Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Se tem um país onde é difícil escolher a cidade mais bonita, com certeza é a Itália. Veneza, Roma, Florença, Napoli, Palermo, Verona, Capri, Amalfi, Gênova, a lista não acaba. Com uma concorrência dessas, dá até para entender porque muita gente só pinga em Milão antes de seguir viagem pelas paisagens maravilhosas da bota. A maior cidade italiana tem uma alma meio cinza e sisuda como São Paulo, herança do passado industrial.
Mas também é uma capital do design e da moda mundial. Nos últimos tempos, Milão tem passado por uma transformação cultural, em grande parte depois dos investimentos feitos para a Expo de 2015. A cidade foi revitalizada, bairros inteiros foram transformados com projetos de arquitetura espetaculares, e está mais cosmopolita que nunca. Se você nunca esteve na capital da Lombardia, recomendo fortemente que programe uma passada por ali. E se você já foi há algum tempo, vale a pena voltar. Eu vou contar porquê.
Dois eventos milaneses atraem gente do mundo todo, e por conta disso os preços vão parar na lua e você precisa de muita antecedência para se programar. O Salone del Móbile, a semana de design, lota as ruas da cidade por uma semana em abril. Já o outro evento, a Semana de Moda, ocupa 4 semanas ao longo do ano, se dividindo entre as estações e as coleções: masculina em janeiro e junho, feminina em fevereiro e setembro.
Tirando isso, é bom escolher bem a época para programar as férias lá. Milão é uma das cidades com as estações mais agressivas da Itália, justamente por estar muito próxima dos Alpes. No inverno, a chance de ter neve é relativamente grande. Ótima notícia para quem quer esquiar, porque dá para chegar a algumas estações em pouco mais de uma hora de trem. Já no verão, as temperaturas médias podem ficar acima dos 35ºC, e a sensação térmica ainda mais alta. Quem não quiser se aventurar nos extremos, os meses de abril, maio, setembro e outubro são os mais amenos e agradáveis.
Milão é uma cidade excelente para se andar muito por ser absolutamente plana, e porque é tudo mais ou menos perto. Além disso, a cidade tem hoje 4 linhas de metrô, que atendem bem toda a região central. Os bilhetes podem ser comprados nas modalidades unitário, giornaliero (válido por 24h) ou bigiornaliero (48h). O sistema de ônibus e trams, pelo menos para mim, é bem confuso. Não consegui descobrir sequer como comprar bilhetes. Se por acaso você for para algum lugar longe de uma estação de metrô, uber funciona super bem, e também existe a opção de pedalar. A Bikemi funciona mais ou menos como as bicicletas do Itaú daqui, você só precisa se cadastrar antes no site.
Se você olhar o mapa de Milão, vai reparar que a cidade tem um desenho parecido com uma cebola, com 3 círculos concêntricos. O anel do meio é onde corria a muralha medieval que protegia a cidade. Com o tempo, as muralha deixou de existir, e ficaram só as portas, algumas reconstruídas por Napoleão: Nuova, Venezia, Romana, Ticinese, Garibaldi e Magenta (que não existe mais). Entender a localização das portas ajuda muito na hora de se orientar.
Uma coisa muito evidente lá é que a moda é levada a sério. Diferente de outras ‘capitais da moda’ como Paris, que tem uma bolha fashion e o resto é mais comum, em Milão parece que está todo mundo super bem vestido o tempo todo. Às vezes até demais (alô Cristiano Ronaldo e seu bronze terracota!). Claro que você não é obrigado a se montar, mas se puder deixar de lado aquele tênis de academia e a calça de moletom, você vai se sentir melhor recebido.
Em qualquer lugar dentro dos 3 círculos que mencionei, você está bem localizado (sempre lembrando que quando mais para o meio, mais caro). Mas apenas como referência: o centro é a parte mais turística e cara; a oeste (Magenta) fica uma região mais movimentada, comercial e cheia de locais; a sul (Ticinese), onde ficam os Navigli, fica uma área bem agitada à noite, com muitos bares; a oeste (Monforte) fica uma área mais elegante e arborizada, onde moram os mais abastados, mas que com pouco acesso ao metrô; e a norte você encontra a região do Corso Buenos Aires, agitada e comercia, e Isola, que se transformou muito nos últimos anos, onde estão os novos edifícios de arquitetura arrojada.
Em um lugar que é referência de design, bons hoteis com decoração moderna não faltam, mesmo que de fora eles pareçam um tanto antigos. O 43 Station Hotel fica a 100m da Centrale, que é a principal estação de trem, onde também tem metrô. Os quartos são super confortáveis, o café da manhã é bem completo e a equipe muito bem treinada e atenciosa. Perto da estação Cadorna, que é a Sé de Milão, o B&B Hotel Milano Sant’Ambrogio engana pelo nome. Com quartos pequenos mas super bem decorados, com todo o conforto de um hotel completo. Se você puder, pegue um quarto com varanda, que não vai se arrepender. Para uma experiência mais sofisticada, mas bem mais cara, o Room Mate Giulia é um hotel boutique bem no centro, todo decorado pela designer espanhola Patricia Urquiola. É todo colorido e modernoso, mas super elegante.
Se teu grupo for um pouco maior, ou se quiser um lugar para se sentir mais em casa, o Aparthotel Meneghino oferece estúdios mais amplos, perto do Corso de Porta Vittoria. Quem estiver com orçamento mais apertado pode recorrer a bons hostels que a cidade oferece. O New Generation Hostel Urban Navigli fica perto do buxixo dos canais, e tem a decoração bem moderninha, mesmo nos quartos com beliche. Já o Ostello Bello fica perto do centro, e é um dos melhores e mais concorridos. Tem desde opções de acomodação barata em quartos coletivos, até charmosas suítes privativas, mas com preço de hotel.
Os turistas que passam por Milão querem ver obrigatoriamente 3 coisas: o Duomo (a catedral), a Galleria Vittorio Emanuele II e o Teatro alla Scala. Estando você de frente para o Duomo, se olhar para a esquerda, vai ver a entrada da Galleria, que é lindíssima, mas também caríssima e turistiquíssima. Passe, olhe, tire fotos, e vaze. A ópera fica na praça logo ao fundo da galeria, e esse passeio não dura mais que 15 minutos. Sorte que Milão oferece muito mais.
Em uma caminhada rápida a partir da Piazza del Duomo, chega-se ao Castello Sforzesco. Construído no século 15, acho que ele conta muito mais sobre a história milanesa que os 3 pontos mais famosos. O castelo pode ser visitado por dentro, em uma visita longa, mas só de circular pelos jardins você já vai se inspirar. Alas inteiras do castelo também foram transformados em equipamentos públicos, como o Museu de Artes Decorativas, o Museu dos Instrumentos Musicais e a Biblioteca Trivulziana. Atrás do castelo ainda fica o lindíssimo Parco Sempione, e a Triennale di Milano, o melhor museu de design e arte contemporânea da cidade. Esse, sim, é imperdível.
Ali pertinho do castelo também fica um lugar único e incrível: a Fundação Achille Castiglione. O famoso designer milanês tinha seu estúdio ali, e virou um pequeno museu de seu trabalho depois da sua morte em 2002. Só é possível entrar com reserva para uma das visitas guiadas que acontecem de terça a sábado, em 3 horários. Outro importante famoso designer milanês que recebeu um espaço inteiro dedicado a seu trabalho é Piero Fornasetti. Uma loja/atelier dispõe centenas de suas peças icônicas em vários ambientes de diferentes cores, esparramados por três andares.
Religiosos e amantes de arte e história podem querer ir ver pessoalmente uma das pinturas mais famosas do mundo, ‘A Última Ceia‘ de Leonardo da Vinci. Essa obra de 4,60m de altura e 8,80m de largura e fica na parede da sala de almoço do antigo convento dominicano, ao lado da Igreja de Santa Maria delle Grazie. Para visitar o lugar é preciso programação. A entrada só é permitida para grupos de cerca de 20 pessoas, por 15 minutos, o que faz o números de ingressos diários serem limitados. Para não ficar a ver navios, você pode comprar o ingresso antecipadamente aqui.
Um passeio inevitável é se perder pelas ruinhas de Brera. O bairro todo esbanja charme, e concentra uma quantidade grande de cafés, restaurantes e galerias de arte. Seguindo para o norte de lá, dá para passar pelo Corso Como, uma viela peatonal cheia de lojinhas e cafés passando a Porta Garibaldi, até chegar em Isola para ver os novos e fascinantes prédio residenciais novos, como o Bosco Verticale.
Uma região boa para conhecer o design milanês é a Zona Tortona, que fica em volta da via de mesmo nome. Lojas de decoração se misturam com outras de presentes e roupas, restaurantes e cafés. Durante o Salone, a Via Tortona bomba dia e noite. Ali também fica o Armani Silos, um museu dedicado à arte, moda e ao legado do próprio Giorgio, e o Mudec, museu de arte de cultura instalado em uma antiga fábrica. Um pouco mais afastada, mas não menos essencial, a galeria Rossana Orlandi tem uma curadoria única de design independente num prédio sedutor.
Já para os lados da Porta Romana, fica a estonteante Fundação Prada. Eu já falei dela aqui, mas não custa lembrar: o projeto do arquiteto holandês Rem Koolhaas reconfigurou um grupo de prédios abandonados em uma área degradada para abrigar várias salas de exposição, cinema, eventos, e mais. Lá ainda fica o Bar Luce, com ambientação do diretor de cinema Wes Anderson, e ótimos comes e bebes. Tem que ir!
Sim, a comida é, na média, incrível como em qualquer lugar da Itália. Mas a culinária milanesa tem suas características próprias. O prato mais típico não é nenhuma massa nem pizza, mas sim a cotoletta alla milanese, uma costeleta de vitela fina empanada e frita na manteiga, muito parecido com o schnitzel alemão. Daí vem a nossa mania de chamar qualquer coisa empanada de ‘à milanesa’. Também são famosos os risotos. E por último, a cidade tem excelentes charcutarias, então pode ser arriscar em qualquer biboca que tenha um prosciutto crudo pendurado que você não vai se arrepender.
Sendo a maior e mais cosmopolita metrópole do país, o que não falta é opção para comer. Desde cantinas típicas até os mais elegantes e caros restaurantes, não tem um bairro na cidade onde não se coma bem. Uma coisa boa de Milão é que os restaurantes são um pouco mais flexíveis com reserva. Se você por acaso esquecer de marcar antes, pode se arriscar na porta mesmo. Talvez o mâitre seja um pouco grosso com você, mas se tiver chance de conseguir uma mesa, ele vai te oferecer para esperar. E uma dica preciosa: mesmo sendo a capital da moda, deixe as grifes para suas roupas. As marcas mais famosas tem restaurantes e bares chiquérrimos, mas te falo com toda honestidade que eles são pretensiosos, esnobes e caríssimos.
A cotoletta você encontra em qualquer lugar, mas uma das mais famosas é a da Osteria Brunello, que já foi premiada pelo prato. Ela vem com salada de folhas e purê, simples mas impecável. Talvez não tenha nenhum prêmio no currículo, mas a minha preferida é a a da Antica Osteria Cavallini. O lugar é menos turístico, o preço é mais amigável e, além dela, o cardápio tem ótimas opções de peixes e frutos do mar. E outro lugar com ótimos frutos do mar é a Trattoria Il Marinaio, com a linda cozinha exposta para o salão.
Para um bom risoto de açafrão, a Osteria di Brera é uma das mais tradicionais, e fica em uma das ruas mais charmosas do bairro. Ele pode ser servido com ou sem ossobuco. Mais casual, mas não menos famosa, a Trattoria Masuelli San Marco tem um ambiente bem familiar, e é muito frequentada por locais. Não à toa está aberta desde 1920. E uma dica pessoal é a Trattoria da Abele Temperanza. Fica fora do centro, mas tem um clima de boteco familiar bem aconchegante, e serve vários e fantásticos sabores de risotos.
Saindo das receitas clássicas, alguns restaurantes reúnem uma gastronomia mais autoral com uma experiência extravagante, o que se reflete no preço, claro. O chef Carlo Cracco, com suas estrelas Michelin pelo clássico Cracco, montou um verdadeiro experimento com seu filho mais cool, o Carlo e Camila in Segheria. Uma velha serraria pouco reformada abriga duas longas mesas dispostas em cruz, que recebem até 65 pessoas de uma vez. O cardápio funciona com menu degustação sazonal, então cada visita é uma surpresa. Já a Trattoria Arlatti tem história. Nas mãos da mesma família desde os anos 30, ela se mantem como uma referência pela cozinha tradicional milanesa e pela decoração excêntrica, cheia de objetos vintage, e uma inusitada escultura de um avestruz no meio do salão.
Se o mundo inteiro tem o happy hour, Milão tem o aperitivo. Muito mais do que só tomar um drink no fim do dia, o aperitivo é um momento de encontro, e uma instituição na cidade. O horário é definido por cada bar, mas começa entre 16 e 18h e vai geralmente até 20 ou 21h. Nesse momento, você consome um único drink ou cerveja, e já tem direito a se refestelar no bufê de comidinhas, à vontade. Ali você geralmente encontra antepastos tradicionais como sardella e caponata, azeitonas, crudités, pães, saladas e até algumas massas. É uma festa para quem está com a grana curta e quer economizar no jantar. É também a maior concentração de negronis e aperol spritz por metro quadrado do mundo. E se a noite estiver animada, o povo já sai de lá mesmo para esticar.
Um dos aperitivi mais descolados é o do Bar Basso, que conta com mais de 500 drinks na carta. É um ponto de encontro de artistas, designers, estudantes e gente da moda. O Mom Café também fica bem agitado, principalmente no verão, quando as pessoas tomam a calçada e a praça em frente com copo na mão. E se você quer ir de bar em bar, sem hora para ir embora, vá direto para os Navigli. Os canais que eram usados para transporte de carga hoje viraram um grande calçadão fervendo de gente circulando todos os dias.
Alguns restaurantes, mais fechados e elegantes, também se transformam em bares para fazer seus própios happy hours. É o caso do Anche Ristorante, o The Botanical Club, que tem 3 casas na cidade, e o Fonderie Milanesi, que tem ótima música para acompanhar os drinks. O recente Dabass é uma das novas aquisições da recuperação da região de Porta Romana depois da chegada da Fundação Prada. O restaurante/bar fica em um prédio art nouveau do século 19 e a decoração é toda um luxo. Na região, o The Spirit combina um ambiente pesado de cortinas de veludo com drinks autorais de primeira. Já o Dry Milano tem aquela aura despojada cool, onde os grandes atrativos são mesmo os drinks perfeitos e as pizzas para forrar o estômago. Fica perto da Centrale.
Na outra ponta, o Bar Magenta é um daqueles lugares bem old-school, onde os garçons parecem parte do patrimônio, mas com uma farta seleção de comidas para acompanhar um drink na calçada.
Outra coisa levada bem a sério pelos milaneses é o café. Diferente de Paris, muitos deles nem lugar para sentar tem. Os locais encostam no balcão, tomam o espresso em pé mesmo e de lá seguem a vida. Mas outros tantos são pasticcerias incríveis, e também servem doces e comidinhas que enchem os olhos e a barriga. A Cova é tradicionalíssima. Foi fundada em 1817 e é a mais antiga da cidade ainda na ativa. A Marchesi é de 1824, e suas 3 lojas se mantem com o visual antigo, que é irresistível. Já a Biffi tem um salão digno de um demorado chá das cinco, para relaxar quanto se saboreia os quitutes exuberantes.
Imperdível também – como não poderia deixar de ser – são as gelaterias. Se você pisar na Itália e não comer pelo menos um sorvete, você não viveu a Itália. Em Milão, uma das sorveterias mais lindas é a Rinomata Gelateria, logo em frente aos Navigli. Parece uma daquelas farmácias antigas do tempo da vovó, mas os sorvetes são deliciosos. Ali perto fica também a Amorino, que apesar de ser francesa, oferece gelatos maravilhosos, feitos com ingredientes de primeira qualidade. E ainda tem macarons para acompanhar. A Chocolat é tida como a melhor sorveteria da cidade por alguns, o que justifica as filas constantes. Mas anda rápido, então vale a pena. E por último, e mesmo sendo uma rede mais comercial, a Grom é imperdível. Tem o melhor sorvete de pistache do mundo, e tem pelo menos 7 lojas só na região central.
Sejamos francos: Milão não é para os mortais, pelo menos nas compras. Sendo sede das maiores grifes do mundo, obviamente que muita coisa por ali é proibitiva. Mas como olhar não tira pedaço, o quadrilátero da Via Montenapoleone e Via della Spiga, conhecido como quadrilátero da moda, vive cheio de gente batendo perna. Por ali também ficam algumas das marcas mais importantes de design, como Artemide e B&B Italia.
Ao lado do Duomo fica a Galleria Vittorio Emanuele – que tem lojas de grife – e também a Rinascente, a maior loja de departamentos da Itália. Eu particularmente acho que vale mais à pena pelo mercado de comida que pelo resto. E ainda na região, para pessoas comuns, o Corso Vittorio Emanuele II em direção à Basílica de San Babila abriga as lojas de fast fashion mundiais.
Dentro da categoria ‘ricos e milionários’, mas uma visita vale a pena é o Corso Como 10. Essa multimarcas de luxo é toda uma experiência, pelas peças que vende, pelo atendimento, e pelo lugar (que também tem restaurante, bar, jardim e salas de exposição).
Agora voltamos para o mundo dos mortais. Duas ruas comerciais são bem interessantes para quem quer conhecer marcas locais e conseguir comprar algo. O Corso Buenos Aires é largo e movimentado, e tem boas surpresas. Mais agradável e cheio de boas descobertas é o Corso di Porta Ticinese. No caminho você ainda passar pelas ruínas das Colunas de São Lourenço, que rendem boas fotos. E voltando para os Navigli, aos sábados acontece ali a Fiera di Sinigaglia, um mercado de pulgas onde dá para encontrar praticamente de tudo.
*Foto de destaque: Flickr – mendhak
O guia de Milão é apresentado pelo Booking.com, onde você pode reservar todos os hoteis e hostels que indicamos com um ótimo preço. E tem mais, usando esse link, você ainda tem desconto de R$100 em reservas acima de R$200 (você receberá um estorno desse valor no cartão depois do check-out).
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.