Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
“Esforços” é um plural, uma constelação de possibilidades, tanto em forma, quanto em signo. À palavra “esforço” desse ano, gostaríamos de associar os rojões e os fogos como sobreposição sonora aos tambores da guerra que agora esquentam. Em outras palavras, na continuidade do esforço é que se chega à celebração. Domingo, em Santa Teresa, diversos artistas e coletivos se juntam para uma tarde de performances e lançamentos. Incluso aí o lançamento da zine “São nossas as notícias que daremos”, do coletivo de poetas Respeita, do qual esta vos escreve faz parte.
Esforços #5 – mostra de performances. Domingo (28.04) às 14h (lançamento de livros às 17h). Gratuito. Casa Sapucaia. Rua Aarão Reis, 63 – Santa Teresa.
Quer venda casada melhor que esta? Também no domingo, também em Santa (dá pra fazer as duas coisas), rola essa oficina incrível de serigrafia + lambe no Palacete dos Amores. “‘ócios do ofício’ é uma sequência de oficinas experimentais que apresentaram teorias e práticas distintas do universo da serigrafia, desenho, lambe-lambe, bordado, zine, encadernação e outras coisas mais. São atividades desenvolvidas com o objetivo de despertar a criatividade por meio da produção manual e do fazer poético/político.”
Oficina de serigrafia+lambe-lambe. Domingo (28.04) às 14h. Valor R$ 80 a R$ 120. Inscreva-se aqui.
Rua Visconde de Paranaguá, 16 – Santa Teresa.
Abre sábado a nova exposição na Gentil Carioca, e eu prefiro deixar vocês com o manifesto a tentar ficar explicando: “Banheiro, intimidade, odores, excrescências, água, limpeza, purificação. A vida a gente mastiga em sangue e samba, depois de tantas cervejas corre, no meio do bloco, pra criar o banheiro na árvore mais próxima. Intimidade pública, acidez compartilhada. A cerveja rende bilhões, são litros de mijo a milhão, e nesse golden shower de cevada e amônia a cidade míngua sem um centavo. O ciclo dos líquidos dourados numa corrente produtiva de sentidos que não se reflete numa cadeia produtiva das infraestruturas urbanas. Transformar o mijo em ouro, adubar a cidade com o que vem de mais a dentro. Recriar a cidade a partir da privada, levando o que é recluso ao privado para o passeio público, para o momento público. Desprivatizar. Na sombra da goiabeira mijar a cerveja do dia. Adubar as relações.”
Abertura Pornorama – Opavivará!. Sábado (27.04) às 18h. Gratuito.
A Gentil Carioca. Rua Gonçalvez Ledo, 17 – Centro.
Também tem performance-instalação na Casa 69 essa semana. Fernanda Branco apresenta seu trabalho “A linha do linho”, e a performance é seguida por um bate papo com as pesquisadores Walmery Ribeiro e Alyne Costa.
Mostra 69 #8. Sexta (26.04) às 19h30. Colaboração sugerida de R$ 10.
Casa 69. Travessa Visconde de Moraes, 69 – Botafogo.
Um dos colégios mais tradicionais do Rio, o CEAT, que fica em Santa Teresa, promove mais uma vez a FLIST – Festa Literária de Santa Teresa, que este ano homenageia Chico Buarque e Paulo Freire. Várias programações num dos lugares mais bacanas do Rio, o Parque das Ruínas.
Festa Literária de Santa Teresa – FLIST 2019. Sábado e domingo (27 e 28.04) das 10h às 18h. Gratuito. Parque das Ruínas. Rua Murtinho Nobre, 169 – Santa Teresa.
Luiza S. Vilela é paulistana naturalizada capixaba, mas foi parar no Rio pra cursar letras há 15 anos e nunca mais saiu. Fugiu da vida acadêmica pra escrever, produzir conteúdo e, mais recentemente, casar pessoas. Já coordenou a editoria de FVM e Culinária da Revista Capitolina e contribuiu com Matador, Noo, Rio Etc, Modices e tantas outras. Bate um papo reto sobre literatura, claro, mas também sobre moda, culinária, feminismo e esportes. Site: www.luizaescreve.com
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.