Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Existem muitas dicas turísticas disponíveis sobre o que fazer em Bangkok, mas você sabe o que um legítimo cidadão de Bangkok, poderia recomendar na cidade?
Aqui vão boas dicas para dois dias em Bangkok guiados por dois tailandeses super diferentes mas nascidos na capital. Um roteiro para quem procura fugir do mainstream e viver a cidade sem pressa e de maneira especial.
O primeiro dia foi guiado por Yada Rweespp, uma amiga que fiz em 2015 na Tailândia. Ela mora próximo ao National Stadium é uma grande admiradora de arte e caçadora de boas exposições. Yada fez um roteiro muito bom para o final de semana, perfeito para curtir a capital no sábado.
Começando o passeio, nos encontramos perto da hora do almoço no National Stadium Station, onde pegamos o BTS (Skytrain) para o distrito de Bang Rak, descendo na Saphan Taksin Station. Bang Rak é um bairro com uma das mais antigas comunidades chinesas da capital e fica localizado próximo da chamada “Bangkok Old City”, uma área turística bem conhecida por seus templos e onde é possível também se aventurar com um passeio barco para travessia do rio.
A primeira impressão de Bang Rak é que o distrito é muito agitado no final de semana. A feira de rua é enorme e super movimentada, e os restaurantes tem aquela cara de tradicionais e familiares.
A primeira parada, claro, foi para almoçar. Yada nos levou em um dos restaurantes que mais gosta de levar amigos e também comer sozinha, o PraChak. A especialidade do PraChak é o pato assado e, não é da boca para fora, eles são bons no que fazem.
Recomendo pedir o tradicional macarrão de ovo com pato assado e, para acompanhar, um dos sucos naturais mais conhecidos em Bangkok, como o suco de Crisântemo ou Rosella. A dica também é pedir uma mesa no piso superior do restaurante, um espaço escondidinho e super estratégico.
Depois do almoço, fomos andando direto para um secret spot em um antigo cinema de bairro, o Prince Theatre, que foi revitalizado e agora virou um hotel e café aberto para visitação.
Nos finais de semana, alguns filmes clássicos continuam a ser projetados no telão, e é possível garantir o seu saquinho de pipoca de graça! Vale a pena dar uma passada rápida para conhecer o local ou, fazer como nós: pedir o famoso drink de chocolate da casa e assistir a algum filme por lá.
Após o cinema escondido, Yada nos levou, também caminhando, para conferir algumas exposições gratuitas da BAB, a Bienal de Arte de Bangkok, que estava acontecendo em vários pontos estratégicos pela cidade. Foram muuuitas exposições espalhadas pela cidade, com obras de artistas locais e também internacionais.
Mesmo que a Bienal tenha acabado, os mesmos locais costumam receber diversas outras exibições de arte, como na Aliança Française Bangkok, no Bangkok Art and Culture Center ou no O.P. Palace.
Após as exposições, partimos para o Grand Postal Office, um antigo prédio do correio de Bangkok que hoje recebe várias mostras e eventos, vale a pena conferir o local. Quando fomos estava aberta a exposição Yes, Plastic, que discutia maneiras de reutilização do plástico e preservação do meio-ambiente.
Além de prestigiar alguma exibição, você pode mandar um cartão postal do correio mais tradicional da cidade, mas aqui vai a dica: lembre-se de comprar o cartão postal na rua, pois o valor dos postais para compra no prédio são caríssimos.
Era já final de tarde, então nos despedimos e eu segui para o Chatuchak, um dos maiores mercados na Ásia. É perfeito chegar no final de tarde, pois por volta das sete horas da noite, acontecem promoções-relâmpago aos sábados, uma boa dica também para quem tem a intenção de comprar souveniers ou roupas na Tailândia.
No dia seguinte, contei com a ajuda de Tun Thunyatorn, um amigo de longa data que fiz há oito anos atrás. Tun tem mais o perfil de businessman e, por isso, me mostrou o “outro lado de Bangkok”, que exige também um pouco mais de orçamento.
Iniciamos nosso passeio no final de tarde, nos encontrando na Siam Square. Após uma boa caminhada conversando, é impossível não notar a facilidade de se locomover entre shoppings em Siam. Isto mesmo, é possível cruzar de um shopping a outro ao invés de caminhar na rua, o que, segundo Tun, facilita os atalhos e ainda é possível caminhar sempre no ar-condicionado (coisa de urbanóides).
A primeira parada foi para jantar. Tun me levou em um restaurante que costuma ir desde criança, o Seefah. O Seefah está sempre nas listas de melhores restaurantes da região e mistura a tradicional cozinha chinesa com elementos da cozinha tailandesa. Recomendo ir com amigos para se aventurar compartilhando pratos inusitados.
Após o jantar, fomos direto em busca da sobremesa. Tun me levou em uma cafeteria que é a moda do momento em Bangkok, a After You. A After You é um local simplesmente incrível, onde todos os doces têm apresentações de prato maravilhosas.
O mais recomendado de todos é o doce coreano feito de gelo que faz muito sucesso para dividir com os amigos, o Kakigōri. Pedimos um no sabor Matcha.
Para fechar a noite com o Tun, decidimos tomar alguns “bons drinks”. O lugar escolhido foi incrivelmente inesperado: às onze horas da noite, Tun nos levava para o CentralwOrld Shopping, ainda em Siam, onde muitos Bangkokians costumam beber até às três horas da manhã.
Os drinks são belíssimos e costumam ser mais caros, mas há inúmeras opções de cervejas importadas e ótimos vinhos, e ainda é possível escolher entre muitos bares com música ao vivo dentro do shopping.
Depois de beber, é muito seguro ir embora caminhando na região da Siam Square ou então pegar o BTS, quando antes da meia-noite.
Foram dois dias sem expectativas, apenas aproveitando o que a rotina de Bangkok pode oferecer. Se pudesse dar uma dica seria: não se contente em fazer apenas o convencional em Bangkok e partir de templos em templos sem parar para respirar.
Abra o coração para viver a cidade sem pressa e permita descobrir lugares escondidos por pura curiosidade. Nada melhor do que viajar com os olhos de um morador local.
Vocês podem consultar mais sobre Bangkok aqui.
Designer, especialista em perrengues, comida de rua, gestão de marcas e trabalho remoto. Come, dorme e se teletransporta por aí no jeitinho simples da vida local. Radicada em Bali e procurando sempre a próxima ilha para ancorar.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.