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É impossível não se apaixonar pela pequena Colônia do Sacramento. A cidade, que fica pertinho de Buenos Aires e Montevideo, esbanja charme, tranquilidade e acaba conquistando todo mundo que ali passa. É uma das cidades mais visitadas no Uruguai e dá tranquilo para fazer um bate-volta de um dia, tanto da capital argentina quanto da uruguaia. Ali dá para comer bem, conhecer um pouco mais de história, beber e relaxar. É uma viagem no tempo.
Colônia tem origem na cidade de Colônia do Santíssimo Sacramento que foi fundada em 1680 a mando do Império Português. A verdade é que a coroa tinha interesse em estender as fronteiras da sua colônia até o Rio da Prata, já que a região ficava em um ponto estratégico para o comércio entre as terras americanas da Espanha e Portugal.
É claro que a soberania por essa área não foi pacífica e o local passou parte de sua história pertencendo a Portugal e parte pertecendo a Espanha. Em 1750, depois de muita disputa, o Tratado de Madrid estabelecia que Portugal devolvesse Colônia do Sacramento para a Espanha. Eles teriam, em troca, o território do Sete Povos das Missões, hoje no Rio Grande do Sul. Porém, a região voltou de novo ao domínio português em 1817, quando o Uruguai foi incorporada por Portugal ao Brasil. Continuou conosco com a nossa independência em 1822 e logo depois, em 1828, virou parte do Uruguai, que por sua vez adquiriu sua independência.
De Montevideo
A capital uruguaia tem ônibus diariamente e em vários horários para Colônia. A maioria sai do terminal Tres Cruces e a viagem dura entre 2 horas e meia a 3 horas. Dá para comprar na hora, é bem tranquilo já conseguir lugar no próximo ônibus. Se preferir reservar, dá uma olhada aqui ou aqui.
De Buenos Aires
A cidade fica na margem oposta do Rio da Prata da capital argentina. Existem 3 empresas de barcos (buques) que operam no trajeto e o percurso pode levar de 1 hora a 3 horas, dependendo da velocidade do seu barco. Você pode até ir com seu carro em algumas delas. Dá também para comprar na hora ou reservar antecipadamente aqui, aqui ou aqui.
Não dá para começar a falar de Colônia sem falar do seu centro histórico. A entrada principal é o Portón de Campo, um portão e uma ponte movediça que foram construídos pelos portugueses – junto com uma muralha – para defesa contra invasões. Existe faz 270 anos e teve parte restaurada nos anos 70. Entrando ali, é uma aula de história. Uma das melhores coisas, na minha opinião, é passear livremente pelas ruas do centro antigo, apreciar a arquitetura e absorver toda informação que encontramos por lá.
Uma das ruas mais antigas da cidade é a Calle de los Suspiros. Ali dá para encontrar casas típicas portuguesas e espanholas, e a rua tem pavimentação original. Existem 3 teorias para o nome: uma é que uma moça esperando o amado foi morta ali; outra, que era o caminho de condenados à morte; e a última, é que era uma rua de prostituição, sendo os homens suspiravam pelas mulheres que ali trabalhavam.
Para quem quer ver museu, o centrinho tem alguns pequenos, como o Museu do Azulejo, o Museu Português ou o Museu Municipal. Vale ainda super a pena ir na Plaza Mayor, a principal da cidade e que acolhe o farol que é retrato de lá. O farol foi concluído em 1857 e tem 118 degraus até seu topo, que aliás dá para subir e apreciar a vista. Por último, dá para aproveitar o calçadão de praia da cidade. Se preferir, rola até alugar uma bicicleta.
Se resolver almoçar por lá a nossa dica é o Charco Bistró, que fica no hotel de mesmo nome. Não é dos lugares mais baratos, mas a comida e a vista do local valem a pena, além de ficar bem na costa do rio.
A Dani gasta todo o seu dinheiro com viagens. Um de seus maiores orgulhos é dizer que já pisou em cinco continentes. É do tipo sem frescura, que prefere localização a luxo e não se importa de compartilhar o banheiro de vez em quando. Adora aprender palavras no idioma do país que vai visitar e não tem vergonha de bancar a turista.
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.