Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
A Índia não é um lugar fácil. Nova Delhi e Agra são cidades superpopulosas, com muito barulho e muita sujeira. Como turista é impossível andar por aí sem ser importunado. Mas a partir do momento que você chega no primeiro monumento , você sabe que está vendo algo especial e que não verá em outro lugar no mundo. Assim você acaba desenvolvendo uma bizarra relação de amor e ódio com o país. E não vê a hora de voltar.
Você precisa de visto para ir pra lá. Ele pode ser tirado tanto pessoalmente no consulado como por correio. A taxa a ser paga depende do tipo e da validade – as opções são 6 meses, 1 ou 5 anos – com o valor mínimo de R$ 276,00. Existe a possibilidade de se tirar o visto só no aeroporto de Nova Delhi se você viaja com um grupo de mais de quatro pessoas, porém recomenda-se que isso seja feito ainda em terras brasileiras.
A moeda usada é a rúpia indiana (rupee) e 1 real vale Rs. 27,70. O país é razoavelmente barato porém na maioria dos monumentos encontram-se taxas diferenciadas para estrangeiros.
Existem taxis, ônibus e metro do aeroporto para a cidade porém vale a pena perguntar para o seu hotel se ele não oferece nenhum tipo de traslado. É ainda bom saber que por segurança não é a permitida a entrada no aeroporto se você não tiver uma passagem impressa para aquele horário. Para quem não sabe, a Índia é um dos países que mais sofre ataques terroristas no mundo, apesar da maioria da sua população ser extremamente pacifista. Se você esqueceu de imprimir a sua, você consegue fazer isso em uma área especial, porém poderá perder um tempo.
Não se assuste com o assédio nas ruas. É normal que queiram te levar para a pensão do primo ou a lojinha do sobrinho. É comum também que famílias queiram tirar fotos com você. O povo indiano é em geral bem simpático e eles amam turistas mas saiba impor limites.
Por último, fique ligado nas datas dos festivais. A Índia tem vários festivais incríveis, entre eles os mais conhecidos são o da luz e o das cores. Tente marcar sua viagem para pegar pelo menos um pedaço de um deles e ter uma experiência única.
O trânsito em Nova Delhi e Agra consegue ser mais caótico do que o de São Paulo. Carros, bicicletas e tukstuks (ou auto-riquixás) concorrem por um espaço e não existe um momento de silêncio no qual uma buzina não esteja tocando. E sim, vacas e bodes às vezes cruzam o seu caminho.
Para viajar pelo país, o mais tranquilo é contratar um motorista, as agências de turismo da cidade oferecem pacotes incluindo o carro e o hotel/pensão. Apesar de ser uma opção mais cara, existe muita coisa para se ver entre cidades, além de poder contar sempre com as dicas de um local.
Todas as principais cidades são interligadas por trens também. Você deve comprar as passagens com antecedência, já que elas esgotam rápido, e pode fazer isso online ou nos quiosques para turistas nas maiores cidades. São 8 opções de classes e, apesar de não ter restaurante ou bar, eles ainda oferecem comidas (opções vegetarianas ou não) e bebidas, como chai.
Passeando pelas cidades, é obrigatório pegar um tuktuk em algum momento. O carrinho não é uma exclusividade da Índia, você encontra ele em quase todos os países do sudeste asiático e até em alguns europeus. Não existe taxímetro neles, por isso saiba negociar.
Em Nova Delhi, as linhas de metro e ônibus compreendem toda a cidade e custam em torno de Rs 150. No entanto, as linhas são bem cheias e devem ser evitadas a todo custo na hora do rush.
Connaught Place é o maior centro comercial e financeiro em Delhi e um ótimo lugar para ficar. Além de restaurantes, lojas e mercados por perto, você ainda tem acesso às principais ruas da cidade. O Hotel Bright fica no círculo externo do CP e a equipe, além de ser super simpática, é bem prestativa. O lugar é pequeno, não tem elevador e você passa por um quarto abandonado antes de chegar na recepção – o que é pode causar um estranhamento – mas o lugar é bem limpo, silencioso e o café da manhã é excelente.
Em Agra, o Mango Suites é o suficiente. Não existe muito para se fazer na cidade além de ir no Taj Mahal e por isso não é recomendado ficar mais do que 1 dia por lá. O Mango é um hotel barato e limpo para passar a noite e seguir viagem no próximo dia. Se sua idéia é ficar mais na cidade ou se você prefere algo mais chique, pode reservar um quarto no Radisson.
A primeira coisa que você deve saber é que se deve tomar algumas precauções com o que se come ou bebe na Índia para não ter a famosa Delhi Belly . Para não ter nenhum problema:
O Veda fica na Connaught Place e serve comida típica do norte da Índia. O preço é um pouco salgado para padrões indianos: o menu degustação não-vegetariano sai por Rs1475 (em torno de R$55) e o vegetariano Rs1075 (R$ 40). O ambiente é lindo, com móveis pretos e espelhos nas paredes, propício para um jantar romântico. Ele é pequeno e a entrada não é muito chamativa, por isso não se assuste se passar na frente e não o notar.
O Bukhara já foi considerado um dos melhores restaurantes do mundo e o melhor na Asia. Ele costuma ser bem cheio, por isso tente reservar com antecedência. Fica dentro do hotel ITC Maurya, junto com outros restaurantes: o DumPukht, também de cozinha indiana, My Humble House, chinesa, e o West View, de comida italiana. A decoração imita a Índia rural e a cozinha fica visível através de uma parede de vidro – tente pegar uma mesa por perto.
Não dá para visitar a Índia e não ir ao Taj Mahal. Apesar do mausoleu de mármore branco ser a parte mais conhecida, somam-se ainda ao complexo: o grande portão, uma mesquita e um jawab. O jardim que cerca toda a maravilha (Mughal Garden) é de babar e vale gastar algum do seu tempo passeando por ele. A entrada custa Rs 750 para estrangeiros (Rs 20 para locais) e fica aberto das 6 da manhã as 19, exceto nas sextas, quando fecha das 12:00 as 14:00 para orações na mesquita. Não são permitidos carros ou qualquer veículo poluente por perto, por isso rola uma caminhadinha para chegar lá. Aproveite também para ver as construções de fora do complexo, na beira do rio Yamuna no final da tarde.
O primeiro mausoléu-jardim da Índia, aliás, está em Nova Delhi e se chama Túmulo de Humayun. A construção é bem parecida com o Taj Mahal, porém o material usado foi o arenito vermelho. Assim como seu irmão em Agra, o jardim do lugar é um espetáculo a parte.
Passeando pela capital, você com certeza passará por uma construção que parece uma flor de lótus branca. Este é o templo Bahai Lotus e é um dos edíficios mais visitados no mundo. Ganhou já vários prêmios pela sua arquitetura, que lembra a ópera de Sidney, e serve como Templo Mãe no subcontinente. Apesar de lindo por fora, o interior não tem nada de emocionante, não valendo a pena entrar.
Ao lado do Templo Bahai fica o templo krishna Sri Sri Radha Parthasarathi Mandir, também conhecido como ISKCON. É um dos maiores templos da Índia e é uma parada obrigatória na cidade. O clima de bondade e paz do lugar é surpreendente e lá você vai encontrar gente incrível. Assim como as pessoas são lindas, o lugar é lindo. Como a maioria dos templos, você não pode entrar de sapato, porém consegue deixar na entrada.
Como era de se esperar, Gandhi é o herói nacional e existem vários monumentos em sua homenagem espalhados pelo país.O Gandhi Smriti (Recordação de Gandhi) é o lugar onde ele morou nos seus últimos 114 dias e a coluna do mártir marca o local exato onde ele foi assassinado em 1948. O quarto usado por ele nesse período foi mantido intacto.
A Rajpath (Caminho do rei) é a grande avenida da cidade. Ela liga o palácio presidencial ao India Gate – que foi inspirado no Arco do Triunfo. A avenida é totalmente diferente de tudo que existe em Delhi, e parece de certa forma desconectada com a cidade. É extremamente verde e limpa. Lá, além do palácio presidencial, ficam também a casa do presidente e outros escritórios governamentais. Andar a rua por toda a sua extensão pode ser cansativo por isso escolha pontos que queira ver e procure se locomover de carro.
O Qutub Minar foi construído em 1192 e na sua base existe uma mesquita, a primeira construída na Índia. É o mais alto minarete do país e para sua construção foram demolidos 27 templos hindús.
O Lodi Gardens é onde você vai para relaxar. Depois de andar pela caótica Delhi, é um lugar para ter um pouco de paz e aproveitar a solidão. Não esqueça de levar uma garrafinha de água.
A melhor forma de fazer compras é ir nos mercados de rua. Neles, você vai encontrar muito artesanato, comida típica e música, tudo por um ótimo preço. Ainda assim, independente do mercado que você decidir ir, não deixe de pechinchar.
Perto do Connaught Place, está o mercado Janpath. Nele, você não só encontra produtos indianos, mas de toda a região do Himalaia. É um dos mercados mais antigos da cidade e um dos que atrai mais turistas.
O Paharganj é um bairro central em Delhi, localizado perto da linha de trem. Lá se encontra o Chai-Tuti-Chowk, a principal área para compras de Paharganj e uma das mais legais na cidade. Além de ser barato, você encontra todos os souvenirs que precisa comprar nesse lugar. Espere encontrar muitas vacas pelas ruas.
Como dá para ver por esse guia, tem muita coisa legal para se fazer em Delhi. Se estiver com pressa, tome o café da manhã no seu hotel, não deixe de comer um pão típico indiano, como o naan ou o bhatura.
Se esse é o seu único dia na Índia, vá ao Taj Mahal. Provavelmente vai te levar o dia todo já que a ida e a volta duram 4 horas mais ou menos cada.
Se você já foi ao Taj Mahal e quer explorar Delhi, vá ao túmulo de Humayun e ao Lodi Gardens pela manhã. Passe pelo templo Bahai e vá ao ISKCON. Aproveite e almoce por lá, eles têm um restaurante vegetariano dentro do templo. Visite o Qutub Minar, passse pela Rajpath, não precisa nem descer do carro. Faça compras no Chai-Tuti-Chowk e aproveite para pegar um tuktuk até Connaught Place. Termine o dia com um jandar no Veda.
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.