Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Uma das capitais de cultura jovem dos EUA, Portland fica no noroeste dos EUA: uma cidade cheia de parques, casarões antigos, pontes, feiras de rua, bares e lojas legais. Junte a isso as excelentes cervejas locais e os ótimos vinhos produzidos no Oregon. Não é de forma alguma uma cidade para se ver em 24h.
Mas se um dia é tudo que você tem, então consulte o WillametteWeek, leia esse guia da cidade que a Lalai escreveu em 2014 e siga o roteiro abaixo.
Comece um dia tomando um belo café-da-manhã – pense em panquecas, jarras de suco, batatas e o que mais a forme permitir. Se for domingo, junte café-da-manhã e almoço num brunch, uma tradição gastronômica que Portland leva muito à sério, O Portland Monthly tem uma lista ótima indicando de omelete de ostras à wraps em food trucks.
Uma ótima forma de começar seu dia é conhecendo o Forest Park, uma floresta urbana super preservada. A trilha chamada Pittock Mansion começa uma casa de pedra e leva até a mansão de mesmo nome, com um impressionante jardim e vista maravilhosa do Mount Hood.
Um episódio clássico de Portlandia mostra uma loja de lâmpadas personalizadas. Pois ela existe, chama Sunlan e fica na Mississipi Avenue, no norte da cidade, região que já foi gueto mas hoje é uma área bem charmosa e interessante.
Na Mississipi Avenue (que tem um site próprio!) você vai achar de barbeiro a loja de HQ, passando por uma porção de lojas de roupas. A Animal Traffic pra xeretar uma seleção bem legal de roupas vintage. Pertinho estão uma porção de restaurantes e food trucks, mas experimentei e recomendo: coma lamen no Meesen Thai Eatery. É barato, rápido e delicioso.
Depois caminhe umas duas quadras e tome um café na Spin Laundry, logo ali na Bleech Street. Sim, é uma lavanderia. Mas é uma lavanderia-café-bar que vende pipoca, distribui zines locais e que faz você pensar “como faz pra ter um desse perto de casa?”.
Para continuar em NoPo, conheça duas cervejarias: Ecliptic e Stormbreaker, que também é um beer garden – fica bem na Mississipi Ave.
Para se recuperar, melhor mudar de área: de ônibus ou de táxi é rápido até a Powell’s, uma livraria que não se chama “city of books” por acaso: são cinco andares de um quarteirão inteiro com livros sobre absolutamente qualquer assunto, novos e usados. É perfeitamente possível se perder ali dentro. Tanto que mapas são distribuídos para os que se aventuram pelos corredores.
Numa cidade com tantas áreas verdes e localizada entre montanhas não faltam opções para ver o sol cair. Aqui tem uma lista que inclui distâncias. Se estiver de carro, arrisque o passeio até a apropriadamente batizada Vista House, num penhasco de frente para o Mirror Lake. Mas se estiver pela cidade, se posicione numa das muitas pontes da cidade e aproveite.
Uma cidade jovem e cheia de coisas para fazer tem, é claro, uma oferta virtualmente infinita de shows rolando a cada semana. Se atualize na agenda do Willamette Weekly e busque o que parecer melhor pro seu gosto.
Se ainda estiver na Mississipi, vale conhecer o Mississipi Studios, dentro de uma antiga igreja batista. O Holoscene é pra quem curte eletrônica e o The Know vai deixar fãs de punk rock com o coração quentinho.
Se seu lance for só tomar uns drinks e conhecer gente, a banda brasileira Quarto Negro, que gravou um disco inteiro em Portland, recomenda o Gold Dust Meridian. Fica aberto até duas e meia da manhã no South East.
Aqui tem mais uma porção de lugares abertos até altas. Incluindo esse que é o maior clichê “tem que ir” de Portland: o Voodoo Doughnut, famoso por aparecer em programas de TV tipo Antony Bourdain. A fila é sempre grande, os sabores são do tipo bacon com maple e caramelo, e a caixinha cor-de-rosa é vista e todos os lugares. Encare a fila e vá.
1 – O sistema de transporte público de Portland é rápido, barato e cobre toda a cidade. Pedalar também é não só fácil, como incentivado. Mas se você tiver pouco tempo e quiser conhecer as vistas ou locais mais afastados, o lance é alugar um carro mesmo.
2 – A cidade toda é muito cool. Ficar no downtown é prático, mas se você quer um gostinho de Portlandia, procure NoPo e o Pearl District. Aqui tem uma reportagem sobre as vizinhanças de Portland.
3 – Outra forma de conhecer Portland é embarcar em uma das muitas tours oferecidas na cidade. Seja uma caminhada por pontos de grande interesse ou pelas principais cervejarias, tem pra todos os gostos e bolsos. Inclusive para fãs de Portlandia.
Gaía Passarelli é paulistana de nascença, autora do livro "Mas Voce Vai Sozinha?"(Globo, 2016) e do blog How to Travel Light. Encontre-a em gaiapassarelli.com
Ver todos os postsVisitei a cidade em outubro do ano passado, realmente é demais, vale a pena!
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.