Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
E se em vez de aprender sobre história, você entrasse dentro de um filme interativo sobre Grécia Antiga? Aprendesse chinês em um boteco com chineses, ali entre seu café da manhã e a ida à escola? E se para desenvolver uma nova droga, você pudesse manipular um holograma gigante da molécula?
Essas são todas experiências em realidade virtual – hoje, ao alcance de qualquer um. Experiências imersivas tem se tornado uma peça muito relevante no encontro entre a aprendizagem e a diversão. Emoção é chave para aprendizagem porque gera memória. A experiência “cola” na mente e, então, passamos um tempo entendendo e decupando os desenvolvimentos cognitivos e não cognitivos que nosso corpo sentiu durante o tempo imerso.
Vida mimetizada, no final das contas, não é mesmo?!
Mas, o que pode acontecer quando essas experiências imersivas se tornarem cada vez mais “perfeitas” (ainda acho estranho falar mais “reais”, mas é por aí!) e democráticas? Se você não entendeu muito do que estamos falando, precisa conhecer o Voyager aqui em SP. Sua primeira unidade foi instalada dentro do shopping JK, e foi lá que descobrimos a sensação de ser uma ameba, um macaco, ou ainda estar com amigos em uma jornada intergalática.
Essa semana inaugurou a segunda Voyager, no Morumbi, no formato de escape room e fomos conferir. E aí, como foi?! “Pra mim, é como se vc estivesse d-e-n-t-r-o do vídeo game”. Enquanto o instrutor começa a equipá-lo (óculos, fones, joysticks nas duas mãos e uma mochila/computador) ele vai contando a narrativa e o objetivo do jogo, mostrando como utilizar o equipamento e se movimentar dentro do espaço.
O jogo é feito de 2 a 4 pessoas, e tudo o que eu pensava durante essa preparação era: “Tomara que minha dupla tenha prestado atenção no que fazer, exatamente”. Ali eu já estava mesmo era viajando com aquele ritual de imersão, sendo montada com o que poderia ser o “escafandro” da exponencialidade espacial, e pensando na associação histórica entre ferramenta e evolução humana.
A cena começa e você está no Antigo Egito. Você vai percebendo seu corpo dentro do cenário e é convidado a escolher seu avatar e os artefatos que quer usar. O senso de urgência de jogar – é um escape room, afinal! – dualiza com a vontade de só ficar ali, explorando capacetes dourados de leão e admirando seu lindo e musculoso avatar, que se move virtualmente de acordo com o que você faz na vida real.
Ainda bem que minha parceira, um pouco mais competitiva, me chamava à “realidade” do jogo, muito colaborativo e que exige raciocínio lógico. Movimentamos tochas, flechas, esfinges e até escalamos as paredes da tumba para escaparmos, juntas, da esfinge. Não conseguimos, contudo, sair da Pirâmide Perdida a tempo.
Para mim, a memória emocional mais forte foi gerada ao término da experiência. Ficar 45 minutos imersa, vendo que você e sua amiga “estão avatares”, me fez “cair” na realidade e perceber a maravilhosa realidade física (será que posso assim, dizer?!) que vivemos diariamente.
E se a democratização dessas experiências imersivas nos desse a possibilidade de transitar cada vez mais em mundos criados? E se essas vivências começassem a aumentar o senso de percepção sobre nossa própria realidade, ou seja, o mundo natural que habitamos?
E, mais uma vez, lá estava eu viajando em meus pensamentos enquanto o avatar físico nos lembrava que precisávamos alimentá-lo. Bora comer uma pizza ali na praça de alimentação.
Gamers ou não gamers, adultos de todas profissões. Deem um pulo lá: prometemos que não vão se arrepender.
Voyager Escape
Das 10h às 22h (de segunda a sábado) e das 11h às 22h (domingo)
Morumbi Town Shopping – Av. Giovanni Gronchi, 5930 – Vila Andrade
R$84,99 por sessão de 1 hora – acima de 10 anos
Texto: Catarina Papa e Vanessa Mathias
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
Ver todos os postsesse valor é por pessoa?
Siiim :)
Adorei!! Querooooo
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.