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O que fazer em Santa Rita do Sapucaí durante o Hack Town

Quem escreveu

Vanessa Mathias

Data

29 de August, 2017

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Se você acompanha esse blog, já leu aqui que no feriado prolongado de 07 a 10 de setembro, Santa Rita do Sapucaí recebe o Hack Town, um dos festivais mais legais do país. Mas vale a pena ir para Santa Rita mesmo independentemente do festival? Falamos com autênticos santa-ritenses, de sangue ou coração, e a organização do festival e o pessoal do Inovação SRS contaram para nós quais os locais inusitados e imperdíveis para explorar a pequena cidade.

1. Região do Balaio

Casarão Santa Rita. Foto: Inovação SRS
Casarão Santa Rita. Foto: Inovação SRS

É uma das regiões rurais mais bonitas e interessantes de Santa Rita do Sapucaí. Vale a pena percorrer a estrada, que passa, primeiro, pela Cruz das Caveiras. Reza a lenda que, lá, três jovens foram mortos por um monstro há centenas de anos. Atualmente, há uma igrejinha pitoresca, legal de conhecer, e um grande crucifixo de madeira, que, junto à natureza do local, é super instagramável. Logo adiante, há uma casa, onde funcionava uma antiga venda, que mais lembra uma vila da região italiana da Toscana.

Seguindo adiante, você pode ver, da própria pista, um casarão colonial centenário (disponível para aluguel no AirBnB) muito bem conservado onde a Princesa Isabel se hospedava quando vinha à região. Outro atrativo é almoçar por lá nos finais de semana. A melhor opção é o totalmente rústico e nada comercial (muito menos turístico) Bar do Juarez, frequentado pela população rural do próprio Balaio, com a típica comida mineira. É um ótimo passeio para fazer tanto de carro quanto de bicicleta.

Uma peculiaridade do Hack Town é que grande parte do público que vem ao evento, segundo eles, opta por se hospedar em sítios. E a maioria deles fica ou no Balaio, ou no bairro rural do Vintém, que vamos falar mais abaixo. Os motivos são simples: as belezas naturais da região, a tranquilidade do interior, a proximidade do centro da cidade (dificilmente passa de 10 minutos de carro), o preço muito acessível, e a facilidade de alugar estes espaços (existe uma imobiliária especializada no assunto, que dá todo o auxílio necessário).

2. Serra do Paredão

Serra do Paredão. Foto Divulgação Inovação SRSSerra do Paredão. Foto Divulgação Inovação SRS
Serra do Paredão. Foto Divulgação Inovação SRS

Parte do Parque Ecológico Municipal de Santa Rita do Sapucaí apresenta um visual incrível e paisagens impressionantes: é também onde fica uma das principais pistas de voo livre do país, com condições de salto e clima que atraem praticantes do mundo todo. Aos sábados e domingos pela manhã o céu fica colorido com todos os aventureiros voando. Um dos locais de pouso dos paragliders é o Pesqueiro Tô a Tôa – (35) 3471–1730 –, bem próximo do local. Lá é possível pescar, almoçar ou tomar uma cerveja gelada com ótimos petiscos com a serra ao fundo. Uma paisagem sem igual. O acesso à serra é feito pela Cidade Nova, passando a Cidade do Urso. Fica a cerca de 10 minutos (de carro) do centro de Santa Rita.

3. Cachoeirinha

Fazenda Malhada. Foto Divulgação Inovação SRS
Fazenda Malhada. Foto Divulgação Inovação SRS

O bairro que é, oficialmente, parte município de Cachoeira de Minas. No entanto, pela proximidade, mais parece parte de Santa Rita do Sapucaí (10 min do centro, de carro). Além de paisagens e igrejinhas que valem a pena conhecer, tem duas atrações muito visitadas por quem vem à região. O primeiro é o Restaurante Japão – (35) 99906–6708 –, que apesar do nome oferece, o melhor da comida mineira nos finais de semana, em ambiente rústico, simples e totalmente autêntico. E a Fazenda Malhada ((35) 3641–1622), propriedade de um italiano que produz ali Presunto de Parma, queijo Grana Padano e outros produtos típicos da Itália (da foto). A fazenda funciona de segunda a sexta de 8 a 17h, e aos sábados de 8 a 11h, mas é necessário reservar pelo telefone.

4. Galeria aberta de Arte Urbana

Galeria Urbana. Foto Hack Town
Galeria Urbana. Foto Hack Town

Local ótimo para passear, caminhar, bater papo e fazer piquenique. Além do Rio Sapucaí, que é lindo, tem uma ‘pracinha’ com as ruínas de um casarão antigo ao fundo, e algumas manilhas (resto de alguma obra), que dão um charme ao local. Tem uma recém-inaugurada galeria de grafites a céu aberto, é onde jovens fazem slackline e andam de skate.

Galeria Urbana. Foto Hack Town
Galeria Urbana. Foto Hack Town

A ação foi liderada por um dos caras mais dedicados da cena cultural da cidade, o talentoso artista e ativista Diego Das, do Espaço das Artes, com a ajuda de outros artistas também incríveis que contribuíram para o projeto.
A GAAU, como foi apelidada a galeria que estreou a edição 2017 do festival Cidade Criativa, fica às margens do Rio Sapucaí, e todo fim de tarde (faça sol ou chuva), acontece o lindo espetáculo das garças, em que centenas delas chegam voando e ocupam uma grande árvore às suas margens.

5. Serra da Manoela

Serra da Manoela. Foto Divulgação Inovação SRS
Serra da Manoela. Foto Divulgação Inovação SRS

Com acesso pela estrada do Vintém, o caminho já vale o passeio. É absolutamente lindo. Seguindo em frente na estrada de terra, a vista vai ficando cada vez mais linda, e o conjunto de morros, em meio a plantações de café, criam uma experiência visual incrível. Dá pra ir de carro (exceto em época de muita chuva, em função do barro), de bicicleta, e até mesmo a pé (com um pouco de disposição). Tem uma das vistas mais fantásticas do Sul de Minas.

6. Praça Santa Rita

Praça Santa Rita. Foto Inovação SRS
Praça Santa Rita. Foto Inovação SRS

Algumas das residências dos auges da cafeicultura, com arquitetura fantástica, estão ali, além do lindo prédio onde funciona o fórum. Vale apreciar. O Santuário de Santa Rita de Cássia também merece a visita. Tem também o Armazém Andery ((35) 99745–0220)), ponto obrigatório para quem quer comprar produtos locais, como cafés especiais, cervejas artesanais, queijos e todas aquelas delícias que você quer trazer de Minas. O Café Caruso ((35) 3471–1173) é o lugar perfeito para um café, torta, salgados e um bom papo. Tem o bar Fundo de Quintal ((35) 3471–7792), para petiscos mineiros.
Para quem busca boa gastronomia, tem o bistrô Casa do PI ((35) 3471–1804), com um cardápio e ambientes mais sofisticados, e o restaurante Casa do Beto ((35) 3471–1851), passando a ponte. Todo sábado de manhã tem feirinha, com churros, tapioca, pastel, pão com linguiça, artesanato e artistas plásticos vendendo suas obras. E todo dia, no fim da tarde, alguns food trucks estacionam ali com opções deliciosas, como o famoso cachorro quente prensado e o famoso pão com pernil.
No fim de semana do feriado de 7 de setembro, acontece ali, em paralelo ao Hack Town, o tradicional festival gastronômico Sabores do Vale, com o que há de melhor em culinária mineira. É imperdível.

7. Bom Retiro

Bom Retiro. Foto Inovação SRS
Bom Retiro. Foto Inovação SRS

É um bairro rural de Santa Rita do Sapucaí conhecido pelo peculiar sotaque dos seus moradores, pelas lindas paisagens e pelos alambiques que produzem cachaça da melhor qualidade. O engenho mais famoso é o do Sr. Joaquim Laurindo (da foto) ((35) 3471–1031), que vale a visita, mas é necessário ligar antes para agendar. A região não é oficialmente explorada de forma turística e os alambiques não encaram a visitação com cunho comercial. Mesmo assim, vale explorar pedindo informações nas redondezas. Chegando no bairro Bom Retiro, existe uma pracinha e uma igrejinha. É uma verdadeira viagem no tempo.

8. Mercado Municipal

Mercado Municipal. Foto Inovação SRS
Mercado Municipal. Foto Inovação SRS


O mercado não é só um lugar para se comer pastel aos sábados de manhã. Tem uma das melhores opções em comida rústica da cidade, no restaurante Elite Mineira. Além disso, tem pastel de milho, tradicional na região e bancas com uma infinidade de rótulos de cachaças artesanais, além de temperos, verduras e legumes difíceis de encontrar em outros locais, como a abobrinha caipira. Também é possível comprar arroz vermelho, queijo da serra da canastra e da região, a famosa linguiça do Açougue do Giovani, e o tradicional chouriço do Anísio. Abre de segunda a sábado, de 8 a 18h. (Alameda José Cleto Duarte, 101 — Centro).

9. Serra do Pedrão

Serra do Pedrão. Foto: Divulgação Inovação SRS
Serra do Pedrão. Foto: Divulgação Inovação SRS

Dirigindo meia hora do centro de Santa Rita do Sapucaí, você chega à  Serra do Pedrão – um incrível paredão rochoso com quase 1.500 metros de altitude. Próximo à cidade de Pedralva, cerca de 40km de Santa Rita, lá de cima, a vista é fantástica. Ao longo dos seus 300 metros de extensão, é possível ver várias cidades, inclusive Santa Rita do Sapucaí. Possuí seis vias de escalada, uma pista de voo livre e uma ruína de pedras sobrepostas, habitação de um antigo eremita chamado Benáia, que viveu por ali em meados dos anos 1940. Se lá em cima a experiência é incrível, a visão da pedra ao longo da rodovia que leva à Pedralva, e da estrada de terra que leva à pedra, é inacreditável.
A sinalização é ruim, mas para chegar lá uma possibilidade é programar o Google Maps para se dirigir à Estação Pedrão, bairro isolado de Pedralva que fica logo ali do lado. No caminho, vale a pena parar no pequeno município de São José do Alegre para almoçar no famoso Restaurante Dito Preto ((35) 3645–1229), que há meio século só serve um único prato: tilápia frita, e atrai gente de todo o país para experimentar a receita.

10. Vinícola Luiz Porto

Vinícola. Foto: Divulgação Inovação SRS
Vinícola. Foto: Divulgação Inovação SRS

Criada recentemente por um viticultor sul-mineiro que realizou seu mestrado e doutorado nas principais regiões viticultoras da França, a técnica de dupla poda iniciou uma revolução na produção de vinhos do Sul de Minas. A região, antes conhecida apenas pelos vinhos de baixa qualidade, os vinhos de mesa, começa a despontar na produção de vinhos finos, de altíssimo nível — principalmente com as uvas Syrah. Uma das vinícolas que vem se destacando neste movimento é a Luiz Porto, que fica na cidade de Cordislândia, cerca de 90 km de Santa Rita do Sapucaí. Além de degustar os vinhos, você pode visitar a vinícola e almoçar no local. Mas antes, é necessário fazer sua reserva pelo telefone da fazenda ((35) 3244–1226). É uma experiência bem diferente, que vale muito a pena. No local também se produz a cachaça Minas Brasil, e em breve se iniciará a produção de grapa.

 

Post e textos  do Inovação SRS: coletivo que promove a Inovação na cidade de Santa Rita do Sapucaí

Foto destaque: Jeremias Fotografia/ Flickr/ Creative Commons/

Quem escreveu

Vanessa Mathias

Data

29 de August, 2017

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Vanessa Mathias

Seu exacerbado entusiasmo pela cultura, fauna e flora dos mais diversos locais, renderam no currículo, além de experiências incríveis, MUITAS dicas úteis adquiridas arduamente em visitas a embaixadas, hospitais, delegacias e atendimento em companhias aéreas. Nas horas vagas, estuda e atua com pesquisa de tendências e inovação para instituições e marcas.

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Comentários

  • Bom dia. Faltou o restaurante da dona nega que é um kilo e tem o melhor lombo que você pode comer

    - Marcelo del Castillo
  • A grande realidade é que não há nada pra fazer em Santa Rita. Neste artigo foi citado apenas bairros da zona rural, sendo que muitos destes locais não podem nem ser visitados, pois são propriedades particulares (item 1 por exemplo). Voltem para suas cidades e nos deixem em PAZ!!!

    - José Silva
    • OBRIGADO PELA VISITA! VOLTE SEMPRE kkkkkkk

      - ademir
  • Que bacana! Adorei o post parabens! em breve vou morar em Santa Rita do Sapucai e seu post esta sendo muito util! Sou blogueira e moro em Campinas! Meu Blog é o ronienfoque.com.br. Sucesso!

    - Roni Maciel
  • Que demais que você foi para a “terrinha”.
    Orgulho de ser santarritense! ❤️

    - Ivana

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