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As boas do fim de semana no Rio: 26.01

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Data

24 de January, 2018

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Apresentado por

Agosto

Família reunida para um barraco daqueles em “Agosto” | Foto: Silvana Marques

A morte, a solidão e o desamparo estão no encalço dos personagens do espetáculo “Agosto”. O sumiço do patriarca traz as dores de uma família à tona, e elas são despejadas sem filtro. Criados no tempo da aspereza, mães, filhos, tios e irmãos se debatem, como se desfiassem a corda para futuros enforcados. A peça equilibra drama e comédia numa matemática difícil acompanhada por silêncios e gargalhadas da plateia. Embora tenha muitos personagens, todos têm chance de brilho numa narrativa de reviravoltas folhetinescas e acertos de contas incompletos. O elenco é irregular, mas, a despeito disso, há Guida Vianna. Num momento de som e fúria que só se vê no palco, ela segura as pontas da peça e faz o laço. Não há alternativa senão aplaudi-la com entusiasmo e torcer para que tenha oportunidades parecidas no futuro. Em tempo: “Agosto” é uma peça escrita pelo norte-americano Tracy Letts e adaptada para o cinema com o nome (aqui no Brasil) de “Álbum de família”, com Meryl Streep e Julia Roberts nos papéis principais.

Agosto no Teatro Sesi Centro. Quinta a sábado, às 19h. Domingo, às 18h. Em cartaz até 04.02. Ingressos a R$ 40.
Teatro Sesi Centro. Av. Graça Aranha, 1 – Centro.

The Square – A arte da discórdia

Vimos o filme no pequeno Cine Museu da República, no Palácio do Catete, com a expectativa que recai sobre qualquer ganhador da Palma de Ouro. Afinal, é comum saírem do Festival de Cannes alguns dos filmes mais instigantes da temporada. Em 2016, a safra excelente contava com “Eu, Daniel Blake”, “O apartamento”, “Toni Erdmann” e “Aquarius”. O sueco “The square” ficou com o prêmio de 2017 e só chegou ao circuito brasileiro há poucas semanas. Não deve demorar a ir embora, então… A história acompanha um curador de museu que tem a rotina alterada após o roubo do seu celular. As tentativas de recuperar o aparelho se desdobram de maneira inesperada, aproximando-o gradativamente do caos. A narrativa é pontuada por pequenos incômodos cômicos, estranhamentos que emergem de situações aparentemente sob controle. Como de praxe, o subtítulo “A arte da discórdia” é dispensável. Já a vida, essa é mesmo desenfreada e tragicômica. Ao menos, o filme a apresenta assim. Na terça, recebeu a esperada indicação ao Oscar de filme estrangeiro.

The Square – A arte da discórdia. Várias salas e horários. Ver programação aqui.

O cinema de Hal Hartley

Cena de “Ned Rifle” (2014), último filme lançado pelo diretor | Divulgação

Destaque do cinema independente norte-americano, com passagem pelos festivais de Cannes, Berlim e Sundance, Hal Hartley tem sua obra revisitada na Caixa Cultural. Curador da mostra, Leonardo Luiz Ferreira destaca a habilidade do diretor e roteirista em criar personagens que permanecem com o espectador após o filme: “O diretor soube extrair o melhor do cinema europeu e americano para criar obras contemporâneas que tangenciam ao mesmo tempo a comédia, o drama e o humor negro”, frisa ele. Vale a pena ficar atento às sessões comentadas e ao debate.

O cinema de Hal Hartley na Caixa Cultural. A programação completa está na página do evento no Facebook. Ingressos para os filmes custam R$ 4. Até 04.02.
Caixa Cultural. Av. Alm. Barroso, 25 – Centro.

The Post – A guerra secreta

Primeira colaboração entre Steven Spielberg e Meryl Streep, “The post” se passa na década de 70 e mostra os conflitos vividos pela dona do The Washington Post diante de uma decisão determinante para o futuro do periódico: publicar ou não documentos sigilosos do Pentágono e , assim, comprometer o governo Nixon. Esse ser ou não ser é a questão do filme, cuja ressonância com o presente é notória. Em tempos sombrios de Trump e sua feroz caçada aos meios de comunicação críticos ao seu mandato, “The post” lembra que a liberdade de imprensa está abotoada à democracia. O filme recebeu duas indicações ao Oscar: melhor filme e atriz, a 21ª da carreira de Streep. Tom Hank também está no elenco.

The Post – A guerra secreta. Várias salas e horários. Conferir programação aqui.

Peraí, que tem mais:

Se quer ficar em casa, uma dica-lembrança para desembrulhar com os olhos: há alguns dias, elenco e fãs comemoraram os dez anos da estreia de “Breaking bad”. A série protagonizada por Bryan Cranston sobre um pacato professor de química que se converte em traficante de metanfetamina é considerada um dos marcos da chamada Era de Ouro da TV. Terminou em 2013, sem perder a pressão. As cinco temporadas podem ser assistidas aqui.

Save the date

Tonico Pereira: 50 anos de carreira

Tonico Pereira é homenageado por seus 50 anos de carreira | Foto: Divulgação

A primeira Sessão Cineclube Estação faz uma homenagem ao criador de personagens carismáticos na TV e no cinema. Na ocasião, serão apresentados seis curtas e uma longa. Após ser hipnotizado por Tonico na tela grande, o público poderá vê-lo de perto num bate-papo sobre sua carreira.

Tonico Pereira: 50 Anos De Carreira. Segunda (29.01), às 21h. Os 20 primeiros têm entrada franca. Os outros, pagam R$ 10.
Estação NET Rio. Rua Voluntários da Pátria, 35 – Botafogo.

Data

24 de January, 2018

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Apresentado por

Filipe Isensee e Gustavo Cunha

Filipe nasceu em Salvador, mudou-se aos 9 anos para Belo Horizonte e, aos vinte e poucos, decidiu encarar o Rio de Janeiro. Há quatro anos conheceu Gustavo, cria da capital fluminense. Jornalistas culturais, gostam de receber amigos em casa e ir ao cinema. Cada vez mais são adeptos de programas ao ar livre - sempre que podem, incluem no passeio Chaplin, esperto vira-lata adotado há um ano.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.