Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O Inhotim é meu happy place na Terra. Um lugar transformador e que te convida a abrir as percepções e se aprofundar em arte, na natureza e em você mesmo.
O Inhotim fica em Brumadinho e sugiro que alugue um carro em BH e pegue uma estradinha simples por uma hora e dez, a 65km da capital. Dei um giro pelas galerias de lá e conto aqui. Não recomendo o bate e volta, já que o parque é grande e você não conseguiria conhecer nem metade dele, ou pelo menos não conseguiria viver nem metade dele.
Se hospede em Brumadinho se o motivo da viagem for Inhotim. De fato não tem boas opções de hospedagem, mas não é sobre isso.
As estradinhas para os airbnb da região são difíceis e pedem atenção. Isso deve ser considerado, além da distância, que às vezes não diz muito, pelo tempo que demora para se locomover. Agora se a ideia é explorar o entorno de Brumadinho, aí vale!
Você vai sair cansadito do parque, com as emoções alteradas, então é meio que jantar, e dormir.
O parque está aberto de quarta à sexta-feira das 09h30 às 16h30 e sábado, domingo e feriado das 09h30 às 17h30. Você não prestou atenção, eu sei, não abre de segunda e terça, ok?
O ingresso custa R$106,00 para 3 dias de visitação e tem entrada gratuita toda última sexta feira do mês, exceto feriados.
A sugestão para visitar o parque é que você alugue um carrinho para percorrer os 140 hectares por R$30,00 ao dia. Não precisa ser privativo não, sai dessa. A não ser que você esteja em um grupo grande. Caso tenha mobilidade reduzida, o carrinho é gratuito para você e um acompanhante, se informe aqui. O carrinho muda a experiência e nunca vou sem!
Os carrinhos compartilhados são excelentes e param direitinho nos pontos indicados no mapa, que são bem sinalizados e tem inclusive tomada e água. Dois dias com o carrinho é suficiente.
Caso você tenha mais dias no parque, sugiro que em um deles curta a pé a parte mais próxima da entrada e use uma tarde para curtir sua obra favorita por horas. Isso mesmo, por horas! Conto algumas performances aqui, clica.
Para curtir as 23 galerias, com quatro dedicadas a exposições temporárias, sugiro que você faça um mix das cores dos trajetos. Eles são 3: rosa, amarelo e laranja.
Para isso, nada melhor do que estudar o mapa e escolher o trajeto mais confortável e simples para você. Se organize para ir em todas as galerias. Mesmo as mais afastadas ou remotas. Encare tudo que é trilha, já que são todas de fácil acesso e simples de fazer.
Indico que no primeiro dia de carrinho, você comece pelo trajeto rosa, lá de cima, dos ‘Sons da Terra’. No segundo, faz o amarelo começando por Robert Irwin. No terceiro dia, sem carrinho, faz a laranja começando por ‘True Rouge’. A indicação é sempre começar pela parte mais distante dos trajetos, para que você pegue o contra fluxo e aproveite os lugares mais vazios, tendo uma melhor experiência. Isso, em geral, te permite visitar tudo
Você não vai se arrepender!
Após períodos rigorosos para o Inhotim, por conta da pandemia mundial que vivemos, o parque reabriu suas portas para que a gente volte a sonhar.
O espaço continua incrível e muito bem cuidado e não estava muito cheio. A capacidade do parque ainda está reduzida, o que dá segurança e conforto, já que o parque é imenso.
Máscaras ainda são necessárias dentro das galerias, dos restaurantes e nos carrinhos. Já ao ar livre, as pessoas ficam à vontade para tirar. Bom senso com os funcionários e com os outros amantes da arte é imprescindível e você deve usá-la para qualquer contato.
Algumas obras de maior interação estão fechadas e reabrindo aos poucos. Outras em manutenção, mas nada que atrapalhe a experiência. Isso é muito dinâmico e sugiro que você cheque essa informação antes da sua viagem, caso isso seja importante para você.
Os protocolos Covid-19 você encontra aqui.
No Inhotim você só não passa fome, como come bem. Em qualquer um dos restaurantes e cafés espalhados pelo parque tudo é gostoso e cumpre seu papel.
O Tamboril, da Chef Dailde, que cozinhou na casa do Bernardo, fundador e criador do Inhotim, é espetacular. Um buffet self-service de alta gastronomia onde a chef faz questão de passar nas mesas com toda a sua simpatia e fiscaliza com olhos atentos a qualidade do que está sendo servido. Sugiro que você deixe esse restaurante para o fim do dia, antes de fechar o parque, para pedir um vinho e aproveitar com calma. Você vai comer muito? Provavelmente vai. Aproveite o finalzinho do dia para fazer a digestão na sua obra favorita. Eu faço isso no ‘Canto Gregoriano’ sempre.
O restaurante Oiticica é uma excelente opção e bem mais em conta que o Tamboril. O salão é lindo, arejado, de pé direito imenso e com uma vista verde do parque. Também é um buffet de alta qualidade, mas não é self service. É por peso. Não o seu!
Tem também uma hamburgueria, uma casa de sucos, o Oop Café e o Café das Flores, onde você não pode deixar de comer o pão de queijo recheado de pernil.
A loja do Inhotim merece uma atenção e um pouco do seu tempo. Com coisas criativas e de designers, cada coisa é mais linda que a outra.
Eles fazem mil e uma collabs e conseguem contar tudo sobre isso por lá mesmo.
Os posters de algumas obras expostas também estão à disposição para compras e é uma maneira excelente de eternizar essa viagem, que é na verdade uma experiência transformadora.
A loja fica dentro do parque, em frente a recepção e deixe isso por último, para que sua compra faça sentido com o que você viveu!
Garrafa d´’água, protetor solar, repelente, sapato fechado para acesso à todas as obras, e biquíni e toalha de microfibra, se as obras que tem piscina estiverem abertas (Cosmococa e Piscina). No mais, roupas leves coerentes com a estação e a temperatura que você estiver para a sua visita ao Inhotim. Se estiver chovendo, não se limite. Manda ver na capa ou no guarda chuva e se aventure.
Lembre do meio ambiente e dos jardins bem pensados e leve seu lixo sempre com você até a lixeira reciclável mais próxima.
Esse lugar maravilhoso passou por um desastre. Sim, o da queda das barragens. Chegue com calma e não fique perguntando para satisfazer sua curiosidade às custas da dor que as pessoas viveram. Desculpe terminar assim, mas a maior obra de arte que temos enquanto humanidade são as pessoas. São elas que proporcionam a arte!
Inclusive, esse perfeito da foto é o Junio, o melhor guia do Inhotim, que cresceu e se desenvolveu nesse lugar mágico.
Já foi visitar o Inhotim? Entaovah!
Viajante por natureza, Patricia busca pequenas descobertas cotidianas. Acredita que o encanto das cidades mora no ritmo dos locais e pode passar horas em um café apenas observando a banda passar. Ex-dona de hostel e ex-mochileira com algumas recaídas, hoje prefere quartos com vista em nowhere. Amante das road trips e desenvolvedora de roteiros com a cara do viajante, cai na estrada para conhecer e desbravar esse mundão.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.