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Califórnia além das praias: o que fazer em Mammoth Lakes, o universo nevado da costa oeste

Quem escreveu

Paola Di Buono

Data

11 de February, 2020

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Mammoth Lakes: o que fazer nas montanhas nevadas da Califórnia, onde não tem praia, mas tem muita aventura no meio da natureza. – Por Paola di Buono

Mundialmente conhecido como o “Golden State”, o estado da Califórnia é marcado por suas praias e palmeiras icônicas que dão o tom do clima de verão o ano todo, destino certo para aqueles que querem aproveitar um estilo de vida mais leve, que combina a estrutura das grandes metrópoles e a suave brisa do mar. Mas, o que poucos sabem, é que o inverno também pode ser rigoroso em algumas regiões do estado, mostrando uma beleza natural diferente do que a maioria dos turistas estão acostumados a buscar por lá.

Assim é Mammoth Lakes, cidade que fica na parte central da Califórnia. A cidade, elevada a 2.400 metros de altitude, surpreende com sua incrível combinação de lagos e montanhas que, em todo inverno, ficam cobertos de neve, criando sua própria versão californiana de winter wonderland. As temperaturas geralmente variam de -10° e 5°C entre os meses dezembro e fevereiro, alto do inverno americano.

Vídeo 360° dos esportes de inverno na Mammoth Mountain. Fonte: Mammoth Lakes California

Esportes de inverno? Mammoth Lakes tem!

Califórnia só de surfistas? Não senhor! Tanto para locais, quanto para turistas, a região conta com uma estação de ski que funciona anualmente desde meados de novembro até o final de maio. Uma excelente opção para os amantes de esportes de inverno. Essa estação, que fica na Mammoth Mountain, tem seu pico mais alto a mais de 9 mil pés de altitude (mais de 2700m) e abriga o complexo mais famoso do lugar, que conta com gôndolas com capacidade para 4 a 6 pessoas, pista de ski e snowboard, hotéis e opções de restaurante e entretenimento.

Os tickets para o dia de ski e snowboard custam mais ou menos US$175 e dão acesso ilimitado às gôndolas, com passe livre para explorar toda montanha. Se você é iniciante, valores promocionais em torno de US$79 podem ser uma opção interessante, porém dão acesso apenas a áreas parciais das pistas. Para quem quer aprender, existe também a opção de fazer aulas com instrutores locais, tanto para adultos quanto para crianças, porém isso vai custar alguns trumps a mais, claro. Se quiser conhecer outra opção de estação de ski, a vizinha June Mountain, mesmo sendo menor, não deixa a desejar em seus circuitos e é muito conhecida entre os locais.

Agora, para quem não pratica nenhum esporte de neve e também não tem vontade de aprender, mas ainda assim curte uma aventura, sem problemas: existem ainda opções de escorregar pela montanha em bóias no Woolly’s Tube Park ou acelerar em uma trilha a bordo de um Snowmobile. Enfim, seja sozinho, com a família ou amigos, as duas atividades são bem divertidas e não exigem muita experiência prévia, como no caso de snowboard e ski.

Snow and chill

O que fazer em Mammoth Lakes, na Califórnia.
Foto: Paola Di Buono

Já para os mais tranquilos, o destino também não deixa a desejar: a região conta com boas opções para curtir o clima frio em charmosos hotéis ou cabanas e restaurantes em meio às montanhas. Atividades como passear pelos teleféricos e as apreciar as belas paisagens dos arredores ou fazer caminhadas até os lagos e respirar o ar puro das sierras, revigoram e trazem paz para qualquer um que esteja por lá.

O passeio de gôndola com vista panorâmica da Mammoth Mountain é uma ótima pedida para quem não gosta de esquiar, mas quer subir de teleférico 3.369 metros e ter uma visão privilegiada das montanhas branquinhas. Os valores custam cerca de US$ 35 por pessoa e valem cada penny, acredite. Quando estive por lá, peguei um pôr do sol incrível que coloriu o branco da neve com um leve laranja, que foi virando vermelho, depois rosa, lilás e, finalmente, azul, colocando a mostra uma imensidão de estrelas que a poluição das cidades geralmente esconde. De brilhar os olhos!
E olha, tem Mammoth para todos os bolsos e gostos, viu? Para quem busca por opções de luxo e relaxamento em meio ao clima de inverno, opções como o Juniper Springs Resorts, ou o Sierra Nevada Resort & Spa  são hotéis mais high end, super bem localizados, sem perder o clima de montanha e a identidade do lugar.

Para quem quer economizar um pouco e está em grupos, alugar cabanas e chalés pode ser uma boa, pois permite que você vivencie a cidade como um dos locais, em uma casa tradicional da região – que foi o que fiz no último inverno que estive por lá. Foi muito bacana a experiência de curtir o aconchego das casas de madeira, acender a lareira a noite, fazer marshmallows, brincar no quintal, escorregando na neve… bem coisa de filme mesmo!

Neve e esqui nas montanhas de Mammoth Lakes, na Califórnia.
Foto: Paola Di Buono

Sempre bom lembrar

Protetor solar:  mesmo se for no inverno, proteja-se! Fazendo jus ao nome “Golden State” de qual faz parte, o local recebe, por ano, pelo menos 300 dias de sol. Ou seja, mesmo cheio de roupas de neve, proteja as partes que ficam expostas para não se queimar – ainda mais que a neve branquinha reflete o sol em você. Óculos de sol com lentes polarizadas são uma ótima pedida para proteger os olhos também, mesmo que você só vá passear na neve. O CoP tem um guia completo para quem quer se preparar para uma viagem para a neve.

Dirigir em Mammoth: também, se for para lá durante os meses do alto inverno americano, ou durante uma nevasca, é importante lembrar de ter uma corrente para as rodas de seu carro (a nao ser que ele seja 4×4). Caso contrário, ele pode patinar e não conseguir andar pela ruas que podem ser bem íngremes. Mas fique tranquilo: essa medida de segurança só é necessária quando acaba a estrada e chegamos na cidade. Tem até um marcador que sinaliza a necessidade ou não do uso dependendo das condições. Mas sempre bom estar preparado, certo?

Acesso: A Tioga Pass, uma das principais estradas de acesso para Mammoth, geralmente fecha por questões de segurança durante os meses de muita neve – geralmente entre novembro e março – dependendo das condições climáticas. Outra opção de acesso seria US 395, por exemplo, que é inclusive considerada uma rota cênica com inúmeros pontos belíssimos para parar e admirar as paisagens (e atualizar o feed do Instagram também, né?). Existe ainda a opção de fazer o trajeto de avião durante a alta temporada, com voos diários a partir de San Francisco e Los Angeles. 

Dicas do que fazer em Mammoth Lakes, na Califórnia.
Foto: Paola Di Buono

Mammoth Lakes o ano todo

Durante os meses de primavera e verão, a beleza dos lagos cristalinos contrasta com o verde das árvores e o marrom das montanhas já praticamente sem neve, deixando que os turistas possam usar roupas leves, fazer caminhadas tranquilas e até trilhas de bike. Eu mesma já tive a oportunidade de viajar para Mammoth Lakes na primavera e no inverno, e posso garantir que ambas estações têm suas belezas e valem a visita. Palavra de viajante (bem) exigente! rs

Bom, esse foi meu primeiro pequeno grande post como colaboradora para o Chicken or Pasta e estou super feliz de poder trocar experiências com vocês por aqui. Espero que tenham gostado também e nos vemos em breve, viajantes! =)

*Imagem de destaque: Paola Di Buono

Quem escreveu

Paola Di Buono

Data

11 de February, 2020

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Paola Di Buono

Jornalista de formação e viajante por vocação, traz desde criança essa necessidade de ir para o mundo, de vivenciar o novo de perto e ver com os próprios olhos os lugares que admirava nas revistas e na internet. Para ela, nada paga a emoção de pisar em um lugar pela primeira vez, respirar novos ares, ter contato com culturas diferentes. Ela é do tipo que não se aquieta: sua lista de sonhos, parece mais uma lista só com nomes de países, pois viajar é sua prioridade número um. Tem a alma livre - afinal, aquarianos e a palavra liberdade são praticamente sinônimos - mas, ao mesmo tempo, faz malabarismo para equilibrar todo o amor pela família e pelo companheiro de vida que ficam no Brasil e, apesar de encorajarem todos seus vôos, nem sempre conseguem acompanhá-la. E é assim que ela leva a vida, tentando conciliar os impulsos pra voar e as razões para ficar, compartilhando suas experiências com todos aqueles que, como ela, têm sede de sentir o mundo sem abrir mão do amor.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.