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A linda Baía de Ha Long é o principal motivo que leva as pessoas a visitar Hanói. A capital vietnamita é caótica, populosa, barulhenta e é provavelmente um lugar aonde você precisará ir, mas não ficará muito tempo. Então aproveite bem seu roteiro de 1 dia em Hanói, o tempo é curto mas dá para fazer muita coisa bacana.
A má notícia é: o trânsito. Atravessar a rua em Hanói é um esporte mais radical que skydiving. Os carros vêm de todos os lados, ninguém respeita o sinal vermelho e, quando está engarrafado, as motos se sentem à vontade para seguir pela calçada. Quando o sinal fechar e ninguém parar, encarne a Gisele Bündchen na passarela. Siga em frente, não olhe para os lados, não desvie, não mude a velocidade da sua caminhada. Os veículos é que desviam de você que, de algum modo, chega vivo ao outro lado da rua.
As boas notícias são mais intensas que as más. É uma cidade barata. Um real compra aproximadamente 7mil dongs e você pode se enrolar um pouco com tantos zeros na moeda. É bem legal ser milionário, principalmente quando é possível almoçar com 14 reais e um taxi para o aeroporto custa 35 reais.
Use o taxi só quando estiver com malas. A maneira mais prática, barata e divertida de se locomover por Hanói é o Uber moto! O seu aplicativo funcionará lá perfeitamente e o motorista te levará um capacete sobressalente. Sempre tem uma motinha por perto, normalmente identificada com marca Uber.
A comida de rua do Vietnã é incrível, mas vamos começar com calma. O Mihn Chay é um restaurante vegetariano charmosíssimo, funcionando em dois locais da cidade. Por aqueles lados do mundo, é super normal comer noodles, sopa ou rolinho primavera no café da manhã. O Mihn Chay te oferece essas opções, mas também sucos, smoothies, sanduíches e salada de frutas. Eu, que não sou vegetariana, levei um tempão pra decidir meu prato, pois tudo parecia muito bom.
Antiga capital do Vietnã do Norte (comunista, apoiada por China e URSS), Hanói tornou-se capital da atual República Socialista do Vietnã depois de vencer o Vietnã do Sul (apoiado pelos EUA) na Guerra do Vietnã. Você pode aprender um pouco mais sobre assunto na prisão Hoa Lo, construída pelos franceses por volta de 1900, quando o Vietnã ainda era uma colônia chamada Indochina Francesa. É sempre mais legal quando o museu é num prédio onde as coisas de fato aconteceram. A visita é curta, dinâmica, interessante e é bem esclarecedor se informar sobre a Guerra do Vietnã de um ponto de vista que não dos americanos.
Siga para uma caminhada pelo French Quarter, o bairro onde está a prisão Hoa Lo. A região é arborizada, bonita, com diversos prédios históricos e várias atrações. A cena cultural inclui o Museu de Etnologia , o Museu Nacional de História Vietnamita e o Museu das Mulheres do Vietnã . O tempo é curto e, confesso, nem o Mausoléu de Ho Chi Minh , também na região, é lá essas coisas. Melhor garantir um café vietnamita, gelado e com leite condensado, numa das filiais da charmosa rede Cong Caphe e só admirar as fachadas do FrenchQuarter.
A essa altura você já está pronto para encarar um almoço vietnamita tradicional, num restaurante simplérrimo, sentado numa mesa baixa e dividindo um Bún chả. Essa delícia está presente em toda a cidade e consiste numa série de pratinhos contendo carne de porco grelhada, noodles de arroz, verduras, rolinho primavera e molho. É feito para compartir e cai muito bem com uma cervejinha. Você não vai andar um quarteirão sem ver um restaurante que sirva Bún chả, mas indicamos o número 34 da Hàng Than.
Faça a digestão caminhando pelas ruas do Old Quarter e se esforce para ver a beleza por trás do transito dantesco e das fachadas detonadas. Se estiver com uns dongs sobrando, a rua Hội Vũ concentra pequenas lojinhas com roupas e acessórios que não fariam feio em SP ou Amsterdã. Adoro o design clean e feminino da Koka e o streetstyle da Jealous House . Marcas gringas como Nike também têm lojas na região, mas fique ligado que tem muita lojinha pequena vendendo falsificações.
O calorão da tarde pode ser apaziguado com uma visita ao Templo da Literatura , em homenagem ao filósofo chinês Confúcio. Fundado em 1070, o templo abrigou a primeira universidade do Vietnã e está localizado num jardim onde se paga em torno de 50 mil dongs para entrar. O lugar é bonito, mas turístico e super cheio.
Em seguida, tome um café com clara de ovo no Café Giang , localizado num bequinho do Old Quarter. Em tempos de guerra, começaram a usar clara de ovo pra substituir leite e a coisa pegou. O gosto é bom, pode confiar. Um corredorzinho leva até o café mais interessante que você já tomou na vida.
Hora de dar um rolezinho pelo lago Hoan Kian. Não espere a beleza da Lagoa da Conceição. O lugar é urbanizado e o lago em si, pequeno. A graça daqui é o people watching. Às 6h é possível encontrar vietnamitas praticando t’ai chi e os adolescentes adoram um sorvete horroroso que vende por lá. Se ficar de bobeira, vem um grupo conversar com você para praticar inglês. Dê trela, os jovens vietnamitas adoram estrangeiros e são uns amores. Nas noites de sexta à domingo, as ruas ao redor do lago são fechadas ao trânsito e a social é intensa.
Um jantar mais animadinho? Que tal o Hanoi Social Club, restaurante que é sucesso desde a sua abertura, em 2011. O local é lindo: uma villa francesa da década de 20, com três andares e super instagramável. O cardápio vai de hambúrguer a espaguete, mas fomos de curry de manga – ótimo por sinal – e drinks super bem feitos. O Hanoi Social Club também abriga alguns shows e eventos.
A vida noturna não é o forte de Hanói, pois a lei vietnamita é rigorosa e os bares e clubs fecham à meia noite. Se estiver numa vibe pé sujo, vá para a esquina das ruas Bat Dan e Duong Thanh, no Old Quarter. Lá, é possível sentar naqueles mini banquinhos de plástico na calçada e beber Bia Hoi, a cerveja artesanal de arroz, considerada a mais barata do mundo – coisa de R$ 0,50. Para ouvir música ao vivo de qualidade, a boa é o Binh Minh Jazz Club .
Curtiu esse roteiro de 1 dia em Hanoi? Não esqueça de ver nosso post sobre Halong Bay.
Foto destaque: Andrey Samsonov
Carioca da Zona Norte, hoje mora na Zona Sul. Já foi da noite, da balada e da vida urbana. Hoje é do dia, da tranquilidade e da natureza. Prefere o slow travel, andar a pé, mala de mão e aluguel de apartamento. Se a comida do destino for boa, já vale a passagem.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.