Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Celebrando a aprendizagem. emAustin, logo antes de começar o maior festival de tecnologia e inovação
O ano de 2022 marca a volta do SXSW EDU à Austin em sua versão presencial. Depois de uma edição cancelada e uma edição totalmente online, o festival de educação volta ao formato que gostamos: ocupando o Centro de Convenções de Austin e suas redondezas, hotéis, bares e restaurantes. Sendo assim, estou aqui nos preparativos finais da viagem, empolgado com a oportunidade de ir pela quinta vez para o Festival. E, por diferentes motivos, continuo com as sensações de exploração e descobertas de como se estivesse indo pela primeira vez.
Primeiro, pela curiosidade de saber como serão as discussões em 2022 e quais serão os desdobramentos do que vi no ano passado na edição online e compartilhei aqui no Chicken or Pasta. Assim, meu maior interesse é sobre como serão abordadas as questões relacionadas à equidade na educação e como isso se desdobra em temas tais como o uso de tecnologia nas escolas, letramento digital e formação e requalificação para o mercado de trabalho. Vale dizer que, ao longo dos anos, a educação profissional e corporativa tem ganhado algum destaque na programação.
O segundo motivo é estar em um novo trabalho. Até o ano passado, eu era sócio de uma consultoria focada na educação corporativa e aproveitava o SXSW EDU para transpor as discussões e painéis para o meu contexto. Em 2022, estou em um novo trabalho, relacionado ao tema da equidade nas escolas. Desta vez, acredito que há uma sinergia maior entre o que faço e o que pretendo assistir, mas a graça de explorar e fazer conexões improváveis continua presente.
Se você vai ao festival, recomendo deixar a vergonha de lado e aproveitar as festas e happy hours para trocar experiências e conhecer gente nova. Use o SXSW Social para ver quem está inscrito e também ir montando a sua agenda. Aos poucos, vou preenchendo e fazendo a curadoria da minha, dando muita margem para mudança. No EDU, faço uso das duas “abordagens” propostas pela Vanessa Mathias nesta ótima apresentação da SHE, um pouco de nerd e um pouco de agilidade. Ou seja, em alguns momentos, planejo quais sessões desejo ver ao longo do dia. Em outros momentos, seleciono uma sessão na parte da manhã e outra na tarde, e monto o resto do dia com base nelas.
A programação disponível para quem vai assistir online também está bem interessante. E seja em Austin ou em casa, recomendo fazer suas anotações e pontuações ao longo do dia e disponibilizar um tempo para fazer a estruturação ao final dele. Mas sem tanta pressão, porque essa quantidade de informação demora um tempo para se assentar.
E troque ideias, converse com as pessoas, dê margem para as conexões improváveis, seja de gente ou de conteúdo. É isso que faz o SXSW e o SXSW EDU serem especiais!
Nos vemos lá? Se for para lá, não deixe de ver o nosso Guia para curtir o SXSW sem perrengue
Felipe Menhem é jornalista não-praticante e trabalha com educação há mais de dez anos. Atualmente, compõe o time de Formação no Centro Lemann de Liderança para Equidade na Educação. Vai à Austin para o SXSW e SXSW EDU desde 2016.
*Foto destaque: The Google Lab – SXSW EDU – por Christopher Bouie / Divulgação
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.