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Engana-se quem pensa que o ápice escultural do norte da Itália é delineado pelo Lago di Como. A seguir, apresentamos as jóias escondidas do Bel Paese que dão um upgrade ao seu próximo roteiro italiano
Quais lagos italianos vêm em mente quando falamos do norte da Itália? Aposto que pensou no de Como. Realmente, sua beleza é de causar inveja aos vizinhos austríacos e suíços. Mas engana-se quem pensa que a beleza escultural que dá fama à Lombardia limita-se a ele.
Como, Cernobbio, Bellagio. É, a lista é grande de cidades que são cenários de filmes, imaginários de sonhos e destino de lua de mel. Mas será que é onde os italianos mais gostam de ir ou apenas refúgio de férias de turistas?
Recentemente, visitei o Lago Maggiore, um dos únicos lagos italianos que faltava na minha lista. Localizado majoritariamente no Piemonte, emprestando seu charme também à Suíça, ganhou a minha preferência depois de uma estadia na cidadezinha de Stresa, a cereja do bolo.
Visitada pelos italianos que moram nos arredores, tem um ar mais autêntico, além de um agitado centrinho repleto de restaurantes de qualidade, a exemplo do Stornello. Mas seu charme não se limita por aí. Stresa é base para visitar as Ilhas Borromeu, um grupo de três ilhas, acessíveis a uma curta distância de barco. Já ouviu falar delas?
É imperdível passar um dia visitando-as. O passeio começa levando você a explorar a Isola Madre, com o esplendor do Palácio Borromeu e seu jardim botânico à inglesa. Num dia ensolarado, a vista que se tem para o lago, na companhia de sua bem tratada fauna e flora, me fez referenciá-la como a Capri do norte da Itália. É uma memória que não sairá tão cedo da minha mente, um panorama que buscamos ao viajarmos para o país da bota.
Em seguida, uma parada na Isola dei Pescatori, a mais agitadinha, perfeita para a hora do almoço, com restaurantes quase que encaixados no lago, para apreciar os prazeres da mesa em família, talvez a tradição mais amada pelos italianos. Seus barcos coloridos e sua vibe em slow motion me lembraram a calmaria da Ilha de Favignana, na Sicília. Talvez o norte e o sul não sejam tão diferentes assim.
Por fim, um paradeiro na Isola Bella. Os jardins do também Palácio Borromeu talvez sejam um dos mais lindos da Itália, se é que isso seja possível. A arquitetura relembra que o país já foi um império, e figuras curiosas aparecem por ali: o unicórnio é a grande personagem central, tão no topo que aparenta observar e abençoar o Piemonte, quase um guardião dessa beleza eterna.
Para a experiência ficar completa nos lagos italianos, se o budget permitir, hospede-se no Hotel Villa e Palazzo Aminta. Com interior de decoração soberba, é um dos mais bonitos da ilha, com um salão para o café da manhã de beleza imperial, staff amigável e um terraço para as mais belas fotos de uma verdadeira estadia italiana. As três ilhas mencionadas acima olham para você como que te dando as boas-vindas. Para o jantar, dirija 20 minutos e experimente o melhor da especialidade piemontesa nos restaurantes escondidinhos lareira acima. Eles são os melhores.
A poucos quilômetros do Lago Maggiore, chegamos a Orta San Giulio, uma pérola do Piemonte entre os lagos italianos, que descortina a beleza escondida do Lago d’Orta, que poucos viajantes ousaram conhecer. A cidade parece um vilarejo parado no tempo, mas seu cenário pitoresco e estonteante deixam uma lembrança nostálgica.
O borgo, como o nome anuncia, é pequeno e aconchegante, que parece saído de uma pintura. A vista para a Isola San Giulio vale a pena e visitá-la leva poucos minutos de barco. Mas antes, explore mesmo Orta, suas vielas, igrejas, piazza, jardins, conheça-a sem medo.
E não deixe de parar no Pane e Vino – Enogastronomia ou no Al Boeuc para uma tábua de frios com vinho. Pequenos prazeres, grandes colírios aos olhos, assim são essas cidades que merecem sua visita nesta vida. Sua experiência italiana acaba de ganhar um upgrade.
Foto capa: Claudio Schwarz/Unsplash
Colocou os pés em Londres pela primeira vez aos 17 e sabia que não pararia por ali. Depois de inúmeras visitas, entregou-se de vez a esse casamento britânico, que já dura sete anos. Agora tem mais motivos para ser feliz porque ouve o Mind the Gap todos os dias e pode se lambuzar com as delícias de um cacio e pepe em Trastevere em apenas 2 horas, pois acredita que viajar é papo sério e comer bem, mais ainda, além de ter certeza que um cappuccino bem tirado pode transformar o dia.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.