Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Se tiver sorte, o leitor lembra de como era a vida antes da pandemia. Eu me recordo que havia acabado de voltar da minha experiência no Manga, em Salvador, quando semana depois os pequenos negócios todos fecharam as portas. E fiquei olhando pros papeizinhos com minhas inúmeras anotações de sabores, combinações e impressões com uma certa angústia: o que seria do restaurante, assim como tantas outras histórias tão verdadeiras por trás das portas que passamos na frente todos os dias?
Primeiro segura um cadinho aí para eu contar sobre o restaurante. No Rio Vermelho a gente encontra um casarão dois andares mais um rooftop, daqueles lugares que respira a poesia da história soteropolitana. Ali você vê nos detalhes a história da família: Katrin e Dante se conheceram quando trabalharam no DOM, do Alex Atala. Ela é alemã, ele, baiano.
E assim como os filhos (que você pode encontrar brincando ali no terceiro andar se tiver sorte), o restaurante é uma combinação linda dos dois. Ela trouxe a charcutaria da fazenda do pai, ele trouxe os contatos dos amigos peixeiros da cidade. Ela trouxe as fotos na parede, ele as cerâmicas baianas. Ela o licor de cereja Kirsch, ele, a banana da terra.
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Após cinco meses fechados por conta da pandemia, eles reabriram suas portas, e fiquei muito feliz de saber que o rooftop e as mesas fora estão novamente disponíveis para um café de manhã revigorante de fim de semana ou um jantar especial romântico.
Em qualquer uma das situações, a experiência é absolutamente sensorial. Dá vontade de não mexer tamanha a exuberância e cuidado na apresentação.
A cozinha autoral dos dois respeita seu conhecimento ancestral, a sazonalidade de cada ingrediente, com técnicas precisas que eles adquiriram ao passar em restaurantes de renome como Daniel (Nova York) e Schauenstein Schloss (Suíça).
Para jantares românticos e foodies de plantão, não deixem de pedir o menu degustação. Ele começa com um caldo de galinha caipirinha – servido com uma cerimônia do chá de invejar até geishas experientes.
O peixe lambão com aioli mostra o frescor da pesca, negociada no mercado logo na alvorada.
A experiência passa por saladas, sopas e carnes e terminam com – honestamente – o melhor conjunto de sobremesas que já comi. E olha – juro que não sou formiguinha.
Para quem vai fim da tarde experimentar os drinks e petiscar, o Oreo- crocante de cebola caramelizada com olho de boi defumado, creme de dill e cebola crua, vai marcar sua memória. Acompanha bem um dos drinks autorais – o São Salvador leva cachaça 7 madeiras, limão, gengibre, fernet e matcha.
Agora na pandemia eles estão funcionando com todos os cuidados e recomendações da OMS, desde um cardápio com QR code e mesas fora. E por falar em mesas fora, se tem algo que faria todo domingo se pudesse era comer lá no rooftop:
Porque um pão ao chocolate feito em casa, uma mimosa e umas frutinhas ajudam a lembrar das felicidades simples e relevar a loucura lá fora. E se tiver em casa, não se preocupe! Você pode encomendar esse conforto na sua casa direto do WhatsApp!
Manga Restaurante
Rua Professora Almerinda Dultra, 40 – Rio Vermelho – Salvador
Pedidos Takeaway pelo Whatsapp (71) 992963232
Aberto de quinta-feira a sábado das 19h às 23h e domingos das 8h30 às 12h.
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.