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A pandemia mudou muitos dos nossos hábitos. Não poderia ser diferente com relação às nossas viagens. Ficar sem poder entrar em um avião por tanto tempo também nos forçou a viver mais intensamente o nosso próprio lugar, e talvez aí descobrir que não precisamos ir para longe para encontrar a paz.
Esse é o caso do Marcel Steiner. Arquiteto e sócio do Barouche, ele sempre esteve pelo mundo atrás de referências e inspirações. Agora ele adquiriu uma outra perspectiva sobre viajar em 2022 e, quem sabe, para o resto da vida:
“A minha vida pessoal deu uma boa chacoalhada durante a pandemia. Mudou tudo basicamente. Mas o lado profissional foi consolidado e estou animado com 2022. Continuo firme e forte com meu escritório de interiores. E tenho um projeto de negócio em outro setor. Ainda é cedo para contar porque é relativamente grande e vai levar quase um ano para colocá-lo de pé.“
Qual é o destino que está no seu radar, que você já está se organizando para ir no próximo ano, e porque escolheu esse destino?
A pandemia me ensinou que preciso viajar menos do que imaginava. Antes passava muito tempo planejando viagens, querendo estar aqui e ali. E eu me divirto em São Paulo. Nem à praia preciso ir. Se tomar um banho de mar uma vez por ano já estou contente. Consigo relaxar e fugir do cotidiano sem pegar estrada ou pisar no aeroporto.
Mas não desisti de viajar. Pretendo frequentar mais Buenos Aires, o Rio de Janeiro e, em 2022, quero passar um tempo maior na Turquia. Comecei a estudar turco em 2019 e já se passaram mais de 2 anos. Era para aprender o básico para poder voltar a Istambul com maior desenvoltura. Mas a pandemia não acabava e fui me empolgando. Virou meu hobby. Faço aulas duas vezes por semana e é uma delícia. Agora finalmente com as fronteiras abertas vou poder ficar uns 2 meses na Turquia e gastar o meu turco. O real se desvalorizou muito nos últimos tempos, mas a lira turca conseguiu perder ainda mais valor frente ao dólar. Ou seja, nosso dinheiro ainda vale alguma coisa por lá. Fora as bebidas alcoólicas, tudo é mais barato que no Brasil.
Qual é o lugar de desejo que você gostaria muito de ir? Pode ser um lugar novo que você descobriu, um lugar do coração, um lugar que tem uma história nova para você… e por que?
Não sou daqueles que precisa conhecer o mundo inteiro. Estou feliz com o que já vi e gosto de voltar para lugares que já visitei algumas vezes, como Nova York, Paris ou a Itália no geral. Mas alguns destinos me dão um comichão enorme. Já faz tempo que sou louco para ir a Tânger e, talvez ainda em 2022, consiga colocar o Irã entre os meus destinos de férias.
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.