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Sesc Belenzinho faz evento especial dedicado à Realidade Virtual

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

17 de May, 2017

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Apresentado por

A realidade virtual está cada vez mais próxima do nosso dia-a-dia, mas ainda assim, muitos sequer experimentaram o prazer que é viajar sem sair do lugar. Pode ser para a Roma Antiga ou para o futuro, pode ser para um mundo distópico ou entrar dentro de um filme. Quem ainda não experimentou o óculos que pode levá-lo para outra dimensão, poderá estar a um bilhete de metrô para testá-lo. O Sesc Belenzinho lançou hoje, dia 17 de maio, o projeto Desdobrando Imagens, mostra dedicada ao assunto.
fogo-na-floresta
A programação vai até 13 de junho com palestras, cinema, mostra de vídeos, bate-papos, cursos, oficinas e imersão nas práticas cinematográficas. O grande destaque é a presença de Michael Naimark, um dos pioneiros na tecnologia da realidade virtual, que fala no dia 4 de Junho e promete ser imperdível.
Fogo na Floresta, primeiro filme em realidade virtual produzido numa aldeia indígena na Amazônia, é outro destaque. O documentário foi dirigido por Tadeu Jungle e será exibido em óculos de realidade virtual, nos dias 3 e 4 de Junho (olha a possibilidade de fazer uma dobradinha com a palestra de Naimark).

Programação completa

Bate-papo / Palestra

Suaveciclo, projeto de VJ Suave
Suaveciclo, projeto de VJ Suave

Experiências Brasileiras em Cinema Volumétrico
Com Raquel Garbelotti, Tadeu Jungle e VJ Suave
Artistas brasileiros falam do uso de tecnologias de vídeo 360º, realidade virtual e projeção volumétrica nos seus trabalhos. Como essas novas tecnologias conversam com campos já consolidados como o documentário, a projeção urbana e o cinema de artista?
Sala de Espetáculo I. Livre. Dia 03.06, sábado, das 19h às 20h
Michael Naimark. Foto: Paul Debevec
Michael Naimark. Foto: Paul Debevec

Realidade virtual como trajetória: observações e provocações
Com Michael Naimark
A realidade virtual parece ter chegado ao mainstream repentinamente, com uma voracidade raramente vista, especialmente no Vale do Silício e em Hollywood. A arte e a ciência dos ambientes imersivos mediados possuem uma longa e rica história, da qual a realidade virtual pode ser vista como um auge revolucionário. O estado atual da realidade virtual abre espaço para que a comunidade criativa, que por tanto tempo esteve envolvida no seu desenvolvimento, tenha um impacto excepcional. Michael Naimark possui uma vasta experiência participando de projetos de pesquisa e de arte que antecederam a popularização da realidade virtual em décadas. Ele vai apresentar alguns de seus trabalhos e abordar alguns pontos de interesse contemporâneos tais como presença e abstração, produtores e participantes, entusiasmo e criticidade, e globalização e hegemonia. Nichos no ecossistema de realidade virtual, particularmente os sistemas interativos baseados na captura do mundo real por câmeras também serão temas abordados. Sala de Espetáculo I. Livre. Grátis – ingressos serão distribuídos 30 minutos antes. Dia 04.06, domingo, das 14h30 às 15h15
Fotografia não-humana: desdobrando o “nosso” mundo
Com Joanna Zylinska
Hoje, na era dos drones, das imagens de satélite, da composição multicâmera, do escaneamento 3D e da fotogrametria, a captura de imagens está cada vez mais desligada da agência e da visão humana. Essa prática abre diferentes formas de temporalidade e espacialidade: imagens agora podem literalmente chegar ao fim do nosso mundo. O conceito de “fotografia não-humana” busca expandir a ideia antropocêntrica de fotografia de modo a abarcar formas de produção de imagem das quais o ser humano está ausente: desde exemplos de alta tecnologia como câmeras de controle de tráfego, fotografia espacial e o Google Earth, até os processos de impressão de duração profunda, tais como a fossilização. Joanna Zylinska irá argumentar que mesmo as imagens que são produzidas pelo humano – sejam artistas ou amadores – envolvem um elemento não-humano, mecânico. Elas implicam a execução de algoritmos técnicos e culturais que dão forma tanto aos nossos aparelhos de produção de imagem quanto às nossas práticas de visualização. Ao mesmo tempo, a produção de imagens se encontra cada vez mais mobilizada para a documentação da precariedade do habitat humano. Por meio da publicidade, de pôsteres de campanha e do Instagram, vemos como ela nos auxilia a imaginar uma vida e um mundo melhores. Sala de Espetáculo I. Livre. Dia 04.06, domingo, das 15h15 às 16h.
Filmando a terceira dimensão
Com Mei-Ling Wong
A realização cinematográfica entrou na dimensão espacial. Recentes desenvolvimentos no campo da computação e da fotografia possibilitam a criação de imagens que não são mais planas e sim representações tridimensionais da realidade. Essas técnicas surgiram em laboratórios de pesquisa e companhias de alta tecnologia, mas já se encontram nas mãos de realizadores e artistas. Nesse contexto de novas mídias, a realização cinematográfica passa a depender da colaboração de cineastas com engenheiros e artistas capazes de traduzir suas propostas em sistemas computacionais. O estúdio Scatter é um dos principais responsáveis por essa popularização. Seus fundadores criaram o Depthkit, um dos primeiros sistemas open source para realização de filmagens volumétricas. Nessa palestra, será abordado o processo de produção de alguns de seus projetos em realidade virtual, que vieram a ser exibidos em festivais de cinema como Sundance e TriBeCa. Sala de Espetáculo I. Livre. Dia 4/6, domingo, das 16h às 16h45.

Mostra de Vídeo 360º

Fogo na Floresta, primeiro documentário feito em realidade virtual.
Fogo na Floresta, primeiro documentário feito em realidade virtual.

Uma seleção de trabalhos em vídeo imersivo utilizando visores especiais. A programação inclui o lançamento mundial do documentário Fogo na Floresta, de Tadeu Jungle, reportagens imersivas realizadas pela Vice Brasil e um vídeo experimental da artista alemã Claire Hentschker.
Espaço de Tecnologia e Artes. Grátis – Sem retirada de ingressos.
Dias 3 de junho, sábado, das 18h às 21h. Dia 4 de junho, domingo, das 13h às 19h

Programação de filmes

O público pode escolher o que quer assistir nos seus óculos

Rio de Lama (Brasil, 2016, 9’34). Documentário de curta-metragem realizado em realidade virtual sobre o rompimento da barragem da Samarco em Mariana (MG). O filme mostra o que restou da vila de Bento Rodrigues e contrapõe a paisagem arrasada com as alegres memórias de seus moradores. Direção: Tadeu Jungle. Produção: Marcus Nisti, Rawlinson Peter Terrabuio, Tadeu Jungle. Realização: Academia de Filmes, Beenoculus, Maria Farinha Filmes. 

Fogo na Floresta (Brasil, 2017, 6’55”). Documentário de curta-metragem realizado em realidade virtual sobre o povo Waurá, uma etnia indígena de 560 pessoas que vive no Parque Indígena do Xingu, no Mato Grosso. O filme passeia pelo cotidiano da aldeia Piyulaga e revela que os índios mantêm sua cultura tradicional ao mesmo tempo em que incorporam hábitos e tecnologias dos “brancos”. O curta é um alerta para o fogo que, devido ao desmatamento no entorno do parque e ao agravamento das mudanças climáticas, saiu do controle e ameaça as florestas e a vida no Xingu. Direção: Tadeu Jungle. Produção: André Villas Boas, Bruno Weis, Paulo Junqueira e Tadeu Jungle. Som: JUKE!  Aplicativo: Beenoculus. Produção: Academia de Filmes. Realização: Instituto Socioambiental (ISA), 2017, Brasil. Duração: 6’55”. Cor, estéreo.
Na mostra de vídeo terá também um especial com seis vídeos produzidos em 360º pela Vice Brasil: Por dentro da torcida do Palmeiras, Por dentro da Vila Mimosa, Por dentro do ato Fora Temer, Por dentro da festa de Santa Bárbara, Por dentro da Batalha de Santa Cruz, e Catacombs II.
A programação é toda gratuita e as inscrições podem ser feitas diretamente no site. Já tem várias oficinas esgotadas, mas ainda restam algumas. O restante da programação é só chegar e retirar ingresso na hora.
Sesc Belenzinho
Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho – São Paulo (SP).
Telefone: (11) 2076-9700

Quem escreveu

Lalai Persson

Data

17 de May, 2017

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Apresentado por

Lalai Persson

Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.

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    Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.