Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
A agenda de festivais de música mundo afora está a todo vapor em julho, com opções para todos os gostos. Para quem está na estrada e tem liberdade de ir para qualquer lugar, pode separar os dados do bolso para escolher na sorte.
Quem foi ao Bilbao BBK Live, garante que é um dos melhores festivais de música da Espanha. Ele acontece em meio às montanhas e traz artistas de peso para os seus três dias de programação. Depeche Mode, The Killers, Phoenix, Die Antwoord, Justice, The 1975, Primal Scream, Brian Wilson, Fleet Foxes, Cage the Elephant e Spoon são alguns que tocam na edição deste ano. Verão, camping, animação, bom line-up e muito verde em volta são as características que marcam o festival.
Se você já foi a Inhotim, provavelmente imaginou como seria assistir a um show lá dentro. E, desde o ano passado, o MECA realizou esse desejo ao criar um festival sob medida para um dos maiores museus de arte contemporânea a céu aberto do mundo. Assim nasceu o MECAInhotim, reunindo arte, música com festas diurnas e shows à noite, palestras, workshops e mais um monte de coisa legal. Só pelo lugar já vale a pena, mas ainda assim a programação também não fica nada atrás. Nesta edição tocam Jorge Ben Jor, Karol Conká, Joakin, Pional entre outros.
O Melt é um dos maiores festivais de música da Alemanha, e está na lista de melhores festivais de muita gente. O lugar é uma atração a parte: uma mina a céu aberta transformada em museu, onde máquinas industriais de 130m de comprimento por 30m de altura compõem o cenário. O festival rola desde o fim dos anos 1990 e sempre tem um line-up com grandes nomes do indie rock e da música eletrônica. Esta edição não está diferente, e tem Bonobo, Warpaint, Phoenix, Die Antwoord, M.I.A., Kamasi Washigton, Soulwax, Modeselektor, The Kills, Recondit, Maceo Plax, só para citar alguns. Ferrópolis, a cidade do ferro, fica a menos de duas horas de Berlim. Ainda tem ingresso incluindo camping, e também ingresso para comprar em turma de amigos. Ou, se preferir ficar na comodidade de Berlim, rola shuttle diário para lá por 25 euros.
A agenda de festivais em Londres fica concorrida durante o verão. Em julho, uma das melhores opções é o Lovebox, que acontece no belo Victoria Park. O line-up está soberbo para quem curte música eletrônica (e não resiste ao pop). Tocam Frank Ocean, Sampha, Solange, Seth Troxler, Jamie XX, Kano, Kaytranada, Andy C, Ricardo Villalobos, Dixon, entre outros. O Lovebox completa quinze anos de estrada nesta edição. Os ingressos estão esgotados para sexta-feira, mas é possível ainda comprar o passe para os dois dias.
Quem ama um festival butique não deve deixar o Secret Garden Party, que afirma não ser um festival e sim uma festa. A notícia triste é que essa será a última edição dele. E para encerrar sua história com toda a pompa, a programação não poderia estar melhor. Tem Metronomy, Cristal Fighters, Wild Beasts, Jagwar Ma, Peaches e mais uma lista infindável de artistas. O tema desse ano faz jus também ao fim do festival: “Sweet Dreams” – e talvez tenha sido só isso mesmo. Quem estiver passeando por Londres, essa pode ser uma boa oportunidade de participar dessa despedida que promete ser bonita. Ainda há ingressos por 197 libras.
Quem nunca visitou a Turquia, tem agora um ótimo motivo para conhecê-la. Esse país de cores e sabores intensos acabou de ganhar um novo festival à beira mar. O Big Burn nada tem a ver com os festivais “burning” por aí, apesar do nome. O line-up está caprichado para quem gosta de dançar com o sol batendo na cabeça e a água no pé ao som de um bom house, minimal, tech-house e techno. Nomes como Richie Hawtin, Luciano, Acid Pauli, Isolee (aaah!), Bedouin, Javi Redondo, Dixon, Patrice Baumel, Nastia, Lake People são alguns deles. As festas rolam das 13 às 4h da manhã na badalada Suma Beach, destino de 10 em 10 festeiros que buscam reunir boa música, praia e bons drinks durante o verão em Istambul. Uma vantagem é o preço do ingresso, bem mais acessível que os festivais que rolam na Europa, com valor médio de 60 euros pelo passe para três dias.
O Panorama tem o peso do Coachella por trás, tanto que chega na sua segunda edição com um line-up estelar. Frank Ocean, Tame Impala, Nine Inch Nails, Justice, Solange, Alt-J são alguns dos headliners. Além da música, o Panorama tem um apelo nas artes com o palco TheLab, uma instalação imersiva 360º com experiências de realidade virtual, criada por artistas novaiorquinos. São apenas dois palcos, um deles dedicado à música eletrônica. Ou seja, o festival é perfeito para quem não gosta de se perder entre tantos palcos e opções, fora que ele acontece em Nova York bem no meio do verão. O Panorama conta também com late shows, que também estão com um line-up bem redondinho. Quer mais o quê? Corra que ainda tem ingressos.
Já se você estiver do outro lado do mundo, o Fuji Rock é o maior festival de rock do Japão, e acontece no meio das montanhas num resort de esqui, em Niigata. E o line-up não está nada modesto com Björk, Aphex Twin, Gorillaz, The XX, Lorde, QOTSA, LCD Soundsystem, Major Lazer, Temples, Rhye, Nina Kraviz, Bonobo, só para começo de conversa. Mas o ingresso não é nada barato, cerca de R$ 1.300 o passe para todos os dias com valor de último lote mais camping. De qualquer forma, é o tipo de experiência que é imperdível para quem estiver pelo país.
NOS Alive (6-8 Julho, Lisboa, Portugal), Latitude (13-16 Julho, Southwold, Suffolk), Benicàssim (13-16 Julho, Benicàssim, Costa Azahar, Espanha), Pitchfork Chicago (14-16 Julho, Chicago, EUA), Rainforest (14-16 Julho, Borneo, Malasia), Liverpool International Music Festival (20-23 Julho, Liverpool, Inglaterra), Stockholm Music & Arts (17-20 Julho, Estocolmo, Suécia), o festival butique Nozstock (21-23 Julho, Bromyard, Herefordshire, Inglaterra),.
*Foto destaque: Secret Garden Party por Andrew Whitton
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.