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Começando mais uma turnê deste lado do Atlântico, o selo holandês Dekmantel retorna numa expedição que seguirá pelo nosso território, aportando em algumas das cidades que mantêm esse nosso imenso Brasilzão dançando. Metrópoles que ajudaram a escrever, cada uma a seu modo e através de seu próprio encanto, capítulos importantes na história da vida noturna brasileira. Embalado pelos talentos de luminares da cena como John Talabot, Matrixxman, Bufiman e encabeçado pelos capitães do Dekmantel Soundsystem, passando por várias cidades brasileiras.
A cada parada desse roteiro, a equipe gringa se junta a talentos locais para formar um rolê que seja tão representativo da musicalidade do selo quanto da sonoridade das pistas do lugar. O que seria um desafio para qualquer outro coletivo cuja identidade não fosse tão pautada no ecletismo.
Para acompanhar essa riqueza sonora, bolamos um mini-guia de Porto Alegre que seguirá diretrizes semelhantes: a cada etapa da turnê, artistas de cada cidade que irão tocar vão também apontar dicas que considerem essenciais para conhecermos suas cidades para além da pista. Vale tudo: parques, praças, restaurantes, fincas, bancas de jornal, esquinas, motéis, drive in, brechós, lojas de discos, biqueiras, hotéis, pés-sujos, padarias, passeios, vistas…o que for, contanto que estimule nossos sentidos de forma única e particular àquela localidade e nos prepare para a bagunça clubber que segue.
E já que tudo começa em Porto Alegre com o pessoal da NEUE, convidamos um de seus membros, Gabriel Cevallos para compartilhar conosco um breve itinerário do que ele curte fazer na sua cidade natal:
1- Flanar pelo centro histórico! Sugiro começar no Mercado Público, tomar um chopp com bolinho de bacalhau no Naval e seguir até a praça da alfândega, uma vez ali, fazer um tour na nossa “ilhas dos museus”. Siga até a Casa de Cultura Mário Quintana, e depois caminhe até a nova orla do Rio Guaíba, fique até a hora do pôr do sol, é lindo. Se tiver disposição siga na orla até o fim, e faça uma visita na Fundação Iberê Camargo.
2 – Pra quem quiser conhecer uma PoA rural, algo que até o locais pouco conhecem, sugiro ir para os lados da Zona Sul. Ela é uma cidade com muitos refúgios verdes, ir até Itapuã que fica mais ou menos 1h do centro da cidade e tomar uma banho na parte limpa do rio é um programa ótimo, ainda mais no verão escaldante da cidade. Uma vez por lá, se quiser um programa mais fancy, dá pra ir na fazenda Butiá, onde tem um restaurante ótimo e dá pra curtir a tranquilidade do rio e da natureza.
3 – Caminhe pelo bairro Bom Fim, pare na Lancheria do Parque e tome um suco de litro no lugar mais democrático para se comer e beber na região central da cidade. Atravesse a rua e curta o Parque da Redenção, se for no domingo tem o famoso “Brique“, um feira de rua no melhor estilo mercado de Pulgas. Nas imediações almoce ou jante na Chica Parilla, provavelmente um dos melhores lugares para se comer carne no Brasil.
4 – Um passeio de barco pelas ilhotas do Rio Guaíba é um belo programa, se você não tiver nenhum amigo ou amiga que tenha barco, tem serviços para turistas, como o barco Cisne Branco.
5- Para fazer um piquenique, ler um livro ou largartear sob o sol comendo uma bergamota no nosso inverno, o Jardim do DMAE é uma opção um pouco fora do roteiro tradicional. Logo ao lado fica o prédio do Instituto Goethe, um oásis de cultura da cidade, sempre com uma programação artística relevante, além de com uma biblioteca farta.
*Autor convidado: Chico Cornejo
**Foto destaque guia: Rio Guaíba por Douglas P. Cardoso
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.