Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Mais de 100 filmes, que além da excelência estética refletem o momento político brasileiro, compõem o Festival de Cinema da Bienal de Curitiba (FicBic) que segue até o dia 19 de novembro. Gênero, raça e representatividade sexual fazem parte dos temas dos filmes. A curadoria foi construída em sintonia com o estado de coisas atuais, diz o crítico e
estudioso do cinema Paulo Camargo, curador do Circuito Brasileiro, que traz apenas filmes inéditos em Curitiba. O FicBic homenageia o cineasta francês Jacques Demy com uma retrospectiva e traz ainda filmes da Austrália, Espanha, Israel, China e Noruega.
Festival de Cinema da Bienal de Curitiba. Até 19 de novembro.
Espaço Itaú de Cinema (Shopping Crystal), Cine Guarani (Portão Cultural) e Cinemateca de Curitiba. A entrada é gratuita com exceção do Espaço Itaú, onde
custa R$ 3 (meia) e R$ 6 (inteira). A programação completa está aqui.
O Cineclube Atalante exibe e debate Zabriskie Point, de Michelangelo Antonioni. O longa de 1970 é um retrato da contracultura norte-americana visto pela perspectiva de dois jovens: a garota Daria, estudante de antropologia e secretária de um empresário que está construindo um condomínio no deserto; e Mark, um rapaz que largou os estudos e está sendo procurado pela polícia sob suspeita de ter assassinado um policial durante um protesto estudantil.
Zabriskie Point. Sábado (11.11) às 16h. Gratuito.
Cinemateca de Curitiba – Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 1174.
O Cineclube Espoletta continua a Mostra do Filme Noir com exibição e debate de Cinzas Que Queimam, um dos melhores filmes de Nicholas Ray. Amargurado pelos anos de contato direto com a escória da sociedade, um durão detetive de polícia é designado para investigar a morte de uma jovem fora da cidade. Acaba por conhecer o pai da vítima e fica tomado pelo desejo de vingança.
Cinzas que Queimam. Sábado (11.11) às 17h30. Gratuito.
Museu Guido Viaro – Rua XV de Novembro, 1348, Centro.
A Mostra Ave Lola Solos apresenta o espetáculo “O Encalhe dos Trezentos”, baseado no conto de Domingos Pellegrini. Com direção de Nena Inoue e atuação de Rafael Camargo, a peça com texto inédito no teatro faz a transposição da palavra, mesclando distintas linguagens (literatura, teatro, música) e constrói uma dramaturgia da cena, bebendo da fonte dos contadores de histórias.
O Encalhe dos Trezentos. Sexta-feira (10.11) e sábado (11.11) às 21h. Domingo (12.11) às 20h. Pague quanto vale.
Ave Lola Espaço de Criação – R. Mal. Deodoro, 1227, Centro.
Curitibano, é graduado em jornalismo pela UFPR e pós-graduado em jornalismo literário pela ABJL. Foi repórter, editor e colunista do jornal Gazeta do Povo. Trabalha na Rádio Educativa de Curitiba, é editor do blog Pista 1, no portal Bem Paraná, e colaborador da revista VICE Brasil.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.