Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Se tem algo que demonstra o corpo que o universo de startups está tomando é o CASE, evento de empreendedorismo que aconteceu essa quinta e sexta em São Paulo. Foram mais de 8 mil pessoas e 57 stands: mais do que apenas sonhadores de camiseta, executivos, investidores, curiosos e designers mergulharam nesse universo de MVPs, IPOs, GH e milhares de outras siglas.
Durante os dois dias do evento – 26 e 27 – foram promovidos workshops e palestras divididos em três tracks de conhecimento: hustlers (vendas), hackers (programadores) – e hipster (criativos e designers) – dando a oportunidade de entrar em círculos que não necessariamente eram seus.
Entre as palestras, o keynote mais esperado foi Paul Walsh, vice-presidente da Visa. Amplamente conectada com a inovação on the edge, eles tem particular interesse em IOT e meios de pagamento. Entre as startups que eles trabalham, meios de pagamento para geladeiras, smartwatches e outros equipamentos são uma das prioridades da empresa.
As startups também tem uma nova forma de pensar em marketing. Ou melhor, aquisição de clientes. No palco Hustler, Alan Leite (CEO da Startup Farm, aceleradora de negócios com base tecnológica) para uma startup conseguir clientes é um misto de ciência e arte. Passa desde ser seu próprio influenciador, desenvolvendo conteúdos relevantes para seu segmento, a estratégias de como “hackear” seu crescimento.
Uma arena que estava fazendo bastante barulho – literalmente – foi a do Sebrae Like a Boss [ ], competição de pequenas empresas promovida pelo SEBRAE nacional. “Tivemos 23 empresas de todos os cantos do Brasil se apresentando durante os dois dias do evento, com soluções bastante diferentes.” disse Edson Mackeenzy, responsável por conduzir a arena no CASE. “É bom ver a desenvoltura dos empreendedores e é inspirador ver que o empreendedorismo cada vez mais está presente no dia a dia de pessoas diferentes” completa.
Para quem já está nesse jogo, a principal vantagem de estar em um evento assim é rede e inspiração: “Fiquei bastante impressionado com a evolução do CASE em relação ao ano passado. Acho fundamental para as empresas o networking possibilitado pelo evento e é ótimo poder ouvir casos de sucesso brasileiros.” contou Felipe Chaves, fundador da Farmaki, plataforma online que pesquisa preços de comércios eletrônicos de grandes farmácias e compara com pequenas farmácias de bairros.
Eles também puderam expôr suas inovações no trade para investidores.“Não temos acesso normalmente a investidores e poder ouví-los e acompanhar as novidades do mercado, é de grande valor para nós empreendedores.”– disse Flávio França da Media Glass, que faz aplicativos para tecnologias vestíveis.
O que não faltou no evento era gente com experiência. Felipe Matos, bem conhecido dentro desse mundinho, assinava seu novo livro 10 mil startups – um guia prático para crescer um negócio de base tecnológica.
No final do evento, também aconteceu o Startup Awards, premiação criada para prestigiar as organizações e pessoas que mais contribuíram ao longo do ano para o ambiente de negócios do Brasil no mercado de tecnologia. Entre os destaques, a startup Mete a Colher, que visa criar um ambiente seguro online para discutir e prevenir a violência contra a mulher. A própria Startup Farm venceu a categoria aceleradora do ano, e a MaxMilhas, empresa que diminui o preço de passagens aéreas conectando que tem milhas de sobra com viajantes, também.
Para quem não foi no CASE e quer ver o conteúdo há um pacote online com todos os vídeos das palestras e entrevistas.
Post feito com a colaboração de Luiz Felippe Correia
Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.
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