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As boas do fim de semana no Recife: 10.05
A Feira
Tá todo mundo doido pra ver Bacuraru, novo filme de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, que deve chacoalhar o Festival de Cannes. Para quem já quer sentir um gostinho, a dica é conhecer a videoinstalação A Feira, que faz parte do acervo fixo do Cais do Sertão (pode ser vista durante o ano inteiro no museu, diariamente, exceto segundas-feiras). É uma espécie de curta-metragem imersivo com as imagens espalhadas em 14 telas digitais de alta definição e conteúdo político assustadoramente atual. Não há uma relação direta com Bacurau, mas ali os dois diretores já exploraram alguns elementos explosivos do Sertão, onde foi filmado o novo longa. A direção do “curta-instalação” é de KMF e Juliano assina a arte. Advertência: É importante ver a projeção a partir do início (evitar entrar no meio).
A Feira. Terça a sexta, das 9h às 17h. Sábados e domingos, das 13h às 17h. Ingressos: R$ 5 (meia) e R$ 10 (grátis nas quintas).
Cais do Sertão. Avenida Alfredo Lisboa, Armazém 10, Bairro do Recife, Centro.
Peraí que tem mais
Sganzerla na cabeça: Helena Ignez é a estrela do clássico que servirá como uma prévia da Mostra Cinema Marginal (começa na próxima segunda-feira, save the date).
Copacabana Mon Amour. Quinta (09.05) às 18h. Grátis.
Cineclube. Biblioteca Central da UFPE, Avenida Professor Moraes Rego, 1235, Cidade Universitária.
O filme argentino que conta a história de um velho artista plástico à procura de salvação entrou em cartaz apenas em Piedade.
Minha Obra-Prima. Sessões às 13h10 (sáb e dom) e 18h (seg a sex). Ingressos a partir de R$ 14.
Cinépolis Guararapes. Avenida Barreto de Menezes, 800, Piedade, Jaboatão.
A nossa seleção
Júlio Cavani
Durante três meses em Nova York em 2010, Júlio não trabalhou e nem estudou. dedicou todos os dias e noites da viagem a shows, exposições e cinemas. Na verdade, a vida dele é assim o ano inteiro, todos os anos, em qualquer cidade onde esteja. Quando trabalha, procura sempre algo relacionado a arte, filmes e música. Quando tem tempo livre, busca as mesmas coisas (ou ambientes com muita natureza). Também desenvolve os próprios projetos artísticos, influenciado por tudo o que vê e ouve. Ele ainda é conhecido por conseguir provar que sempre é possível encontrar coisas legais para fazer no Recife e por estar em vários lugares ao mesmo tempo.
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Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.