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As boas do fim de semana no Rio de Janeiro: 05.04

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Data

04 de April, 2019

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Três Faces

É o novo filme de  Jafar Panahi, um dos mais prestigiados diretores do cinema iraniano, com aplausos e prêmios colhidos nos festivais mais importantes do mundo. Em 2018, “Três faces” saiu de Cannes com a Palma de Ouro de melhor roteiro. Anos antes, “Taxi Teerã” levou o Urso de Ouro, o prêmio máximo do Festival de Berlim. Anos-anos antes, o cineasta foi laureado com o Leão de Ouro,  este do festival de Veneza, pelo longa “O círculo”.  Inshalá, muito ouro! A carreira de Panahi extrapolou o cinema quando, há uma década, ele foi preso após apoiar o candidato da oposição na disputa pela presidência do país.  Como forma de protesto, iniciou uma greve de fome – leia mais sobre isso aqui.  Embora tenha sido proibido de filmar, Panahi vem driblando a censura e sendo descoberto por novas plateias. Em “Três faces”,  atriz Behnaz Jafari e o amigo Panahi – sim, os dois interpretam a si mesmos – tentam descobrir se um vídeo em que uma garota implora para ser libertada da família é verdadeiro.

“Três faces”. Confira salas e horários, aqui

Duas Rainhas

No começo do ano passado, quando os videntes de Oscar começaram a exercitar a mediunidade à caça dos indicados ao prêmio de 2019, “Duas Rainhas” figurava em diversas listas.  A maior aposta era para as atrizes que vivem as tais nobres do título. De fato, o longa chega aos cinemas após ter passado quase silenciosamente pela temporada de premiações. Ainda assim,  recebeu duas indicações ao Oscar: figurino e maquiagem & cabelo. Não que o prêmio chancele qualidade. Está aí “Green book” que não nos deixa mentir. Apesar de não ter alcançado o sonho dourado previsto, o longa traz  a chance de acompanhar o embate entre as talentosas Saoirse Ronan (no papel de Mary Stuart) e Margot Robbie (como Elizabeth I, em destaque na foto) pelo trono da Inglaterra. E esse é mesmo o motor da história, já retratada em outras produções.

“Duas rainhas”. Confira salas e horários, aqui.

Belchior: ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro — O musical

Pablo Paleologo interpreta Belchior em musical. Foto: Ivana Mascarenhas/ Divulgação

Sim, nós sabemos, mais um musical, lá lá lá e tal. A cena teatral no Rio está cheia deles e o estouro de claves não deve parar tão cedo. Entre tantos nomes já contemplados nessa onda de memória e voz, é bom demais encontrar o rapaz latino americano, o que tem chorado para cachorro, o que morreu ano passado, mas não morre este ano, o que cantou como nossos pais e, quiçá, os comeu também. Belchior morreu em 2017, mas a alucinação teatral o traz novamente. Que seja para uma boa vida!

“Belchior: ano passado eu morri, mas esse ano eu não morro — O musical”.  Sexta e sábado, às 19h. Domingo, às 18h. Em cartaz até 28 de abril. Ingressos a R$ 40.
Teatro João Caetano. Praça Tiradentes, s/nº – Centro. 

Peraí, que tem mais

Heróis da Marvel para lá e heróis da DC para cá.  Não se passa um fim de semana sem que um deles esteja salvando o mundo ou a própria pele nas salas de cinema. Ao menos é essa a sensação. O herói da vez é “Shazam!”. O filme conta como um adolescente de 14 anos se transforma numa poderosa versão adulta de si mesmo. É da DC a maior estreia desta semana.
“Shazam!”. Confira salas e horários, aqui

Gilberto Gawronski reestreia o elogiado monólogo “Ato de comunhão”, baseado na história verídica de Armim Meiwes, condenado à prisão perpétua por ter devorado um homem que conheceu pela internet.  O sujeito ficou conhecido como o “Canibal Alemão”.
“Ato de comunhão” (a página do Facebook está desatualizada). Sexta e sábado, às 21h. Domingo, às 19h. Em cartaz até 28 de abril. Ingressos a R$ 40.
Teatro Municipal Maria Clara Machado. Planetário da Gávea. Av. Padre Leonel Franca, 240 – Gávea.

Save The Date

É Tudo Verdade

Documentário: “Estou me guardando para quando o Carnaval chegar”, de Marcelo Gomes.

Maior festival de documentários da América Latina, o É Tudo Verdade chega ao Rio a partir de terça-feira (09.04). Em São Paulo, a programação começa dias antes.  Mais de 1.600 títulos, entre longas, médias e curtas, foram inscritos, dos quais 66 participam da mostra, a cada ano mais relevante. Sobre a 24ª edição, Amir Labaki, idealizador do festival, ressalta: “Renovam-se os retratos e os herdeiros do Cinema Direto (a tradicional câmera como mosca-na-parede), aprofundam-se as narrativas em primeira pessoa, catalisam-se os diálogos com outras linguagens, seja a fotográfica como a dos jogos digitais. O documentário se move”.

É Tudo Verdade. Confira filmes, salas exibidoras e horários, aqui

Data

04 de April, 2019

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Filipe Isensee e Gustavo Cunha

Filipe nasceu em Salvador, mudou-se aos 9 anos para Belo Horizonte e, aos vinte e poucos, decidiu encarar o Rio de Janeiro. Há quatro anos conheceu Gustavo, cria da capital fluminense. Jornalistas culturais, gostam de receber amigos em casa e ir ao cinema. Cada vez mais são adeptos de programas ao ar livre - sempre que podem, incluem no passeio Chaplin, esperto vira-lata adotado há um ano.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.