Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Um réveillon que atrai milhões de pessoas, um carnaval que é a maior festa do mundo. Cantado em verso e prosa, o Rio é o maior destino turístico internacional de todo o Hemisfério Sul e o cartão de visitas do Brasil no exterior. Depois de sediar uma Copa, em 2014, e uma Olimpíada, em 2016, a cidade voltou a ter que encarar velhos problemas. Mas ainda encanta com sua beleza única e sua efervescência cultural.
Há alguns anos, o Rio já atrai um perfil de viajante que vai além dos velhos clichês. A natureza exuberante e a praia perto continuam sendo a moldura de um cartão-postal, mas recheado de vida cultural intensa, shows e exposições, muito além do bondinho e do Cristo.
Por isso, para iniciantes, é legal checar também algum outro guia: afinal, todo mundo precisa subir o Cristo uma vez. Mas este guia é para iniciados: traz restaurantes, botequins e programas que estão borbulhando, e é feito por locais e especialistas na arte de cariocar. Com orgulho.
A segunda maior metrópole do país (a primeira é São Paulo) tem quase 6,5 milhões de habitantes (mais do que a Dinamarca, Finlândia ou Noruega, por exemplo) e teve uma parte sua classificada como Paisagem Cultural pela Unesco em 2012. O encontro entre praia e montanha é a principal marca da beleza natural do Rio, mas a cidade também tem preservados belos exemplares de diversas escolas arquitetônicas. Colonial, art déco, mourisco, eclético, neogótico, modernista, barroco e rococó: encontra-se de tudo um pouco. As favelas, muitas delas no coração de bairros da Zona Sul, são outra característica, e várias têm vida cultural intensa, atraindo gente do asfalto, como é o caso do Vidigal.
Embora o Rio tenha deixado de ser a capital do país em 1960, quando ela foi transferida para Brasília, é na cidade que a maioria dos estrangeiros pensa quando pensa em Brasil. Foi cenário de filmes como ‘Voando para o Rio’ (1959), com Fred Astaire e Gene Kelly; ‘007 contra o Foguete da Morte’ (1979), de Lewis Gilbert, com Roger Moore no papel do agente secreto (aquele com a clássica cena no bondinho do Pão de Açúcar); ‘Feitiço do Rio’ (1984), de Stanley Donen (que dirigiu nada menos que ‘Cantando na chuva’), e ‘Rio, eu te amo’ (da mesma série de ‘Paris, eu te amo’ e ‘Nova York, eu te amo’), no qual diretores como John Turturro, Guillermo Arriaga e Paolo Sorrentino (de ‘A grande beleza’), entre outros, filmaram na Cidade Maravilhosa.
Kamille Viola é jornalista cultural, apaixonada por música, comida e viagens. Adora mostrar cantos menos conhecidos do Rio para quem vem de fora - e quem é da cidade também. É daquele tipo de gente para quem escrever não é uma escolha: é a única opção.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.