Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
Entre os dias 19 de outubro e 3 de novembro, a cidade de São Paulo será invadida por filmes de todos os cantos do mundo. A 41ª Mostra Internacional de Cinema apresentará 394 títulos de diretores de mais de 70 países em 35 endereços pela cidade. Você pode achar todas as informações através do site.
Entre tantos filmes e diretores, nós te ajudamos a selecionar alguns títulos para curtir uma das maiores Mostras de Cinema do mundo!
Um dos filmes mais aguardados da 41ª Mostra é o Happy End, do famoso diretor Michael Haneke (Amor, A Fita Branca). O filme já está indicado à Palma de Ouro e retrata o dia a dia de uma família burguesa da França durante a crise de refugiados na Europa.
Naomi Kawase, ganhadora de dois Cannes e Melhor Ficção Internacional pelo público na 39ª Mostra, traz o seu filme Esplendor para a Mostra de 2017. O filme conta a história de Misako, cineasta apaixonada pelas versões cinematográficas destinadas a deficientes visuais.
O famoso diretor francês Philippe Garrel aparece entre os famosos diretores na 41ª Mostra. O Amante de um Dia conta a história de uma garota de 23 anos, que volta para casa do pai após terminar um relacionamento. Porém, seu pai está com uma nova namorada, que também tem 23 anos e vive com ele. O filme é em preto e branco e será transmitido em 5 sessões.
O diretor iraniano Amos Gitai apresente o seu 35º filme na Mostra Internacional de Cinema. O documentário A Oeste do Rio Jordão mostra os laços criados entre ativistas, jornalistas, mães em luto, militares e colonos judeus.
Alain Gomis finalmente aparece na Mostra de Cinema. Seu primeiro longa, L’Afrance (2001) foi um sucesso, ganhando o Trophées Francophones du Cinema. Na 41ª Mostra, Alain apresenta o filme Félicité, obra que já ganhou o prêmio do Júri no Festival de Berlim. Félicité é uma mulher que trabalha como cantora em um bar de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Um dia, seu filho sofre um terrível acidente e, enquanto ele está no hospital, Félicité tenta desesperadamente conseguir dinheiro para sua operação.
Cyril Schäublin apresenta o seu primeiro longa-metragem, Aqueles que Estão Bem, na 41ª Mostra. O suíço de 33 anos já recebeu diversos prêmios em curtas-metragens, como Modern Times, de 2013. Seu longa conta a história de uma suíça de Zurique que ganha a vida praticando golpes telefônicos às pessoas idosas.
A alemã Sonja Maria Kröner já trabalhou em diversos curtas e foi assistente de diversos diretores. O seu primeiro longa, O Jardim, promete ser um dos destaques desse ano, retratando a rincha familiar após a morte da matriarca e o desaparecimento de uma de suas netas no grande jardim.
Todas as Razões para Esquecer – imagem de capa desse post – é o primeiro longa de Pedro Coutinho, famoso no Brasil por seus roteiros de TVs e curtas-metragens, como O Nome do Gato e O Jogo. Em Todas as Razões, o diretor traz Antônio, um jovem que percebe o quão difícil é esquecer um relacionamento.
Outro que irá estrear o seu primeiro longa é Fernando Weller, com Em Nome da América. O documentário do diretor carioca conta quando diversos nortes americanos vieram ao nordeste, nos anos 60, ao programa de voluntariado Peace Corps.
Antes que eu me Esqueça é o primeiro longa-metragem do brasileiro Tiago Arakilian. O filme conta a vida de Polidoro que, aos 80 anos, decide demolir a estabilidade de sua confortável vida de juiz aposentado e virar sócio de uma boate de strip-tease.
Esteban Crespo é um diretor conhecido pelos curtas-metragens, como Aquel No Era Yo (indicado ao Oscar de 2013). O primeiro longa-metragem do diretor espanhol, Amar, está na 41ª Mostra e mostra duas pessoas, Laura e Carlos, que vivem todos os dias como se fossem os últimos.
Italiano residente em Pernambuco desde 2011, Diego di Niglio é fotógrafo e lançará o seu primeiro longa-metragem na Mostra. Aurora 1964 é um documentário sobre histórias de pessoas que moram em Recife.
A diretora finlandesa Selma Vilhunen já concorreu ao Oscar de Melhor Curta-Metragem em 2014, mas é na 41ª Mostra que ela lançará o seu primeiro longa-metragem de ficção, Pequenas Asas. O filme conta a história de uma menina de 12 anos que rouba um carro para encontrar seu pai no norte da Finlândia.
O islandês Hlynur Pálmason também está na lista dos diretores de curtas-metragens que arriscaram no longa. Irmãos do Inverno conta a história de dois irmãos que trabalham em meio a grandes tempestades de neve no inverno nórdico.
Periferia, filme suíço, conta com a direção de Jan-Eric Mack, Lisa Brühlmann, Luca Ribler, Wendy Pillonel e Yasmin Joerg. O longa retrata um único dia (1º de agosto) de cinco pessoas residentes da cidade de Zurique.
Gustavo Spolidoro, Ana Rieper, Camilo Cavalcante, Eduardo Goldenstein e Eduardo Nunes compartilharam a direção para gravar o documentário 5 Vezes Chico – O Velho e a Sua Gente. O filme mostra a fé, as paixões, as lendas e a busca pela sobrevivência nas comunidades ribeirinhas desse rio que corta o sertão e deságua no mar do Nordeste brasileiro, em 5 estados.
Em que Tempo Vivemos? é uma produção realizada em 5 países (Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e China), com cinco segmentos diferentes, onde o tema central é a questão do controle do homem versus a natureza. As cenas referentes ao Brasil foram dirigidas por Walter Salles e retrata o maior desastre socioambiental do país.
Elad Cohen e Iris Ben Moshe dirigem juntos o filme O Sinal de Amor, que conta a vida de um rapaz surdo que, após a morte da mãe, decide constituir uma família. É interessante assistir pois a Iris Moshe trabalhou 7 anos como intérpretes de sinais e é chefe na organização de interpretação de linguagem de sinais de Israel.
Os alemães Nola Anwar, Felix Giese, Jan Gilles, Amina Krami e Angela Queins dirigiram e roteirizaram a obra O Canto do Cisne, um retrato dos últimos dias de uma vila que está sendo gradualmente desalojada em razão da mineração.
Outros dois alemães em destaques na direção são Stefanie Brockhaus e Andreas Wolff. Ambos dirigiram e escreveram o roteiro do filme A Poetisa, documentário sobre Hissa Hilal, uma poetisa de 43 anos e ativista da Arábia Saudita, testa seus limites na luta diária por mudanças.
Anushka Meenakshi e Iswar Srikumar retratam a relação da música nas tradições em Pehk, vila que fica próxima à fronteira da Índia e Mianmar. O documentário Em Todos os Lados mostra o amor com que cantam é uma metáfora da necessidade do outro —do amigo, da família, da comunidade— para construir uma polifonia de vozes.
Com Amor, Van Gogh, de Dorota Kobiela e Hugh Welchman, já têm 5 sessões garantidas durante a Mostra. O trailer ficou famoso nos compartilhamentos do Facebook, sendo apontado o primeiro filme a ser colorido em tinta a óleo. Com certeza, o filme estará em cartaz nos cinemas após a 41ª Mostra de Cinema.
Guille Söhrens estreia na 41ª Mostra com o seu segundo longa, A Ilha dos Pinguins. O cineasta chileno-alemão conta a história de Martín, um estudante do ensino médio indiferente a tudo, une-se à ocupação de sua escola para se aproximar de Laura, a presidente idealista do centro estudantil.
Tenha um Bom Dia é uma animação do artista plástico e cineasta de Liu Jian. O diretor chinês abusa das tonalidades e foge dos clichês em seus roteiros. Para conhecer a linguagem e estilo de Jian, assista ao longa Piercing 1, de 2010.
Henfil é um documentário dirigido e escrito pela carioca Angela Zoé que conta a biografia de Henrique de Souza Filho (1944-1988), conhecido como Henfil, e, principalmente, mostrar a multiplicidade de talentos e personalidades que habitavam aquele que é, até hoje, um dos maiores cartunistas do Brasil.
O francês F. J. Ossang já é um velho conhecido entre os frequentadores das Mostra de Cinema. Seu 8º filme, 9 Dedos, mostrará a fuga de Magloire pelas ruas de Paris. Há 50% de chance de o filme voltar em cartaz após a mostra, então, é melhor garantir alguma das 3 sessões de exibição.
Aqueles que Restam é o segundo filme da diretora libanesa Eliane Raheb a ser exibido na Mostra Internacional de Cinema. O documentário retrata a vida de Haykal, um fazendeiro cristão de 60 anos que luta para permanecer em sua terra apesar das tensões sectárias, do medo e da falta de esperança.
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.