeno e os produtos são de qualidade. Não deixe de experimentar o pão soudough artesanal acompanhado de um espresso bem tirado ou, se preferir, feito com Hario V60 ou Aeropress. É um achado em meio ao centro carioca para quem aprecia um ótimo café. Rua Gago Coutinho, 6 – casa 8, Largo do Machado. Horário: Segunda a sexta, das 10h às 18h.
The Slow Bakery: As grandes estrelas são os pães sourdough, de fermentação natural, longa maturação (alguns chegam a 72 horas) e farinhas 00 italianas e francesas com selo de agricultura sustentável. No café, eles vêm em tartitnes, croques, sanduíches e um surpreendente joelho, levíssimo. Outros itens artesanais do cardápio (que é sazonal) são a granola, iogurte, geleias, bolos, cookies, doces, sorvetes, confitados e alguns queijos frescos. Para acompanhar, cafés especiais, com direito ao cold brew (café feito em infusão a frio) da casa. É bom ficar atento ao Facebook deles, pois a casa costuma fechar para férias e em ocasiões de viagem dos donos. Rua São João Batista, 93 – Botafogo. Telefone: (21) 3563-8638. Terça, das 11h às 19h. Quarta a sexta, das 9h às 19h. Sábado, das 9h às 15h.
* Foto da capa: Restaurante Da Bela. Divulgação/Tomás Rangel
Restaurantes
Os botequins, em especial os pés-sujos, são uma marca carioca. Embora estejam cada vez mais raros na Zona Sul, ainda é possível encontrar boas biroscas pela região, com aquele clássico ovo colorido no balcão, a boa e velha cerveja de garrafa retornável e petiscos tão gordurosos quanto saborosos. Mas a cidade também tem restaurantes de alta gastronomia, com chefs famosos à frente. Em 2017, seis ganharam uma estrela do prestigiado Guia Michelin (Laguiole, Lasai, Mee, Olympe e Oro, além do Eleven, que fechou) e outros dez foram incluídos na categoria Bib Gourmand, com boa cozinha a bom preço (um deles, o Entretapas, também encerrou as atividades).
Centro
Xian: O topo de um antigo prédio da extinta Varig, hoje ocupado por um shopping, abriga o recém-aberto espaço, que reúne restaurante, lounge e, futuramente, área externa para shows e clube noturno. Vizinho ao aeroporto Santos Dumont, o Xian tem vista de tirar o fôlego: a varanda mostra a Baía de Guanabara emoldurada pelo Corcovado e o Pão de Açúcar. A casa tem tem drinques criados e preparados por Rod Werner (ex-Oro e Lasai), menu de inspiração asiática criado por Flávio Myamura e Daisuke Takao (que continua na casa como chef executivo), carta de saquês da sommelière Sonia Yamane e sobremesas da chef pâtissier Dianna Macedo. O lugar faz parte do grupo BestFork, o mesmo de Laguiole e Giuseppe Grill, que ainda este ano abre mais dois restaurantes no Rio. Bossa Nova Mall. Rua Almirante Silvio de Noronha, 365/terraço – Centro. Tel.: (21) 2303-7080. Segunda a quinta, das 12h às 23h. Sexta e sábado, das 12h à 0h. Domingo, das 12h às 22h.

Santa Teresa
Adega do Pimenta: restaurante de comida alemã tradicional, abriu suas portas há mais de 20 anos. As especialidades são o kassler, costela de porco cozinha e defumada, acompanhada de batatas coradas ou chucrute, ou o joelho de porco defumado e grelhado com batatas coradas. Para começar, vá de croquete de carne acompanhado de chopp bem gelado. R. Almirante Alexandrino, 296 – Santa Teresa (tem também uma filial na Praça Tiradentes, 6 – Centro). Tel: (21) 2224-7554. Horário: Segunta a sexta, das 12h às 22h. Sábado, das 12h às 20h. Domingo, das 12h às 18h.

Aprazível: O Aprazível é quase um cartão-postal do Rio de Janeiro. O restaurante fica num casarão antigo em Santa Teresa, um dos bairros cariocas mais charmosos. Quem vai almoçar ou jantar tem de brinde a vista da Baía de Guanabara. Arborizado, o local faz juz ao nome, já que é bem tranquilo. A cozinha é comandada pela mineira Ana Castilho, que remete às suas origens nos pratos que cria, utilizando ingredientes nacionais, muitos alimentos orgânicos vindos de diferentes partes do Brasil, misturando a cozinha brasileira e a internacional. É bom fazer reserva antes de ir. Rua Aprazível, 72 –Santa Teresa. Tel: (21) 2508 9174. Horário: Terça a sábado das, 12h às 23h. Domingo, das 12h às 18h.

Térèze: Uma das experiências gastronômicas mais exclusivas (e caras) da cidade, fica dentro do Hotel Santa Teresa, que ficou famoso por ter recebido Amy Winehouse e Snoopy Dog. Se você tiver uns reais a mais para gastar, vale investir nessa mistura de cozinha brasileira com francesa. Existe um bar específico de cachaças e a decoração é charmosa e elegante, sendo emoldurada pela vista para a Baía de Guanabara de brinde. Vale guardar para aquele dia especial, mas é sugerido fazer reserva. Hotel Santa Teresa. Rua Felício dos Santos, 15 – Santa Teresa. Tel: (21) 3380-0220. Horário: Diariamente, das 7h às 22h30.
Restaurante Nordestino Café do Alto: para quem quer se aventurar pela cozinha do Nordeste, o Café do Alto é uma ótima opção. Ambiente animado com música da região e bufê com pratos tradicionais do café da manhã ao jantar. Largo do Guimarães, 143 – Santa Teresa. Tel: (21) 2507-3172. Horário: Segunda, das 12h às 20h. Terça a sexta, das 12h às 22h. Sábado, domingo e feriado, das 9h às 22h.
Zona Norte
Aconchego Carioca: O bolinho de feijoada do Aconchego é um poema. O petisco foi copiado Rio afora, mas ninguém conseguiu atingir a perfeição da criação de Kátia Barbosa. Enquanto a receita conquistava o coração dos cariocas, a casa cresceu e passou a atrair para a Praça da Bandeira os moradores da Zona Sul, que em geral não costumavam atravessar o Túnel Rebouças para comer. Hoje, o Aconchego tem sempre fila na porta, ganhou como vizinhos ótimos estabelecimentos, é comandado por Kátia e sua filha, Bianca Barbosa, e seu cardápio tem muitas outras delícias, como a almofadinha (pasteizinhos com massa de tapioca). Para acompanhar a comilança, capirinhas de frutas diversas (como carambola, por exemplo) e uma extensa carta de cervejas, outro quesito em que a casa foi pioneira. O lugar, que virou referência e já recebeu visitas de nomes como Nigella Lawson e Ferran Adrià, ganhou uma filial no Leblon. Em breve, muda-se para outro imóvel na mesma rua, no número 235. Rua Barão de Iguatemi, 379 – Praça da Bandeira. Tel.: (21) 2273-1035. Horário: Terça a sábado, das 12h às 23h. Domingo, das 12h às 17h.

Zona Sul
Cosme Velho
Prana Cozinha Vegetariana: é atualmente um dos melhores restaurantes vegetarianos do Rio de Janeiro. Diariamente são servidas apenas duas opções de pratos e duas opções de lanche à tarde. Caso não queira perder a viagem, vá cedo, pois o lugar anda concorrido e, muitas vezes, às 14h os pratos já acabaram. Preço justo, cozinha criativa e atendimento bom também fazem parte da casa, que está praticamente do lado do bondinho que leva ao Corcovado (fica a dica!). Em setembro de 2017, ganhou uma filial no Jardim Botânico com o dobro do tamanho da loja original. Praça Rua Ererê, 11, Loja D, Praça São Judas Tadeu – Cosme Velho. Tel: (21) 2245-7643. Horário: Almoço diariamente, das 12h às 15h (o fim do horário do almoço pode ser antecipado devido à venda total dos pratos disponíveis no dia). Lanche de segunda a sexta, das 16h às 19h.

Flamengo & Botafogo
Café Lamas: Restaurante de bairro supertradicional fundado em 1874. O Lamas é daqueles lugares que têm garçons vestidos a caráter e que servem a comida fazendo uma espécie de pinça com duas colheres. Bife à milanesa com acompanhamento à francesa é uma das melhores pedidas da casa. Na sobremesa, vá de sundae com calda quente. Rua Marquês de Abrantes, 18 – Flamengo. Tel: (21) 2556-0229. Horário: Domingo a quinta, das 9h30 às 2h30. Sexta e sábado, das 9h30 às 3h30. Domingo a quinta, das 9h30 às 2h30. Sexta e sábado, das 9h30 às 3h30.

Irajá Gastrô: Fica na Conde de Irajá, rua que reúne alguns dos restaurantes mais interessantes da cidade e que batizou a casa. O Irajá ocupa uma casa do século XIX e tem à frente o chef Pedro Artagão (também responsável pela cozinha do Blue Note Rio, do Formidable, do Cozinha Artagão e do quiosque Azur), que deixa a sua marca em receitas como o filé à piemontesa reconstruído e o premiado bolo de brigadeiro quente com calda de baunilha, uma tentação. O restaurante também tem um menu degustação famoso — vale para um jantar especial. Rua Conde de Irajá, 109 – Botafogo. Tel: (21) 2246-1395. Horário: Segunda a quinta, das 12h às 15h30 e das 19h30 à 0h. Sexta, das 12h às 15h30 e das 19h30 à 1h30. Sábado, das 12h à 1h. Domingo, das 12 à 0h.
Naturalie Bistrô: Desde que inaugurou, no início de 2015, o Naturalie Bistrô vive concorrido. O hype não é sem motivo: comandado pela chef Natalie Passos, que abriu o restaurante com apenas 22 anos, o lugar é um charme e a comida, uma delícia. O cardápio, vegetariano, tem pedidas como a Feijoada Veggie (feita com abóbora e tofu defumado) e a Quinoa Thai (que combina cenoura, repolho-roxo e quinoa refogados na cebola e alho, cozidos no leite de coco, com amendoim e gergelim). A lasanha de abobrinha, superleve, é feita com a deliciosa ricota de cabra da Latteria Gialla, um verdadeiro achado do bistrô. Para completar, o restaurante fica numa casa tombada de dois andares em Botafogo, com decoração clean e aconchegante. O primeiro andar tem um mesão comunitário, à moda dos restaurantes americanos. Rua Visconde de Caravelas, 11 — Botafogo. Tel: (21) 2537-7443. Horário: Segunda a sábado, das 11h30 às 16h.

Miam Miam: Comandado pela chef Roberta Ciasca e o casal Danni Camilo e Stephane Quinquis, que também estão à frente do Oui Oui, o Miam Miam foi um pioneiro no gênero na cidade em confort food ao unir comida de alto nível, ambiente moderno e drinques criativos, tudo isso de forma bem descontraída. A casa comemorou dez anos em 2015. No mesmo ano, entrou para o Guia Michelin, na cateogoria BIB Gourmand, com comida de excelência a bons preços. Vale apostar no menu degustação, para provar de tudo um pouco. Rua General Góes Monteiro, 34 – Botafogo. Tel: (21) 2244-0125. Horário: Terça a sexta, das 19h às 0h. Sábados e feriados, das 20h à 1h.
Lasai: Tendo à frente o chef Rafa Costa e Silva, que trabalhou no Mugaritz, na Espanha (que já foi eleito o terceiro melhor do mundo pela revista The Restaurant), o Lasai fica na rua mais gastronômica de Botafogo, a Conde de Irajá. Aberto em 2014 num sobrado de 1902, em 2015 já ganhou uma estrela Michelin para chamar de sua. Os vegetais são em boa parte produção própria. Não há opção à la carte, apenas dois menus degustação: a R$ 295 (com entrada, principal e sobremesa) e R$ 345 (sequência de pelo menos catorze etapas montada pelo chef). Importante: o restaurante só trabalha com reserva. Rua Conde de Irajá, 191 – Botafogo. Telefone: (21) 3449-1834. Horários: Terça a sexta, das 19h30 às 22h30. Sábado, das 13h às 14h30 e das 19h30 às 22h30.
Void: A filial de Botafogo da multimarcas descolada lançou uma cozinha Colaborativa, a House of Food, em dezembro de 2015. De lá para cá, mais de 740 encostaram a barriga no fogão, entre chefs conhecidos (como Elia Schramm), novatos e até artistas, como Marcelo Jeneci. O sucesso foi tanto que a calçada em frente ao espaço vive lotada e a Void abriu restaurantes em suas filiais da Barra (Entrevero, com Thiago Berton à frente da parrilla) e do Arpoador (Brota, vegetariano pilotado por Roberta Ciasca). R. Voluntários da Pátria, 31, loja C – Botafogo. Tel.: (21) 3593-3326. Domingo a quarta, das 11h30 à 1h30. Sábado, das 11h30 às 3h30.
Urca

Cota 200: Em maio de 2015, o Rio ganhou um restaurante em um dos principais cartões-postais da cidade: o Cota 200, no Morro da Urca. Com uma visão de 180º, a casa aposta em sabores brasileiros. À frente da cozinha, está a chef Denise Davidson, que criou receitas para o almoço, happy hour ou jantar. Entre as sugestões, pratos como o filhote coberto com farofinha de castanhas e purê de banana ao leite de castanha-do-pará, servido à noite. A carta de vinhos e cervejas especiais fica a cargo do premiado sommelier João de Souza: a adega tem mais de 200 rótulos. Assinada por Davi Cavalcante, a carta de drinques tem pedidas como o Pitanga Dodan, com vodca, cointreau, pitanga, limão, açúcar demerara e flor de sal, e o Gaia, que combina espumante e xarope artesanal de cupuaçu. Importante: para os clientes que fazem reserva, o ingresso para o Bondinho ao Morro da Urca já está incluído (sempre vale a ida). Av. Pasteur, 520 – Urca (Bondinho do Pão de Açúcar). Tel: (21) 2543-8200. Horário: Segunda e terça, das 12h às 19h. Quarta a domingo, das 12h à 0h.

Julius Brasserie: é um bistrô na Urca, onde a mesa mais disputada é na janela para apreciar a praia. A comida é ótima e tem ainda uma boa carta de vinhos. A influência da cozinha é europeia, com um cardápio com carnes de caça, saladas, massas e risotos. Não deixe de experimentar o magret de pato. A casa é comandada pela dupla Márcia Helena, brasileira, e o holandês Julius Bijslma. De terça a sexta é servido cardápio executivo com entrada, prato principal e café. Vale a investida. Av. Portugal, 986 – Urca. Tel: (21) 3518-7117. Horário: Terça a domingo, das 10 à 0h.
Copacabana & Ipanema

Bar do David: Bicampeão do concurso Comida di Buteco (em uma das edições, foi o vencedor da versão nacional da competição), o bar merece a visita. O atendimento simpático feito pelo próprio David já vale a subida da Ladeira Ary Barroso. Por lá, comidinha com toque nordestino, como feijoada de frutos do mar (a mais pedida), tropeiro carioca e croquete de frutos do mar, além de uma bela seleção de cervejas artesanais e cachaça. Vá sem pressa. Ladeira Ary Barroso, 66 – loja 3. Morro Chapéu Mangueira, Leme. Tel: (21) 7808-2200. Horário: Diariamente das 8 às 17h.
Shirley: a tradicional casa espanhola é imperdível se você gosta de frutos do mar, pois é uma das melhores do Rio. Tudo é incrível, as sardinhas, polvo ao vinagrete (hummm), a paella e o Badejo à Moda do Shirley, um dos destaques do cardápio. O restaurante data de 1954 e mantém sua qualidade desde então. Rua Gustavo Sampaio, 610 – Leme. Tel: (21) 2275-1398. Horário: Diariamente das 12 à 0h.
Azumi: Fiel às receitas tradicionais japonesas, desde o início dos anos 90, o Azumi é comandado por Isao Ohara e o filho, Hajime. O enorme cardápio pode espantar quem vai à casa pela primeira vez, pois são mais de cem itens, todos escritos (e descritos) em português e em japonês. Não espere nada com cream-cheese. Uma experiência imperdível. Rua Ministro Viveiros de Castro, 127 – Copacabana. Tel: (21) 2541-4294. Horário: Segunda a quinta e domingo, das 19h à 0h. Sexta e sábado, das 19h à 1h.

Le Blé Noir: O restaurante é especializado em crepes feitos com trigo sarraceno, típicos da Bretanha, perfeito para quem não pode ingerir glúten. Os crepes são deliciosos e bem-servidos, com uma diversidade incrível no cardápio (e ainda dá para montar o seu, personalizado). O clima é bem aconchegante, ótimo para um jantar romântico, mas também vai bem para grupos pequenos de amigos. A carta de vinhos é bem caprichada. Tem também uma filial na Barra da Tijuca. Rua Xavier da Silveira, 19 – Loja A – Copacabana. Tel: (21) 2267-6969. Horário: Segunda a sexta, das 19h30 à 0h. Sábado, das 19h30 à 1h.

Zazá Bistrô: O Zazá é, sem dúvida, o restaurante mais romântico do Rio. Instalado numa casa linda, bem decorada e cool até dizer chega, tem luz de velas, comida com ingredientes orgânicos (antes disso virar moda, por sinal) e com perfume oriental contemporâneo, drinques inspiradores, música bacana… O segundo andar é ainda mais aconchegante e especialmente indicado para casais: você tira os sapatos (há chinelos à disposição para a hora de ir ao banheiro) e se senta em confortáveis sofás ou almofadas, com os pés no chão forrado por um tapete felpudo. Por ali, passaram chefs como Checho Gonzales (que hoje comanda a Comedoria Gonzales, em SP) e Lúcio Vieira (hoje no Lilia). Destaque para o atum fresco marinado e selado, servido com purê de wasabi, sagu de beterraba e couve crocante, mas não faltam boas opções. Apesar de não ser dos mais baratos (mas vale cada centavo), vive cheio, então, se a ideia é comemorar uma data especial lá, é melhor reservar. Rua Joana Angélica, 40 – Ipanema. Tel: (21) 2247-9101. Horário: Segunda a quarta, das 18h30 à 0h30. Quinta, das 13h às 18h e das 18h30 à 0h30. Sexta, das 13h às 18h e das 18h39 à 1h. Sábado, das 13h à 0h. Domingo, das 13h à 0h.
Leblon

Jaeé: Em meio ao burburinho do Baixo Leblon, o Jaeé trouxe ao Rio o conceito de salad-bar, com o intuito de oferecer, de forma rápida e pronta para o consumo, comida gostosa, fresca e saudável. À frente da cozinha, a chef Thabyta Gesteira, que segue a máxima “ser saudável não é tendência, é um estilo de vida.” Avenida Ataulfo de Paiva, 1.228, loja B, Leblon. Tel: (21) 2540-5627. Horário: Diariamente, das 8h às 23h30.

Zuka: A característica principal do Zuka é sua alta gastronomia preparada na grelha, com a chef Ludmila Soeiro à frente da cozinha. No menu opções sofisticada do mar, da terra e do ar. Se você ama um bom peixe, não deixe de experimentar o atum selado com pupunha, que é de comer de joelhos. Rua Dias Ferreira, 233 – Leblon. Tel: (21) 3205-7154. Horário: Segunda, das 19 à 1h. Terça, das 12h às 16h e das 19h à 1h. Sábado, das 13h à 1h. Domingo, das 13h à 0h.
Jardim Botânico & Humaitá
Casa Camolese: Localizada na antiga vila de casas no Jockey Clube, que ficou por décadas em ruínas, agora revitalizada e batizada de Vila Portugal, a Casa Camolese abriu para o público em novembro de 2017. Tendo como proprietários Cello Camolese Macedo (sócio de casas como Zazá Bistrô e Vezpa Pizzas) e o artista plástico Vik Muniz, o casarão tombado conta com restaurante, bar, cervejaria artesanal, café, delicatessen e um jardim (em construção), com vista para o Corcovado e o Morro Dois Irmãos — em 2018, será inaugurado ainda um clube para shows, o Manouche, no subsolo. O charmoso projeto dos arquitetos Bel Lobo e Bob Neri, com paredes de vidro e tijolos aparentes, valoriza o espaço. O cardápio é assinado pelo chef paulista Paulo Grobe e tem a culinária mediterrânea como inspiração, com produtos feitos na casa, como embutidos artesanais e pães de fermentação natural criados em parceria com a Slow Bakery, ou por pequenos produtores locais. Entre as comidas, mexilhões no vapor preparados com cerveja, alho-poró, pancetta e batata frita e atum grelhado com abacate e alcaparras, mussarela de búfala e manjericão. Rua Jardim Botânico, 983 – Jardim Botânico. Telefone: 98106-7804. Segunda a quinta, das 12h à 0h. Sexta e sábado, das 12h à 1h. Domingo, das 12h às 23h.

Jojö Café Bistrô: Fica ao lado do Jardim Botânico e é perfeito para tomar um vinho em dias mais frios (sim, eles existem no Rio). Às quintas, rola o Happy Oyster, com ostras fresquinhas vindas de Santa Catarina para serem devoradas acompanhadas de espumante. Nos demais dias, você pode se deliciar com arrozes, saladas, sopas e outras surpresas no cardápio. Rua Pacheco Leão, 812 – Jardim Botânico. Tel: (21) 3565-9007. Horário: Terça a sexta, das 18h às 2h. Sábado, das 13h à 1h. Domingo, das 13h às 20h.
Olympe: Parte de uma família com tradição na gastronomia francesa, Claude Troisgros chegou no Rio há mais de 30 anos para nunca mais voltar ao seu país de origem. Hoje também conhecido como apresentador de TV, o chef passou recentemente para seu filho Thomas a batuta do Olympe, agraciado com uma estrela Michelin. Claude foi um dos pioneiros no uso de ingredientes brasileiros com técnica francesa na cozinha. O almoço-executivo é uma opção mais em conta para quem quer conhecer. São três opções de menu degustação, mas há também pratos individuais. Rua Custódio Serrão, 62 – Jardim Botânico. Telefone: 2539-4542. Segunda a sexta, das 12h às 16h e das 19h30 à 0h30. Sábado, das 19h30 à 0h30.
Lagoa & Gávea

Japa B: O prestigiado chef Nao Hara deixou a cozinha do Shin Miura depois de 25 anos e levou com ele sua equipe. O primeiro andar é servido rodízio, com bom custo-benefício. Mas, se estiver aberto a novidades, vá para o segundo andar, onde o cardápio é à la carte. Não deixe de pedir a Duplas do Chef, com pedidas como o sushi de atum com foie gras, além de outras delícias no cardápio e outras criações do chef, muitas vezes inventadas na hora, que são as boas da casa. Rua José Joaquim Seabra, 10 – Lagoa. Tel.: (21) 2530-0780. Horário: Segunda, das 19h à 0h. Terça a domingo, das 12h à 0h.
Braseiro da Gávea: Localizado na esquina mais movimentada do Baixo Gávea, onde cariocas se juntam para ver e serem vistos, a casa mantém as características de um ambiente simples e comida honesta. Considerado um dos melhores restaurantes de comida na brasa e um excelente point para a paquera no Rio, o Braseiro da Gávea já é parte do roteiro gastronômico e turístico carioca. Nos fins de semana, prepare-se para a fila na porta. Praça Santos Dumont, 116 – Gávea. Tel: (21) 2239-7494. Horário: Domingo a quinta, das 11 à 1h. Sexta e sábado, das 12 às 3h.
Guimas: O bistrô tradicional na Gávea abriu suas portas em 1981. Superaconchegante, tem bom atendimento e preços justos. O cardápio conta com uma boa seleção de massas, filé à milanesa com salada de batatas, picadinho de filé, arroz de pato e saladas, entre outras boas opções. Se você procura por confort food, o Guimas é uma ótima escolha. Está fora do burburinho, é bem frequentado, tem boa carta de drinques e tem ótima seleção de vinhos. Não tem como errar. R. José Roberto Macedo Soares, 5 – Gávea. Tel: (21) 2259-7996. Horário: Diariamente, das 12h à 1h.
Bares
Apesar de o nome não ser nada convidativo, o Bar dos Descasados é uma opção super-romântica até para Dia dos Namorados. Ele foi batizado em homenagem ao hotel que funcionava ali antes, que ganhou fama ao hospedar muitos recém-separados. Fica numa construção colonial e, além de uma bela vista pro bairro de Santa Teresa, tem sofás e camas com dossel para se sentar, luz de velas e um clima muito intimista. Entre os destaques, drinques clássicos, criações do chefe de bar Renato Tavares, e a carta de cachaças. Uma boa é assistir ao por do sol juntinho, mas à noite o ambiente também é charmoso. Hotel Santa Teresa. Rua Felício dos Santos, 15 – Santa Teresa. Tel: (21) 3380-0240. Horário: Diariamente, das 12h às 0h.

O Bar do Mineiro é cheio, quente e o serviço nem sempre é dos melhores. Mesmo assim, a casa, assim como a calçada em frente e a do outro lado da rua, fica cheia. Isso porque a comida vale a pena. Como acontece na boa cozinha mineira, tudo que é frito é bom, então pode apostar nos bolinhos e nos pastéis, em especial o de feijão, um clássico da casa. Fica na linha do trilho do bonde e a feijoada servida é tradicional. Rua Paschoal Carlos Magno, 99 – Santa Teresa. Telefone: (21) 2221-9227. Horário: Diariamente, das 11h à 1h.
Famoso pelos drinques, o Meza também brilha na comida, com os famosos potinhos. As porções são pequenas de propósito: a ideia é experimentar vários, que saem da cozinha comandada pela chef Andressa Cabral. E ainda tem a vantagem de na região existirem vários outros bares e restaurante charmosos, convidando quem passa a um bar hopping. R. Capitão Salomão, 69 – Humaitá. Tel: (21) 3239-1951. Horário: Domingo a quarta, das 18h à 1h. Quinta, das 18h às 2h. Sexta e sábado, das 18h às 3h. Domingo, das 11h à 1h.

Cave Nacional: A loja virtual de vinhos de mesmo nome já existe desde 2015, mas em junho de 2017 o casal Marcelo Rebouças e Karina Rodrigues abriu o espaço, que também funciona como restobar. O ambiente é moderno e descontraído, com direito a mesas com ombrelones na varanda. O cardápio é enxuto, e vem num jogo americano de papel, com sugestões de harmonização com tinto, rosé, branco ou espumante. É possível escolher uma garrafa da adega, a partir de 140 rótulos — todos brasileiros, como o nome da casa sugere, e com opções com preços em conta (para levar, são mais baratos). Mas também há opções de vinho em taça. Para comer, entradinhas (cocotte ou burrata, por exemplo), sanduíches (como a baguete com parma, rúcula, queijo canastra e geleia de pimenta) e massas. Rua Dezenove de Fevereiro, 151 – Botafogo. Tel: (21) 2146-5334. Terça-feira a domingo, das 17h à 0h.
Misto de bar, casa noturna e centro cultural, a Comuna tem um bar bons drinques e um premiado hambúrguer (mas também comidinhas veganas), e recebe festas e bazares, entre outros eventos. Foi lá que começou a feira de pequenos produtores Junta Local. Vale checar a programação da semana no site. Às quintas e sextas, abre para almoço, preparado com ingredientes de pequenos produtores da Junta (cardápio da semana aqui). À noite, o lugar fica tão cheio que o pé-sujo da esquina, o Alfa, também passou a ficar lotado. R. Sorocaba, 585 – Botafogo. Telefone: (21) 3029-0789. Horário: Terça e quarta, das 18h à 1h. Quinta e sexta, das 12h às 15h e das 18h30 à 1h30. Sábado, das 18h30 à 1h30. Domingo, das 18h30 à 0h30.
Mixxing: A casa surgiu como escola de coquetelaria na Vila do Largo, no Largo do Machado, virou speakeasy no Rio Comprido e hoje está em novo endereço, em Botafogo. Mais especificamente em cima do restaurante Botequim (que, em 2017, se mudou para um casarão no outro lado da mesma rua onde funcionou por anos). Aberto na surdina, o Mixxing, de Alex Miranda e Lelo Forti, só funciona às quintas e sextas, a partir das 18h, e no sábado, a partir das 19h. Além de drinques clássicos, como Negroni e Aperol Spritz, é possível pedir bebidas personalizadas: o cliente fala do que gosta e os bartenders criam na hora. Os preços são convidativos: a partir de R$ 22 drinques nacionais. Para comer, os saborosos petiscos do Botequim, como os dadinhos de tapioca e os sonhos de bacalhau. O lugar tem música ambiente, que fica mais animada depois que o andar debaixo fecha, lá para meia-noite. Rua Visconde de Caravelas, 22 – Botafogo. Tel.: (21) 2225-7555. Quinta, das 18h à 1h. Sexta e sábado, das 18h às 2h.
Galeto Sat’s: Em atividade desde 1976, o Galeto Sat’s foi comprado em 2008 por Sérgio e Elaine Rabello, casal de antigos frequentadores do bar. Mudaram o cardápio, lançaram uma carta de cachaça com cerca de 300 rótulos e o lugar se tornou queridinho da boemia carioca, que lota a calçada. Entre os destaques, o coração de galinha temperado com vinho e ervas, o Galeto ao Molho Sat’s (feito com sucos de limão e laranja, ervas, alho e pimenta) e a farofa de ovo, que mais parece uma porcão de ovos mexidos passados na farofa, tamanha a fartura. Para beber, além de chope, são clássicos da casa a caipi de caju com limão e o Aperol Spritz. Em 2016, ganhou uma filial em Botafogo, em um casarão que fica igualmente cheio, sobretudo a varanda. Rua Barata Ribeiro, 7/ Loja D, Copacabana. Tel: (21) 2275-6197. Rua Real Grandeza, 212, Botafogo. Tel.: (21) 2266-6266. Segunda a quinta, das 11h às 5h. Sexta a domingo, das 11h às 6h.
No alto do Morro da Babilônia está o Bar do Alto. A aventura começa no Leme, você toma um mototáxi no pé do morro até lá em cima, e ainda sobe uns bons vários degraus de escada. Você segue por algumas poucas placas e pelo som ao fundo. Ao chegar, esperam um dono fofo, bons drinques, comidinhas bem gostosas e uma vista de tirar o fôlego. Rua São Jorge, Casa 4 – Final da Ladeira Ary Barroso – Leme. Telefone: (21) 2530-2506. Horário: Segunda a sexta, das 12 à 0h; Sábado e domingo, das 13 à 0h.
A Adega Pérola é um boteco tradicional, provavelmente o bar de tapas mais antigo da cidade. Só balcão tem mais de 40 opções de petiscos, fora os que saem da cozinha. O polvo marinado e o alho em conserva são destaques. Vale chegar cedo — senão não tem mesa — para conseguir experimentar uma variedade maior dos petiscos da casa. A Adega é o típico programa que carioca adora: pegar cerveja no balcão e tomar na calçada, afinal as mesas estão sempre cheias e, no auge do verão, o calor lá dentro pode ser grande. Destaque para o boa-praça Beto, merecidamente eleito diversas vezes o melhor garçom do Rio, com cerca de 30 anos de casa. Rua Siqueira Campos, 138 – Copacabana. Tel: (21) 2255-9425. Horário: Segunda a quinta, das 11h à 0h. Sexta e sábado, das 11h à 1h.
Cervantes: Uma verdadeira instituição carioca, o Cervantes segue sendo a salvação de muitos noite afora. O cardápio tem opções diversas, de picadinho (bem-servido) a salpicão, mas a maioria dos clientes vai atrás do clássico da casa: os sanduíches com abacaxi (que podem ter queijo também ou não), que existem desde 1955, quando ainda era o lugar uma mercearia, antes de ser comprado pelos atuais donos (o que aconteceu em 1965). Dá para escolher entre várias opções de recheio, sempre farto: filé, carne assada, frango, linguiça, lombo, salaminho, patê e só queijo e abacaxi, entre outras. Hoje ele conta com duas filiais na Barra, mas é Copacabana que tem a alma desse bar — e vice-versa. Avenida Prado Júnior, 335/loja B – Copacabana. Tel: (21) 2275-6147. Terça-feira a domingo, das 12h ao último cliente.
Encontrar mesa no Pavão Azul é raridade. Mas quem frequenta o bar nem se importa: os clientes lotam a calçada em frente. A estrela é a patanisca de bacalhau, um de bolinho português feito com o peixe, cebola e ovos, empanado na farinha. Bem mais leve que um bolinho comum. É vendida por unidade (mas é preciso pedir no mínimo quatro) e sai aos montes. A casa tem cerveja de garrafa, os pedidos para quem está em pé podem ser anotados em comanda e o melhor de tudo: os preços são bons. Rua Hilário de Gouveia, 71 – Copacabana. Telefone:(21) 2236-2381. Horário: Diariamente, das 12h à 0h.
Filial do bar paulista, o Astor carioca fica no Arpoador, com a vantagem de ter vista para a Praia de Ipanema. No DNA, continua sua carta de drinques exclusivos, tendo sido pioneira na cidade em ter uma carta dedicada ao gim. A Besteirinha, porção de canapés de filé à milanesa com queijo palmira, é irresistível. Nos fundos do salão, fica escondido o SubAstor, bar de drinques inspirado nos speakeasy americanos com criações de Fabio La Pietra, mixologista da casa de São Paulo. Av. Vieira Souto, 110 – Ipanema. Tel: (21) 2523-0085. Horário: Segunda a quarta, das 18h à 1h. Quinta, das 18h às 2h. Sexta, das 13h às 3h. Sábado, das 12h às 3h; Domingo, das 12h às 22h
A proposta do Academia da Cachaça é proporcionar um espaço onde a cachaça brasileira receba um tratamento profissional cuidadoso, para ser degustada de diversas formas melhor conhecida, revelando todo o valor dessa bebida tão brasileira. Não deixe de provar os petiscos do bar, em harmonia perfeita com as cachaças. Ah, e sabe o escondidinho, o clássico prato? Foi inventado ali. Rua Conde de Bernadotte, 26 – Leblon. Tel: (21) 2239-1542. Horário: Diariamente, das 12h às 2h.
A Rua Tubira nunca mais será cinza. Desde que a Jeffrey Store fez daquela região pouco frequentada pelos cariocas um espaço alegre, que respira cultura em todos os seus formatos, a marca já ganhou muitos fãs das suas deliciosas cervejas. Roberta Sudbrack estacionou numa loja ao lado seu foodtruck de sanduíches especialíssimos. Rua Tubira, 8 – Leblon. Telefone: (21) 2274-0000. Horário: Segunda a sexta, das 11h às 20h. Sábado, das 12h às 18h.
Comandado por Valéria e Mariana Rezende, mãe e filha, o Bar da Frente funciona no imóvel onde surgiu o Aconchego Carioca, que se mudou para a casa da frente (daí o nome), maior. Além de a dupla ser simpatia pura, cria petiscos como o Fondue de Coxinha: a porção do salgado servida com requeijão quente está no cardápio do bar desde 2010. Outras delícias do lugar são o Porquinho de Quimono, porção com seis unidades de harumaki recheado de costela suína defumada e requeijão de ervas, com molho agridoce à base de melado (petisco vencedor do Comida di Buteco de 2014), e o Malandrinho, pão de leite recheado com croquete de costela com provolone gratinado. R. Barão de Iguatemi, 388 – Praça da Bandeira. Telefone: (21) 2502-0176. Horário: Terça a sabado, das 12h às 22h. Domingo, das 12h às 16h.

O Sobe fica num terraço no Horto. A decoração é descolada e tem uma vista incrível do Cristo Redentor. Os drinques são o carro-chefe da casa: destaque para a caipirinha de tangerina com uva e pimenta e o gim tônica. De tempos em tempos, recebe festas. Rua Pacheco Leão, 724 – Jardim Botânico. Telefone: (21) 3114-7691. Horário: Terça a quarta, das 18 à 1h. Quinta e Sexta, das 18 às 2h. Sábado, das 13 às 2h. Domingo, das 18 à 1h.

O Bar Rebouças é despretensioso e informal. É uma portinha espremida entre uma padaria e uma casa de sucos. Passando por lá durante o dia você nem vê o pé-sujo, mas à noite as mesas lotam a calçada e o lugar ferve. O garçom Jorginho é quem faz a roda girar, não à toa é considerado um dos garçons mais eficientes do Rio. Ele cozinha, serve as mesas, faz o delivery e nos deixa sem fôlego só de pensar. Não deixe de experimentar o bolinho de camarão com catupiry e o bolinho de carne-seca. E pode ter certeza que a cerveja sempre estará bem gelada. R. Maria Angélica, 197 – Loja 02 – Jardim Botânico. Tel: (21) 2286-3212. Horários: Segunda a sexta, das 7h às 2h.
Nosso: Sem letreiro na fachada, o Nosso chama atenção pela porta de metal na entrada, que leva ao não menos imponente salão da casa (as paredes para a rua são inteiras de vidro, o pé-direito é alto e há um grande móvel de madeira aparando as bebidas atrás do balcão), que ainda tem o mezanino e o disputado terraço (uma delícia em épocas de clima mais ameno). Aberto em abril de 2017, tem drinques do premiado Tai Barbin, como o refrescante Dark n’ Stormy (rum envelhecido, limão-siciliano bitters e ginger beer). Aliás, o rum é um dos destaques: o bar possui 13 rótulos, de países como Jamaica, Trinidad & Tobago e Cuba, entre outros. A casa também tem coquetéis envelhecidos em barril, um de seus tesouros. Para comer, receitas saborosas de Bruno Katz, ex-braço-direito de Thomas Troisgros, com pedidas como as ostras com sorbet de limão-siciliano e pimenta dedo-de-moça. Rua Maria Quitéria, 91 – Ipanema. Telefone: (21) 99619-0099. Segunda a quinta, das 19h à 1h. Sexta e sábado, das 19h às 2h. Domingo, das 12h às 23h.

Teva: Comandada pelo sócio e chef Daniel Biron, formado no Natural Institute Gourmet, em Nova York (por onde passou Bela Gil), o “bar de vegetais”, como diz o letreiro, passa longe do esteriótipo de restaurante vegano. Com cardápio contemporâneo, tem drinques em sua carta, raridade em casas do gênero. O Clericot, feito com vinho branco, morango, laranja, maçã verde, lichia e xarope de alecrim, é uma boa pedida. O cardápio tem entradinhas como o mezze (pão romano, queijo de castanha com tomate-seco e manjericão, azeitonas marinadas, azeite extravirgem com ervas), saboroso, e o carpaccio de cogumelo (portobello ou cardoncello), ao molho de mostarda, alcaparras e ervas, parmesão de castanha de caju, picles de cebola-roxa e rúcula, servido com torradinhas, e pratos principais como o ravioli verde de massa de espinafre feita em casa recheado com queijo de castanha e tomate-seco, servido com molho de tomate fresco com manjericão e parmesão de castanha de caju. Av. Henrique Dumont, 110-B – Ipanema. Tel: (21) 3253-1355. Terça a quinta, das 12h às 16h e das 18h à 0h. Sexta, das 12h às 16h e das 18h à 1h. Sábado, das 12h à 1h. Domingo, das 12h às 22h.
Diversão
O Rio de Janeiro tem ganhado cada vez mais festas ao ar livre e estas tem sido as mais concorridas, mas tem que ficar de olho porque a programação geralmente sai na semana em que a festa vai rolar. Onde olhar? Semanalmente às quintas-feiras divulgamos o guia as boas de fim de semana do Rio e nele sempre incluímos essas festas, além dos shows que vão rolar na cidade.

Uma das casas de shows mais emblemáticas do Rio de Janeiro, o Circo Voador tem mais de 30 anos de história e capacidade para 2 mil pessoas. Por lá já passaram grandes nomes da música brasileira e internacional. É, sem dúvida, a casa de shows com o melhor clima da cidade. Quer ver um bom show? É só ficar de olho na programação deles. Rua dos Arcos, s/nº- Lapa. Telefone: (21) 2533-0354. Horário: Depende da programação.
A Audio Rebel é loja, é estúdio, é espaço pra show: e olha, é lá que o melhor do som independente acontece. É pequena, para apenas 90 pessoas, mas por lá têm passado nomes de destaque da música independente, como Metá Metá, Romulo Fróes, Ava Rocha, Negro Leo e Chinese Cookie Poets. R. Visconde de Silva, 55 – Botafogo. Telefone: (21) 3435-2692. Horário: Diariamente, das 10h às 2h. Para os shows, é importante ver a programação.
Em agosto de 2017, a cidade ganhou sua filial da lendária casa de shows nova-iorquina Blue Note. Instalada onde funcionou o Miranda, no Lagoon, é um espaço intimista (com apenas 350 lugares) com ótima estrutura de som, a chance de assistir a apresentações únicas bem de perto do artista. Mayer Hawthorne e Chick Correa foram alguns dos nomes gringos que se apresentaram por ali, Hermeto Paschoal e Yamandú Costa estão entre as pratas da casa que passaram por lá. Para completar, o Blue Note Rio tem como chef-executivo Pedro de Artagão, do Grupo Irajá. Av. Borges de Medeiros, 1.424 – Lagoa. Tel.: (21) 3799-2500. Diariamente, das 18h30 às 2h.

Apesar do The Maze oferecer quartos — tanto privativos como dormitórios , o que bomba mesmo por lá são as noites — de jazz mensais no bar do lugar. Ele fica no meio da favela Tavares Bastos e é superpeculiar, formando um labirinto. A vista é maravilhosa. R. Tavares Bastos, 414 – Catete. Telefone: (21) 2558-5547. Horário: As noites de jazz são sexta-feira, a partir das 22h (é importante conferir a programação).

A Jazz in Champanheria é o lugar ideal para ir após o trabalho, em um casarão histórico na Praça Mauá, você acha champanhes, proseccos, cavas e vários espumantes. A programação musical é uma das melhores do Rio, com bruschettas incríveis para acompanhar, como a de figo e mel. Rua Sacadura Cabral, 63 – Gamboa. Telefone: (21) 2253-7916. Horário: Terça a quinta, das 18h à 1h. Sexta, das 18h às 2h e Sábado, das 22h às 5h.
Na mesma rua, está o Éden, que de dia funciona como coworking e à noite abriga algumas das festas mais concorridas da cidade, sobretudo da cena eletrônica, como Dom e Moo. Destaque para o sistema de som Pure Groove, da Danley Sound Labs, empresa do renomado sound designer Tom Danley, que trabalhou na NASA. A cenografia da casa é sempre caprichada e está em constante mutação. Rua Sacadura Cabral, 109 – Gamboa. Tel: (21) 2283-3636. Confira a programação de festas aqui.
Ainda na região renovada pelas obras da Região Portuária, o Hub RJ reúne cursos e coworking durante o dia e à noite recebe festas e shows. Baco Exu do Blues, Djonga e Digitaldubs já se apresentaram no espaço. Veja aqui a programação noturna. Av. Prof. Pereira Reis, 50 – Santo Cristo. Tel.: (21) 4141-3315.
O Galpão Gamboa abriga um teatro e um espaço para shows e festas, por onde já passaram Pabllo Vittar, Alice Caymmi, Linn da Quebrada, Jaloo e Letrux, entre outros. Fernando Libonati e o ator Marco Nanini são os diretores artísticos e proprietários do lugar. Aberto em 2006, antes do furor que Copa e Olimpíadas causaram em torno da região, o local tem oficina para moradores da área, que também pagam menos para assistir à programação. Rua da Gamboa, 279 – Gamboa. Tel.: (21) 98460-1350. Para a programação, confira o Facebook.
Também de Nanini e Libonati é o Reduto, espaço em Botafogo que conta com dois casarões, o ateliê Naked Neuras e a Pequena Cozinha. Recentemente, passou a abrir as portas para o público em geral. Atualmente, às sextas e sábado acontecem festas. Depois do carnaval, o restaurante do lugar passará a funcionar regularmente. Por enquanto, dá para a acompanhar a programação pelo Facebook da Pequena Central, produtora dos proprietários. Rua Conde de Irajá, 98 – Botafogo. Tel.: (21) 3797-0100. Sexta e sábado, de 19h à 0h. Grátis
Arte & Cultura
O Museu do Amanhã, dedicado à ciência, convida o público a examinar o passado, conhecer as transformações atuais e imaginar cenários possíveis para os próximos 50 anos. O museu é assinado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava e foi projetado especialmente para nossa Cidade Maravilhosa. Parte do projeto de revitalização da região, mal surgiu e já está cercado de polêmicas. Mesmo assim, as filas para entrar são grandes. Praça Mauá, 1 – Centro. Horário: De terça a domingo, das 12h às 19h.

Em um lugar onde funcionava a fábrica de chocolates Bhering, no bairro da Saúde, fotógrafos, artistas plásticos e artesãos montaram estúdios e ateliês abertos ao público. O maquinário e as antigas instalações da fábrica continuam lá e vale a visita. É preciso checar a página para saber o que está acontecendo, mas a filosofia é portas abertas, então se quiser só conhecer e tomar um café, você é bem-vindo. R. Orestes, 28 – Santo Cristo. Telefone: (21) 2213-0014. Horário: Segunda a sábado, das 9h às 20h

A Anita Schwartz Galeria de Arte tem três andares: o primeiro e principal fica a 50cm acima do nível da rua e é preparado para receber grandes mostras. O segundo tem uma sala de exposições e o terceiro é um terraço onde videoinstalações são projetadas. A galeria aposta na boa curadoria, tanto de artistas já consagrados como de novos talentos. R. José Roberto Macedo Soares, 30 – Gávea. Telefone: (21) 2274-3873. Horário: Segunda a sexta, das 10 às 20h. Sábado, das 12h às 18h
A Caixa Cultural tem mais de 6 mil metros quadrados e foi inaugurada em 2006. No espaço, se encontram um teatro de arena, dois cinemas, quatro galerias de arte, salas de ensaio e oficinas. Além de preços populares, a Caixa oferece ainda acesso gratuito em boa parte da sua programação. Av. Almirante Barroso, 22 – Centro. Telefone: (21) 2262-8152. Horário: Terça a domingo, das 10h às 21h.
O MAR fica em dois prédios com perfis diferentes: um é o Palacete Dom João VI, tombado e eclético, e o outro um terminal rodoviário modernista. Inaugurado em 2013, o lugar oferece exposições e programas multimeios e educacionais. Uma sexta-feira por mês, acontece nos pilotis o MAR de Música, evento musical gratuito com curadoria do Circo Voador. Museu de Arte do Rio. Praça Mauá, 5 – Centro. Telefone: (21) 3031-2741. Horário: Quarta a domingo, das 9h às 18h. Terça, das 9h às 20h.

Independentemente da exposição que esteja em cartaz, o Instituto Moreira Salles já encanta. O lugar possui um café, passear lá é uma delícia e é superfotogênico: funciona na casa onde o embaixador Walther Moreira Salles viveu com sua família, inaugurada em e um verdadeiro palacete moderno. O projeto paisagístico é assinado por ninguém menos que Roberto Burle Marx. Foca em quatro pilares: fotografia, música, literatura ou iconografia, ou seja, bem completo. R. Marquês de São Vicente, 476 – Gávea. Telefone: (21) 3284-7400. Horário: De terça a domingo, das 11h às 20h.
O Centro Cultural Banco do Brasil é um dos mais interessantes e completos espaços do gênero na cidade. Instalado em um belo edifício neoclássico, desde 1989 apresenta exposições, peças de teatro, shows, filmes e oficinas. Os eventos, em geral, são gratuitos ou a preços populares. Por lá, passaram mostras de nomes como Picasso e Kandinsky. Uma vez por mês, o lugar tem realizado a Madrugada no Centro, com shows e festas gratuitas do lado de fora do prédio, em frente ao estacionamento. Uma informação interessante é que o CCBB abre às segundas, quando todos os outros centros culturais estão fechados. Rua Primeiro de Março, 66 – Centro. Telefone: (21) 3808-2020. Horário: De quarta a segunda, das 9h às 21h.
Principal obra do arquiteto Affonso Eduardo Reidy, o Museu de Arte Moderna é por si só uma obra interessante, e ainda por cima tem em seu entorno a exuberância do Parque do Flamengo. Atualmente, abriga as coleções de Gilberto Chateaubriand e Joaquim Paiva, além de seu próprio acervo, num total de 11 mil obras. Nos últimos tempos, seus jardins vêm sendo ocupados pela população em piqueniques e eventos dos mais diversos. Av. Infante Dom Henrique 85, Aterro do Flamengo. Telefone: (21) 2240-4944. Horário: Terça a sexta-feira, das 12h às 18h. Sábado e domingo, das 11h às 18h.

O Oi Futuro fica no endereço ocupado por muitos anos pelo Museu do Telephone. Aberto em 2005, aposta na tecnologia e nas novas linguagens em sua programação. Além de exposições, abriga peças de teatro e eventos de música. Rua Dois de Dezembro, 63 – Flamengo. Telefone:(21) 3131-3060. Horário: Terça a domingo, das 11h às 20h.

Cenário digno de filme, é uma pena que o deslumbrante Real Gabinete Português de Leitura só abra durante a semana. Foi construída por portugueses e inaugurada pela princesa Isabel em 1887. Possui a maior coleção de publicações portuguesas fora de Portugal: mais de 300 mil obras, acessíveis a todo mundo. Rua Luís de Camões, 30 – Centro. Telefone: (21) 2221-3138. Horário: Segunda a sexta, das 9h às 18h.
Bater perna
Que tal subir o Pão de Açúcar de uma forma diferente? Se quiser economizar no bondinho, dá pra subir o Morro da Urca (o primeiro, o mais baixo), numa trilha fácil até para sedentários. É só pegar a pista Claudio Coutinho, que, no meio dela, parte a trilha. É íngreme, mas não leva meia hora. Ao sair de lá, você pode fazer uma caminhada agradabilíssima pelo bairro, ao lado da Baía de Guanabara, até o Bar Urca, do lado do Forte. O atendimento é padrão Rio, onde você se estapeia por um autosserviço, mas a cerveja de garrafa é gelada e os petiscos são honestos. Não há nada mais carioca que uma cerveja na muretinha da Urca.
Seja pedalando, correndo ou caminhando, uma volta pelo Alto da Boa Vista e Floresta da Tijuca é um ótimo exercício. Embora seja uma estrada comum, que serve para interligar pontos da cidade, é um dos poucos lugares onde há mais bikes do que carro. Se você tiver uma bicicleta com marchas (que dá pra alugar na galeria River, no Arpoador) pode fazer o seguinte passeio: Ipanema/Jardim de Alah/Lagoa/lateral do Jardim Botânico/Horto/Vista Chinesa/Mesa do Imperador. Parece muito, mas dá uns 12 km (com inclinação de 10% na subida para a Vista). Tem até onde parar o carro, mas a graça é justamente chegar na maior floresta urbana do mundo com suas próprias pernas. Da Mesa do Imperador você pode seguir para as Paineiras e se refrescar em um cano como os cariocas insistem em chamar de cachoeira, mas não deixa de ser uma delícia.
Um passeio longe, mas incrível, é o sítio Roberto Burle Marx. Hoje lá é um Centro de Estudos de Paisagismo, Botânica e Conservação da Natureza no Maciço da Pedra Branca, extremo oeste da cidade. Porém a paisagem parece tirada de um conto de fadas. Casa de Burle Marx de 1973 até 1994, tem um acervo botânico e paisagístico que inclui cerca de três mil e quinhentas espécies cultivadas, com ênfase em plantas tropicais próprias do Brasil. É reconhecido como uma das mais importantes coleções de plantas vivas existentes no mundo. Estrada Roberto Burle Marx, 2.019 – Barra de Guaratiba. Tel: (21) 2410-1412

A recém-reformada Praça Mauá abriga o MAR e o Museu do Amanhã, que já citamos acima no “para inspirar”, então você pode aproveitar para ver os dois no mesmo dia. Em seguida, vale a pena passear pelo Boulevard Olímpico, como ficou conhecida a Avenida Rodrigues Alves depois da reforma que derrubou o Viaduto da Perimetral e devolveu a orla para a Região Portuária, batizada de Orla Conde. No boulevard, está o grafite ‘Etnias’, conhecido como Mural do Kobra (nome de seu autor), maior grafite do mundo segundo o ‘Guiness’. Os antigos armazéns foram todos reformados e frequentemente abrigam eventos. Ali do lado, tem o Morro da Conceição onde você pode almoçar ou comer uns petiscos, por exemplo, no Imaculada. Mais para frente, os Jardim Suspenso do Valongo, uma construção paisagista do Rio antigo recuperada e que faz parte do Circuito Histórico da Herança Africana: estudos e escavações arqueológicas trouxeram à tona a importância histórica e cultural da Região Portuária do Rio de Janeiro para a Diáspora Africana e a formação da sociedade brasileira. A Pedra do Sal, considerada um dos berços do samba, é outro ponto importante desse circuito. A região foi a mais beneficiada pelas Olimpíadas na cidade.
A 50 minutos do Rio de barco, a ilha de Paquetá, bairro que faz parte da região central da cidade, era badalada nos anos 70 e 80 voltou a ser frequentada pelos cariocas de outros bairros de 2013 para cá, quando uma festa junina atraiu centenas de pessoas até lá. Com 4.500 habitantes, um ar bucólico e sem circulação de carros, hoje a ilha tem um bloco de carnaval bombado, o Pérola da Guanabara (que é um dos apelidos de Paquetá), a festa de São João segue concorrida e diversos outros eventos pipocam aqui e ali. Além disso, moradores da região resolveram abrir suas portas para visitação de ateliês e almoços ou jantares. Para saber mais detalhes, vale conferir este post que publicamos em 2017.
Praias
No Rio, como em boa parte do Brasil, não é preciso pagar para ir à praia. Em grande parte delas, você vai encontrar barracas que alugam guarda-sol e cadeiras, mas não é obrigatório: você pode simplesmente levar sua canga e curtir o lugar. Para entender as praias cariocas, é importante saber que, dependendo da área que você escolhe, vai encontrar uma turma diferente. As áreas são divididas em “postos”, ou seja, identificadas pelo o número do posto de salva-vidas mais próximo de onde você está (neles, é possível ir ao banheiro e tomar banho, pagando). O posto 10 da orla de Ipanema/Leblon reúne os mais arrumadinhos; o posto 12 tem o Baixo Bebê, com famílias com crianças; no posto 8, em frente à rua Farme de Amoedo, se encontra a galera LBGT; o posto 9 era mais alternativo e libertário, mas agora anda bem diversificado; no Arpoador, entra a turma do surfe e também a galera do mergulho noturno, em alta nos últimos anos; no Pepê, na Barra, se reúnem os marombeiros e as patricinhas. No verão, é bom tomar o cuidado com o calor excessivo e os arrastões, que acontecem principalmente no Arpoador e em Ipanema. Essas são algumas das nossas praias e pontos favoritos:
Praia Vermelha: Não tão popular como as outras praias da orla da Zona Sul, a Praia Vermelha é uma boa opção. Aos pés do Pão de Açúcar, costuma estar própria para banho, e fica na Urca, um dos bairros mais tranquilos da cidade. Lá não tem arrastão. Pequena, é um verdadeiro recanto na cidade. Nos fins de tarde, às vezes acontecem shows de música. À noite, grupos de banhistas muitas vezes organizam luaus.

Leme: Apesar de, na prática, ser uma continuação da Praia de Copacabana, o Leme é uma parte que tem um charme especial começando pelo bairro que dá nome à praia, que tem clima de cidade pequena. À esquerda da praia está o Morro do Leme, em frente ao qual volta e meia acontecem festas no verão. O calçadão abriga alguns dos melhores bares e restaurantes do orla, como o tradicional La Fiorentina (que foi point de famosos nos anos 80) e o italiano Da Brambini.
Copacabana: As praias da Zona Sul não são as mais bonitas, mas possibilitam você dar aquela remada, surfada ou braçada antes do trabalho. Pra mim isso vale mais do que ter um carro de luxo. As águas calmas do posto 6 de Copacabana são a meca da natação do mar e do stand up paddle no Rio. Se quiser fazer de forma descompromissada, é só aparecer por lá e se jogar no mar. Querendo treinar com supervisão, a Equipe Fox cobra apenas R$ 40,00 por diária para a natação e o Rogério (21 91133070) pode te alugar uma prancha de stand up paddle, ensinar a remar ou te acompanhar numa travessia até a praia do Diabo ou Arpoador. Mas só faça a travessia se já tiver experiência, porque a correnteza é punk.
Praia do Diabo: Pequenininha, fica entre Copacabana e o Arpoador. Quando a maré está baixa, surge uma faixa de areia. Quando o vento está forte, é melhor não se arriscar, mas, quando está manso, é um paraíso escondido. É importante observar as placas para saber se dar para cair na água ou não.
Arpoador: Em um espaço relativamente pequeno de areia, é um dos nossos pontos favoritos no Rio. Mergulhar lá de noite no verão, por volta das 9, é um clássico carioca, além dos famosos aplausos para o pôr-do-sol. Bem perto da praia ainda existe o Parque Garota de Ipanema, que de tempos em tempos tem eventos. Perto das pedras da praia, há um lugar considerado bom para a prática de mergulho.
Ipanema: A praia queridinha dos moradores da Zona Sul Carioca está na música brasileira mais famosa no mundo e é a que tem a melhor infra-estrutura no entorno, com alguns bons restaurantes na orla (nada a ver com os pega-turista de Copa) e nas transversais à praia. A Barraca do Uruguai, no posto 9, é uma pedida: famosa por seus sanduíches, feitos na hora, já recebeu até visita de Anthony Bourdain, por duas vezes.

Leblon: Continuação de Ipanema, uma espécie de versão mais rica daquela praia. No canto da praia, está o Mirante do Leblon, ótimo lugar para quem quer admirar a paisagem da praia, e que andou tendo festas (à noite) uma época.
Joatinga: Com faixa de areia estreita (na maré alta, ela some), a Joatinga é uma praia pequena, com menos de 300 metros de extensão. O acesso é pela estrada do Joá, entrando em um condomínio fechado na Rua Pascoal Segreto e seguindo até a Rua Sargento José da Silva, onde uma escada leva até a areia. Apesar do que pode parecer, a praia não é exclusiva para moradores. É muito frequentada por body boarders. É meio contra-mão para ir sem carro.

Barra da Tijuca: A Praia da Barra não é muito frequentada pelos moradores da Zona Sul devido à sua distância e ao fato de ficar em um bairro onde depende-se muito de carro para tudo. Mas, se resolver ir àquela região, a praia, com águas claras e areia fina, é pedida obrigatória. Tem boa estrutura de quiosques e não há notícia de arrastão por lá. Só não são comuns os banhos noturnos, tão em alta no Arpoador, Ipanema e Leme. O Pepê, trecho do início da praia, tem clima gente-bonita-clima-de-paquera-presença-de-famosos.
Prainha: Encravada entre duas montanhas numa reserva ambiental, é uma das preferidas dos surfistas. Uma paisagem deslumbrante. Porém, só dá para chegar até ela de carro. Uma pedida para chegar lá era o Surf Bus, que sai do Largo do Machado e passa por diversas praias até chegar à Prainha. O ônibus tem até espaço para acomodar as pranchas. A previsão de volta do serviço é no fim de janeiro.

Grumari: Outra praia de difícil acesso, mas que compensa pela beleza. Cercada por vegetação natural, Grumari fica numa reserva ambiental. Para quem gosta de uma infraestrutura melhor, o local conta com o Quiosque do Alemão, com área coberta, pufes e drinques. A cinco minutos de lá, fica o Marambaia Café, dos mesmos donos, uma boa pedida para almoçar.
Compras
Um galpão de 2.500 metros quadrados, no bairro de São Cristóvão, na Zona Norte, abriga a Malha. Aberto em 2016, o espaço foi fundado pelo pessoal do Templo e André Carvalhal (ex-Farm) e une coworking com foco em moda, cosewing (fábrica com maquinário de costura compartilhada, com 200 metros quadrados), estúdio fotógrafo e 42 contêineres que funcionam como showrooms de marcas independentes. O consumo consciente e a colaboratividade são alguns dos focos. Periodicamente, eles realizam eventos no espaço, inclusive nos fins de semana, quando normalmente a Malha não abre. Acompanhe o Facebook deles para ficar sabendo. O projeto inclui uma loja pop up itinerante (atualmente, não há nenhuma no Rio). Rua General Bruce, 274, São Cristóvão. Tel.: 3570-6344. Segunda a sexta, das 9h às 18h.

São Cristóvão, por sinal, abriga diversas fábricas de marcas de roupa, e algumas mantêm pontas de estoque permanentes: Enjoy, Mercatto, Ind (fábrica de jeans que fornece para Totem, Agatha, A.Brand e outras), Botswana e Chifon são algumas. Farm, Maria Filó, Reserva, Armadillo e Eclectic abrem suas portas ao público de tempos em tempos em bazares. Confira mais detalhes aqui.
Por falar em consumo consciente, essa é premissa da Ahlma, grife dos donos da Reserva lançada em maio de 2017 e que tem André Carvalhal como “diretor cocriativo”, como o próprio se define. Na marca, as roupas são feitas com tecidos de reuso/excesso ou orgânicos. Sobras são reaproveitadas. Em junho do mesmo ano, foi inaugurada a Academia da Ahlma, Rua Carlos Góis, 208 – Leblon. Tel.: (21) 3449-9167. Segunda a sábado, das 10h às 21h. Domingo, das 10h às 16h.
O Gabinete Duilio Sartori é o lugar perfeito para quem está sempre atrás de artigos de design, decoração e arte descolados, além de também ter agora uma seleção bem especial de moda. As peças vão de bugigangas a itens de design premiados internacionalmente. R. Lopes Quintas, 87 – Jardim Botânico. Tel: (21) 3173-8828. Horários: Segunda a sexta, das 10 às 20h, Sábado até às 19h.


A Feira de São Cristóvão é uma ode à cultura nordestina bem no meio do Rio de Janeiro. Bom, no meio não, aliás, precisa estar animado para conseguir chegar lá. Mas você encontra de tudo, desde artesanato, apresentações, além de vários restaurantes. Pavilhão de São Cristóvão – Campo de São Cristóvão, s/n – São Cristóvão. Telefone: (21) 2580-5335. Terça a quinta das 10h às 18h; Sexta das 10h às 16h; Sábado aberto 24h; Domingo das 12h às 21h.
A Muggia é uma loja-atelier que fica numa casa fofa de vila em Botafogo. Inicialmente a marca produzia acessórios para outras lojas como Isabela Capeto e Maria Bonita Extra, mas atualmente produz também seus próprios acessórios e roupas criadas pelas irmãs Ana Beatriz e Juliana Suassuna, diretora criativa da Osklen. R. Real Grandeza, 182 – Botafogo. Telefone: (21) 3511 5470. Horário: Segunda a sexta, das 9h às18h; Sábado, com hora marcada.
A Casa Soma é um espaço de co-working focado em moda e design. Ali estão 3 escritórios de moda individuais: a OS/ON, Brir e Acervo Collection, que atendem com hora marcada diretamente. Sempre rolam eventos no local. Rua Lopes Quintas 147 – Jardim Botânico. Telefone: (21) 3442-4943. Horário: Segunda à sexta, das 13h às 19h.

A Capi é uma marca ótima de moda masculina. Tem camisetas, bermudas, moda praia, enfim, tudo o que precisa. Os tecidos da marca são bem bons. Além dessa loja em Ipanema, existe mais uma em Botafogo, no Shopping RioSul. R. Visconde de Pirajá, 414 – Ipanema. Telefone: (21) 2227-2395. Horário: De segunda à sábado, das 9h às 20h.
A rede de produtores Junta Local realiza feiras gastronômicas quase toda semana. No primeiro domingo de cada mês, acontece a edição em parceria com o Polo Gastronômico de Botafogo, na Rua Capistrano de Abreu, que une produtores da Junta e restaurantes da região (Lasai, Irajá, Meza Bar e Oui Oui são alguns dos participantes). No segundo sábado, é a vez da dobradinha com a Chega Junto, que traz refugiados preparando delícias de seus países de origem, na Christ Church Rio (R. Real Grandeza, 99 – Botafogo). No terceiro domingo do mês, é a vez da edição na Praça Santos Dumont, na Gávea. Vale conferir a agenda no Facebook da Junta.
Carnaval
O carnaval carioca é famoso no mundo inteiro. Mas, além do desfile das escolas de samba, nos últimos anos o carnaval de rua teve um crescimento absurdo, e é hoje um dos maiores do país (em 2015, só o Cordão da Bola Preta reuniu pelo menos um milhão de pessoas). Vale a pena ficar de olho no nosso guia de fim de semana para saber a programação pré-carnavalesca dos blocos.

A folia das grandes escolas também começa muito antes da data oficial. Mal termina o concurso, as agremiações já começam a eleger o enredo e fazer as disputas de samba. Até o fim do ano, ele já está definido e iniciam-se os ensaios. Confira alguns que escolhemos:
Mangueira: A quadra fica numa comunidade, mas isso não é impedimento para que a Verde e Rosa seja uma das mais frequentadas por turistas. A escola tem feijoada com atrações musicais uma vez por mês. Os ensaios acontecem aos sábados, a partir das 22h. Mais informações no site da escola. Rua Visconde de Niteroi, 1.702 – Mangueira. Telefone: (21) 2567-4737.
Portela: Uma das mais antigas e tradicionais escolas, atrai muita gente de fora da comunidade para a Feijoada da Família Portelense, que acontece um sábado por mês e sempre tem atrações musicais. O clima é bem família. Os ensaios acontecem às quartas, a partir das 20h, e sextas, às 21h. Fica longe da Zona Sul/Centro, mas o acesso é relativamente fácil: basta pegar o metrô até a Central e, de lá, o trem até Oswaldo Cruz. A quadra, conhecida como Portelão (a antiga quadra ainda existe, e é chamada de Portelinha), fica pertinho da estação. A agenda do site costuma estar atualizada. Rua Clara Nunes, 81 – Oswaldo Cruz. Telefone: (21) 2489-6440.
Salgueiro: A escola é também bastante popular entre turistas e reúne bastante gente jovem. Também tem sua feijoada, um domingo por mês, com shows. Os ensaios acontecem às quartas, a partir das 20h, e aos sábados, às 22h. Rua Silva Teles, 104 – Andaraí. Telefone: (21) 2238-9226.