Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Ouvi dizer de fontes entendidas que o final de semana que antecede o Carnaval real-oficial não é mais considerado o pré – o pré foi o antepenúltimo. O finde do 15 e 16/02 agora é chamado de final de semana 1, enquanto o oficial é o 2. Faz sentido, se você pensar que alguns dos blocos mais aguardados têm seus melhores desfiles no pré. Bora lá:
7h – Céu na Terra – Largo dos Guimarães
Há quem diga – e eu concordo – que o Céu na Terra só existe mesmo no pré. Isso quer dizer que o desfile do pré é o desfile viável, porque mais vazio, apesar de não ser um bloco pequeno. A boa é chegar cedo, entre 6h e 7h, e se posicionar na frente do bloco, porque depois é uma merda pra “ultrapassar” nas ruas estreitas de Santa. Outra dica linda é acelerar quando tiver chegando perto da dispersão no Largo do Neves e subir num banquinho da praça. Quando a bateria chegar, você vai estar no melhor lugar pra assistir ao final do desfile.
8h – Pérola de Guanabara (famoso Paquetá) – Paquetá
Ainda que não tenha mais o hype louco de antigamente, o Pérola ainda é uma delícia, e como não teve ano passado aposto que este ano vai estar mais vazio e mais legal. A prefeitura também divulgou que vai rolar venda de passagem antecipada pra balsa, o que vai facilitar imensamente o rolê. A graça é pegar a balsa com a banda, então chegue no horário.
16h ou 18h – Canários do Reino – Centro
Está rolando o famoso burburinho. Não sei de nada, ninguém sabe, mas tudo indica que vai ser bom. Risos. Parece ser a pré perfeita pra quem vai na Carnageralda de Carnaval mais tarde. Confia no zap zap e vai, gente.
16h30 – Tambores de Olokun – Aterro do Flamengo (altura do Belmonte)
Depois de diversos ensaios, esse é o primeiro cortejo oficial do ano do Olokun, esse bloco de maracatu lindo demais. É um bloco mais relax, majoritariamente parado, bom de assistir e não tanto pra pirar. Dá pra levar criança deboas.
22h?? – Bloconcê – Centro
Ora ora vejam só – tudo indica (favor ir ver os stories do bloco) que as poderosas do Bloconcê passaram o desfile pro sábado do pré. Ano passado foi aquele caos, né? O bloco ficou grande demais, a polícia mandou parar, mas mesmo assim quem tava pertinho se emocionou. É um rolê muito feminista, muito maravilhoso, muito foda mesmo. Vamos ver se elas vão conseguir se organizar melhor pra dimensão que tomaram este ano. Aguarde infos vindas do insta do bloco.
8h – Cordão do Boitatá – Av. Henrique Valadares com Ubaldino do Amaral (próximo à Cruz Vermelha), Centro
Aquela coisa: enquanto o Boitatá não sai, o carnaval não começa. Dos blocos alternativos-tradicionais, é o maior, o mais organizado, um dos mais lindos. Toca todas as marchinhas que a gente ama e toca bem demais. Assim como no Céu na Terra, chegue antes do horário marcado e se posicione na frente do bloco, porque ele anda rápido e ficar pra trás não é legal, ok?
8h – Fogo e Paixão – Largo São Francisco de Paula, Centro
Pra quem cansar do Boitatá, ou pra quem curte um bloco parado, o Fogo e Paixão é uma ótima pedida, apesar de ter um pouco da vibe “jovem querendo fazer pegação”. Amo o som, no entanto.
15h – Bloco Tá Pirando, Pirado, Pirou! – Em frente à Companhia Brasileira de Pesquisas Minerais – Avenida Pasteur – Urca
Surpresa linda deste ano, o Pirado é um coletivo carnavalesco formado por profissionais e usuários da rede pública de saúde mental do Rio de Janeiro, unidos pela luta anti-manicomial. Vão rolar participações especiais dos ritmistas da Portela, do Fanfarra Black Clube e do maravilhoso Dali Saiu mais Cedo. Bem incrível.
Luiza S. Vilela é paulistana naturalizada capixaba, mas foi parar no Rio pra cursar letras há 15 anos e nunca mais saiu. Fugiu da vida acadêmica pra escrever, produzir conteúdo e, mais recentemente, casar pessoas. Já coordenou a editoria de FVM e Culinária da Revista Capitolina e contribuiu com Matador, Noo, Rio Etc, Modices e tantas outras. Bate um papo reto sobre literatura, claro, mas também sobre moda, culinária, feminismo e esportes. Site: www.luizaescreve.com
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.