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Se você já acompanha o Chicken or Pasta faz um tempo, sabe da nossa paixão por Bangkok: já fizemos declaração de amor, mini-guias, guias completos, falamos dos mercados de fim de semana, e, infelizmente, falamos também deles: os taxistas. Porque é impossível sair de Bangkok sem querer esganar um taxista – e olha que eu me considero uma pessoa bem calma. Eles jogam o preço lá em cima, te levam para um lugar que você não pediu e fazem aquela paradinha esperta na loja do tio. E é por essa razão que surgiu esse post: um guia explicando todas as formas de transporte existentes na cidade, para você depender o menos possível desses agentes do mal.
Você chegou em Bangkok e quer dar aquele passeio, conhecer aquele templo lindo que viu nas fotos, ou almoçar aquele Pad Thai que só de pensar a boca enche de água. Bangkok, se você não conhece, é uma cidade tão ou mais caótica do que São Paulo, e o trânsito é um dos grandes culpados por essa sensação de confusão que você pode ter em um primeiro momento. Mas, por causa disso mesmo, as opções para se locomover por lá são muitas: ônibus, balsa, mototaxi, metrô (o MRT), skytrain (o BTS), Uber, tuktuk e táxi. Vamos falar um pouco de cada.
O ônibus é a maneira mais barata de rodar pela cidade. A tarifa varia de acordo com o tipo que você pegar: com ar-condicionado custa mais do que um sem, os de madrugada tem uma taxa extra. Mas nada que passe 25 bahts (algo em torno de 2,25 reais atualmente – se ligue na data do post!). É possível chegar em qualquer lugar de ônibus e, se você anda de ônibus no Brasil, não vai ter nenhuma novidade (apesar de aparentarem mais velhos por fora). A maioria roda das 5h da manhã às 23h, mas existem linhas 24 horas. A cobrança é feita dentro dele: não existe catraca, uma pessoa vai passar com uma caixinha de metal para pegar o dinheiro, te devolvendo troco e o bilhete.
Para subir ou descer o rio, vá sempre de balsa. Mas cuidado, existem muitos barcos de turistas rodando simultaneamente, então é necessário ver se você está entrando no barco certo. As balsas, como forma de transporte público, vão de ponto-a-ponto. Se te oferecem um barco que faz um passeio, esse é um barco turístico. Os “terminais” (tha) de balsas são sempre bem sinalizados, com informações tanto em tailandês como inglês. O terminal central é o Tha Sathorn, perto da estação de skytrain Saphan Taksin. A cobrança é feita dentro da balsa, como no ônibus. O Google Maps é bem detalhado aqui, então recomendo usar bastante. Esse post é também bem útil para saber mais.
Se decidir pegar um mototáxi, se prepare para muita emoção. Isso porque os motoristas não tem muito amor pela vida (deles e alheia) e por isso fazem manobras arriscadas. Mas na terceira vez, você já vai se sentir um local e nem vai mais segurar no motorista (os tailandeses nunca seguram nos motoristas, é sempre com as mãos soltas, ou segurando no ferrinho de trás da garupa). É uma ótima opção para distâncias curtas ou para fugir do trânsito. Dá para negociar o preço mas normalmente eles são baixos. Para reconhecer quais são mototáxis: todos eles usam um colete laranja.
Assim como São Paulo, o grande problema do metrô de Bangkok é que ele não cobre uma área muito grande da cidade: são apenas 18 estações no total. A cobrança é feita pela quantidade de estações que você vai percorrer, começando em 15 bahts e indo até cerca de 40/50 bahts. A compra da passagem é feita na estação mesmo: você pode pegar um cartão e recarregar ele nas máquinas disponíveis, ou pode comprar viagens separadas – neste último você recebe uma ficha que deve depositar na catraca no destino. Apesar de pequeno, dá para chegar a alguns pontos importantes da cidade de metrô, como a estação de trem (Hua Lamphong) ou ao mercado de fim de semana Chatuchak.
Minha opção preferida para andar por Bangkok: se consigo ir de BTS, é o que vou escolher provavelmente. O skytrain tem a linha um pouco maior que o metrô e é super moderno. O pagamento é quase sempre feito com moedas, e, ao lado das catracas, sempre tem um guichê onde é possível trocar as notas. O valor também depende da distância percorrida. Na máquina, você consegue ver seu destino e clicar no valor referente (normalmente de 22 a 52 bahts). Você deve guardar o cartão para depositar na catraca no destino, assim como nos metrôs. Se você perder o cartão, você paga uma nova passagem de 42 bahts, independente de onde estiver vindo.
O Uber chegou em Bangkok em 2015 e, claro, adoramos a notícia. São três serviços atualmente: Uberx, Uber Black e Uber SUV, e o Uberx sai mais barato do que táxi ou tuktuk. Mas fique sempre atento no fim da corrida: muitos motoristas esperam um tempinho para fechar a corrida, para ganhar uns trocados a mais. A dica é sempre tirar um print da tela do celular na hora que chegar no destino para validar.
Ok, você tentou mas não vai dar para evitar e você vai ter que pegar um táxi/tuktuk. Se você não sabe ainda, em Bangkok, a graaaande maioria de táxis não usa o taxímetro para turistas, só para locais. Você normalmente fala para os motoristas (tuktuk inclusive) para onde quer ir e eles te dão um valor. E, sabendo que você não é de lá, é claro que vão chutar alto.
Por isso o básico que você tem que fazer nesse caso é negociar. Nunca aceite o primeiro valor proposto. Uma dica de ouro aqui (a Lalai me deu e eu sigo com a vida) é: veja antes quanto ficaria o preço da corrida no Uberx e no Uber Black. O preço da corrida do táxi/tuktuk deverá ser entre esses dois valores, nem tão barato quanto o Uberx, mas nunca mais caro do que o Uber Black.
Outra opção é instalar o aplicativo da GrabTaxi. Funciona de maneira similar ao Uber, mas os carros usados são táxis comuns e por isso sai um pouco mais barato. As desvantagens são que o tempo de espera normalmente é maior e que muitos taxistas desistem da corrida quando você já esperou um tempão.
Cheque também sempre se o destino que ele te deixou no final é o que você desejava.
Agora que você sabe das opções que tem para andar para todos os lados de Bangkok, você deve estar confuso com todas essas possibilidades. Aqui vão as nossas recomendações para alguns lugares específicos. Não precisa nem dizer que você deve dar uma pesquisada de toda forma, né? Essas são as formas mais baratas ou confortáveis:
Devido ao trânsito horrível, eu sempre prefiro pegar o MRT ou o BTS para os lugares. Mesmo se não tem opção direta, minha recomendação é pegar até o mais perto possível. E já alertando: Chinatown e em torno do Wat Pho são as regiões mais caóticas da cidade.
A melhor forma de circular entre esses três pontos turísticos é a pé e de balsa. Perto do Grand Palace e do Wat Pho, existe a estação de balsa Tha Tien. Vá até ela e pegue uma balsa para atravessar o rio, direto para o Wat Arun. Essa é a área com mais golpistas por metro quadrado de Bangkok, então muitas pessoas irão tentar te convencer a fazer outra coisa. Não faça nem contato visual.
Existe um ônibus que vai/volta para o aeroporto de Don Mueang para o BTS/MRT. São duas linhas: a A1 (que vai até a estação de Mo Chit) e a A3 (que vai até a estação de Victory Monument). O A1 é mais frequente e por isso recomendamos pegar ela (mesmo se a sua parada final seja mais perto do Victory Monument). No aeroporto, existem dois pontos onde pegar os ônibus na área externa. Em Mo Chit, ao descer a escada do BTS ainda antes da catraca, existe já uma placa direcionando qual saída pegar. O ponto fica do lado da estação. O ônibus custa 30 bahts e é pago dentro dele.
Hoje já é possível ver obras bem avançadas do BTS para esse aeroporto, então é provável que no próximo ano (ou 2018), já seja possível ir de trem diretamente para lá.
O jeito mais barato de sair do Aeroporto de Suvarnabhumi é de trem, que liga com o MRT na estação Petchaburi Station ou o BTS Phayathat. Porém o percurso ao todo dura cerca de 1 hora e meia – o que pode ser bem indesejável depois de uma viagem de mais de 25 horas.
Uma outra opção é chamar um Uber. No aeroporto mesmo é possível comprar um cartão pré-pago para o celular – o que a gente aconselha sempre. Ao chamar o Uber, ele te pergunta o portão e pronto. A viagem custa em torno de 300/350 bahts.
A cidade fica colada em Bangkok e é uma boa opção para fazer uma viagem de um dia. Além das excursões para lá, outras opções são:
* Foto de capa Prachanart Viriyaraks
*Viajamos para a Tailândia no projeto #fly2fest, Volta ao Mundo em Festivais de Música, patrocinado pela KLM Brasil, que faz parte do SkyTeam e oferece voos para 1.052 destinos em 177 países.
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.