Tendências dos principais festivais de inovação e criatividade do mundo.
A música eletrônica no Brasil tem uma história bem bonita para contar. A cena já ferveu, esfriou e voltou com tudo tomando conta de cada cantinho de São Paulo e de outras capitais brasileiras. Poucos sabem da história que permeia todo esse universo no país. A jornalista (e amiga linda) Claudia Assef lançou em 2003 o livro “Todo DJ já sambou“, contando justamente a história da música de pista no Brasil dos anos 50 aos anos 2000. Ela foi pioneira ao lançar o resultado de uma pesquisa até então inédita no Brasil, inclusive até hoje.
Você sabe quem é Osvaldo Pereira, aka Seu Osvaldo, o primeiro DJ do Brasil? E Sônia Abreu? Iraí Campos? Ricardo Guedes? E o DJ Meme? Ok, para ficar mais fácil, vamos lá: Marky, Mau Mau, Patife, Marlboro, Renato Lopes, Magal? Agora se você não sabe do que estou falando, mas ama uma pista de música eletrônica, bate cartão na ODD, Mamba Negra, Capslock, Gop Tun e vai sempre no revéillon da Mareh, então senta lá: vamos ajudar a Clau a colocar esse livro de novo nas prateleiras, porque eu, você, seu amig@, precisa (re)lê-lo.
Todo DJ Já Sambou conta a história de diversos clubes (quando a gente ainda chamava eles de boate) e DJs que fizeram história aqui nos trópicos. Conta sobre bailes de orquestra, baile funk, festas pós-punk e as de EBM, disco, house e techno. O livro teve três edições, a última lançada em 2010. Desde 2015 o livro não está mais nas prateleiras e passou a ser disputado a tapa (bem caro) em sites e sebos que ainda tinham uma ou outra edição disponível. Aí acabou! Foi quando a autora decidiu que era hora de atualizar o projeto e relançar o livro. Para isso acontecer, ela recorreu a uma campanha de crowdfunding para viabilizar uma nova edição do livro, o único a contar a história do DJ e da cena eletrônica nacional. Então, além de tudo que ela já contou, a nova edição chega com uma boa atualização nessa história.
Para entender o porquê desse livro valer a pena e a Claudia saber bem do que está falando, vale conhecer sua história. Ela tem contato com a música de pista desde criança. A bonita, uma das pessoas mais festeiras que conheço, é filha de um casal festeiro que não perdia uma noite sequer em São Paulo ainda nos anos 70. Imagina a bíblia da música que ela não é.
Ela já passou por diversos veículos, como Folha de São Paulo, Correio Braziliense, Beatz, Volume01 (Editora Abril), Bizz, Bravo, DJ World, Jovem Pan, revista da MTV, Vírgula, até lançar seus próprios projetos, o Music Non Stop, provavelmente o melhor site de música eletrônica do Brasil, e o Women’s Music Event, que discute a presença feminina na música.
Também viveu por um tempo na França, onde, fervida como é, frequentava os clubes mais badalados da cidade, como Rex, Tryptique, Batofar e o Le Pulpe. Foi a partir daí que ela começou também a discotecar, ter programa de rádio (na 97 FM – Energia), e ser residente de um dos clubes mais legais que São Paulo já teve, o Lov.e, com a festa Discology. Com toda essa bagagem, foi natural ser convidada a ser consultora de alguns dos festivais mais bacanas que vieram para o Brasil: o Sónar, Electronic Music Fair, Skol Beats, Nokia Trend, MicroMutek e Motomix. Também dirigiu a exposição Smirnoff@Nightlife, que reuniu uma boa história dos 40 anos de noite numa ambientação de museu.
E, claro, como ela não cansa nunca, lançou até um hit, “Simpaticona da Boate”, lançado também via crowdfunding. Enfim, o currículo é longo, a Claudia é uma pessoa incrível e o livro “Todo DJ Já Sambou” é uma bela ode à nossa cena de música eletrônica. Se você chegou até aqui, que tal garantir a sua edição colaborando com o crowdfunding, que vai até sexta-feira, garantindo a impressão de 3.000 livros, com várias recompensas legais. Escolher uma das 4 capas previstas; sessão de cinema no Cine Sala para assistir o documentário, praticamente inédito e nunca lançado, A Orquestra Invisível e Outros DJs pioneiros do Brasil; um jantar com a Claudia (me convida!) e o Seu Osvaldo, são algumas delas. Se ainda não se convenceu, tem também um rolê com ninguém menos que o DJ Mau Mau para comprar discos em São Paulo.
Compartilho aqui um trecho do Catarse: “Trata-se do único livro brasileiro que conta desde os primórdios a evolução da profissão disc-jóquei. O livro ganhou elogios até de gringos como o Bill Brewster, autor da bíblia inglesa Last Night a DJ Saved My Life. Segundo ele, Claudia Assef, autora do livro, “ajudou a restabelecer o equilíbrio na cultura musical brasileira”.”
A partir de R$ 44 você já garante sua edição bonitona de ‘Todo DJ já sambou’ aterrissando na sua casa.
*Foto destaque: Andrés Medina on Unsplash
Lalai prometeu aos 15 anos que aos 40 faria sua sonhada viagem à Europa. Aos 24 conseguiu adiantar tal sonho em 16 anos. Desde então pisou 33 vezes em Paris e não pára de contar. Não é uma exímia planejadora de viagens. Gosta mesmo é de anotar o que é imperdível, a partir daí, prefere se perder nas ruas por onde passa e tirar dicas de locais. Hoje coleciona boas histórias, perrengues e cotonetes.
Ver todos os postsPohaaaam quem tem a Lalai como amiga não precisa de mais nada ❤️❤️❤️❤️❤️
Vivemos em um mundo de opções pasteurizadas, de dualidades. O preto e o branco, o bom e o mau. Não importa se é no avião, ou na Times Square, ou o bar que você vai todo sábado. Queremos ir além. Procuramos tudo o que está no meio. Todos os cinzas. O que você conhece e eu não, e vice-versa. Entre o seu mundo e o meu.