As boas do fim de semana no Rio de Janeiro: 17.05

Telona, pipoca, friozinho: o evento é belo toda vida e, por isso, os ingressos esgotam assim tão rápido. Então, é bom ficar de olho, barganhar em redes sociais e em rodinhas de amigos, porque o combo vale a pena. Em outras edições, fomos de “Cinema Paradiso”, “Pantera Negra” e “O iluminado”. A seleção mistura clássicos-pop a produções mais quentes. O fim de semana, por exemplo, nos brinda com “Matrix”, exibido 20 anos após seu lançamento, ainda tão atual. Da última temporada do Oscar, tem os premiados “Infiltrado na Klan” e “Bohemian Rhapsody“. Nas semanas seguintes, os destaques são “Clube da luta” – outro da notável safra de 1999 -, “Nasce uma estrela” , com Lady Gaga e Bradley Cooper, e  “E.T. – O Extraterrestre”.

É o melhor projeto que Keanu Reeves fez após “Matrix”.  Lançado há cinco anos, o primeiro filme foi batizado de “De volta ao jogo” no Brasil e alcançou uma  bilheteria mundial de quase 90 milhões de dólares – interessante, levando em conta o orçamento de 20 milhões e a violência latente. Era um filme rápido e rasteiro, no melhor sentido. O segundo (John Wick: um novo dia para matar), ainda mais gráfico, chegou aos 170 milhões, e já apontava uma possibilidade de desdobramento. Embora as continuações causem certa fadiga pela serialização excessiva do cinema, as franquias de ação (pensamos também em “Missão: impossível” e, de certa forma, “Mad Max”) mostram fôlego com a capacidade de gerar tensão constante no espectador, numa exploração de imagens de impacto, numa ode às cores, aos movimentos e sons – e poucas palavras, o mínimo de drama, apenas para justificar o tiro, o salto, o sangue, a corrida, a fuga. Esperamos que o terceiro não decepcione.

Não lembramos de nada em que Judi Dench tenha se saído mal, embora eventualmente participe de obras duvidosas. Quem nunca? Dama inglesa, com um Oscar na estante e outras seis indicações, ela estrela o drama “A espiã vermelha”, uma das estreias deste fim de semana. No filme, Dench vive uma agente infiltrada da KGB no Reino Unido.

Se você tem interesse em saber como Jesus foi retratado pela sétima arte, vai uma dica boa: a primeira sessão de Jesus no Cinema. O filme escolhido para abrir as conversas foi “O evangelho segundo São Mateus”, dirigido pelo cineasta italiano Pier Paolo Pasolini,  ateu, comunista e abertamente homossexual. Após a exibição, haverá um debate com  Jocimar Dias, doutorando da UFF.

O espetáculo acompanha a rotina de uma mãe que, diante de um mundo violento, cria suas duas filhas literalmente sob sua saia. As coisas mudam quando um furo na vestimenta faz com que as crianças comecem a desconfiar da falta de acontecimentos em suas vidas. “Saia” é um desdobramento das atividades da 4ª turma do Núcleo de Dramaturgia Firjan SESI, de 2018. Ano passado, vimos e elogiamos aqui “Rose”, peça criada durante o núcleo em 2017.

“Saia”. Segunda e terça-feira, às 19h. Ingressos a R$ 20. Em cartaz até 18 de junho.
Teatro Firjan Sesi. Av. Graça Aranha, 1 – Centro.