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Psicotrópicos: celebrando a música brasileira em Berlim

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

10 de March, 2020

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O Psicotrópicos celebra a música brasileira em Berlim durante 3 dias de festival com nomes como Drik Barbosa, Oxa e MC Tha.

Ouvi falar sobre o Rodrigo da Matta antes mesmo de vir morar em Berlim. Amigo de amiga, já sabia que ele andava fomentando a cena da música brasileira por aqui. Convidei-o para um café ainda no ano passado, mas na correria da minha mudança e ele com viagem marcada com a família na mesma época, o encontro acabou sendo postergado.

Rodrigo da Matta na Roda de Feijoada – Berlim. Foto: Divulgação

Em fevereiro eu decidi conhecer a famosa Roda de Feijoada que acontece um domingo por mês transformando o hall do Festsaal Kreuzberg num bailão regado a samba, feijoada, brigadeiro e coxinha. Foi lá que eu o encontrei pela primeira vez. Eu fiquei impressionada com esse encontro que ele promove com a comunidade brasileira em Berlim. O salão estava lotado com lugar para sentar disputado a tapa e o que mais se ouvia nos corredores era português, claro. Foi um dia em que me senti em casa.

Roda de Feijoada, Berlim. Foto: divulgação

Logo na sequência eu encontrei o Rodrigo para um jantar e, finalmente, conheci a bonita jornada dele na Europa que tem colocado um holofote na diversificada cena musical brasileira. Antes de vir morar em Berlim, o Rodrigo passou alguns anos no mundo corporativo em Madri, mas foi lá que a sementinha do seu projeto atual nasceu.

Desde que criou a Bossa.FM em 2016, o Rodrigo já realizou mais de 150 eventos de música brasileira na Europa, a maioria deles em Berlim. Hoje a Bossa FM marca presença em outras capitais europeias como Lisboa, Porto, Madri, Dublin, Londres e Paris. Para 2020 estão confirmados shows da Gal Costa, Paulinho da Viola, Alceu Valença e Martinho da Vila. Além da correria com bookings e produção de evento, o Rodrigo também atua como DJ de música brasileira e faz todo mundo rebolar com seus sets contagiantes.

Performance Retrópica, Mari Paula. Foto: Humberto Araujo

Não é difícil entender porque um festival interdisciplinar como o Psicotrópicos nasceu. Além de ter um público cativo, há muito artista brasileiro produzindo coisa boa aqui na Alemanha e esse parece o caminho natural para quem está produzindo um evento atrás do outro focado numa temática. Chega a época em que a celebração pede mais dias, mais artistas, mais festa.

A quinta edição do Psicotrópicos (e segunda em Berlim) acontece por três dias no Festsaal Kreuzberg com festa de abertura, shows, workshops, leituras, HQ, vídeos, performance, teatro e uma noite de lançamento do livro “O Barulho da Lua”, biografia do DJ Anderson Noise escrito pela minha amiga Claudia Assef.

A agenda está caprichadíssima. Serão 16 projetos musicais no total: Oxa (artista brasileiro transgênero que conquistou a Alemanha após sua participação no “The Voice Germany 2019”), Mc Tha, Drik Barbosa, Héloa, Tiago Nacarato (PT), Ferro, DKVPZ, Nie Myer (projeto do DJ Anderson Noise com Henrique Portugal e Lelo Zanetti), Arruda, Monica Besser, Emersound, Ain TheMachine, Patricktor4, além dos DJs Anderson Noise, Rodrigo da Matta e Patife que tocam na festa de abertura. Isso sem entrar no calendário de toda a programação além da música.

Nie Myer – Festival Psicotrópicos, Berlim. Foto: Samira Motta
Drik Barbosa, uma das atrações do festival Psicotrópicos, Berlim. Foto: Bruno Trindade

Para quem anda com saudades da comida brasileira, o menu conta com pastel, caldo de cana, picanha, coxinha, tapioca, acarajé, açaí e feijoada.

Eu, aqui do meu canto, aplaudo o trabalho do Rodrigo em pé, pois sei o desafio que é fazer um evento e ele emenda um no outro.

Para quem estiver em Berlim, fica o convite: Bora para o Psicotrópicos celebrar essa criatividade brasileira toda.

Update 12.03: festival cancelado por recomendações do governo local por conta do coronavírus. A próxima edição será em 2021.

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

10 de March, 2020

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Lalai Persson

Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.

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