Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
O verão europeu está quase chegando e com ele também chega a temporada de festivais.
Você já deve estar careca de saber que nosso Guia de Melhores Festivais 2018 inclui uma boa lista pelo antigo continente, e um dos queridinhos deste ano é o Heartland Festival na Dinamarca.
Em uma combinação de palestras, arte, música e gastronomia, o que realmente chama a atenção neste line-up é o local. O festival, que rola entre 31 de maio e 2 de junho, acontece nas redondezas do Castelo Egeskov, do século XVI, na ilha de Funen, Dinamarca.
A idéia dos criadores é fazer um festival único e trazer um público de qualidade que é muito interessado em cultura.
No ramo gastronômico, um dos eventos mais esperados durante o festival é o banquete ao estilo farm-to-table. Com um menu especial de Christian F. Puglisi, de restaurantes como Manfred, Bæst e o estrelado no Michelin Relæ, os cinco pratos focam em mostrar gastronomia de alta qualidade e feita de produtos locais e orgânicos. As outras opções para matar a fome também não deixam a desejar e estrelam restaurantes deliciosos e queridinhos dos dinamarqueses.
No quesito musical, o line-up está bem apurado e eclético. Os headliners são LCD Soundsystem, Van Morrison e Patti Smith & Her Band. A lista de artistas nórdicos também é extensa, com participações como Lykke Li, Mø e Marie Key. Detalhe: o festival é pequeno, com um público de cerca de 6 mil pessoas por dia. <3
O painel de conversas também está super interessante, incluindo temas como o sexo na sociedade moderna, direitos humanos e violência sexual.
É um festival completo, com um lineup enxuto, mas super bacana e para todos os gostos. Além disso, você tem poucas oportunidades de passar a noite em um castelo do século XVI, ter bate-papos com personas como o escritor Salman Rushdie e a Kim Gordon.
Os ingressos para sexta-feira estão esgotados e não são muito baratos (por dia R$570, ou passe para os três dias por R$980) mas ainda há ingressos para quinta-feira e sábado ou os passes para todos os dias.
Dá para acampar no local e levar a própria barraca, ou comprar uma por lá (neste caso ela fica para você, podendo levá-la pra casa como recordação). Há também opções de glamping (aquele camping que parece uma casa) onde os organizadores criaram uma barraca especial com opções de banheiro e chuveiro separadas, além de um lounge exclusivo. Esta opção acomoda de duas a quatro pessoas e também inclui camas, travesseiros, toalhas, eletricidade e uma entrada com cadeado.
O festival também tem parceria com hotéis e pousadas da região, mas quase todos os pacotes estão esgotados. A melhor opção é dormir em Odense – terceira maior cidade da Dinamarca e apenas algumas estações de distância do festival.
Airbnb ainda é uma opção boa, especialmente se você escolher uma opção em Odense. Diárias são em média R$150 para um quarto bacana, ou R$250 por um apartamento inteiro. De quebra ainda dá pra conhecer uma das cidades mais coloridas do país e terra natal do autor de contos de fada, Hans Christian Andersen.
Você pode alugar um carro e ir pela Estrada 9, já que o castelo de Egeskov fica a poucos quilômetros da cidade de Kværndrup. Também é possível pegar um dos shuttles oferecidos pelo festival desde Odense, Copenhagen, Aarhus e outras cidades do país. Os preços variam pela distância.
A opção mais econômica é de Odense com a Svendborg-line. É só descer na estação Kværndrup e pegar um shuttle até o festival. Senão, faça como os dinamarqueses e arrisque-se na bicicleta. Também há estacionamento designado para sua magrela, mas não esqueça de levar um cadeado.
Apesar de ser verão, ainda é a Dinamarca. Talvez chova, talvez faça um pouco de frio, talvez o sol não apareça – mas a animação da galera nunca falta! Então garanta suas galochas, capa de chuva e claro muita animação.
A moeda local é a coroa dinamarquesa, eles normalmente não aceitam euro em estabelecimentos, mas 99% dos lugares aceitam cartão.
*Foto destaque: Prxjects Stage
De longas viagens de carro no México a aulas de cozinha no Vietnã, para mim o que importa conhecer são as pessoas. Não há nada melhor para conhecer um país do que aprender com experiências autênticas (e às vezes malucas).
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.