Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Ouvi falar pela primeira vez do Into the Valley quando os DJs da Gop Tun participaram do nosso especial “lugares para ir em 2016“. Esse foi o festival que eles indicaram como imperdível para este ano sem titubear. Eu não sou expert em festivais de música eletrônica e, mesmo com um quase pé na Suécia, sequer tinha ouvido falar dele. A primeira coisa que chamou a atenção sobre o Into the Valley é a locação onde ele acontece, uma pedreira de calcário desativada, que foi transformada num anfiteatro chamado Dalhalla, onde um meteoro caiu há 360 milhões de ano no meio da floresta Dalarna. A queda afetou totalmente a área e criou uma formação interessante com listras verticais coloridas, que o transformou num lugar único (e de tirar o fôlego).
Dalhalla fica na Suécia, próxima à cidade Rättvik, que usou o lugar como pedreira de calcário até 1990. Em 1991 a pedreira se transformou no anfiteatro, onde hoje acontecem vários festivais durante o verão incluindo o Into the Valley.
O verão está chegando na Suécia e a temperatura já tem batido os 30ºC (uhu!). A noite mal dá as caras por lá em julho, tendo luz all day long. O Into the Valley traz 2 dias de programação com o que há de mais interessante na música eletrônica mundial, além de uma festa extra de abertura com um line-up mais enxuto. Ou seja, dá para curtir 3 dias de música boa. O conceito do festival nasceu do sonho de criar algo realmente espetacular: a celebração da música eletrônica como nunca foi feita na Suécia em um palco raramente exposto a este tipo de evento. O festival surgiu no ano passado, ou seja, acabou de nascer e terá sua segunda edição entre 28 e 30 de Julho de 2016. O ingresso custa 1,590 SEK ou cerca de R$ 700. Estaremos por lá!
O line-up deste ano está de cair o queixo para quem gosta de música eletrônica com Four Tet (live), John Talabot, Joy Orbison, Ricardo Villalobos, Rødhåd, Ben Ufo, Nina Kraviz, Prins Thomas, Jamie Principle, além de uma boa curadoria de DJs e produtores musicais da Suécia. Se você gosta de festas da Gop Tun, Mareh, ODD, Mamba Negra, Mama Pro e outras do gênero, já pode começar a preparar as malas.
A festa de abertura acontece no dia 28 de Julho e a entrada é gratuita para quem tiver o ingresso do festival.
Dalhalla fica na pequena cidade Rättvik, a quase 300km de Estocolmo. É possível ir para lá de carro ou de trem, numa viagem que dura cerca de 4 horas a partir da Estação Central.
Não há voo direto do Brasil para Estocolmo, mas a KLM faz voos para a cidade com escala em Amsterdã (dá até para fazer um stopover por lá, o que eu costumo fazer).
As opções para hospedagem são de acampamentos nos arredores de Dalhalla, com tudo fornecido pelo festival, ou nas cidades próximas, em Rättvik ou Tällberg. Os hotéis estão custando cerca de R$ 800 por duas noite ou R$ 1.600 por 3 (de acordo com os hotéis escolhidos), o camping ou kartent (barraca de papelão) incluindo a barraca e colchão custam R$ 700 para 2 pessoas. Vale lembrar que o camping fica bem colado no festival, ou seja, esqueça minutos de silêncio durante o fim de semana.
Caso se anime, rola alugar um motorhome, comum na Suécia, e alugar espaço para estacioná-lo.
O festival contará com uma boa área de alimentação, que contará uma boa variedade de cozinha: indiana, jamaica, americana, mexicana, paquistanesa e, claro, sueca. Vão ter crepes, sopas, burgers e opções vegetarianas e café da Etiópia <3.
Além de todos os motivos acima, a Suécia é um ótimo país para visitar no verão quando os dias são longos (e nem terminam), tudo funciona impecavelmente, o lugar onde o festival rola é de tirar o fôlego e, com certeza, vão rolar sets e lives inesquecíveis para quem ama música eletrônica.
Ouça aqui uma prévia dos artistas que tocarão por lá:
*O Into the Valley é um dos festivais escolhidos para o projeto A Volta ao Mundo em Festivais de Música, patrocinado pela KLM Brasil, que faz parte do SkyTeam, oferecendo voos para 1.052 destinos em 177 países. #fly2fest
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.