Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Berlim é uma cidade muito grande comparada ao padrão europeu. Mas por ser plana, muito arborizada, ter pouco trânsito, é perfeita para andar muito. E lugares para passear é o que não falta. Tem inúmeros parques, lagos, e claro, pontos históricos surpreendentes. Em nenhum outro lugar, a história do século XX é tão evidente e chocante.
Portão de Brandenburgo e Memorial do Holocausto – O ponto central de Berlim é o Portão de Brandenburgo. Por ele passava o muro, e ali aconteceu a famosa aglomeração para ver o show do David Hasselhoff (???) na noite de reveillon depois da queda. É também uma das entradas do enorme Tiergarten, vindo da famosa avenida Unter den Linden. Ali se acotovelam os turistas, junto com atores de rua vestidos de soldados, pedindo para tirar foto com você por um trocado. Mas tem que ver. Passando por ele em direção a sul, você encontra o Memorial do Holocausto. Projetado pelo arquiteto Peter Eisenman, é formado por 2711 blocos de concreto organizados em um terreno inteiro desnivelado. O conceito por trás do projeto foi amplamente discutido e pouca conclusão se tirou. Mas a experiência de visitá-lo é unanimidade: intenso.
Bundestag – O prédio que abriga o parlamento alemão foi construído no final do século XIX e assistiu a importantes episódios das duas grandes guerras. Por isso mesmo foi arrasado por incêndios e bombardeios, e ficou desativado de 1933 até 1990, quando começaram o processo de restauro. Em 1999 ele foi finalmente reaberto, e recebeu uma gigantesca cúpula de vidro projetada pelo arquiteto inglês Norman Foster. A cúpula pode ser visitada, mas as visitas devem ser agendadas com antecedência no site do parlamento.
Tiergarten – O segundo maior parque urbano da Alemanha fica bem no meio da cidade e não tem como não passar por ele. No verão é uma grande massa verde densa, com pequenas clareiras onde o alemão aproveita para tirar a blusa e tomar sol entre os esquilos. No inverno é uma paisagem cinza, totalmente sem folhas, com grande apelo visual. Pelo meio dele se cruzam 5 avenidas, que se encontram em uma grande rotatória, a Grande Estrela, onde fica a Siegessäule. Essa estátua ficou famosa por conta do filme ‘Asas do Desejo‘ de Wim Wenders. Os mais animados podem pagar 6 euros e subir na torre até o pé da estátua. Lá de cima a vista da cidade é incrível, mas clastrofóbicos devem evitar.
Mauerpark – Em Prenzlauer Berg está uma faixa de terreno que nem se pode chamar de parque, mas é onde ficou um dos maiores pedaços originais do muro. Só isso já vale a visita. Mas além disso, o Mauerpark se tornou muito popular por duas atrações dominicais. O Flohmarkt, mercado de pulgas, acontece toda semana ao lado, e tem todo tipo de quinquilharia, nova e velha, oriental e ocidental. Além disso, multidões vão para lá no domingo à tarde para ver o karaokê público que acontece no anfiteatro. Qualquer um pode entrar na fila e viver seus 3 minutos de estrela da música. Mas se mandar mal, vai sair debaixo de muita vaia.
Alexanderplatz – A praça central da Berlim Oriental é hoje o maior símbolo da cidade, por conta da torre de TV que fica bem no meio. Ainda hoje a torre é a segunda maior construção da União Européia. Na bola espetada funciona um mirante com restaurante, com uma vista espetacular da cidade em 360 graus. Mas claro que é um roteiro bem turístico, então não dá para escapar das filas. Ali também fica o Weltzeituhr, o relógio da hora mundial, que mostra o horário de inúmeras cidades. Ao redor da praça, existe uma infinidade de lojas e centros comerciais, incluindo a gigante dos eletrônicos Saturn, e a loja de departamentos Galeria.
Potsdamer Platz – Se teve um lugar em Berlim que sofreu as conseqüências das duas guerras, foi a Potsdamer Platz. Depois, durante a Guerra Fria, essa praça foi seccionada pelo muro, e por conta disso ficou desolada até a reunificação. Desde então, sofreu uma gigantesca intervenção, foi toda redesenhada, e recebeu vários prédios novos com projeto de grandes arquitetos, como Renzo Piano e Richard Rogers. Ali fica o Sony Center, um prédio/praça bem comercial, mas com uma cobertura tensionada no meio que a noite é iluminada com LEDs coloridos e fica bem interessante. Ali do lado também tem o Neue Nationalgalerie, de 1968. Um projeto do Mies van der Rohe inteiro de vidro, e com exposições imperdíveis.
Tempelhofer Feld – Em 2008, um dos 3 aeroportos da cidade foi fechado de vez, e em 2009 toda a área das pistas de pouso foi aberta ao público, se tornando um grande campo de recreação. As pistas continuam, como um ótimo lugar para se andar de bicicleta, patins ou skate. O prédio que abrigava toda a operação portuária hoje é usado esporadicamente para abrigar eventos, feiras, congressos e até shows de música. Há uma área com jardins particulares, mas de acesso aberto ao público, cada uma mais inusitado que o outro. No verão costuma ficar lotado com pessoas fazendo picnic ou mesmo churrasco.
Treptower Park – É o segundo maior parque de Berlim com 84 hectares de área verde e fica à margem do Rio Spree. São várias áreas diferentes, jardins, bosques, lago e o impressionante Memorial de Guerra Soviético, que ocupa quase 100 mil metros quadrados de área do parque. O memorial foi erguido após a Segunda Guerra Mundial, entre 1946 e 1949, para homenagear os 80 mil soldados soviéticos mortos na Batalha de Berlim e, também, funciona como um cemitério onde estão sepultados mais de 7 mil soldados que perderam sua vida durante a batalha.
Liquidrom – Se depois de tudo isso as pernas estiverem pedindo arrego, esse é o lugar. Esse spa ultra moderno tem, além de todas as comodidades de um spa qualquer, um sistema de som arrojadíssimo, que funciona embaixo d’água. Fora o som é ambiente, bem tranqüilo, e se você mergulha, parece que está dentro da caixa de som. Os preços são relativamente baratos, considerando que são em euro. Nada melhor para relaxar. Endereço: Möckernstraße 10, Kreuzberg. Horários: domingo a quinta, das 9 à 1h; segunda e terça até 0h.
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.