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Antes de mais nada acho importante dizer que Belfast é um daqueles lugares que ‘não tem nada pra fazer mas é muito legal’. O que eu quero dizer com isso é que a cidade não tem necessariamente muitas atrações turísticas. É um daqueles lugares que você visita e vive como um local. E esta é a grande mágica por trás de tudo.
A Irlanda do Norte é um país pequeno, e apesar de dividir terras com a República da Irlanda, faz parte do Reino Unido. Eu sempre tive uma curiosidade imensa de visitar o país, não apenas por suas diferenças culturais, mas porque é um lugar rico em história e que por muitos anos trouxe uma imagem violenta para o resto do mundo. Os conflitos da Irlanda do Norte começaram no final dos anos 60 e duraram mais de trinta anos. Por todo este tempo, católicos e protestantes batalhavam não apenas por direitos iguais, mas por territórios. Estes conflitos trouxeram muitas mortes e problemas, mas hoje é um país seguro e que oferece uma variedade grandíssima de atrações, restaurantes, compras e cultura. Foi por essas e outras que decidi conhecer Belfast.
É super fácil chegar. Há trens desde Dublin que demoram em média 2h20. Você também pode pegar ônibus desde o aeroporto de Dublin, ou voo desde alguns lugares do Reino Unido e Europa (estes costumam ser um pouco mais caros).
O QUE VER
Felizmente minha visita aconteceu em dezembro. Uma das coisas que eu acho mais fantásticas são os mercados de Natal, onde dá para realmente ficar imerso no espírito da época, além de aproveitar comidas típicas (eu achei até panetone), e conhecer pequenos artesãos e produtores locais. O maior mercado de Natal em Belfast estava em frente ao City Hall, que aliás é um prédio lindo aberto a visitação.
O centro é uma gracinha. Desde o City Hall, você tem algumas trilhas urbanas para seguir e ir visitando a cidade, o porto e outros locais importantes. É possível andar por quase toda a cidade e devo confessar que meu bairro preferido foi o que eu fiquei hospedada – Ormeau Road.
Além disso, os pontos mais bacanas do meu passeio foram sem dúvida o Black Cab/Mural Tour, St George’s Market, o Belfast Castle Estate & Cave Hill. Muitos recomendariam o local onde o Titanic começou sua viagem ou o próprio museu sobre ele, mas eu achei muito caro (e mórbido).
ONDE COMER
Durante todos os quatro dias que estive na cidade, não me lembro de ter comido algo ruim. Do fast food local ao restaurante, era tudo muito saboroso e com preços justíssimos. Faço menções honrosas ao Bubbacue, com opções de sanduíches e bowls por preços módicos; o café da manhã do District, que apesar de um pouco caro, era delicioso; as tapas e paella do 2 Taps Wine Bar; e o Ambrosia Caffe & Ristorante, que oferecia menus com dois pratos por £7. A região da universidade tem opções bem gostosas também. Um que ficou na lista para a próxima visita foi o Town Square.
ONDE BEBER
Se você é fã de café, não perca o Established Coffee, que oferece grãos da Etiópia, Sumatra e Colombia. Ou o Root & Branch Coffee Roasters, que é mega hipster e muito gostoso.
Agora se a sua bebida é cerveja, opções de pubs locais não faltam. O Duke of York fica no Cathedral Quarter, uma das ruas mais pitorescas de Belfast, com arte de rua super particular. Outro lugar curioso é o Filthy McNastys, que só pelo nome engraçado fomos conhecer, mas descobrimos um bar grande com muitas opções de cervejas locais e, escondido atrás do quintal, um bar de coquetéis que até servia cachaça artesanal no cardápio.
DAY TRIP
* Foto destaque: Fernanda Secco
De longas viagens de carro no México a aulas de cozinha no Vietnã, para mim o que importa conhecer são as pessoas. Não há nada melhor para conhecer um país do que aprender com experiências autênticas (e às vezes malucas).
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Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.