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Guia para curtir Berlim além do muro – vol. 2

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

02 de October, 2017

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O trânsito de Berlim é muito tranquilo. O fluxo de carros passa longe do que conhecemos em São Paulo, o mesmo acontece com as bicicletas, que dominam pelo menos 40% das ruas da cidade.

Se o plano é alugar uma bicicleta, existem aplicativos e muitos lugares onde dá para fazer isso. De bares a bancas de jornal, elas estão prontas para locação. Opte por pacotes de mais de um dia ou até mesmo semanais. Eles saem definitivamente mais em conta. Os bicicletários estão por toda parte também e com um bom cadeado, que geralmente acompanham o aluguel delas, proporcionam segurança. Pelo fato da cidade ser plana e as ciclo-faixas estarem presentes em quase todas as ruas, é muito fácil chegar de um lugar a outro sem transtornos.

Quem preferir a facilidade de alugar via aplicativo, duas boas opções são o Next Bike e o Lidl, que possibilitam alugar uma bicicleta em qualquer lugar a qualquer hora do dia ou da noite. Basta abrir o aplicativo para visualizar a mais próxima de você. A vantagem é poder deixá-la em qualquer lugar possível de estacionar uma bicicleta, respeitando a área de cobertura dos app (região central). Ainda assim, é possível também deixá-la fora desta área, mas será cobrada uma taxa de 20 euros.

Foto: Soroush Karimi no Unsplash

O transporte público, servido por metrô (U), trem (S), tram e ônibus é uma ótima opção também para quem prefere ficar longe das duas rodas. O sistema de linhas e estações é muito amplo e abrange praticamente toda a área urbana da cidade, se estendendo pela periferia através de linhas de trem e com funcionamento 24h nas sextas e sábados. Não existem catracas no metrô de Berlim. Em toda estação você encontrará uma máquina que emite os bilhetes, que podem ser comprados em dinheiro ou cartão e tem prazo de validade variado. Alguns bilhetes são específicos para turismo e tem validade determinada na hora da validação mecânica, que nada mais é do que um dispositivo que imprime a data e a hora em que o bilhete foi adquirido. Depois da compra e da validação, mantenha o bilhete sempre junto a você. Como não há catracas, o controle é feito aleatoriamente por fiscais que solicitam o mesmo a qualquer momento dentro dos trens e, caso você não esteja com o mesmo, a multa é salgada. Não se engane pensando que deixar de pagá-la durante a viagem vai livrá-lo da mesma, existem casos comprovados dessas multas serem recebidas aqui no Brasil. Fique ligado, os caras são mágicos em descobrir seu endereço. Caso vá ficar um mês na cidade, vale a pena comprar o cartão válido para trinta dias. Há uma opção mais barata ainda que restringe o uso entre às 6 e 10h da manhã em dias úteis. O custo aproximado é 60 euros.

Para facilitar a vida de quem usa o transporte público, além do próprio Google Maps, existe um aplicativo da BVG, empresa que opera o sistema de trens e metrôs da cidade, que é uma grande mão na roda. No Fahrinfo, é só incluir para onde quer ir, que ele localiza e traça o melhor percurso, com precisão de tempo para percorrê-lo.

É possível também alugar carro ou scooter sem precisar de uma locadora intermediária. As empresas que oferecem esse serviço também estão por toda parte. Na sua maioria em um sistema de carros compartilhados, chamado free-floating. Você baixa um aplicativo que localiza o carro mais próximo a você por GPS e quando chega próximo ao veículo o mesmo destrava as portas, e com a chave já na ignição é só ligar e sair dirigindo. O pagamento é feito via cartão de crédito e o valor corresponde ao tempo utilizado. Os dois principais serviços de compartilhamento de carros são DriveNow e Car2Go. Ambos com o mesmo sistema de funcionamento, mas com frota diferente. A Car2Go usa basicamente uma frota de modelos Smart da Daimler e a DriveNow utiliza modelos Minis e modelos da BMW. Para scooter tem o Coup utilizando o mesmo conceito.

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

02 de October, 2017

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Lalai Persson

Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.