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O Sampa Sky, mirante com piso de vidro, abre as portas ao público e coloca o Centro de São Paulo aos pés do visitante.
Se Ícaro desafiou os deuses para poder voar, quem somos nós para nos contentar a viver a rés do chão? Toda cidade que se preze tem, entre os pontos turísticos mais visitados, um lugar bem alto de onde ver tudo de cima. Torre Eiffel, Empire State Building, Cristo Redentor, London Eye, Castelo São Jorge, Sky Costanera, Burj Khalifa, Toronto Tower, Seattle Tower, Berlin TV Tower, e os muitos skybars de Bangkok, só para citar alguns. São Paulo sempre terá o eterno Farol Santander (ou Banespão, para os cringe), mas agora temos não só um lugar alto para burro para ver o centro da cidade de cima, como também passar uma boa dose de frio na barriga.
Abre oficialmente para o público no próximo domingo o Sampa Sky, uma plataforma inteiramente de vidro inspirada no Sky Deck de Chicago, pendurada para fora do 42º andar do edifício Mirante do Vale, em pleno Vale do Anhangabaú. O prédio, que tem ainda mais 3 andares e 170m de altura no total, foi durante décadas o mais alto da cidade. Mas, por estar em um vale, não figurou nunca como o ponto mais alto. Depois de anos de decadência, o Mirante do Vale está passando por uma transformação recente, voltando a ser ocupado com diversos usos.
O Sampa Sky ocupa meio andar do edifício, numa área de 700m2, que também abrigará um café, e pode receber até 400 pessoas por vez. Por conta da pandemia, esse número foi reduzido temporariamente para 60. Ali, os visitantes poderão acessar os dois decks de vidro de pouco mais de 4m2. Um deles está voltado para o Vale e sobre o Viaduto Santa Efigênia. O outro, voltado para leste, se debruça completamente sobre a Av. Prestes Maia. Os dois causam calafrios em estômagos sensíveis como o meu!
As duas caixas de vidro foram construídas com 4 camadas de vidro 10mm da Guardian Glass, intercaladas com películas de PVB estrutural da Eastman, o que garante uma resistência a até 30 toneladas de peso. (Pelo menos é o que eles dizem!) A caixa, sustentada por uma enorme estrutura metálica retrátil, é recolhida todas as noites para não afetar a fachada histórica do prédio.
Eu confesso que sempre tive um misto de pânico e fascínio em relação a grandes alturas, e com a idade o pânico só aumenta! A sensação de pisar no chão de vidro, e ver os carros passando em alta velocidade lá embaixo é assustador a princípio. Mas, andando devagarinho, tentando não olhar muito para baixo, aos poucos me acostumei com a sensação de ter São Paulo aos meus pés. No fim, o Sampa Sky e eu já estávamos amigados. Mas vi muita gente, crianças principalmente, circulando alegremente sobre o chão de vidro.
Os ingressos para o Sampa Sky devem ser comprados antecipadamente, e pelo que eu soube, os primeiros meses já estão quase lotados. Pelo visto, já temos um novo ponto turístico marcado na cidade.
Sampa Sky
Rua Pedro Lessa, 110 – Centro
Ter. a sex., das 11h às 19h. Sáb. das 9h às 19h. Dom. das 9h às 16h.
Ingressos: R$30 pelo Sympla (crianças de até 5 anos não pagam)
Para o Renato, em qualquer boa viagem você tem que escolher bem as companhias e os mapas. Excelente arrumador de malas, ele vira um halterofilista na volta de todas as suas viagens, pois acha sempre cabe mais algum souvenir. Gosta de guardar como lembrança de cada lugar vídeos, coisas para pendurar nas paredes e histórias de perrengues. Em situações de estresse, sua recomendação é sempre tomar uma cerveja antes de tomar uma decisão importante. Afinal, nada melhor que um bom bar para conhecer a cultura de um lugar.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.