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SXSW EDU: o irmão Caxias

Quem escreveu

Vanessa Mathias

Data

09 de March, 2018

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“Quanto mais você questiona, mais você sabe.”
Danah Boyd, keynote speaker, SXSW EDU 2018.

A frase aí em cima tem dois objetivos: o primeiro é mostrar um pouco do espírito do SXSW EDU, e o segundo é dizer que estamos abertos a questões que possam ajudá-lo, de alguma forma, a saber um pouco mais sobre o irmão mais novo – e mais “caxias” – do SXSW.

O SXSW EDU começou em 2011, com o objetivo de “celebrar inovações no campo da aprendizagem” e foco total na educação primária e secundária do Texas – conhecida como “K12” nos Estados Unidos, mais ou menos equivalente ao nosso Ensino Fundamental.

Depois as fronteiras foram se expandindo e o festival passou gradualmente a acolher não só os outros níveis da educação, mas tudo o que diz respeito a esse universo, leia-se discussões sociais, metodologias de ensino, tecnologias e tendências. Hoje, o SXSW EDU se posiciona como um evento de fomento à inovação na aprendizagem com objetivo de impactar o futuro desse campo. Pelo terceiro ano consecutivo, fomos lá dar aquela conferida.

Juntos, mas separados

O SXSW EDU aconteceu entre os dias 5 e 8 de março e, apesar da proximidade das datas, o buzz não chega nem perto do que é o SXSW. O EDU é um festival à parte, com público em geral bem diferente do irmão mais velho. Inclusive o badge é adquirido separadamente e custa aproximadamente 1/3 do valor do SXSW. Não é possível comprá-lo em conjunto com nenhum outro, como acontece com o Platinum, que dá acesso às conferências Interactive, Film e Music.

No que diz respeito ao processo de construção da agenda, os dois festivais são bastante parecidos e, embora o EDU engane pelo menor número de eventos simultâneos, existe a mesma dificuldade de escolher para onde ir, já que tem muita coisa legal acontecendo. Então, se você pretende vir no ano que vem, a principal dica é: planeje-se bem.

Aliás, falando de planejamento, acessos e dinâmica de funcionamento, o EDU é bem parecido com o SXSW e, mais uma vez, o guia preparado pelo COP pode ser bem útil para os debutantes, e mesmo para os veteranos.

Highlights

Nos primeiros dois anos de 42formas no SXSW, percebemos ainda uma grande exploração de temas ligados à educação tradicional (escolas, alunos e professores), com viés bastante localizado (mais em 2016 do que em 17, naturalmente). Este ano, a coisa já mudou um pouco de figura e notamos uma diversidade maior de temas conectados a outros campos da aprendizagem. Além disso, percebemos um aumento do uso de títulos “click bate” (iscas) nas sessões, com as maiores filas e lotações nos eventos sobre inteligência artificial ou educação na Finlândia, não necessariamente com os melhores conteúdos. Mais uma vez, a dica é a mesma do SXSW: os títulos são a porta de entrada, mas convém fazer uma boa curadoria antes de ir entrando em qualquer sala.

Falando de temas, como de costume, alguns dominaram as trilhas, se não como objeto central das sessões, pelo menos como parte importante do conteúdo.

O que vimos bastante?

Storytelling – ganha cada vez mais força como ferramenta de ensino-aprendizagem pelo poder de sensibilização e identificação, tendo sido, inclusive, o ponto central e o recurso utilizado no keynote de abertura.

Inteligência artificial – não poderia faltar, já que é o “assunto “da moda”. No festival, esteve ligada a vários temas relacionados a empregabilidade e ferramentas de análises de dados.

Aprendizagem imersiva – quase todo o mundo sabe que a experiência é a melhor forma de aprender e reter o aprendizado. A educação imersiva vem com tudo, conectando (de verdade!) teoria a prática.

Inclusão e diversidade – a pauta foi intensa no ano passado, e este ano voltou com força total. O mais bacana foi ver que as discussões não se limitaram aos tradicionais ativistas da causa, mas a todos os públicos, incluindo empreendedores e investidores.

Pensamento crítico e resolução de problemas – de acordo com 100% (isso mesmo!) das sessões que vimos sobre futuro da educação, do trabalho e da empregabilidade, essas são as habilidades fundamentais que precisamos fomentar e desenvolver.

Media literacy – esse é difícil traduzir, mas pode ser literalmente entendido como alfabetização midiática, ou a capacidade de entender e interpretar o conteúdo difundido pela mídia, sabendo separar o joio do trigo.

Enfim, para ver mesmo o que acontece no SXSW EDU, só participando. Se não foi dessa vez, terá outra oportunidade logo ali no ano que vem. Ah, e se você quiser bater um papo com a gente para tomar um café, fazer perguntas e saber mais, é só chamar! Afinal, quanto mais você questiona, mais você sabe, né?

*Por Marcos Arthur – 42formas.com.br

Quem escreveu

Vanessa Mathias

Data

09 de March, 2018

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Vanessa Mathias

Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.

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