Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O Chile é hoje um dos países mais estáveis econômica e politicamente da América Latina, e isso é facilmente percebido da sua capital. Santiago é uma cidade organizada, arborizada, moderna e linda. Isso não quer dizer que não tenha problemas. Aliás, tem alguns graves, como o smog grosso e desconfortável que a Cordilheira dos Andes logo atrás impede de se dissipar. Mesmo assim, é um lugar incrível para se descobrir com calma, andando pelas ruas largas e planas, conhecendo os cantos charmosos de vilarejo pacato em uma cidade de mais de 6 milhões de habitantes. Inclusive, se você acha que vai achar aqui uma cidade vibrante e intensa, talvez deva procurar outro lugar. Santiago é um lugar para curtir lentamente, relaxar e comer e beber deliciosamente bem.
Chegando em Santiago, não se deixe iludir com a ordem das coisas, tenha sempre em mente que você ainda está na América do Sul, e tome cuidado. Já dentro do aeroporto já aparece um monte de gente oferecendo taxi, e é nessa hora que tem gente que se dá muito mal. Evite a qualquer custo ‘ajuda’ dos homens educados e de terno que oferecem, eles vão querer apenas uma gorjeta, mas uma boa gorjeta pela aparente educação. Prefira as empresas cadastradas que têm stands ainda dentro do aeroporto. Não se preocupe em trocar dinheiro ainda, porque as corridas são com preço pré-determinado (depende apenas do bairro de destino) e todas aceitam cartão. Outra opção são os ônibus, que saem a pequenos intervalos da plataforma logo em frente à saída, e saem bem baratos.
Falando em dinheiro, o Chile usa o Peso Chileno, que dá uma sensação de deja-vu para quem vivem no Brasil nos anos 80, em tempos de cruzado. Isso porque R$1 equivale a cerca de 180 pesos, o que faz com que qualquer coisa valha alguns milhares. As contas são chatinhas de fazer, então o melhor jeito para não quebrar a cabeça é arredondar a cotação para 200 e fazer a seguinte conversão: corte 3 zeros e multiplique por 5. Facilita a vida.
Na hora de trocar, casa de câmbio não é nada difícil de achar. Geralmente as melhores cotações você acha quando as casas se acotovelam num mesmo lugar, e por lá isso acontece no centro, nos arredores da Calle Agustinas. Não precisa se preocupar em levar dólares, porque o Real é bem aceito. E pagar duas conversões é simplesmente burrice. Por lá o Banco Itaú é muito presente, tem em todo lugar, então correntistas podem ver com o gerente se a sua conta permite fazer saques diretos nos caixas eletrônicos de lá.
Telefone no Chile é um problema. Você pode optar por três operadores diferentes (Claro, Movistar e Entel), mas vai preparando o espanhol porque lá não adianta só comprar o chip. Todas as companhias vendem o chip baratinho (cerca de 3mil pesos) sem créditos, e você tem que colocar o crédito para começar a usar seu 3G. Aí começa o drama. É difícil descobrir quanto de crédito colocar, como ativá-lo, e mesmo fazendo tudo isso, teu 3G pode te deixar na mão. O bom é que muitos restaurantes e cafés tem wi-fi grátis para quebrar um galho.
Circular no Chile é relativamente barato. Os táxis são pagáveis e fáceis de pegar. Um aceno bem brasileiro resolve. Mas a cidade é também bem espalhada, então dependendo da distância que você vai percorrer, vale a pena ir até mais perto de metrô e lá sim começar a corrida. A cidade tem várias vias expressas muito rápidas e ótimas para fugir dos congestionamentos, como a conhecida a Avenida Costanera. Se for o caso, o taxista vai te perguntar se prefere ir por dentro ou pegar uma dessas vias. Isso porque nelas os carros pagam pedágios, então você vai ser cobrado por eles. Mas não se intimide. cada pedágio custa cerca de 500 pesos (R$2) e o carro passa pelo sensor sem diminuir a velocidade, sem cabine, sem nada. Vale a pena.
Mas, de novo, os taxistas não são sempre confiáveis. Se quiser evitar surpresas, não deixe de baixar o app Safertaxi. Pelo menos você terá informações sobre os motoristas e ficará mais seguro. Os táxis em geral são carros velhos e sem ar-condicionado.
O metrô não é dos mais abrangentes, mas para os turistas é bem eficiente. Das quatro linhas existentes, três atendem bem a região central, onde está a parte interessante da cidade. A viagem varia de preço de acordo com o horário, ficando mais caro no horário do rush, claro. Mas é barato, chega no máximo a 1000 pesos.
Apesar de ser uma cidade perfeita para bicicletas, Santiago não tem uma estrutura tão preparada, pois não se vê muitas ciclovias. É uma pena, porque seria uma delícia circular por todos os lados com as magrelas. O sistema de aluguel de bike público é igual ao nosso, e também foi implementado pelo Itaú. A coisa ainda é relativamente recente e e as estações estão pipocando por todos os lados. Mas se tiver a oportunidade de pedalar por lá, aproveite. As ruas são largas e planas e o tráfego é amigável, então você não correr muitos riscos.
A cidade tem uma rede bem distribuída e com bons preços. Hotéis de luxo, albergues com um toque de design, apart-hotéis, existem opções para todos os bolsos e gostos. Na hora de escolher a região, também não é muito difícil. Os bairros que realmente valem a pena na cidade são só 3 ou 4. O Centro e Lastarria são ideais para quem curte uma turistada, pois é lá que você encontra as construções históricas, museus, etc. Quem está atrás de luxo, bons restaurantes e lojas caras, deve procurar Las Condes. Os mais descolados podem escolher a Providencia, que fica bem no meio dos dois, e pode facilmente andar daqui para lá. O agito dos bares fica em Bellavista, mas essa região durante o dia é bem vazia, então talvez valha a pena só visitar à noite mesmo.
A rede Atton tem 3 hotéis na cidade, e todos são excelentes. Basta escolher a região que se quer. O estilo é bem internacional, mas tem personalidade e o atendimento é excelente. A unidade El Bosque tem uma vista incrível dos Andes dos andares mais altos.
Para ficar em Lastarria com conforto, mas em um lugar menor e mais intimista, o Lastarria Boutique Hotel é uma boa pedida. A construção antiga foi toda restaurada e recebeu 14 quartos de 4 padrões diferentes, todos lindos.
Ali por perto, em frente ao Parque Forestal, tem outra opção de hotel design que já foi campeão do Traveler’s Choice do TripAdvisor. O Su Merced Hotel tem quartos charmosos, mas com um que de casa, mais pessoal. No site deles você ainda encontra tarifas em promoção, mas que daí não são reembolsáveis.
Quem quiser economizar pode apostar no Happy House Hostel que nós já falamos aqui, e que foi super bem avaliado pelo Poshpacker. Tem piscina e área externa para relaxar. Fica na Moneda 1829.
Quem quiser se aventurar em Bellavista, pode se hospedar no The Aubrey, que fica exatamente ao lado da entrada do Cerro San Cristóbal e ao lado da casa do Neruda. Mesmo que não vá ficar, vale a pena conhecer pelo menos o restaurante e o piano bar, já que é tudo lindo-de-cair-o-queixo, e o hotel já ganhou muitos prêmios internacionais, como da Condé Nast e da National Geographic.
Outros hotéis que nos foram super bem recomendados são o Castillo Rojo, em Bellavista, o Ismael 312 e o The Singular, ambos em Lastarria.
A culinária chilena não é mundialmente famosa porque ela carece um pouco de personalidade, e seus pratos mais conhecidos são inspirados na cozinha dos vizinhos peruanos. Muitos peixes e frutos do mar, muito abacate (que por lá chama palta), muito pisco sour. Mas a cidade tem um potencial gastronônico enorme, com restaurantes de inspiração de todos os cantos do mundo. E eles ainda contam com espécies únicas de frutos do mar, cortes diferentes de carne, boas cervejas e, claro, excelentes vinhos.
Lembre-se de sempre fazer reserva. Em Santiago, se você chegar sem, corre o risco de ficar para fora mesmo, sem chororô. Alguns restaurantes são mais tolerantes, principalmente em dias menos concorridos. Mas melhor não correr riscos. Se acontecer, corra para Lastarria e ande pela Calle José Victorino Lastarria, porque lá você encontra várias opções dos dois lados e mais flexíveis. Alí tem até uma praça no miolo da quadra com muitos restaurantes meio turísticos, mas bonitos.
A gorjeta no Chile não é obrigatória. Ela vem na conta, como no Brasil, mas lá você não precisa pagar mesmo. Se pagar, entretanto, os garçons vão ficar muito felizes e agradecer com veemência. Se o serviço foi bom, vale a pena.
Uncle Fletch – Hamburgers estilo americano hipster, grandes e vermelhos. O ambiente é bem despojado e costuma ficar bem cheio. O bar tem bons drinks e algumas opções de cervejas além do lager básico. Fica no meio dos bares de Bellavista.
Casaluz Bar & Cocina – Comida espanhola/mediterrânea. Um restaurante em que dá vontade de entrar só pra ver a decoração. Pratos bonitos e deliciosos, a maioria pequenos e bons. Não podem servir álcool sem servir comida, mas uma entrada e uma taça de vinho é um bom pedido se quiser relaxar depois de andar no bairro Itália.
Happening – O nome é de cadeia de lanchonete, mas esse restaurante de carnes é o oposto. O salão é amplo, lindo e elegante. Os cortes das carnes são de comer de joelhos, o serviço é impecável, e o preço bem razoável. Repare nas reproduções de quadros famosos nas paredes, onde as pessoas são substituídas por simpáticas vacas.
Mestizo – Na entrada norte do Parque Bicentenário fica esse restaurante lindíssimo, moderníssimo e lotadíssimo nas tardes quentes de verão. Talvez porque a comida de primeira é bem salgada na hora da conta. Mas vale a pena conhecer, nem que seja só para um drink.
Astrid y Gastón – Um dos restaurantes mais famosos (e caros) da cidade, que tem filiais em várias cidades da América do Sul. Comida peruana de qualidade. É dos mesmos donos do La Mar, em São Paulo.
Bar Liguria – Com um ambiente descolado de boteco chique, esse bar deu tão certo que tem 3 endereços na cidade. Algo como o Ritz de SP. Os chilenos freqüentam sempre em grandes mesas barulhentas e animadas. A comida é ótima e os barmen não param de soltar bandejas cheias de pisco sour. Os mariscos são um show, e o cardápio tem milhões de coisas que você nunca ouviu falar, como loco e centolla.
Blue Jar – Bem no centro, ao lado da Casa de la Moneda, é uma experiência gastronômica para comer de joelhos. O medalhão com um bloco em cima de creme de abacate com ervas derrete com o calor da carne. O ambiente é simples mas simpático, e o serviço funciona bem.
Wonderful – No meio de tantas opções em Lastarria, esse lugar é um achado. Primeiro porque é só um café, então abre cedo e é ótimo para começar o dia. Segundo porque é super charmoso, tem cultura de café, que é bem tirado, além de sanduíches deliciosos. Para quem estiver em busca de brunch, recomendamos dar uma zapeada nessa lista;
Colmado Coffee & Bakery – Outro lugar delicioso para começar o dia, comer um sanduíche, ou só tomar um café bem tirado mesmo, é o Colmado. Fica escondido no fundo de um prédio, o lugar é bem pequeno mas lindinho, e o atendimento bem simpático. Não deixe de provar as torradas com tahine e mel, o bolo de cenoura, e os muffins do dia. Tudo delicioso.
E uma vez no Chile, todo mundo quer experimentar pelo menos uma vez bons frutos do mar, já que o país tem uma seleção bem particular o Pacífico Sul. Em Bellavista, duas opções tradicionais se enfrentam em esquinas opostas. O Azul Profundo é bacanudo e estiloso, com pratos mais finos e mais caros. Logo na frente, o Galindo tem cara de botecão e vive cheio por conta dos pratos baratos e abundantes.
Uma vez no Chile, beba vinho. Muito vinho, porque é muito barato e muito bom. Mas não deixe de provar outras coisas. O pisco sour está em todos os menus. Aliás, quando pedir esse drink, escolha entre a receita tradicional peruana ou a local, que não leva a clara de ovo. As cervejas artesanais locais são bem gostosas, e a Austral e a Kunstmann são bem fáceis de achar. Em Santiago não tem muito a cultura do bar, como temos por aqui e na Argentina. Mas muitos restaurantes são bons mesmo para bebericar ao invés de comer.
Bellavista é o Palermo Soho de Santiago. Restaurantes, cafés, lojinhas e casas pequenininhas e coloridas em um bairro arborizado. Super recomendado, principalmente ao cair da noite. É bem embaixo do Cerro San Cristóbal. Pode circular por todas as ruas e escolher o que mais interessar. E outro lugar que tem atraído gente para sentar nas calçadas recentemente é a Plaza Ñuñoa, que lembra o clima da nossa Vila Madalena.
Bocanáriz – esse restaurante relativamente novo já é super concorrido. Isso porque tem uma das maiores cartas de vinho servido em taça da cidade (todos chileno), onde, claro, o vinho é o protagonista. Você pode ainda optar pelos menus degustação, com 3 taças de 150ml diferentes, agrupados segundo um tema específico, como a região, a uva ou a safra. A comida, atendimento e o ambiente também são ótimos. Vá com tempo.
Amorío – Esse casarão de 1890 foi todo restaurado e deu lugar a um dos restaurantes mais bonitos de Bellavista. É bacana e descolado, mas prefira o bar, no andar de cima, já que a comida é só razoável.
Bar Berri – Para uma boa cerveja com bate-papo, vá conhecer esse bar em Lastarria. Atendimento bacana, cervejas especiais, empanadas e ainda um incrível salão no andar superior. Caso esteja aberto, vá pra lá.
The Jazz Corner – quem estiver passando pelo Bairro Itália pode aproveitar um bom drink e ainda curtir uma jam session que acontece de vez em quando.
Bairro Brasil – Esse é um bairro cheio de casarões antigos, e dá para se sentir na Europa. Por ali também tem bons restaurantes e noite agitada. Meio hipster, meio antiguinho.
Santiago é quase uma cidade de interior quando o assunto é balada. Se você quer viajar para se jogar, talvez prefira ir para Buenos Aires, que é bem mais boêmia. Mas ninguém resiste a pelo menos uma escapadinha na madrugada, né? Desde os anos 70, o lugar da balada era a Calle Suécia, mas ela entrou em franca decadência no final dos anos 90. Se você pedir indicação para taxistas, é para lá que vão te levar, mas NÃO VÁ. Até porque a Providencia anda toda meio caída porque a região só pode vender bebida alcoólica até as 2 da manhã e as baladas tem que fechar às 3h. Prefira ficar pelos bares de Bellavista ou a Av. Isidora Goyenechea, que tem bares comerciais enfileirados.
Hotel W – A única unidade da famosa rede na América do Sul é um lugar para se visitar não só para dormir. O predião tem todo tipo de entretenimento, como bons restaurantes, lojas, bar, e porque não, um lugar para cair na pista. No Whisky Blue, quando não tem festa fechada, dá para se jogar bem.
Candelaria Bar – Em Vitacura também tem um bar bom para tomar umas e outras, até jantar, mas que em algum momento da noite a música sobe e você pode sacudir o esqueleto. Só tome cuidado na hora de pedir o drink porque eles tendem a te empurrar os mais caros.
Festivais – Santiago tem alguns dos festivais mais animados da América do Sul, então veja se sua viagem não coincide com algum deles. Além do irmão do nosso Lollapalooza, eles ainda recebem o Primavera Fauna e o Creamfields. Aproveite e cheque a programação da nova casa de shows Teatro Italia, porque tem rolado bons shows por lá.
O Chile é um país estreito mas longo, e que tem uma história e uma cultura riquíssimas. E Santiago espelha isso. A cidade tem muitos museus e centros culturais, prédios históricos bem preservados, parques cheios de esculturas, e muita coisa para encher os olhos. Além disso, a cidade tem uma coleção incrível de arte de rua. Fique esperto que em qualquer esquina você pode encontrar os grafittis mais incríveis que você já viu.
Casa de la Moneda – Esse é o palácio onde fica o presidente chileno. A visita é bacana e precisa de agendamento prévio, mas o que vale a pena mesmo é o centro cultural que tem embaixo, entrando por trás. Contrastando com a construção principal, é super contemporâneo, abriga as exposições mais bacanas atuais, tem loja, café, cinema, etc.
Museo de Artes Visuales – Em uma simpática praça escondida em Lastarria, esse discreto museu surpreende. É pequeno mas lindo, as exposições são interessantíssimas, mesmo sendo pequenas. E no andar superior, ao fundo, você ainda pode entrar no pequeno Museo Arqueológico de Santiago, com um acervo de peças da era pré-colombiana andina.
O Museo Nacional de Bellas Artes chama atenção pelo prédio clássico imenso, no meio do Parque Forestal. É gratuito, tem exposições bem interessantes e um pátio interno que enche os olhos. O mais legal é que do outro lado, no mesmo prédio, fica o Museo de Arte Contemporaneo, com uma pegada mais pop. Dá para entrar pelos dois lados, ou cruzar por dentro do edifício mesmo de um para o outro.
A lista de museus é imensa, e como muitos ficam no centro, é fácil ir de um para o outro. Não deixe de visitar também o Centro Cultural Gabriela Mistral (que tem um café muito bom e grafites incríveis nos acessos) e o Museo de la Moda.
Bairro Itália – não deixe de andar por esse bairro um pouco esquecido dos guias tradicionais, pois ele está cada vez mais bacana. Siga partindo da Avenida Santa Isabel à Bilbao pela Avenida Itália. É uma rua cheia de galerias, lojas de roupas e design, bares, restaurantes e cafés. Super charmosa, é atualmente um dos cantos mais cool de Santiago. Entre em todas as portinhas, pois elas sempre reservam ótimas surpresas, como a fantástica loja de design chileno Bravo!
Uma coisa que todo mundo percebe em Santiago é como a cidade é arborizada. Em um lugar que cuida tão bem de sua natureza, não dá para visitar os parques urbanos. Os parques Arauco e Bicentenário são distantes, mas valem a visita. Os dois presenteiam com um por do sol divino. É deitar na grama e curtir. Você pode também caminhar pelo parque florestal, ao longo do Rio Mapocho. Na altura da Providência tem um parque de esculturas.
Comprar em Santiago é meio complicado por conta da conversão da moeda. Você acaba se perdendo um pouco e nunca sabe se está pagando barato mesmo ou não. Aos poucos você vai se acostumando e começa a perceber que dá para achar umas boas pechinchas. As lojas mais conhecidas são as de departamento Falabella, Paris e Ripley. Também existem alguns shoppings muito bons. Mas são nas ruas, nas lojinhas que se acham as maiores pérolas.
Shopping Costanera – É uma boa pedida, pois abriga a primeira (e ainda única) H&M da América do Sul e H&M é algo que a gente não resiste. As coleções são bem atualizadas e a loja é grande, mas vive cheia e você pode pegar fila até para usar o provador.
Parque Arauco – Não fuja desse shopping, pois ele possui algumas marcas americanas que não aterrissaram no Brasil. Abriga as maiores marcas de luxo do mundo, é um boulevard e reserva boas surpresas na praça de alimentação, que fica a céu aberto. Não se intimide, escolha uma mesa, sente-se e peça um bom drink, cerveja ou um bom vinho. O atendimento é primoroso;
Mall Sport – Se pretende esquiar, ou se é um fanático por esportes, esse shopping é uma boa surpresa. Todas as lojas são voltadas para o segmento e é um ótimo lugar para comprar boas roupas para neve, equipamento de escalada, acessórios para camping, tênis, raquetes, bolas e etc. Só é um pouco longe do centro.
Providência – Para que curte mais uma loja de rua, estilistas locais e bugigangas moderninhas, passeie sem pressa pela avenida principal do bairro e preste atenção nas vitrines. Lá você encontra também bons brechós, como o Nostalgic, que tem várias unidades na cidade. E um passeio pela Galeria Drugstore é obrigatória para os moderninhos, onde tem moda, sapatos, produtos de banho orgânicos, vinis, mais um monte de coisas.
Las Condes – Na parte mais elegante da cidade, não poderia deixar de ter uma rua linda, cheia de grifes de luxo e uma boa desculpa para bater perna e não comprar nada. Mas entre Louis Vuittons e galerias de arte, também dá para achar lojas incríveis com preços acessíveis. Saindo do Parque Bicentenário, na rua Alonso de Córdova você encontra a livraria fofa Milaires, a loja de design e decoração Sur Diseño, a loja da Concha y Toro e alguns cafés gostosos para sentar na rua e relaxar.
W Hotel – Como já falamos, o prédio é cheio de boas opções para turistas, não só os hospedados. Tem uma loja da The North Face e a Coquinaria, onde você acha um monte de temperinhos, fleur de sal, e coisas para quem ama cozinha.
Manos de Chile – Se quiser comprar presentinhos locais, uma boa pedida é a loja que fica dentro do Centro Cultural La Moneda, com artesanato local bonito, elegante e socialmente correto.
Cian – No meio de tantos bares e restaurantes, você também acha arte para comprar, e com preços ótimos. A galeria Cian parece um grande galpão de artistas, e por lá você acha gravuras, aquarelas, fotos e pinturas a venda.
Cerro San Critóbal – Santiago tem alguns morros no meio da cidade, e a maioria foi transformada em parque. O San Cristóbal é o mais alto deles, e não se deixe levar pela cara olhando lá de baixo. Ele é muito alto, e a vista lá de cima é de tirar o fôlego, com a cidade toda e os Andes ao fundo (se a poluição ajudar). Dá para subir de carro, de bicicleta (que também tira o fôlego), ou ainda de funicular. É um passeio pitoresco e divertido, e custa no máximo 2.600 pesos de ida e volta. No meio do caminho fica o zoológico da cidade, que tem uma parada.
Cerro Santa Lucía – Em Lastarrias fica outro cerro, mais baixo, mas também lindo. No alto você encontra o Forte Hidalgo, de 1820, e várias fontes e mirantes no caminho.
Mercado Central – 100% dos guias dizem que você tem que ir no mercadão deles, mas muita gente que já foi recomenda fugir dele. O que antes era um lugar para se comprar comida virou um pega-turista cheio de restaurantes com garçons insistentes e comida típica, e algumas poucas bancas de peixes e frutos do mar. Vive cheio, é quente e o cheiro não é dos melhores. O preço da refeição é alto e a qualidade, discutível. Ou seja, é um programa pitoresco para os mais animados. Mas se tiver pouco tempo na cidade, tem coisa melhor para ver. Se animar, recomendamos comer no Donde Augusto. Ah, e cuidado com os trombadinhas.
Casa do Pablo Neruda (La Chascona) – No pé do Cerro San Cristóbal fica a casa onde morou o famoso poeta chileno, hoje transformada em um pequeno centro cultural dedicado a ele.
Valle Nevado – A maior estação de esqui da América do Sul fica só a uma hora e meia de Santiago, e dá para fazer um bate-volta. A gente já montou um guia inteiro só sobre ela. Ao lado ainda tem mais duas estações, El Colorado e La Parva, e dá para esquiar de uma para a outra. A área é tão grande que dá para dar a volta sem repetir uma pista sequer.
Viña del Mar e Valparaíso – as duas cidades litorâneas ficam há pouco mais de uma hora e meia hora de carro da capital, por isso muita gente vai passar o dia por lá. Mas passar uma noite em Valparaíso vale a pena. Tem muitos hotéis boutique nos morros, restaurantes de frutos do mar fantásticos, mirantes incríveis para o porto e vários funiculares para subir e descer. Ah, e mais uma casa de Pablo Neruda. Se não quiser alugar um carro, dá para pegar o metrô até a estação Pajaritos e lá tem uma estação de ônibus que saem de meia em meia hora para lá. Na própria rodoviária de Viña existem empresas que fazem passeios de um dia. Se estiver de carro, pare para almoçar no caminho na Viña Morandé, que tem um chef primoroso e vende os melhores vinhos e azeites da região.
Vinícolas – Em cada esquina de Santiago você vai ver agências vendendo passeios para as vinícolas do Vale do Maipo (região da cidade). Claro, a maioria vai tentar te levar para a Concha y Toro, as maior e mais conhecida internacionalmente. Vale a pena fazer o tour completo por lá, com degustação de queijos junto com um enólogo. Mas lá é tudo bem industrializado, megalomaníaco e turístico. Se quiser ver a produção mais artesanal, procure as pequenas, como a Emiliana, toda orgânica e biodinâmica, e a Undurraga.
Foto do destaque: Shutterstock – shipfactory
Última atualização: 09/2015
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
Ver todos os postsObrigado pelas dicas!
Um dia ainda irei para lá! <3
Dicas ótimas, obrigada :)
“Bellavista é o Palermo Soho de Santiago”: eu já disse essa frase.
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.