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Na hora de escolher onde ficar no Rio, vale pensar se o perfil do bairro tem a ver com o seu. A Zona Sul é a região preferida dos turistas, mas, mesmo nela, existem bastante diferenças entre um bairro e outro.
Copacabana e Ipanema em geral são os bairros mais valorizados, já que ambos têm praia. Botafogo e Flamengo (e Catete e Glória, menos visados, mas mais baratos), apesar de terem orla, não contam, já que as praias do Flamengo e de Botafogo fazem parte da Baía de Guanabara, poluidíssima, sendo impróprias para banho. O mesmo vale para a Praia da Urca (bairro charmoso, por sinal, mas com águas sujas — em compensação, ali pertinho tem a Praia Vermelha, em geral liberada para banho).
Leblon e Gávea estão entre os bairros mais caros da cidade, com várias opções de bons restaurantes e lojas de marcas conhecidas. Ipanema é uma área mais cheia de turistas e mais democrática (abriga aos domingos a Feira Hippie, na Praça General Osório, desde 1968), embora ainda cheia de endereços sofisticados. Várias tribos passam por ali. A praia do bairro é uma das preferidas da classe média carioca.
Copacabana é maior e mais caótico, com muita mistura: vai da sofisticação do Copacabana Palace à zona de prostituição na altura da Av. Prado Júnior. O bairro, que no passado foi sinônimo de glamour, hoje é uma espécie de síntese do Rio de Janeiro e seus contrastes, com praia, favela, a maior concentração de idosos da cidade, biroscas, tudo junto. A orla da Princesinha do Mar hoje tem muitos restaurantes de qualidade duvidosa que não valem o alto preço normalmente cobrado: boa parte é pega-turista. Hoje, além do italiano Don Camillo e as casas do Leme, há exceções como o bar de tapas ¡Venga! Chiringuito e o pub Macaco Caolho.
Botafogo, também apelidado de BotaSoho por um jornal carioca, é um bairro mais descolado, assim como seu vizinho Humaitá. Não tem praia onde dê para mergulhar, mas tem metrô, bares, restaurantes para todos os gostos (com direito a um polo gastronômico e um mercado com diversos bares), três cinemas de rua (dois deles com programação alternativa). É a região preferida dos indies, hipsters e modernos em geral.
Nos últimos anos, a Lapa, bairro boêmio mais famoso da cidade entre os turistas, também tem atraído interessados em se hospedar por lá. A região não tem tanto charme de dia, alguns lugares são feios e malcuidados, mas pode ser uma mão na roda se sua ideia é economizar e se você não tem tanta frescura. Os mais jovens costumam adorar o clima de farra. Aos domingos, no entanto, não tem tanto movimento. Como em toda região da cidade, é bom ficar de olho e não circular com a máquina fotográfica ou o celular à mostra o tempo todo.
Santa Teresa, o bairro famoso por sua vibe alternativa, é um lugar um tanto charmoso para se hospedar. E tem desde lugares baratos a hotéis sofisticados. O mesmo vale para os restaurantes da área. Lá estão algumas das mais belas vistas da cidade. O problema é a locomoção, já que o bondinho tem horário restrito e táxis muitas vezes têm má-vontade com o bairro. Mas nada disso impede que um bom número de turistas se hospede por lá o ano inteiro.
Abaixo algumas sugestões de lugares para se hospedar:
A Casa da Carmen e do Fernando fica no meio de Santa Teresa, com decoração personalizada por quarto, atendimento customizado e bom custo benefício, é uma opção fora do eixo para quem quer conhecer o Rio de outro ângulo. R. Hermenegildo de Barros, 172 – Santa Teresa. Telefone: (21) 2507-3084.
A Casa Beleza também fica em Santa. O casarão com piscina é ótimo para quem quer relaxar um pouco no hotel. O local é super bem recomendado e possui ótimo serviço. Rua Laurinda Santos Lobo, 311 – Santa Teresa. Telefone: (21) 2224-7403.
Se um lado o Hotel Sol Ipanema peca pela “padronização” dos quartos, por outro ganha na localização e acessibilidade para qualquer lugar do Rio, bem na Vieira Souto em Ipanema. Daí você já caiu direto para praia, utilizando guarda-sol e cadeiras do próprio hotel. O bar da piscina no último andar também oferece uma visão incrível das praias. Av. Vieira Souto, 320 – Ipanema. Telefone: (21) 2525-2020.
Os quartos do Mar Ipanema Hotel são pequenos, mas modernos e confortáveis com boa ducha e uma ótima cama. A localização também é privilegiada, mas os quartos com janela para a rua sofrem um pouco com o barulho. O café da manhã é farto e servido no bar Devassa, que fica no térreo do hotel. R. Visconde de Pirajá, 539 – Ipanema. Telefone: (21) 3875-9191.
O Leblon All Suites é uma boa opção para quem gosta de hostel butique. Foi inaugurado em 2014, fica bem localizado, oferece café da manhã, wi-fi gratuito, roupa de cama e banho, banheiro privativo, ar-condicionado, TV, secador de cabelo, enfim serviço de hotel com preços de “albergue de luxo” (porque de albergue simples não é). Eles possuem quartos para 1 a 6 pessoas. Os valores são a partir de R$ 370/diária (é possível achar hotéis com essa mesma tarifa, mas raramente serão bons). R. João Líra, 149 – Leblon. Tel.: (21) 2512-8000
O La Suite By Dussol é um pouco fora de mão do circuito, mas perfeito para quem busca por uma viagem cheia de sossego, especialmente a 2. O hotel butique é localizado no bairro do Joá, que fica a cerca de meia-hora de Ipanema e Leblon, numa mansão construída em 1968. A vista também é de tirar o fôlego. O preço médio da diária é de R$ 1.100. A rede By Dussol tem também um hotel na Gávea. Rua Jackson de Figueiredo, 501 – Joá. Tel.: (21) 3259-6123
Kamille Viola é jornalista cultural, apaixonada por música, comida e viagens. Adora mostrar cantos menos conhecidos do Rio para quem vem de fora - e quem é da cidade também. É daquele tipo de gente para quem escrever não é uma escolha: é a única opção.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.