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MECAInhotim: música, arte e inspiração

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

28 de June, 2017

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Imagine um museu a céu aberto, com grandes obras de artistas consagrados espalhados por uma área de mais de 20km2. As obras ficam entre bosques, lagos e dentro de galerias construídas especificamente para abrigá-las. Por lá, nomes como Adriana Varejão, Cildo Meirelles, Zhang Huan, Yayoi Kusama, Olafur Eliasson, Tunga, Lygia Pape, Hélio Oiticica, Miguel Rio Branco, Almícar de Castro, só para citar alguns. Ainda tem restaurante com jardim, piscina e muita, mas muita área verde. Para ver tudo? Se for com calma são pelo menos dois dias.

Inhotim, o maior museu a céu aberto da América Latina. Foto: Renato Salles

Agora imagine um festival de música em meio a tudo isso? Um festival em que para chegar, provavelmente, você terá que viajar, acampar ou arrumar um canto para ficar durante os dias em que ele acontece. Só de imaginar shows acontecendo no meio de um ambiente como esse, os olhos já brilham de desejo. E se somar a isso uma intensa programação cultural, moda, workshops, oficinas e muita gente bacana? Esse é o MECAInhotim, edição do festival que nasceu em Porto Alegre, ganhou edição em São Paulo e Rio e, desde 2016, em Inhotim. E se você não esteve em órbita nos últimos meses, provavelmente ele andou passeando bastante pela sua timeline, seja no Facebook ou no Instagram.

MECAInhotim 2016. Foto: divulgação festival
MECAInhotim por I Hate Flash

Não são muitos festivais que acontecem em museus. E não são tantos museus grandiosos a céu aberto no mundo. Inhotim é o maior deles. Ter um festival lá dentro é algo realmente especial. Com menos de um ano de diferença desde sua última edição, o MECA aterrissa num dos maiores museus de arte contemporânea do mundo para três dias de shows e mais uma extensa programação.

A programação

O line-up, que sempre privilegiou artistas do indie rock, agora se expande e abraça também a música eletrônica. Para esta aguardada edição os destaques são Jorge Ben Jor, Karol Conká, Joakin, Pional e Stee Downes.  Além dos shows, ainda rolam as festas diurnas.

O festival proporcionará visitas inéditas no museu durante o fim de semana, propondo outras formas do público se relacionar com os espaços, coleções e história de Inhotim. As visitas serão acompanhadas com funcionários do museu. Uma dessas visitas será guiada pela pergunta “o que você quer saber?”. As diferentes respostas irão guiar a visitação, podendo mudar a qualquer momento de acordo com as novas perguntas e respostas que forem surgindo. Outro encontro interessante entre arte e botânica, que irá discutir os usos de plantas psicoativas por populações tradicionais e pela medicina atual, relacionando essas espécies a trabalhos de Adriana Varejão e Tunga, dois artistas que possuem galerias permanentes no Inhotim.

MECAInhotim, 2016. Foto: divulgação festival

Os workhops serão realizados durante a manhã e tarde de sábado e domingo, e na programação tem versão pocket do curso Fractal da Perestroika, mesa redonda sobre as mudanças emergentes na moda, yoga, meditação, cerâmica, aquarela, encadernação, WAKE (festa matinal sem álcool, com yoga e DJ), wearable as manifest, Dharma Academy, fotografia artesanal, da Lama ao Caos (Perestroika), com a agenda começando a partir das 8 da manhã no fim de semana.

Aulas rolando no MECAInhotim 2016. Foto: divulgação
O clima à noite no MECAInhotim 2016. Foto: divulgação
MECAInhotim 2016 – quem sabe rola uma piscina esse ano também? Foto: divulgação
MECAInhotim – comidinha boa. Foto: divulgação

Alice Braga e Marina Person serão alguns dos destaques da programação de palestras. João Cavalcanti, co-fundador da BOX 1824, falará sobre “o novo código digital” e como eles no afeta diretamente. A Bárbara Soalheiro, idealizadora do Mesa & Cadeira, traz a discussão sobre o futuro do trabalho e como não se tornar obsoleto. Participam também da lista de palestrantes o Gabriel Klein (Vice Brasil), Claudia Assef (MNS e WME), Lourenço Bustani (Mandalah), Gian Martinez (Winnin), entre outros.

Como chegar e onde ficar

MECAInhotim – camping em 2016. Foto: divulgação

Quem não estiver em Belo Horizonte, poderá chegar até a capital mineira de avião ou ônibus. A partir de lá, alugar carro ou pegar um dos shuttles disponíveis para Inhotim. Recomenda-se já agendar. A Belvitur Viagens é quem está cuidando do transfer. Interessados devem entrar em contato com eles no (31) 3290-9180 ou por email: [email protected]om.br e [email protected].

As pousadas nos arredores de Inhotim já estão todas lotadas (fuén). A melhor opção agora é acampar. Quem se arrepia só de pensar no assunto, pode ficar tranquilo. Amigos foram e garantiram que o conforto é garantido. Além da barraca, colchão e todos os apetrechos, é possível contratar o serviço de camping até com roupa de cama, tomada para carregar celular, luminária e até cadeiras e pufes. O banho é quente, o banheiro é decente, tem recepção e segurança.

Ingressos

Ainda tem! O passaporte para os três dias com acesso à programação completa custa R$ 440 (inteira) e R$ 220 (meia). Soma-se a esses valores 10% de taxa. Quem quer mesmo ir espiar apenas um dia da programação para ver qual é, o ingresso é bem acessível também: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) + taxas. Para quem quiser aproveitar e passear pelo museu e tiver ingresso por dia, é necessário a compra de ingresso para acesso a Inhotim.

MECAInhotim
De 7 a 9 de julho
Na sexta-feira, 7 de julho, a programação começa às 17h com uma Sunset Party. 
Workshops: 8 de julho, das 8 às 14h; 9 de julho, das 9 às 13h30
Day Party: 7 e 8 de julho, das 13h30 às 17h30
Palestras: 7 e 8 de julho, das 14h30 às 17h30
Shows: 7 de julho, das 20 às 4h; 8 de julho, das 18 às 4h; 9 de julho, das 18 às 2h.
Museu Inhotim, Brumadinho (MG)

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

28 de June, 2017

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Lalai Persson

Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.