Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Quando o assunto é Carnaval, provavelmente 90% do mundo pensa direto no Rio de Janeiro. Não tem como evitar. Outros 7% devem pensar em Veneza, que tem uma tradição forte de comemoração da festa. Mas existem outras cidades que também celebram com muita festa esse feriado religioso (sim, lembra?), que mesmo sem samba no pé, devem ser bem divertidas. Uma delas é Lucerna, na Suíça central.
Lucerna é a oitava maior cidade do pequeno país alpino, mas é uma das mais visitadas, graças à sua arquitetura tradicional bem característica, sua muralha medieval preservada, e o deslumbrante horizonte de montanhas nevadas em toda volta. O cenário mais conhecido da cidade, com certeza, é da Ponte da Capela (Kapellbrücke), uma ponte coberta de madeira com uma torre d’água que cruza sobre um canal do Lago Lucerna, datada de 1365. Em contraponto, a cidade ainda tem algumas das construções mais arrojadas da atualidade, como o Lucerne Culture and Congress Centre, projeto de Jean Nouvel.
Durante os dias de Carnaval (esse ano, de 23 a 28 de fevereiro), as pacatas ruas da cidade são invadidas por milhares de pessoas usando máscaras gigantes de divertidas, dançando ao som de bandas improvisadas chamadas Guggenmusigen. Esses músicos tocam músicas atuais com instrumentos de percussão e sopro, bem alto e às vezes descoordenado, criando uma mistura cacofônica bem engraçada. Esses grupos surgiram por volta de 1950.
O que começou como uma pequena festividade, virou hoje uma grande parada que toma a cidade toda. As festas começam em um ponto central da cidade, e seguem sem uma formação organizada, com paragens frequentes representando cenas e misturando-se com a multidão. O povo que vai assistir acaba entrando na brincadeira, com fantasias bem produzidas, seus próprios instrumentos musicais, e muita dança. O Carnaval de Lucerna tem suas origens no século 15, com a família Fritsch, que organizava desfiles de temas patrióticos, históricos ou folclóricos. Hoje, a festa tomou uma conotação mais satírico e divertido. Quem diria que existem bloquinhos suíços, não?
*Foto do destaque: Flickr / Lars M.
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.