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Entre muitas Guinness, à procura do pote de ouro no fim do arco-íris, na terra dos leprechauns a capital Dublin sempre tem destaque. Muitas vezes é o único destino quando se visita a Irlanda. Mas e se eu te disse que não faltam razões para você incluir Cork na próxima vez que vier à ilha? Pode confiar.
O povo de Cork é tão bairrista que classifica a cidade como a verdadeira capital do país. Com apenas 350 mil habitantes, é a maior cidade depois de Dublin, que tem quase 1 milhão. Apesar do clima de interior, oferece uma variedade imensa de restaurantes, bares e atividades ao ar livre, além de uma vibe universitária maneiríssima e perfeita para quem curte vida noturna.
Cork tem uma localização geográfica muito mais privilegiada se você quiser ver a verdadeira Irlanda (the real deal). A Wild Atlantic Way começa no condado de Cork e está apenas a 45 minutos do centro da cidade. Se preferir visitar o Ring of Kerry, a viagem é apenas 1h30 — enquanto desde de Dublin você demoraria 4h.
Além de ser a casa do melhor restaurante vegetariano da Irlanda, o Café Paradiso, Cork é a capital gastronômica do país. A cidade oferece opções para todos os gostos. As mais famosas e procuradas são a casa de fish and chips KC & Son & Sons; o Farmgate Café, um bistrô fofíssimo que fica dentro do English Market no centro da cidade; e o alternativo e orgânico Quay Co-Op, oferecendo opções veganas, gluten-free e agradando até os paladares mais restritivos.
Cervejas stout são um hit na Irlanda. Além da famosa Guinness, outro clássico no país é a Murphy’s, que existe há mais de 200 anos, e é produzida no coração de Cork! Ainda que a fábrica não ofereça passeios, beber um pint fresquinho em algum dos pubs da cidade vai ser uma experiência inesquecível!
E se você é fã de cerveja artesanal e micro-cervejarias, não deixe de visitar o Franciscan Well e o The Rising Sons.
Apesar de ter começado em Dublin, o whisky irlandês Jameson é residente de Middleton em Cork, desde 1975. Neste fábrica é possível fazer um tour e uma experiência de degustação. Os ingressos estão disponíveis no site ou no local, a partir de €14.
Fãs de história e curiosos devem separar algumas horas para visitar a Cork City Gaol (que apesar da grafia bizarra leia-se jail). Construído no século XIX, este lugar é bem sinistro mas super interessante. Eles também oferecem passeios noturnos, o que pode até ser um pouco assustador, afinal dizem que o lugar é mal assombrado. Outro espaço interessante ao estilo Alcatraz é a Spike Island, que costumava ser um monastério e se tornou uma prisão pouco tempo depois.
Não é a toa que falam que West Cork é um lugar incrível. A natureza do lugar é exuberante. Entre penínsulas, abismos e penhascos no meio do Atlântico, os destaques são Mizen Head, Sheep’s Head and Beara. Então se a sua viagem à Irlanda é no verão (ou em dias mais secos e com menos vento) não deixe de fazer uma road trip pela região, assistir as baleias, ver a lua e comer um sanduíche de siri.
Um dos centros culturais mais legais da cidade é o Triskel Arts Centre. Um espaço do século XVI completamente reformado, e que hoje abriga exposições e apresentações de arte contemporânea, além de um cinema dentro de uma igreja. A entrada fica em uma pequena viela medieval no centro de Cork e a programação do espaço e ingressos estão disponíveis no site.
Tocar os sinos da St Anne’s Church, passear pelo campus do University College Cork, andar pelas ruazinhas do centro da cidade e encontrar grafites, prédios curiosos e lugares interessantes, dar uma passada no Museu da Manteiga, ver um show ou peça na Opera House e, porque não, tomar um café-da-manhã super gostoso no Castle Cafe com uma vista para o antigo forte mais importante do país.
Ainda que Dublin seja muito legal, não é o melhor representante da cultura irlandesa de todo o país. Se quiser ver um lugar mais tradicional, mas não é muito fã de lugares remotos, experimente Cork.
Foto de destaque por Vincent Moschetti via Flickr
De longas viagens de carro no México a aulas de cozinha no Vietnã, para mim o que importa conhecer são as pessoas. Não há nada melhor para conhecer um país do que aprender com experiências autênticas (e às vezes malucas).
Ver todos os postsVivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.