Berlim 24 horas

O dia-a-dia de quem mora em Berlim com dicas culturais, gastronômicas e de passeios para todos os gostos e bolsos.

Decoding

Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.

Festivais de música

Os melhores festivais de música do Brasil e do mundo num só lugar.

Fit Happens

Aventura, esporte, alimentação e saúde para quem quer explorar o mundo.

Quinoa or Tofu

Restaurantes, compras, receitas, lugares, curiosidades e cursos. Tudo vegano ou vegetariano.

Rio24hrs

Feito com ❤ no Rio, para o Rio, só com o que há de melhor rolando na cidade.

SP24hrs

Gastronomia, cultura, arte, música, diversão, compras e inspiração na Selva de Pedra. Porque para amar São Paulo, não é preciso firulas. Só é preciso vivê-la.

SXSW

Cobertura pré e pós do SXSW 2022 com as melhores dicas: quais são as palestras, ativações, shows e festas imperdíveis no festival.

12 horas ao vivo em Bangkok

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

18 de January, 2017

Share

Apresentado por

Fizemos um passeio de 12 horas em Bangkok ao vivo, relatando cada passeio através de vídeos e fotos no nosso instagram. Como isso funcionou? Nós nos encontramos às 9h30 da manhã num café e passeamos pela cidade até às 21h30, mostrando o que é possível fazer nesse período e como funciona a maratona. Porque, sim, passear doze horas non-stop requer fôlego, ânimo e curiosidade para não se prender somente ao roteiro pré-estabelecido, permitindo se perder um pouco nos planos originais. Faltou um mercado de rua, que é algo que vale muito a pena visitar na cidade.

Vamos lá ver o resultado e, claro, deixar o roteiro para que qualquer um possa testá-lo também. Não é exatamente um guia para iniciantes na cidade, mas esse você pode conferir aqui. Também não economizamos, pois vale lembrar que Bangkok pode ser uma cidade muito barata, mas a gente se deu o luxo, especialmente no quesito “comida & drinks”.

 

A photo posted by lalai persson (@lalai) on

 

Transporte: para ganhar tempo, fizemos alguns trechos de mototáxi (não recomendável pela falta de capacete, a não ser que você seja um aventureiro corajoso como nós fomos), outros de uber, tuk tuk e BTS (o “air train” tailandês).

 

 

9h30 – café da manhã

 

 

Geralmente as pessoas tomam o café da manhã no hotel, pois assim ganham tempo para outras atividades. Mas como estávamos em um apartamento alugado via airbnb, não tivemos essa opção. Isso é bom também, já que Bangkok ganha novos cafés a cada dia. Optamos por um café da manhã ocidental, pois ainda não estamos preparadas para o asiático, que é exatamente a mesma refeição servida durante o almoço.

Tiny Cup Café

 

 

O Tiny Cup é um charmoso café na região de Thonglor, com um cardápio variado com opções de café da manhã inglês, acompanhado de dois ovos no estilo escolhido, torrada, bacon, salsicha, presunto e feijão. Mas há também opções mais leves com smoothies e sucos deliciosos, frutas, iogurte, cereais, açaí, sanduíche de abóbora grelhada, torradas com avocado, ovo poché e saladinha. O preço é acima da média de Bangkok, mas valeu cada centavinho de baht.

Valor do café para duas pessoas incluindo sanduíches, suco de laranja e café: 1.144 baths ou R$ 115

Endereço: 411/2 Thonglor Sukhumvit Road Klongtun Nua Wattana. Bangkok
Horários: Diariamente, das 7 às 18h 

Outra opção na região, onde comi um dos melhores ovos benedicts na vida, é o Roast, no TheCommons.

11h – Passeio no complexo de shopping Siam

Sugerimos deixar essa parte para o fim do passeio. Mas como tivemos azar e ficamos sem dados no celular, fomos até o Siam Paragon para abastecer nossos planos. Nos mandamos para o Siam Discovery, um dos shoppings centers mais legais de Bangkok.

Siam Discovery & Center

Siam Center Bangkok
A entrada do Siam Center. Foto: Lalai Persson

O Siam Discovery e o Siam Center são interligados e ficam bem em frente ao Siam Paragon, o shopping onde as marcas de luxo se encontram. Nós gostamos mesmo é dos dois primeiros, que traz uma ótima coleção de marcas locais e internacionais, como Comme des Garçons, Marimekko, Issei Miyake, Phillip Lim, Stella McCartney, Dressed / Undressed, entre outras. O Siam Discovery é todo aberto, sem paredes ou divisórias separando as lojas, que expõem seus produtos em araras ou móveis, tudo milimetricamente pensado. Lá também se encontra a Loft, loja japonesa que tem tudo que a gente não precisa comprar, mas quer ter. Além dela, tem a tokyobike, lojas de design, cosméticos, acessórios, livros e coisas para a casa. E tudo de muito, mas muito, bom gosto. O único restaurante do Siam Discovery é o novo Jamie Oliver, que acabou de abrir as portas. Pula ele.

Loja no Siam Discovery.
Loja no Siam Discovery. Foto: Lalai Persson
Lojas no Siam Discovery.
Lojas no Siam Discovery. Foto: Lalai Persson
Loja de Issey Miyake, no Siam Discovery
Loja de Issey Miyake, no Siam Discovery. Foto: Lalai Persson

Já o Siam Center é um shopping mais tradicional. Ele tem lojas mais acessíveis, muitas também de estilistas locais. Tivemos duas experiências lúdicas nos dois shoppings que recomendamos. No Discovery tem uma instalação interativa feita a partir de uma conta no Instagram (aberta), o “Social Discovery”, que fica no 1º andar:

 

 

Já o Siam Center tem uma área dedicada à realidade virtual. Eu experimentei sem querer uma parecida com o brinquedo Evolution, e consegui parar o shopping com minha gritaria. Foi uma das experiências mais legais que tive de realidade virtual. Fica no andar térreo.

 

 

Transporte do café da manhã para de Thonglor ao Complexo Siam – 2 pessoas: 108 bahts (40 de moto + 68 de BTS) = R$ 11
Jogo realidade virtual – 1 pessoa: 150 bahts = R$ 15

Siam Center & Siam Discovery
Endereço: Rama I Rd, Khwaeng Pathum Wan, Khet Pathum Wan, Krung Thep Maha Nakhon
Estação BTS Siam

13h – Almoço

comida de rua bangkok
Comer em Bangkok é a tarefa mais fácil. Pode ser na rua ou em restaurante. Geralmente se come bem. Foto: Lalai Persson

A coisa mais fácil em Bangkok é comer. Quem se aventura por pratos apimentados, pode escolher alguma barraca na rua com a qual simpatizar. E elas não faltam. Dá para se arriscar numa boa, já que comer bem é o lema do tailandês. Eu tenho sérios problemas com pimenta e a Dani é vegetariana, então optamos por um restaurante, onde nos garantiram haver um dos melhores pad thai da cidade, o Café Bangrak, que fica no Silom.

Café Bangrak

 

 

O Café Bangrak fica atrás de uma portinha, espremida no meio da movimentada e estreita rua Sala Daeng. O restaurante é pequeno, mas não tanto, com dois andares cheios de charme. Além das comidinhas, vende também livros e alguns badulaques, que ficam à mostra numa estante no corredor da entrada. O ar-condicionado funciona a mil maravilhas, o que pode tornar tentador não sair de lá. O menu é bem extenso, com duas páginas dedicadas às opções vegetarianas, e todos os pratos típicos tailandeses feitos das mais diversas maneiras. Experimentamos o pad thai vegetariano e um arroz frito com frango, que estava super saboroso. O Bangrak acabou ficando popular entre os turistas, por isso caso você goste de abusar da pimenta, pode avisar junto com o pedido do prato. A experiência vale se estiver nas mediações, mas não é mesmo o melhor pad thai da cidade, é uma boa opção para sentar, relaxar e tomar uma cervejinha gelada debaixo de um ar-condicionado decente. Dizem que o mojito é também uma das estrelas da casa.

Tuk tuk (muito negociado) de Siam para o Silom: 100 bahts = R$ 10
Almoço para duas pessoas acompanhado de cerveja: 460 bahts = R$ 46
Total: R$ 56

Endereço: Si Lom, Khwaeng Silom, Khet Bang Rak, Krung Thep Maha Nakhon, Bangkok
Horários: Segunda a sábado, das 10 às 22h

15h – Visitar um templo

Wat Pho, Bangkok
Wat Pho – Foto por Kungverylucky/Shutterstock
Templo Wat Pho, Bangkok
Uma das entradas do Wat Pho. Foto: Lalai Persson
Buda Deitado no Wat Pho
Buda Deitado no Wat Pho. Foto: Lalai Persson

Bangkok tem centenas e centenas de templos. E templos bonitos não faltam por lá, por isso foi difícil escolher qual visitaríamos, já que em doze horas conseguiríamos visitar apenas um. Optamos pelo Wat Pho, pois além de nos esbaldarmos com tamanha beleza, ainda rola fazer uma dobradinha com uma sessão de massagem.

Wat Pho

 

 

 

 

O Wat Pho é, provavelmente, um dos complexos de templos mais belos de Bangkok. A grande atração nele é o famoso “Buda reclinado” com seus 15m de altura e 46m de largura, construído em 1832. Completamente dourado, ele vai de ponta a ponta de um dos templos. Além do Buda reclinado, há 394 imagens de Budas dourados espalhados por diversos jardins. A beleza se complementa com 91 estupas espalhadas pelos oito hectares de área do complexo. O Wat Pho data do século 16 e já passou por alguns restauros que duraram anos. Foi também lá que nasceu, em 1955, a primeira escola de massagem da Tailândia, que se mantém em funcionamento até os dias atuais. Depois de andar por tudo, nada como uma boa massagem nos pés ou uma completa.

Entrada para duas pessoas: 200 bahts = R$ 20
Uber de Silom para o Wat Pho: 193 bahts = R$ 19
Total para duas pessoas: R$ 39

Endereço: 2 Sanamchai Road, Grand Palace Subdistrict, Pranakorn District, Krung Thep Maha Nakhon
Horários: 8 às 18h30

16h – Pausa para uma massagem

Wat Pho and Chetawan Traditional Massage

Wat Pho and Chetawan Traditional medical and massage school
A entrada do Wat Pho and Chetawan Traditional Massage. Foto: Lalai Persson

É possível fazer massagem dentro do próprio Wat Pho, mas do lado de fora ficam dois outros prédios que são menos conhecidos, portanto menos concorridos e com funcionamento até mais tarde. Foram quinze minutos até sermos levadas para a sala coletiva de massagem. A Wat Po and Chetawan Traditional Medical and Massage School oferece várias opções de massagens: pés, thai (30 ou 60 minutos), thai com ervas (60 minutos), massagem facial (60 minutos), entre outras. Mas a busca por lá mesmo é para fazer seus cursos, do básico ao avançado, com mínimo de 30 horas de duração. O lugar é bem simples e a massagem é aplicada numa sala com a luz baixa, que tem várias camas no chão, uma ao lado da outra. Nada de charme. A ideia é ir lá mesmo dar uma relaxada e ver qual é da escola. O preço é camarada, por isso não espere muito. Vale pela experiência (claro que você pode dar mais sorte do que eu e pegar um(a) massagista dos deuses – não foi o meu caso).

Wat Pho Thai Traditional Medical School – dentro do templo: das 8 às 17h
Wat Pho and Chetawan Traditionl Medical and Massage School: 
Preços: 260 a 800 bahts = R$ 26 a R$ 80

Nós optamos por 1h de Thai Massage, que custou 840 bahts para 2 pessoas = R$ 84

Endereço: 392/33 Maha Rat Rd, Khwaeng Phra Borom Maha Ratchawang, Khet Phra Nakhon, Krung Thep Maha Nakhon

Caso queira se refrescar depois com um suco ou tomar um café, ao lado tem o Blue Whale Cafe, que é um bom lugar para uma relaxada.

17h – Passeio

Chinatown

Chinatown, Bangkok
Chinatown, Bangkok. Foto: Ola Persson
Chinatown, Bangkok
Chinatown, Bangkok. Foto: Weerakarn Satitniramai
Chinatown, Bangkok
Nossa chegada no burburinho da hora do jantar, em Chinatown. Foto: Lalai Persson

Apesar do calor, decidimos caminhar cerca de 3km até a ponta de Chinatown. O trânsito é completamente parado no fim do dia, e andar pela cidade sempre é uma ideia atraente. Foi um passeio de quase 2 horas com algumas descobertas no caminho até chegarmos no Wat Traimit, o templo principal de Chinatown, que conta com um Buda de ouro de 3m de altura, pesando 5,5 toneladas. Apesar deste templo não ser esplendoroso, ele vale muito a pena, pois sua história é bem interessante.

 

 

Chinatown é a segunda maior “chinatown” do mundo e uma das mais antigas, tendo sido estabelecida em Bangkok em 1782. É também um dos melhores lugares para comer na rua em Bangkok, comprar ouro (vai que você curte ouro) e bobagens. É ir para a Yaowarat Road e se perder nela, entrar nas ruas menores que a cortam. No fim do dia acontece um pequeno mercado de comida de rua, que aumenta o burburinho na região do portão do bairro.

Street food, Chinatown, Bangkok
Come-se quase em todos os cantos de Chinatown, Bangkok. Foto: Roberto Trombetta

Terminamos o passeio no Wat Traimit, mas que já tinha fechado suas portas para visitação do público. Ao longe podíamos ouvir as orações dos monges. As luzes deixavam o templo ainda mais bonito. Nos arredores pudemos contemplar aulas de esportes diversos para um público bem jovem. Tinha dança, luta e até canto. Foi especial ver esse outro canto da cidade tomado por uma rotina que desconhecemos.

Templo / Wat Traimit, Chinatown, Bangkok
Wat Traimit, Chinatown, Bangkok. Foto: cb_agulto

Wat Traimit. Traimit Road (próximo à Estação de metrô Hua Lampong- bem no início de Chinatown)
Horários: Diariamente, das 9 às 17h
Ingressos: 40 bahts pra ver o Buda de ouro e 100 bahts para visitar o museu (que vale muito a pena) 

19 horas

Happy hour – Tep Bar

 

 

Tínhamos duas opções de bares na região, o Teens of Thailand e o Tep Bar. O primeiro, dedicado ao gim, estava fechado, em plena terça-feira. Com um pouco de dificuldade, encontramos o Tep Bar, que é bem tranquilo e tem show de música tradicional tailandesa diariamente, às 19h30. O bar é lindo. Fica num beco escuro, onde você tem a certeza de estar por engano, mas então se depara com ele numa esquina. Moderno, luz baixa, tem uma boa carta de vinhos, cervejas e comidinhas. Coquetéis em Bangkok não são muito baratos. Custam entre R$ 30 e R$ 65. Tomamos um drinque, algumas cervejas, comemos algumas entradinhas e assistimos ao show.

Tep Bar, Bangkok, Tailândia
Tep Bar, Bangkok. Foto: BK Magazine

Valor total da conta para duas pessoas com um drinque, três cerveja e uma entrada = 1.212 baths = R$ 112

Tep Bar
69-71 Soi Rammaitri, Maitrijit Road, Pom Prap, Krung Thep,Bangkok.

Horários: Terça a quinta, das 17 à 0h; Sexta e sábado, até a 1h; Domingo, até 0h.

Teens of Thailand
76 soi Nana (Rammaitree), Pomprab, Pomprabsattruphai, Bangkok.

Horários: Terça a quinta, das 19 à 1h; Sexta e sábado, até às 2h; Domingo, até a 1h. 

21 horas

Happy hour 2 – Let the Boy Die

Let the boy die, Bangkok
Let the Boy Die, Bangkok. Foto: BK Magazine
Let the boy die, Bangok
Let the Boy Die, Bangkok. Foto: BK Magazine

Pulamos o jantar e decidimos esticar num outro bar que queríamos conhecer nas proximidades, o Let the Boy Die. O bar é pequeno, tem um ar hipster, mas a música o denuncia com uma trilha sonora entre o indie e o pop. O público é praticamente apenas jovens locais, que sentam em mesas compartilhadas. O cardápio é bem enxuto: hambúrgueres, fritas, 6 tipos de cervejas artesanais, que mudam diariamente, e coquetéis. Compra, paga em dinheiro no pequeno balcão e leva para a mesa. Após quase doze horas na rua, o cansaço batia forte. Ainda assim, ficamos por quase duas horas, já que esta era minha última noite na cidade. A despedida foi feita com chave de ouro, acompanhada de ótimas cervejas, comidinhas e um bom papo com a Dani, minha companheira de aventuras.

Conta no bar para 2 pessoas: 620 bahts = R$ 62
Uber para Ekkamai 10, onde me hospedei: 160 bahts = R$ 16

Let the Boy Die
542 Luang Rd, Khwaeng Pom Prap, Khet Pom Prap Sattru Phai, Krung Thep Maha Nakhon
Horários: Terça a domingo, das 17 às 23h

Total gasto em 12 horas sem economia – 2 pessoas: R$ 510

*Viajamos para a Tailândia no projeto #fly2fest, Volta ao Mundo em Festivais de Música, patrocinado pela KLM Brasil, que faz parte do SkyTeam e oferece voos para 1.052 destinos em 177 países. 

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

18 de January, 2017

Share

Apresentado por

Lalai Persson

Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.

Ver todos os posts

    Adicionar comentário

    Assine nossa newsletter

    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.