Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
É impossível ir para Berlim e não ter o que fazer: eu mesma fiquei na cidade por alguns meses e me via facilmente presa ali, sempre com algum programa para qualquer dia. Porém, uma boa idéia é dar uma olhada no que fazer ao redor da cidade. Com o sistema de transporte efetivo dos alemães, é possível chegar a cidadezinhas, marcos históricos, bosques e lagos que encantam qualquer um. Aqui, nós selecionamos 4 desses passeios que podem ser feitos em um dia a partir da capital alemã.
A cidade, que divide fronteira com Berlim, foi a casa da realeza prussiana até 1918. Foi lá que aconteceu a Conferência de Potsdam, depois da segunda guerra mundial, onde líderes dos Estados Unidos, Rússia e Inglaterra se reuniram para decidir o futuro da Alemanha e da Europa. A cidade ficou do lado russo na época que o país era dividido entre Alemanha Oriental e Ocidental, dizem que até um escritório da KGB existia por ali. Hoje ela é a capital do estado de Brandenburgo.
A linha S7 do S-Bahn tem trens de 10 em 10 minutos que param na estação central da cidade. Seu cartão deve ser válido para a zona C. A viagem leva em torno de 45 minutos saindo do centro.
Devido ao passado rico da cidade, o que não faltam são pontos interessantes para visitar quando estiver por lá. Além de tudo, Potsdam foi historicamente um centro da imigração européia por causa da tolerância religiosa que oferecia. Entre as paradas obrigatórias, estão:
Palácio de verão do rei Frederico, o Grande, foi construído entre 1745 e 1747. Dizem que é a versão alemã do palácio de Versailles. Sans souci significa em francês “despreocupado”, já que a intenção do rei para o castelo era de descanso. O palácio não é dos maiores, tem 10 aposentos. O parque do castelo é um espetáculo a parte e dá para passar horas por ali. O corpo de Frederico está enterrado lá, com a vista para o jardim. Sobre o túmulo encontram-se batatas – já que o rei foi o responsável pela disseminação do legume no país.
Foi nesse local que aconteceu a Conferência de Potsdam. Dizem que foi necessário criar uma entrada separada para cada líder político ali presente e que Stalin, para causar, fez a grande estrela vermelha em um jardim onde todos passavam. Foi construído de 1914 a 17 e é patriomônio mundial pela UNESCO. Hoje parte do local é um museu e outra é um hotel – sim, é possível se hospedar por ali. É sem dúvidas um dos lugares mais bonitos e interessantes da cidade.
O bairro holandês é um conjunto de 134 casas no estilo holandês, com tijolos vermelhos, construídas entre 1733 a 1740. É a maior coleção de casas holandesas na Europa fora da holanda. Além do bairro holandes, se encontra na cidade bairros franceses e russos, devido a forte imigração já falada ali em cima.
É o centro histórico da cidade. Ali você pode visitar a igreja de St. Nicholas, o portal da Fortuna e o Portão de Brandenburg – sim, com o mesmo nome do famoso portão em Berlim, este de Potsdam alguns anos mais velho do que o irmão famoso de Berlim. O local é cheio de lojinhas e restaurantes, bom para o almoço ou quando for terminar o passeio.
Sachsenhausen é um antigo campo de concentração em Oranienburg. Diferentemente de outros campos, como Auschwitz ou Dachau, ele não foi construído para ser um campo de extermínio, porém com a construção de câmaras de gás em 43, o cenário mudou. Ele era usado principalmente para presos políticos, especialmente prisioneiros de guerra soviéticos. Com o final da guerra, o campo passou a ser usado pelos soviéticos e renomeado para “Campo Especial N. 1”.
Também é possível chegar no campo via S-Bahn. O trem a se pegar é o S1 que vai até a estação de Oranienburg, onde Sachsenhausen fica. De lá, é mais ou menos uma andada de 10 minutos. Não existe muita informação no caminho para onde ir, por isso se informe na estação ou tenha um mapa disponível. O ticket precisa ser válido para a zona C.
É possível ir de ônibus também, as linhas são 804 e 821 e a parada é a “Gedenkstätte”.
O campo de concentração virou hoje um museu, que abre de março a outubro. Existem visitas guiadas por lá por 40 euros para um grupo de até 15 pessoas de estrangeiros. Existe sempre alguma exposição especial acontecendo, sempre com o tema de guerra, é bom ficar de olho no site.
Se resolver aproveitar que está em Oranienburg e conhecer algo por lá, a cidade também tem um castelo com um belo jardim que fica repleto de tulipas no verão. Aproveite os bons restaurantes que o local oferece, como o Alte Fleischerei, de comida alemã, ou o Kreta, de comida grega.
Wald em alemão significa bosque, mata. A Spreewald fica a 100 quilômetros de Berlim e é composta por cerca de 300 canais do Rio Spree, aquele mesmo que cruza Berlim ali do lado da catedral. O local, na região de Lausitz e de quase 500 quilômetros quadrados, não era conhecido há 150 anos atrás, e hoje é reserva da biosfera da UNESCO.
Trens RE2 saem a cada hora de Berlim para cidades como Lausitz, Lübben, Lübbenau, Raddusch, Vetschau e Cottbus. Das estações, é apenas uma pequena caminhada até os pontos importantes – de algumas existe a opções de linhas locais de ônibus.
É claro que a principal coisa para se fazer na Spreewald é aproveitar todos os canais por lá. São diversos passeios de barcos, principalmente os com barcos de fundo chato e neles você consegue fazer passeios indivisuais ou em grupos. Esses passeios podem durar até 10 horas. Se você quiser se arriscar mais, pode fazer um passeio de caiaque.
Se quiser ficar longe da água, trekking pode ser uma boa escolha. São também diversas opções diferentes, incluindo caminhadas entre cidades que podem durar dias. Durante esse tempo todo, hospedagem não será um problema por lá: você pode escolher desde um hotel de alto nível, alugar uma casa de verão ou acampar.
Liepnitzsee é um dos lagos mais bonitos da região, localizado entre Wandlitz e Bernau bei Berlin. As águas são claras, a visibilidade é de até 3 metros embaixo d’água. O local era usado por figurões da Alemanha Oriental, que montaram casas de verão por lá, e aproveitavam o lugar com exclusividade. Está aberto para todos desde 1992.
Vá com a linha S2 do S-Bahn para em Bernau, não esqueça de ter um cartão válido para a zona C, como nos outros casos. De lá, é pegar o ônibus e andar mais uns 30 minutos até o lago. O trem regional RE 3 também para por lá, e o N 27 para em Wandlitz.
Perfeito para qualquer nível de nadador: para os inexperientes, os bancos de areia do lago permitem que você controle até onde quer chegar. Para os mais aventureiros, dá para nadar até a ilha no centro do lago, a Großer Werder, e explorar um pouco o espaço de cerca de 1 quilometro quadrado. O passeio até a ilha pode ser feito de balsa também. O nome da balsa é Frieda. Se você gosta de pescar, uma idéia é alugar um barco para passar o dia por lá, pescando.
Por perto, existe uma rodovia de asfalto de 8 km, perfeita para um passeio de bicicleta. Além disso, você pode fazer ainda um passeio de 12 quilometros ao redor do lago.
* Foto de capa: SP-Photo / Shutterstock.com
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
Ver todos os postsessa informacao esta errada de bernau nao sao 15 min andando ate o lipnitzsee sao 40 min de bicicletam 12 km….. ou entao de bernau vc pega um bus e ai sao 30 min andando…
Opa! Obrigada! Acho que acabei confundindo estações, vou arrumar!
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.